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Patologia pulpar e perirradicular - endodontia

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TIPOS DE PATOLOGIAS 
Agressões pulpares: 
♥ Pulpite reversível 
♥ Pulpite irreversível 
♥ Necrose pulpar 
 
Agressões perirradiculares: 
♥ Periodontite Apical Aguda 
♥ Abscesso Perirradicular Agudo 
♥ Periodontite Apical Crônica 
♥ Periodontite Apical Crônica Inicial 
♥ Granuloma Perirradicular 
♥ Cisto Perirradicular 
♥ Abscesso Perirradicular Crônico 
PULPITE REVERSÍVEL 
É por definição uma leve alteração inflamatória da 
polpa, em fase inicial, em que a reparação tecidual 
advém uma vez que seja removido o agente 
desencadeador do processo. Se os irritantes persistem 
ou aumentam, a inflamação pulpar torna-se de 
intensidade moderada à severa, o que caracteriza a 
pulpite irreversível, com ulterior progresso para 
necrose pulpar. 
♥ Assintomática 
♥ Em determinadas situações, o paciente pode 
acusar dor aguda, rápida, localizada e fugaz, 
em resposta a estímulos que normalmente 
não evocam dor. 
♥ Esta cede imediatamente ou poucos segundos 
depois da remoção do estímulo. A dor ao frio 
é a queixa mais comum por parte do paciente. 
Teste de vitalidade pulpar: Positivo 
Teste de palpação e percussão: Negativos 
Radiograficamente: Lesão cariosa extensa com 
proximidade pulpar 
♥ Tratamento 
Consiste na remoção da causa, ou seja, remoção 
da cárie extensa ou restauração defeituosa, 
fazendo um curativo com oxido de zinco e 
eugenol (possui efeitos analgésicos e anti-
inflamatórios), sendo esse elemento avaliado em 
7 dias para a restauração definitiva. 
 
PULPITE IRREVERSÍVEL 
Acometida por alterações irreversíveis, 
caracterizadas por inflamação severa. Mesmo a 
remoção de irritantes não é suficiente para 
reverter o quadro, havendo a necessidade de 
intervenção direta na polpa. 
Isso provoca a dor pulsátil, excruciante, lenta, 
lancinante e espontânea, característica de 
pulpite irreversível. 
Assintomática 
Dor em pulpite irreversível é exceção à regra, 
quando apresentada é intensa, pulsátil, 
excruciante, lancinante, contínua e espontânea. 
Geralmente o paciente relata o uso de 
analgésicos. 
Teste de vitalidade pulpar: Positivo (alivio da 
dor ao frio) 
Teste de palpação e percussão: Negativo 
Radiograficamente: lesão cariosa extensa ou 
restaurações muito profundas com conexão a 
cavidade pulpar que sugerem exposição pulpar. 
 
♥ Tratamento 
Tratamento endodôntico convencional com 
biopulpectomia 
No caso de pulpite irreversível hiperplásica há 
presença de pólipo pulpar com necessidade de 
tratamento endodôntico convencional ou 
pulpotomia em dentes com rizogenese 
incompleta, as características são: dor provocada 
e TVP pouco eficaz. 
NECROSE PULPAR 
A necrose é caracterizada pelo somatório de 
alterações morfológicas que acompanham a morte 
celular em um tecido. 
 
Tipos: 
♥ Necrose de liquefação: comum em áreas de 
infecção bacteriana. 
 
♥ Necrose de coagulação: geralmente é causada 
por uma lesão traumática, com interrupção 
do suprimento sanguíneo pulpar por causa do 
rompimento do feixe vasculo nervoso que 
penetra pelo forame apical, ocasionando 
isquemia tecidual. 
 
♥ Necrose gangrenosa: quando o tecido que 
sofreu necrose de coagulação é invadido por 
bactérias que promovem a liquefação. Ocorre 
em dentes traumatizados, cujas polpas 
sofreram necrose de coagulação asséptica e 
que se tornaram infectadas posteriormente. 
 
