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CINESIOTERAPIA-TÉCNICAS DE FNP

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ASPECTOS HISTÓRICOS 
 Uma abordagem da fisioterapia neurológica clássica; 
 É uma técnica antiga; 
 Kabat, Knott e Voss – 1940-1950 
 1956 – Lançamento do primeiro livro sobre FNP – 
Knott & Voss; 
 Muito utilizado na Neurorreabilitação – Tratamento 
da Poliomielite e Alterações musculoesqueléticas; 
 Pode ser chamada de Facilitação neuromuscular 
proprioceptiva (FNP) ou Método Kabat; 
 FACILITAÇÃO = Torna mais fácil; 
 NEUROMUSCULAR = Nervos e Músculos; 
 PROPRIOCEPTIVA = Percepção do movimento e 
posicionamento do corpo. 
 Tornar mais fácil o funcionamento de nervos 
e músculos por meio da percepção do 
movimento e posicionamento do corpo. 
TÉCNICA 
 Combina padrões de movimentos diagonais com 
base funcional e técnicas de facilitação 
neuromuscular para desencadear respostas 
motoras e melhorar o controle e a função 
neuromuscular; 
- Pois o movimento realizado pelo paciente não 
ocorre de forma isolada por apenas um 
músculo/articulação, mas envolve movimentos 
amplos (grande amplitude) e em diagonais que 
mobilizam as articulações em todos os graus de 
liberdade. 
 Visa obter a máxima quantidade de atividade que 
pode ser conseguida em cada esforço voluntário 
para FACILITAR a resposta motora. 
- Normalmente atinge essa máxima atividade 
aplicando alguma resistência; 
- Quando se aplica uma resistência de forma ideal 
facilita a resposta motora do paciente; 
OBJETIVOS 
 Desenvolver força e resistência muscular; 
 
 
 
 
 
 
 Melhorar a estabilidade e mobilidade (de acordo com 
a técnica aplicada); 
 Facilitar o controle neuromuscular e a coordenação 
dos movimentos; 
- O controle neuromuscular não envolve apenas a 
força muscular, é o controle de intensidade de 
grupos musculares que devem ser ativados, de 
contração, fatores que estão diretamente 
relacionados com a coordenação do movimento. 
 Restaurar a função. 
INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES 
 Indicações: 
- Utiliza-se em qualquer diagnóstico ou condição 
cujos objetivos da reabilitação sejam os da FNP; 
- Em algumas situações são necessárias algumas 
adaptações (*Espasticidade); 
 Nos casos de hipertonia, pois se utiliza o 
estimulo de estiramento, sendo um maior 
cuidado para não fazer esse estimulo em 
músculos que já são hiperreflexos, pois vai 
piorar ainda mais essa hiperreflexia e 
hipertonia associada. 
 OBS: o mesmo vale para a técnica de Rood ( 
facilitação e estimulação dos músculos 
específicos) é contra indicada para músculos 
espásticos, já que vai dar muito estimulo e 
pode estar piorando a hiperreflexia e 
hipertonia desse músculo. 
 Contra-indicação 
- Dor (inibe a coordenação motora eficaz, além de 
ser sinal de presença de lesão); 
 Não pode mobilizar na ADM dolorosa (ex: se 
a dor for ao final da ADM, se faz até a 
amplitude não dolorosa). 
 É uma contra-indicação relativa pode ser 
feita na amplitude livre de dor. 
PROCEDIMENTOS BÁSICOS 
 
