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SINTAXE ANALÍTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. RESUMO DA UNIDADE No tocante o uso da língua padrão, faz-se necessário estudar os elementos que compõem uma frase, oração e período, exatamente para que saibamos, com segurança, o que estamos produzindo, assim como o porquê de tudo isso. Deve-se estudar cada vez mais a norma culta, inclusive, a Sintaxe (que é um dos elementos de estudo da gramática), visto que a sociedade está usando cada vez mais os neologismos e faz uso constante da supressão de vogais e consoantes nas palavras. Dessa maneira, no presente estudo será possível que o aluno compreenda os elementos essenciais do funcionamento do verbo, nomeadamente, os tipos e comportamentos do verbo. Ademais, o aluno poderá entender o processo de formação da frase e as interrogativas com foco, para que seja possível, portanto, perceber os elementos que giram em torno da semântica, escrita, tradução e interpretação. Palavras-chave: Sintaxe, semântica, gramática Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. SUMÁRIO RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 2 APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 5 CAPÍTULO 1 - VERBO ............................................................................................. 7 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE VERBO .............................................. 7 1.2 NÚMERO E PESSOA .................................................................................... 7 1.3 FLEXÃO VERBAL .......................................................................................... 8 1.4 VOZES DO VERBO ..................................................................................... 13 1.5 TIPOS DE VERBO ....................................................................................... 15 1.6 LOCUÇÃO VERBAL .................................................................................... 18 1.7 TRANSITIVIDADE DOS VERBOS ............................................................... 18 CAPÍTULO 2 - A FORMAÇÃO DA FRASE ............................................................ 21 2.1 ANÁLISE SINTÁTICA .................................................................................. 21 2.2 FRASE ......................................................................................................... 21 2.3 FRASE INTERROGATIVA ........................................................................... 22 2.4 FRASE EXCLAMATIVA ............................................................................... 23 2.5 FASE DECLARATIVA .................................................................................. 23 2.6 FRASE IMPERATIVA ................................................................................... 23 2.7 FRASE VERBAL .......................................................................................... 24 2.8 FRASE NOMINAL ........................................................................................ 24 2.9 TERMOS DA ORAÇÃO ............................................................................... 31 2.10 TERMOS ESSENCIAIS ............................................................................... 31 2.11 PERÍODO ..................................................................................................... 36 2.12 ESTUDO DOS MORFEMAS ........................................................................ 37 2.13 FORMAÇÃO DE PALAVRAS ....................................................................... 42 CAPÍTULO 3 - DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE FATOS LINGUÍSTICOS (I) .................................................................................................... 64 3.1 Considerações gerais ................................................................................... 64 3.2 DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE FATOS LINGUÍSTICOS (II) ..................................................................................................................... 68 3.3 DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE FATOS LINGUÍSTICOS (III) ..................................................................................................................... 71 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 3.4 DESCRIÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE FATOS LINGUÍSTICOS (IV) ..................................................................................................................... 