Assintomática 
Teste de vitalidade pulpar: Negativo 
Palpação e percussão: Geralmente negativos 
Radiograficamente: Pela radiografia de diagnóstico, 
observa-se a presença de cárie, coroa fraturada e/ou 
restaurações extensas. 
♥ Tratamento 
Tratamento endodôntico convencional com 
necropulpectomia. 
 
 
PATOLOGIA PERIRRADICULAR 
1. Periodontite Apical Aguda 
2. Abscesso Perirradicular Agudo 
3. Periodontite Apical Crônica 
4. Periodontite Apical Crônica Inicial 
5. Granuloma Perirradicular 
6. Cisto Perirradicular 
7. Abscesso Perirradicular Crônico 
 
 
PERIODONTITE APICAL AGUDA 
Resposta inflamatória aguda no ligamento 
periodontal, caracterizando a periodontite apical 
aguda. O aumento da permeabilidade vascular 
associado à inflamação produz edema, que causa 
elevação da pressão hidrostática tecidual. 
♥ Dor intensa, espontânea e localizada. 
♥ Sensação de este estar “crescido”. 
♥ Testes pulpares são negativos 
♥ Percussão: sempre positiva e exacerba a dor 
do paciente 
♥ Palpação: depende do nível de acometimento 
Radiograficamente: espessamento do espaço do 
ligamento periodontal. 
Quando se observa extensa área de destruição óssea 
perirradicular associada à periodontite apical aguda, 
esta encontra-se associada à agudização de um 
processo crônico, como granuloma ou cisto. 
♥ Tratamento 
Consiste na eliminação do agente agressor através da 
instrumentação, irrigação e medicação do canal, 
seguida pela obturação em sessão posterior. Para 
alívio da sintomatologia, o dente deve ser retirado da 
oclusão (por desgaste orientado por fita de carbono) e 
um analgésico/anti-inflamatório deve ser receitado. 
 
ABSCESSO PERIRRADICULAR AGUDO 
Se a resposta inflamatória não consegue eliminar o 
agente agressor ou reduzir a intensidade da injúria, 
há exacerbação, caracterizada por inflamação 
purulenta. Isso ocorre por causa da presença de 
bactérias altamente virulentas associadas à infecção. 
O abscesso perirradicular agudo está, então, formado. 
 O processo agudo, geralmente, não dura mais de 72 
a 96 horas, sendo bastante eficaz na redução da 
agressão bacteriana, embora isso possa custar a 
destruição da arquitetura tecidual. Todavia, a 
disseminação da infecção para espaços anatômicos da 
cabeça e do pescoço pode provocar quadros clínicos 
graves, inclusive com risco de vida. 
♥ Presença de reação intensa, localizada e 
adjacente ao forame apical, caracterizada 
pela presença de exsudato purulento (pus). 
 
♥ Dor espontânea, pulsátil, lancinante e 
localizada. 
 
♥ Tumefação intra e/ou extraoral, flutuante ou 
não, o que dependerá do estágio de evolução 
do abscesso. 
 
 
♥ Nas fases iniciais, quando a inflamação 
aguda purulenta está confinada apenas ao 
ligamento periodontal apical, pode não haver 
tumefação. 
 
♥ Em determinados casos, verifica-se a 
presença de mobilidade e ligeira extrusão 
dentária. 
Testes de vitalidade pulpar: Negativo 
Teste de palpação e percussão: Positivos 
♥ Tratamento 
Drenagem do abcesso 
 Tratamento endodôntico de necropulpectomia 
 
Em sessão ulterior, após medicação intracanal, 
obtura-se o canal. Analgésicos/anti-inflamatórios 
devem ser prescritos. O emprego de antibióticos 
apenas está indicado em condições especiais. 
PERIODONTITE APICAL CRÔNICA 
 