 
 OBS: A FNP está passando por mudanças, 
antigamente existia um foco no reflexo de 
estiramento, mas atualmente, após evolução da 
abordagem vem se deixando de lado e utilizando 
apenas em casos bem específicos, mas existem 
outros procedimentos básicos que são utilizados. 
1. ESTÍMULO/REFLEXO DE ESTIRAMENTO 
 É um estiramento brusco feito na musculatura 
(parecido com o Rood), mantém a 
articulação/membro em uma posição de 
alongamento máximo e partir dele forçar um pouco 
mais a ADM; 
 A partir disso, ocorre a estimulação do fuso 
muscular, fazendo com que aumente a tensão 
intramuscular; 
 Estudos mostram que ele aumenta a excitação 
central e facilita a contração muscular. 
 Esse procedimento básico tinha muito mais 
importância quando foi criado, porém, conforme a 
evolução dos conceitos e conhecimentos sobre 
neuroplasticidade está sendo usado em casos muito 
específicos (quando o determinado grupo muscular 
está muito fraco/grau de força muito baixo); 
 Pode ser aplicado antes de fazer o movimento, 
durante o movimento, caso se sinta que o grupo 
muscular não está respondendo corretamente; 
 Por esse motivo existe uma preocupação com os 
pacientes espásticos. No caso de hiperreflexia e 
hipertonia associada tem que ter cuidado com a 
aplicação do reflexo de estiramento (não com os 
demais procedimentos). 
2. ALONGAMENTO MÁXIMO 
 
 
 
 
 Os movimentos são feitos na AMD máxima do 
máximo alongamento para o máximo encurtamento, 
buscando trabalhar todas as propriedades elásticas 
do músculo. 
3. TRAÇÃO OU APROXIMAÇÃO ARTICULAR 
 Utiliza-se da tração para aumentar a AMD e 
também é usada para inibir a hipertonia; 
 A aproximação articular é utilizada para aumentar a 
estabilidade naquela determinada articulação e para 
casos de hipotonia (tem a estimulação 
proprioceptores articulares que fazem com que de 
forma reflexa ocorra a estimulação do tônus 
daquela região). 
 
 
 
4. RESISTÊNCIA IDEAL/APROPRIADA 
 Procedimento muito importante, principalmente 
para essa nova abordagem da FNP; 
 Adequada às condições do paciente e ao objetivo da 
atividade (resistência, força e estabilidade); 
 Sem gerar compensações (por isso tem que ser 
ideal, tem que ser máxima sem gerar 
compensações) 
- Muitas vezes tem que alterar a quantidade de 
resistência aplicada, pois na relação comprimento x 
tensão se vai de um máximo alongamento para o 
máximo encurtamento se passa por todo 
comprimento do músculo, assim, é preciso ir 
alterando a resistência ideal conforme vai 
movimentando a amplitude; 
 Mov. coordenado na amplitude total; 
 Depende do tipo de contração muscular desejada. 
5. IRRADIAÇÃO E REFORÇO 
 Propagação da resposta ao estímulo; 
- Dos músculos mais fortes para os mais fracos; 
 Tem o aumento da facilitação ou inibição nos 
músculos sinérgicos e padrões de movimento; 
- Ex: Movimento em espiral ou diagonal se utiliza 
vários grupos musculares. Quando se utiliza esses 
músculos em padrão, um músculo que está com 
menor força muscular/controle neuromuscular 
pode ocorrer uma facilitação dele por resposta ao 
estímulo dos outros músculos que estão um pouco 
mais fortes; 
 Direcionado para os músculos fracos, por meio da 
quantidade de resistência aplicada aos músculos 
fortes; 
- Irradiando e reforçando a resposta dos músculos 
mais fracos; 
 Irradiação – resistência : a difusão dessa irradiação 
ocorre em padrão específico: 
 ESTUDO 1 – COMPARAÇÃO DE DUAS DIAGONAIS 
 