76 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 81 REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ........................................................................... 82 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. APRESENTAÇÃO DO MÓDULO Saber lidar com as interfaces de uma língua e conhecê-la a fundo é um dos objetivos que devemos alcançar para obter um melhor domínio da língua que falamos, no nosso caso, o português brasileiro. Conhecer a fundo a estrutura da língua culta torna-se cada vez mais indispensável, assim como o uso da língua regional, etc. No tocante o uso da língua padrão, faz-se necessário estudar os elementos que compõem uma frase, oração e período, exatamente para que saibamos, com segurança, o que estamos produzindo, assim como o porquê de tudo isso. Conhecer e dominar a língua culta não quer dizer que os outros tipos de linguagem devem ser ignorados, muito pelo contrário, devemos ter consciência com respeito ao lugar que deve ser inserida a nossa produção discursiva - saber como, quando e onde usar a língua padrão - é algo indispensável. Deve-se estudar cada vez mais a norma culta, inclusive, a Sintaxe (que é um dos elementos de estudo da gramática), visto que a sociedade está usando cada vez mais os neologismos e faz uso constante da supressão de vogais e consoantes nas palavras. O estudo da forma das palavras, ou, morfologia, é categorizada em morfologia lexical e morfologia taxonômica. Iniciaremos nossos estudos com a morfologia lexical, que foca na estrutura e na formação das palavras do português. O estudo da estrutura foca nos morfemas, unidades condutoras de significado ou indicadoras de flexão, que formam palavras quando são unidas; enquanto o estudo da formação analisa as maneiras diversificadas em que essas unidades se unem para criar palavras. Nesta unidade, propomos a apresentação e desenvolvimento do conceito básico desses dois processos, agrupados em quatro subdivisões: estudo dos morfemas, que inclui: radical,afixos, desinência, vogal temática, tema e vogal/consoante de ligação; formação de palavras (I), que inclui o processo de composição; formação de palavras (II), que inclui o processo de derivação: e formação de palavras (III), que inclui a onomatopeia, abreviação, hibridismo e sigla. Dessa maneira, no presente estudo será possível que o aluno compreenda os elementos essenciais do funcionamento do verbo, nomeadamente, os tipos e Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. comportamentos do verbo. Ademais, o aluno poderá entender o processo de formação da frase e as interrogativas com foco, para que seja possível, portanto, perceber os elementos que giram em torno da semântica, escrita, tradução e interpretação. Bons estudos! Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 1 - VERBO 1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE VERBO O verbo é uma classe de palavra onde é possível expressar uma ação, um fenômeno, um estado ou um processo. As orações e os períodos se “adaptam” ao verbo, podendo ser flexionado em número, pessoa, modo, tempo, voz e aspecto. Vejamos cada um desses elementos. 1.2 NÚMERO E PESSOA Ao serem flexionados em número, os verbos podem ser conjugados no singular (um sujeito verbal) ou no plural (vários sujeitos verbais). Eles também podem ser flexionados em pessoa: a 1a pessoa (eu e nós), para mostrar quem fala; a 2a pessoa (tu e vós), para mostrar com quem se fala e a 3a pessoa (ele e eles), mostrando de quem se fala. Com isso, obtêm-se os pronomes pessoais do caso reto. Veja: - Eu: 1a pessoa do singular; - Tu: 2a pessoa do singular; - Ele/Ela: 3a pessoa do singular; - Nós: 1a pessoa do plural; - Vós: 2a pessoa do plural; - Eles/Elas: 3a pessoa do plural. ATENÇÃO Nem todas as regiões do Brasil utilizam o pronome TU. Esse pronome foi substituído pelo pronome VOCÊ. Tu falas português? → Você fala português? Tu conheces o Brasil → Você conhece o Brasil? O pronome VÓS também pode ser usado direcionado a uma só pessoa, no entanto, esse pronome não é utilizado no cotidiano, ele está mais presente no gênero literário. