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DIAGNÓSTICO PATOLOGIAS PULPARES E PERIAPICAIS O diagnóstico é a essência do tratamento endodôntico” ( Figueiredo et al, 1999) Conhecimento Científico Interpretação dos métodos de exames clínicos e radiográficos Sinais e Sintomas Elaboração do Diagnóstico Terapia Adequada LEVANTAR A HISTÓRIA DA DOR JUNTANDO AS PISTAS!!! MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO Carl et al., 2009 JOE Recursos semiotécnicos DIAGNÓSTICO PULPAR Polpa Normal Pulpite Reversível Pulpite Irreversível Necrose Pulpar Tratamento Endodôntico prévio Tratamento endodôntico iniciado Sintomática (Aguda) Assintomática (Crônica) Presença Ausência Espontânea Provocada Curta Duração Longa Duração Localizada Difusa Continua intermitente Intensidade DOR AVALIAÇÃO “Fatores psicológicos e sociológicos contribuem quanto à experiência dolorosa subjetiva do paciente e condutas aprendidas de dor” Cunnigham; Mullaney, 1992 DOR CLASSIFICAÇÃO DA PATOLOGIAS PULPARES • Não existe uma grande correlação entre os sinais e sintomas clínicos e a histopatologia de determinada condição clínica. Cohen,2011 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS PULPARES Tipos: Pulpite reversível; Pulpite irreversível Sintomática e Assintomática; Necrose; Lesão previamente tratada Tratamento endodôntico iniciado AAE,2009 POLPA NORMAL? POLPA NORMAL Coloração róseo-avermelhado; Com estrutura (corpo); Resistente ao corte; Hemorragia suave; Coloração sanguínea vermelho-rutilante; Nenhum sinal radiográfico de lesão. “Uma categoria de diagnóstico clínico em que a polpa está livre de sintomas e responde normalmente aos testes pulpares”. •Dor aguda provocada, rápida e localizada; • Dor que cessa após a remoção do agente álgico. Prognóstico favorável PULPITE REVERSÍVEL Um diagnóstico clínico é realizado com base em dados subjetivos e objetivos indicando que a inflamação pulpar será resolvida após a remoção da causa e a polpa voltará ao estado normal. Endodontia Conservadora Negativo Percussão e Palpação Igual ao lado homólogo sadio! Testes térmicos Frio Presença de cárie ou Restaurações próximas à câmara pulpar mas Ligamento periodontal íntegro. Exames Radiográficos Pulpite irreversível Sintomática Assintomática MICROBIOTA PREDOMINANTE O canal radicular é isento de microrganismos; Em casos de quebra de cadeia asséptica: Dor pós-operatória intensa. DOR Apenas inflamação! “Um diagnóstico clínico baseado em dados subjetivos e objetivos que indicam que a polpa inflamada e incapaz de reparação (cura). Descritores adicionais: Dor aos agentes térmicos, espontânea intensa e referida”. PULPITE IRREVERSÍVEL Biopulpectomia • Dor aguda espontânea, contínua • Intensa e pulsátil • Difusa e/ou reflexa • Noturna • O Paciente relata o uso de analgésico sem eficácia. • Alivio com Frio. • Teste de Percussão Vertical: Pode ser Positivo se houver comprometimento periapical. • Dor aguda espontânea • Intensa e pulsátil • Localizada e longa duração • Intermitente • Teste frio: Dor é aguda e imediata, demora a cessar após a remoção do estímulo. • Teste de Percussão Vertical: Negativo PULPITE IRREVERSÍVEL (SINTOMÁTICA) Estagio Inicial Estágio mais avançado Sinais e Sintomas PULPITE IRREVERSÍVEL (SINTOMÁTICA) DOR? MEDICAÇÃO SISTEMICA Dexametazona 8 mg- 1 h antes PULPITE IRREVERSÍVEL (ASSINTOMÁTICA) “Um diagnóstico clínico baseado em achados subjetivos e objetivos que indicam que a polpa é vital e está inflamada , mas não passível de cura. Pulpite Hiperplásica! Sem sintomas clínicos, mas com inflamação produzida por cárie, cavitação e trauma”. Conhecida - Pulpite Hiperplásica É uma forma de pulpite irreversível que se origina do supercrescimento de polpas jovens com inflamação crônica em direção à superfície oclusal. MO