 Paciente fazendo o movimento com um hemicorpo 
do membro superior e a avaliação muscular está 
sendo feita no membro superior contra lateral; 
 Quando ele move para cima é a diagonal de flexão 
e para baixo de extensão; 
 Resultado: 
- Branca = diagonal de flexão e Preta = diagonal 
para extensão; 
- Atividade muscular (eletromiografia) x Torque 
isométrico máximo (realizado para cada diagonal); 
- Músculos: Deltoide médio (MD); Peitoral maior 
(PM); Trapézio superior (UT); 
- Quando ele faz em uma intensidade baixa não 
estimula os músculos, pois quando faz a diagonal 
para extensão não ativa a musculatura contra 
lateral, mas quando faz para flexão está 
ativando os mesmos músculos no membro 
contra lateral; 
- A diagonal de extensão funciona como um 
grupo controle; 
- Com a intensidade alta (torque máximo) 
aumenta bastante a atividade dos músculos; 
- Quando treina um membro tem a irradiação 
para o outro membro (da mesma forma dos 
músculos mais fortes para os mais fracos); 
- Não compara com um grupo controle 
realmente. 
 ESTUDO 2 – ARTIGO DE 2007 
 
 Compara um exercício de extensão de joelho na 
perna treinada e na perna não treinada; 
 Resultado pré e pós do dinamômetro; 
 Um grupo controle que fazia o exercício puro de 
extensão de joelho (preto) e outro grupo que 
fazia FNP (branco) – extensão de joelho dentro 
de uma diagonal; 
 Fez uma avaliação antes do torque gerado por 
essa musculatura e uma depois (na perna 
treinada e na não treinada); 
 Resultado: 
- Teve aumento na força gerada para extensão 
de joelho no membro inferior treinado e pouco 
no grupo controleque fez o movimento puro. A 
perna não treinada teve o mesmo resultado. 
- Fez para flexão de joelho, mas como a diagonal 
era de extensão não teve nenhuma alteração na 
flexão de joelho, ou seja, não irradia para o 
músculo antagonista; 
- A irradiação ocorre para os agonistas tanto do 
membro treinado como do não treinado. 
6. CONTATO MANUAL 
 Nos m.m. a serem facilitados; 
 Estimula receptores cutâneos e de pressão; 
 Informa ao paciente a direção correta do 
movimento; 
 Aplicação da resistência ao movimento (resistência 
manual); 
 Forma de fazer = Contato lubrical (consegue fazer 
o contato mais fácil, apenas nos músculos que se 
quer estimular); 
 
 
 
 
 
 
 Mais com as interfalangianas do que com as pontas 
dos dedos (mais confortável para o paciente); 
7. POSIÇÃO E BIOMECÂNICA CORPORAL DO 
FISIOTERAPEUTA E PACIENTE 
 Paciente = deitado/sentado/em pé (depende do 
objetivo); 
 Fisioterapeuta = bem posicionado (base alargada, pé 
na frente do outro, utiliza o peso do corpo para 
promover a resistência). 
8. COMANDOS VERBAIS 
 Breve, simples, preciso e bem sincronizado; 
 Orientar o paciente de O QUE FAZER e COMO 
FAZER; 
 Volume do comando – afeta a força (tom de voz 
firme); 
 3 tipos: 
- Preparação (explicar para o paciente como é, o 
que ele vai que fazer); 
- Ação (comando – vai, move, agora: quando ele 
tem que iniciar o movimento); 
- Correção (correções durante o movimento – 
não é assim, faz desse jeito...- ou depois que 
termina tudo). 
9. ACOMPANHAMENTO VISUAL 
 Feedback visual sensorial - promover uma 
contração muscular mais 
potente; 
 Ajuda o paciente a controlar e 
a corrigir a posição e o 
movimento; 
- Importante que ele veja o 
que está fazendo; 
 Influencia o movimento da 
cabeça e do tronco – seguir o movimento mobiliza 
a cabeça e essa facilita o movimento do tronco; 
10. PADRÕES DE MOVIMENTO 
 Movimentos multiarticulares, multiplanares, 
diagonais e espirais dos membros, tronco e 
pescoço; 
 Movimentos em massa que buscam o movimento 
funcional normal; 
 Membros superiores - Dois pares de diagonais: D1 
e D2 – flexão ou extensão; 
 Extensão/flexão + adução/abdução + rotação 
interna/rotação externa; 
 Executados uni ou bilateralmente; 
 Movimentos em todos os graus de liberdade que 
aquela articulação permite. 
 