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 1.3 FLEXÃO VERBAL A flexão em modo é dividida em três partes: indicativo, subjuntivo e imperativo. Modo Indicativo: expressa uma certeza, um fato. Eu estudo português. Ele já foi ao Brasil nas férias. Nós compraremos uma casa em São Paulo. Modo Subjuntivo: é usado para indicar possibilidade, expressa ações de forma incerta e duvidosa. Tomara (que) você estude português esse ano. Tomara (que) ele vá ao Brasil nas férias. É provável (que) nós compremos uma casa em Salvador. Modo Imperativo: é um modo usado para indicar ordem, pedido ou conselho. Estude para essa prova! Vá ao Brasil nas férias. Compremos uma casa em Salvador! Os tempos verbais situam um evento do qual se fala com relação ao momento em que se fala, reconhecidos através do presente, passado e futuro. Os tempos verbais estão estruturados nos modos verbais, podendo ser simples (formados por uma forma verbal) ou composto (formados por um verbo auxiliar e um verbo principal). • Modo Indicativo (simples): Presente; Pretérito Imperfeito; Pretérito Perfeito; Pretérito mais-que-perfeito; Futuro do Presente; Futuro do Pretérito. • Modo Indicativo (composto): Pretérito Perfeito composto; Pretérito mais- que-perfeito composto; Futuro do Presente composto; Futuro do Pretérito composto. https://www.conjugacao.com.br/tempos-verbais-compostos/ • Modo Subjuntivo (simples): Presente; Pretérito Imperfeito; Futuro. • Modo Subjuntivo (composto): Pretérito Perfeito composto; Pretérito mais- que-perfeito composto; Futuro composto. • Modo Imperativo: Imperativo Afirmativo; Imperativo Negativo. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. • Formas nominais simples: Infinitivo pessoal; Infinitivo impessoal; Gerúndio; Particípio. • Formas nominais compostas: Infinitivo pessoal composto; Infinitivo impessoal composto; Gerúndio composto. Observe a definição e o uso de cada tempo e modo verbal: Presente (Indicativo): indica um fato que ocorre no momento do enunciado, podendo ser cronológico ou não. Eu conheço Buenos Aires. Eles moram na Argentina. Presente (Subjuntivo): é usado para indicar uma ação presente ou futura. Usamos para expressar desejos, hipóteses e suposições. Geralmente acompanha o termo “Que”. Tenha uma boa noite! Tomara que eles consigam terminar o exercício. Pretérito Perfeito (Indicativo): indica uma ação totalmente realizada e que já foi concluída. Ontem nós fomos ao teatro. Antes de ontem eu tive um problema para resolver. Figura 1. Tempos verbais Fonte: Elaborado pelo autor (2020) Pretérito Perfeito Composto (Indicativo): aponta uma ação repetida que já aconteceu e que continua até o presente. É formado pelo presente do indicativo do verbo ter + o particípio do verbo principal. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Pretérito Perfeito Composto (Subjuntivo): marca uma ação anterior já concluída, podendo estar relacionado com o passado ou com o futuro. É formado pelo presente do subjuntivo do verbo ter + o particípio do verbo principal. Figura 2. Particípio do verbo principal Fonte: Elaborado pelo autor (2020) Pretérito Imperfeito (Indicativo): marca uma ação que começou no passado e que ainda não terminou, podendo indicar algo cotidiano que ocorreu no passado. Eu gostava de soltar pipa quando era criança. Eles gostavam de brincar com os primos. Pretérito Imperfeito (Subjuntivo): é usado para expressar desejo, probabilidade ou um evento condicionado por outro. Também é possível indicar uma ação presente, passada ou futura. Geralmente acompanha o termo “Se”. Se eu tivesse dinheiro eu compraria um carro importado. Se o meu chefe me oferecesse um melhor salário, eu ainda estaria aqui! Pretérito mais-que-perfeito (Indicativo): marca uma ação passada comparada a outra ação também no passado. Ao chegar à escola, percebi que o diretor já partira. Quando eu cheguei, Manuel falara de suas últimas aventuras. Pretérito mais-que-perfeito Composto (Indicativo): é a junção da locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo + particípio do verbo principal.Exemplo: Pret. Perf. PMQP Pret. Perf. PMQP Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Eu já tinha estudado português quando fui ao Brasil. Verbo auxiliar: tinha Particípio do verbo principal: estudado Pretérito perfeito: fui Pretérito mais-que-perfeito Composto (Subjuntivo): é a junção da locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo + o particípio do verbo principal. Exemplo: Se a gente não tivesse feito aquela manifestação, não estaríamos aqui. Verbo auxiliar: tivesse Particípio do verbo fazer: comprado Futuro do Presente (Indicativo): marca uma ação que acontecerá em relação ao presente. Nós iremos ao Maranhão nas próximas férias. Elas irão ao