de baixa virulência; • Exame histológico revela o epitélio oral de revestimento recobrindo um tecido conjuntivo inflamado. - tecido de granulação (tec conj e capilares) - infiltrado inflamatório crônico(linfócitos e plasmócitos). Antigamente chamada de Pólipo pulpar PULPITE HIPERPLÁSICA: SINTOMAS • Geralmente assintomática. Sinais clínicos: • Crescimento exofítico de tecido conjuntivo avermelhado (couve-flor) Características Radiográficas - comunicação da câmara pulpar com a cavidade cariosa. Pulpite Hiperplásica: TRATAMENTO • Pulpotomia; • Tratamento Endodôntico (biopulpectomia) PÓLIPO PULPAR POLPA VIVA! Assintomático “ Uma categoria de diagnóstico clínico que indica a morte da polpa dentária. A polpa geralmente não respondendo aos testes pulpares”. Restauração ou lesão cariosa extensa, que alcançaram a polpa. Pode haver escurecimento da coroa dental. Negativo Testes térmicos Pulpares Percussão e Palpação Com comprometimento periapical - POSITIVO Sem comprometimento periapical - NEGATIVO Testes Perirradiculares Geralmente Cárie ou restaurações extensas Exames Radiográficos O Espaço do ligamento periodontal pode se apresentar-se íntegro, com ligeiro espessamento, ou desenvolver uma lesão periapical. TRATAMENTO Necropulpectomia POLPA PREVIAMENTE TRATADA “Uma categoria de diagnóstico clínico que indica que o dente foi tratado endodonticamente e os canais são obturados com vários materiais de preenchimento que não é medicação intracanal. Sintomático ou Assintomático TRATAMENTO Retratamento Endodôntico Necropulpectomia TERAPIA ENDODÔNTICA INICIADA ANTERIORMENTE “Uma categoria de diagnóstico clínico que indica que o dente já foi tratado anteriormente. Terapia endodôntica parcial ( pulpotomia, pulpectomia). Sintomático ou Assintomático DÚVIDAS! ATIVIDADE COMPLEMENTAR - MULTIMÍDIA NO AVA PATOLOGIAS PERIAPICAIS AAE, 2009 Classificação das Patologias Periapicais PATOLOGIAS PERIAPICAIS Classificação: Periodontite apical sintomática aguda Periodontite apical assintomática crônica Osteíte condensante; Abscesso apical agudo; Abscesso apical crônico. AAE,2009 TECIDOS PERIAPICAIS NORMAIS Dentes com tecidos perirradiculares normais que não são sensíveis aos testes percussão ou palpação. A lâmina dura ao redor da raiz está intacta, e o espaço do ligamento periodontal é uniforme. PERIODONTITE APICAL (SINTOMÁTICA) “Inflamação do periodonto apical apresentando sintomas clínicos, incluindo uma resposta dolorosa na mordida e/ou percussão ou palpação. Pode ou não ser associado a uma área apical radiolúcida. Infecciosa Traumática PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA • Dor aguda espontânea – Noturna • Localizada e longa duração • Intensa e Pulsátil • Dor a percussão vertical e mastigação • Dor à palpação Espessamento do ligamento periodontal! TRATAMENTO Necropulpectomia Periodontite apical Sintomática (Traumática) Natureza traumática ( ausência de bactérias) POLPA VIVA PERICEMENTITE APICAL PERICEMENTITE APICAL • Dente “ Crescido” • Dor à palpação e percussão RX: Ligamento Periodontal Expesso • Lâmina dura integra; • Sem rarefação óssea. Remoção de contatos prematuros Prescrição de análgésico PERIODONTITE APICAL ASSINTOMÁTICA “ A inflamação e destruição do periodonto apical ocorre por causas de origem pulpar, aparece como uma área radiolúcida apical e não apresenta sintomas clínicos”. Ausência de Dor PERIODONTITE APICAL ASSINTOMÁTICA Gutmann et al., 2009 Cisto ou Granuloma? Imagem radiolúcida circunscrita por um halo radiopaco Diagnóstico diferencial somente com exame histológico! Cárie, trauma, doença periodontal Morte da polpa Inflamação óssea apical Restos necróticos são o estímulo inflamatório Formação de granuloma dental Tecido de granulação, células inflamatórias Estimulação dos