A periodontite apical crônica (ou assintomática) é 
uma condição patológica que pode ser 
histologicamente classificada como periodontite 
apical crônica inicial, granuloma e cisto. 
Quando a resposta inflamatória associada à 
periodontite apical aguda é eficaz na redução da 
intensidade da agressão, a resposta cronifica. 
Se o agente agressor for inicialmente de baixa 
intensidade, a inflamação crônica no ligamento 
periodontal pode se estabelecer sem ser precedida 
por uma resposta inflamatória aguda. 
PERIODONTITE APICAL CRÔNICA INICIAL 
Não há ainda reabsorção óssea significativa. A 
periodontite apical crônica inicial, se não tratada, 
pode evoluir para a formação do granuloma, que é 
caracterizado por reabsorção óssea e substituição do 
osso reabsorvido por tecido granulomatoso. 
Teste de vitalidade pulpar: Negativo 
Teste de palpação: Negativo 
Teste de percussão: Negativo 
Radiograficamente: O ELP encontra-se normal ou 
espessado na radiografia. A causa da necrose pulpar 
também pode ser detectada radiograficamente (cárie 
e/ou restaurações extensas etc.). 
♥ Tratamento 
O tratamento consiste na eliminação do agente 
agressor, por meio de limpeza e desinfecção do 
sistema de canais radiculares, seguidas pela 
obturação emsessão posterior à aplicação de uma 
medicação intracanal. 
 
GRANULOMA PERIRRADICULAR 
O granuloma é a patologia perirradicular mais 
comumente encontrada. 
Constituído, basicamente, de um infiltrado 
inflamatório do tipo crônico, associado a elementos de 
reparação, caracterizando um tecido granulomatoso 
que substitui o osso reabsorvido. 
Assintomático. 
O dente pode apresentar escurecimento, oriundo da 
necrose pulpar. 
Teste de vitalidade pulpar: negativo 
Palpação e percussão: Negativo, raramente os 
pacientes sentem leve sensibilidade. 
Radiograficamente: verifica-se a presença de uma 
área radiolúcida associada ao ápice radicular ou 
lateralmente à raiz (quando associado a um forame 
lateral), bem circunscrita, com perda da integridade 
da lâmina dura. 
 
 
CISTO PERIRRADICULAR 
O cisto perirradicular sempre se origina de um 
granuloma. 
Os achados dos exames são similares aos do 
granuloma, uma vez que o cisto é oriundo deste. 
 
Os achados radiográficos assemelham-se aos do 
granuloma, o que faz com que essas duas entidades 
patológicas sejam indistinguíveis radiograficamente. 
 
Entretanto, a necessidade de diferenciação é 
questionável, uma vez que o tratamento e o 
prognóstico não são diferentes nestas duas entidades 
patológicas. 
 
ABSCESSO PERIRRADICULAR CRÔNICO 
 
Esta patologia resulta do egresso gradual de 
irritantes do canal radicular para os tecidos 
perirradiculares, com consequente formação de 
exsudato purulento no interior de um granuloma. 
Esta lesão também pode se originar da cronificação 
do abscesso perirradicular agudo. 
 
Assintomático. 
 
Presença de fistula intra ou extra-oral. 
 
O trajeto da fistula pode ser rastreado com um cone 
de guta-percha. 
RASTREAMENTO DE FISTULA COM GUTA-PERCHA
 
 
Teste de vitalidade pulpar: Negativo 
 
Percussão e palpação: Negativos 
Radiograficamente: área de destruição óssea 
perirradicular, indistinguível destas outras duas 
entidades patológicas, os limites da área radiolúcida 
podem não estar bem definidos, como o são para o 
granuloma e o cisto. 
♥ Tratamento 
Tratamento endodôntico com desbridamento 
foraminal, se obter sucesso no tratamento a fistula 
regride de 7 a 30 dias. No entanto se houver presença 
de fistula no momento da obturação o prognostico é 
duvidoso. 
 
REFERÊNCIA 
LOPES, H.P.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.F. Endodontia: 
biologia e técnica. 3. ed., Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2015. 
MACHADO, M.E.L. Endodontia: da Biologia à Técnica. 
Livraria Santos Editora, 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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