show esta noite. Futuro do Presente Composto (Indicativo): é um evento futuro que estará concluído antes de outro evento e é a junção da locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do indicativo + o particípio do verbo principal. Exemplo: Quando os meus pais chegarem, eu já terei limpado a casa Verbo auxiliar: terei Particípio do verbo sair: limpado Futuro do Pretérito (Indicativo): é também conhecido como condicional e indica ações futuras em relação ao passado, assim como ações hipotéticas ou irreais. Eu viajaria este fim de semana se tivesse tempo. Eu gostaria de estar com você agora. Futuro do Pretérito Composto (Indicativo): faz referência a uma ação que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada e pode ser combinado através da locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do indicativo + o particípio do verbo principal. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Exemplo: Eu teria ido ao cinema se eu tivesse tempo. Verbo auxiliar: teria Particípio do verbo ir: ido Futuro (Subjuntivo): indica uma ação que acontecerá no futuro e marca a probabilidade de que essa ação vai acontecer. Geralmente acompanha o termo “Quando”. Quando ele tomar o remédio, ficará curado. Quando eu tiver tempo, conversaremos um pouco. Futuro Composto (Subjuntivo): é a união da locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo Simples + o particípio do verbo principal. Exemplo: Quando você tiver terminado a lição, nós iremos tomar um sorvete Verbo auxiliar: tiver Particípio do verbo terminar: terminado Imperativo: é um modo verbal que é usado para dar ordem ou conselho. É dividido em imperativo afirmativo e imperativo negativo. Faça como eu disse! (Imperativo afirmativo), sendo, portanto, o termo FAÇA, como uma imposição; Não durmam tão tarde, é melhor para vocês, sendo, portanto, o termo destacado um conselho e, não, uma ordem. Formas nominais: As formas nominais de um verbo são divididas em infinitivo, gerúndio e particípio. Infinitivo: expressa a ação em si e pode ser pessoal e impessoal. Infinitivo Pessoal: é flexionado, varia em número e pessoa. Eu vi eles saírem pelos fundos da casa. Por serem as minhas tias não quer dizer que eu deva ficar calado diante dessa injustiça. Infinitivo Pessoal (Composto): Eu tenho feito de tudo para economizar dinheiro. O fato de vocês terem chegado mais cedo não quer dizer que a festa deva começar agora. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Infinitivo Impessoal: não se refere a ninguém, especificamente, e não é flexionado. Ele tem um falar muito bonito! Rir é melhor do que chorar. Infinitivo Impessoal (Composto): é também chamado de pretérito impessoal, não se refere a ninguém especificamente. Ter feito algo de bom para alguém é um ato de nobreza. O simples fato de ter escrito um poema não quer dizer que eu seja poeta. Gerúndio: se caracteriza pela terminação – ndo e não se flexiona, mas pode exercer o papel de advérbio e adjetivo. Desculpe, eu estava falando ao telefone. Enquanto você dormia, nós estávamos preparando o almoço. Gerúndio (Composto): marca uma ação prolongada que terminou antes da ação da oração principal. Tendo cumprido todos os critérios, você foi reconhecido. Tendo feito os exercícios, eles estão de férias. Particípio: é uma forma nominal que está dividida em regular e irregular. Particípio regular: possui a terminação – ado; -ido. O seu documento foi registrado no Cartório. Ela tem dormido muito pouco nesses últimos dias. Particípio irregular: exerce o papel de adjetivo. Nós gostamos de comer batatas fritas. O padre usa água benta para batizar as crianças. 1.4 VOZES DO VERBO As vozes verbais são divididas em três: ativa, passiva e reflexiva. Voz ativa: o sujeito é o agente da ação (a ação verbal é praticada pelo sujeito da oração). Janaina cozinhou feijoada. Voz ativa e sujeito: Janaína Ação verbal: cozinhou Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Nós fizemos o exercício de português. Voz ativa e sujeito: Nós Ação verbal: fizemos Voz passiva: é quando o sujeito é o paciente da ação. A voz passiva é dividida em analítica e sintética. A voz passiva analítica possui uma estrutura própria: sujeito paciente + verbo auxiliar + particípio + preposição + agente da passiva. O vatapá foi cozinhado pela Janaina. Sujeito paciente: O vatapá Verbo auxiliar: foi Particípio: cozinhado Preposição: pela Agente passiva: Janaína O exercício de português foi feito por nós. Sujeito: O exercício