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LIS MARTINS 5º PERÍODO MEDICINA Hemofilia e doença de Von Willebrand COAGULOPATIAS Doenças hemorrágicas hereditárias ou adquiridas por deficiência de proteínas (fatores) de coagulação. *Quando hereditária, não tem cura. Principal manifestação: Hemorragia de qualquer tipo Tratamento: Uso contínuo de infusão de concentrados do fator deficiente ou de hemocomponente. COAGULOPATIA HEREDITÁRIAS Lembrar que toda deficiência de fator é hemofilia (inclusive a doença de Von Willebrand) HEMOFILIA Conceito: Doença hemorrágica herediitária, por deficiência ou diminuição do fator VIII (Hemofilia A - mais comum) ou dor fator IX (hemofilia B - doença de Christmas - menos comum) Genética: - Herança recessiva ligada ao sexo, resultado de mutações nos genes que codificam os fatores VIII ou IX, ao longo do cromossomo X - Acomete exclusivamente o sexo masculino, por não possuierem o alelo x normal - A mulher costuma ser portadora da doença, pois ela tem um alelo X normal Mas, raras vezes pode ter uma mulher com dois alelos alterados OBS.: Não ter casos ne hemofilia na família não impede de ser hemofilia → Mutação do gene do FVIII: Hemofilia A → Mutação do gene do FIX: Hemofilia B Manifestações clínicas: Manifestações hemorrágicas mais comuns: Hemartroses, sangramento intraocular e hematosas musculares. Outros sangramentos: Gnegival, nasal, pele, subcutâneo, urinário, gastrointestinal e em SNC. Articulações mais afetadas: Ombro, cotovelo, quadril, joelhos, tornozelos. História clínica - Período neonatal: Sangramentos (10-50% dos pacientes), hemorragia intracraniana (1-4%) e lesões iatrogênicas frequentes. - Após 1 ano: Sangramento de partes moles, hemartroses e hematomas - Adultos: Hemartroses e hematomas OBS.: Em hemofílicos leves e moerados, o diagnóstico pode ser tardio Complicações crônicas: Principalmente artropatia hemofílica Hemartroses de repetição - estão associadas a degeneração celular (artropatia hemofílica0, causando: - Dor LIS MARTINS 5º PERÍODO MEDICINA - Deformidades articulares - Impotência funcional grave Hemartroses repetidas - causam: - Hipertrofia da sinóvia - Lesão da cartilagem - Lesão óssea DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Hemograma: normal ou com anemia, por conta dos sangramentos Contagem de plaquetas: normais Avaliação da cogulação: Tempo de sangramento (TS) e retração do coágulo (RC): Normais TAP (Via extrínseca): Normal TT: Normal Tempo de coagulação: Normal ou aumentado TTPa (Via intrínseca - FVIII e FIX): Prolongado Diagnóstico definitivo: Dosagem do fator VIII e do fator IX - Diminuidos ou ausentes TRATAMENTO → Vigência de sangramentos: Aplicação de concentrado de fator de coagulação específico Dependendo da localização e ou da extensão do sangramento, o tratamento pode ser continuado → Não tem cura, então o paciente faz reposição do fator deficiente. → Utilização de gelo no local de artrose; Imobilização e fisioterapia → Desmopressina (DDAVP): Análogo sintético do hormônio pituitário vasopressina - libera o FVIII e FvW das células endoteliais Para hemofilia A leve → Antifibrinolítico Para sangramento de mucosas Obs: deve-se utilizar apenas os medicamentos recomendados pelo médico, pois alguns medicamentos (como antiinflamatórios e AAS) podem causar sangramento. DOENÇA DE VON WILLEBRAND Conceito: é uma doença autossômica dominante, de quadro variável por disfunção plaquetária, por conta de alteração no fator VIII, pois a subdivisão procoagulante é carreada pelo fator de Von Willebrand (adesão plaquetária) QUADRO CLÍNICO Sintomatologia Sangramentos entre leve e moderado, que variam com a intensidade da doença. Presença de hematomas Sangramentos nasais Sangramentos menstruais prolongados Sangramentos excessivos após pequenos cortes Gengivorragia e equimoses fáceis Classificação: Tipo 1: Mais comum (60-80% dos casos) Defeito quantitativo, onde a concentração de FvW fica entre 20-50% do valor normal Causa sangramentos entre leves e moderados Tipo 2: é um defeito qualitativo e acomete 20-30% dos casos 2A; mais comum - aqui o FvW tem dificuldade de se unir às plaquetas e há diminuição de grandes multímeros. 2B: o FvW tem muita dificuldade de se unir às plaquetas, por isso há diminuição da circulação livre de FvW. 2M: não há ausência de grandes multímeros, mas eles não têm a mesma capacidade de ligação às plaquetas. 2N: o FvW perde a capacidade de ligação com o fator VIII LIS MARTINS 5º PERÍODO MEDICINA Tipo 3 é o mais grave, caracterizado pela deficiência total do FvW - o paciente tem sangramentos severos. DIAGNÓSTICO - Levar em conta a presença de sintomas, a história familiar e o estudo laboratorial. Diagnóstico laboratorial Aumento do TS. Aumento do TTPA. Diminuição do FVIII. Diminuição da agregação com ristocetina. Diminuição do FvW e do fator de ristocetina. Testes específicos: - Dosagem de antígeno de Von Willebrand - feita por ensaio imunológico - boa sensi bilidade para os tipos 1 e 3. - Agregação induzida pela ristocetina. - Determinação de multímeros. Obs: testes de mistura que não corrige = presença de anticoagulante (anticorpo). Obs: testes de mistura que corrige = presença da doença ALTERAÇÕES DA COAGULAÇÃO LIS MARTINS 5º PERÍODO MEDICINA INTERPRETAÇÃO DOS TESTE DE TRIAGEM NOS DISTÚRBIOS HEMOSTÁTICOS C