restos epiteliais de Malassez Proliferação epitelial Formação do Cisto TRATAMENTO Tratamento Endodôntico +Proservação Cirurgia Periapical??? De 2 a 4 anos proservação CASO CLÍNICO EQUIPE FACIMED, 2020 Setembro de 2019JHEINILLY CHRISTYNA SANDIM CANDIOTO INARA LETICIA AMORIM SOARES PBM COM LIMAS PRODESIGN M Setembro de 2019JHEINILLY CHRISTYNA SANDIM CANDIOTO INARA LETICIA AMORIM SOARES março de 2020 Agosto de 2020 JHEINILLY CHRISTYNA SANDIM CANDIOTO INARA LETICIA AMORIM SOARES ABSCESSO APICAL AGUDO “Uma reação inflamatória à infecção pulpar e necrose caracterizada por início rápido, dor espontânea, sensibilidade do dente à pressão, formação de pús e edema nos tecidos associados. ABSCESSO APICAL AGUDO • Dor: intensa, espontânea e pulsátil, aparecimento rápido; • Mobilidade Dental • Pode ou não ter envolvimento sistêmico (febre, mal-estar e leucocitose) • Edema facial ou intra-oral • Palpação e Percussão: Dor forte • Teste de Sensibilidade NEGATIVO EXSUDADO INFLAMATÓRIO Necrose Pulpar ABSCESSO APICAL AGUDO TRATAMENTO Drenagem + Necropulpectomia ABSCESSO APICAL AGUDO Ribeiro, 2019 FACIMEDDrenagem intra-oral Drenagem Intra-oral Proservação 7 dias Ribeiro, 2019 FACIMED Em reagudização: Lesão periapical! Ribeiro, 2019 FACIMED Abcesso Fênix ABSCESSO APICAL CRÔNICO “Uma reação inflamatória à infecção pulpar e necrose caracterizada por pouco ou nenhum desconforto, e a presença de drenagem intermitente de pús através de um trajeto fístuloso. ABSCESSO APICAL CRÔNICO Assintomático; Presença de fístula; Testes sensibilidade negativos; RX: Pode haver Lesão periapical OSTEÍTE CONDENSANTE Aumento no osso trabecular devido irritantes persistentes; Mais frequente em dentes Infero-posteriores. “ Lesão radiopaca difusa que representa uma reação óssea localizada decorrente de um estímulo inflamatório de baixa intensidade, geralmente visto na região apical”. OSTEÍTE CONDENSANTE Fonte: Livro de casos clínicos São Leopoldo Mandic Furtado et al., 2017 TRATAMENTO Tratamento Endodôntico e proservação se houver sintomatologia. Patologia Alterações de Tecidos Duros X Calcificações Reabsorções ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS Não são consideradas patologias mas podem alterar o estado clínico pulpar! • Calcificação ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS Tipos: • Calcificação extensa (Cálculo pulpares ou calcificação difusa) • Metamorfose Calcificante. ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS • Etiologia: Trauma , lesões cariosas, doenças periodontal ou outros irritantes. • Nicho de origem: Trombos nos vasos sanguíneos e os lençóis de colágeno ao redor das paredes dos vasos. ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS ALTERAÇÕES DOS TECIDOS DUROS METAMORFOSE CALCIFICANTE • Formação extensa de tecido duro nas paredes dentinárias. Em casos severos pode haver a obturação radiográfica mas não histológica. • Etiologia: Resposta à irritação ou morte e substituição dos odontoblastos. • Limiar doloroso diminuído ou negativo aos testes térmicos e elétricos. • Palpação e percussão estão geralmente dentro dos limites de normalidades. METAMORFOSE CALCIFICANTE Reabsorção REABSORÇÃO INTERNA • Reabsorção das paredes dentinárias; • Etiologia: Tecido inflamatório pulpar com atividade dentinoclástica. • Reabsorção da câmara pulpar apresenta coroa com manchas rósea. • Assintomática (resposta normal aos testes térmicos e periapicais); • Tratamento: tratamento endodôntico imediato. REABSORÇÃO EXTERNA • A causa mais comum da reabsorção externa é o TRAUMA, que normalmente resulta em necrose pulpar. • Reabsorção apical externa é mais comum em processos inflamatórios purulentos e cistos, e menos frequente em granulomas; DÚVIDAS!
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