 
 
 
 
PADRÕES 
 
ATIVIDADES NO TATAME 
 Uma das aplicações que tem maior evidência 
cientifica do FNP; 
 Rolar com padrão de escápula, pelve, MS e MI; 
 Prono com apoio nos antebraços; 
 Quatro apoios; 
 Ajoelhado / semi-ajoelhado; 
 Ponte; 
 Marcha Sentar-levantar. 
 OBS: o estímulo de estiramento não é utilizado; 
 São aproveitados movimentos que são funcionais e 
partir deles são aplicados os procedimentos básicos 
da técnica. 
TÉCNICAS 
 Iniciação rítmica: 
- Passivo → Assistido → Ativo-livre → Resistido; 
- Em um determinado ritmo; 
- OBJETIVOS: 
 Aumentar ADM ativa; 
 Aumentar a força muscular; 
 Melhorar a coordenação (reversão suave dos 
mov.); 
 Aumentar a resistência. 
- INDICAÇÕES: 
 Dificuldade de iniciar o movimento (ex: Parkinson); 
 Movimentos muito rápidos ou muito lentos; 
 Movimentos incoordenados ou sem ritmo. 
 Combinação de isotônicas: 
- Contrações concêntricas → mantidas → 
excêntricas; 
 Começa com concêntrica, depois manter essa 
contração/resistência; 
 Mantém de forma isométrica no final da ADM, 
 Muda a resistência para excêntrica-freando o 
movimento (contrario); 
 Fazendo o movimento antagonista – contração 
excêntrica; 
- OBJETIVOS: 
 Melhorar o controle ativo do movimento, força 
muscular; 
 Melhorar o controle excêntrico funcional do 
movimento; 
 Melhorar a coordenação; 
 Aumentar ADM ativa (pois faz em toda ADM). 
- INDICAÇÕES: 
 Prejuízo do controle excêntrico; 
 Diminuição de ADM ativa; 
 Paresia. 
 Reversão dinâmica: 
- Alternância do movimento ativo de uma direção 
para a oposta, sem interrupção ou relaxamento; 
- Faz um movimento e faz o movimento 
antagonista; 
- Sem resistência ou pouca resistência; 
- OBJETIVOS: 
 Aumentar ADM ativa; 
 Aumentar a força muscular; 
 Melhorar a coordenação (reversão suave dos 
mov.); 
 Aumentar a resistência. 
- INDICAÇÕES: 
 Paresia; 
 Dificuldade para modificar a direção do movimento 
(dificuldade em mudar a trajetória: Parkinson e 
hipertonia-tendem a ficar sempre no mesmo 
movimento); 
 Fadiga. 
 Reversão de estabilizadores/estabilizações: 
- Paciente move para agonista enquanto terapeuta 
resiste para não gerar mov. → Terapeuta resiste 
para não gerar mov. enquanto paciente move para 
antagonista; 
- Não tem movimento articular; 
- OBJETIVOS: 
 Melhorar a estabilidade (pacientes com tremor) e 
equilíbrio; 
 Aumentar a força muscular em uma determinada 
posição articular; 
- INDICAÇÕES: 
 Prejuízo da estabilidade; 
 Dificuldade de realizar contrações isométricas; 
 Paresia; 
 Ataxia. 
 Estabilização rítmica: 
- Terapeuta faz uma resistência global (agonista e 
antagonista) → Paciente tenta manter na posição; 
- Parecido com a anterior, mas o terapeuta faz 
uma resistência global e o paciente tenta manter na 
posição. 
- Não é muito utilizada; 
- OBJETIVOS: 
 Melhorar a estabilidade e equilíbrio; 
 Aumentar a força muscular em uma determinada 
posição articular; 
- INDICAÇÕES 
 Prejuízo da estabilidade; 
 Dificuldade de realizar contrações isométricas; 
 Paresia; 
 Ataxia.

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