de português Verbo auxiliar: foi Particípio: feito Preposição: por Agente passiva: nós A voz passiva sintética possui a seguinte estrutura: verbo transitivo + pronome se + sujeito paciente. Comeu-se a feijoada. Verbo transitivo: Comeu Pronome: Se Sujeito paciente: a feijoada Comprou-se um livro de português. Verbo transitivo: Comprou Pronome: Se Sujeito paciente: um livro de português Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Voz reflexiva é quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente da ação, podendo indicar caráter recíproco. Eles se abraçaram na festa. Aquele rapaz se cortou com a lâmina. Aspecto: é através dela que sabemos se a ação verbal está totalmente concluída ou não. Os alunos terminaram a atividade. Os alunos fizeram uma parte do exercício porque não tiveram tempo. Se o foco principal da ação verbal está no início, no meio ou no fim da ação:Começou a chover! Os trâmites burocráticos foram iniciados. Se a ação é por pouco tempo, duradoura, contínua ou interrompida: A chuva durou quatro horas. Ele ainda não conseguiu sair do engarrafamento. Eu trabalho até às 18hs. Eles estão aprendendo a cozinhar feijoada. 1.5 TIPOS DE VERBO Os verbos fazem parte de uma classe gramatical muito ampla e é por esse motivo que podem ser classificados de várias formas (que serão vistas a seguir) e apresentam três tipos de conjugação: -ar; -er; -ir. FIQUE ATENTO Os verbos terminados em –or (verbo pôr e seus derivados) fazem parte do grupo – er. O radical/raiz é um morfema indivisível que está presente na conjugação verbal e pode ser modificado ou não durante a flexão verbal. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. A terminação/desinência verbal indica a flexão de número e pessoa; modo e tempo dos verbos. Am- as: É o radical/raiz do verbo. Am-amos: Desinência número-pessoal, pois indica a pessoa do verbo (indica que está na primeira pessoa do plural). am-o am-as am-a am-amos am-áis am-am Am-ava; Desinência modo-temporal, pois indica o Pret. Imp. Am-avam: É o radical/raiz do verbo am-ava am-avas am-ava am-ávmos am-ávais am-avam Verbos regulares: São verbos que apresentam um modelo fixo de uma conjugação e não possuem nenhuma mudança no radical/raiz ou nas terminações/desinências verbais. Exemplos: amar, cantar, falar e estudar. Verbos irregulares: São verbos que não possuem nenhum modelo fixo de conjugação, podendo apresentar alteração no radical ou nas terminações verbais. Exemplos: dar, dizer, estar, pôr. Verbos anômalos: São verbos irregulares que apresentam radicais diferentes. Os verbos ir e ser são os principais verbos anômalos. Exemplos: ir: eu vou, eu fui, eu irei; ser: eu sou, eu fui, eu era. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Verbos defectivos: São verbos que apresentam conjugação incompleta. O verbo não é conjugado em todos os tempos, modo e/ou pessoa. Essa defectividade ocorre por diversos fatores como: fonéticos, semânticos ou morfológicos. Verbos impessoais: A conjugação é feita somente na 3a pessoa do singular e não apresentam sujeito. Exemplos: chover, haver, nevar, ventar. Verbos unipessoais: Os verbos unipessoais são conjugados na 3a pessoa do singular e na 3a pessoa do plural. Exemplos: convir, custar, latir, miar. Verbos abundantes: São verbos que apresentam duas formas de particípio: regular e irregular. Exemplos: aceitar, entregar, ganhar, pagar. Verbos principais: São verbos que não precisam de outros verbos para passar uma ação verbal. Exemplos: comer, dançar, saltar, sorrir. Verbos de ligação: São verbos que ligam uma característica ao sujeito indicando um estado. Exemplos: estar, ficar, permanecer, ser. Verbos auxiliares: Acompanham o verbo principal indicando o tempo, modo, número e pessoa da ação verbal. Também é utilizado nas locuções verbais. Exemplos: estar, haver, ser, ter. Verbos pronominais: São verbos que se juntam aos pronomes oblíquos átonos quando são conjugados. Exemplos: abster-se, arrepender-se, queixar-se, zangar-se. FIQUE ATENTO Os pronomes oblíquos são: me, te, se, nos, vos, se. Verbos significativos: São verbos que indicam uma ação e podem ser VTD, VTI, VTDI ou VI. Exemplos: acreditar (VTI), dar (VTDI), nascer (VI), querer (VTD). De acordo com o que foi exposto os verbos podem ser compreendidos a partir das questões apresentadas no quadro abaixo. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 3. Tipos verbais Fonte: SALES (2019). 1.6 LOCUÇÃO VERBAL A locução verbal é a união de um verbo auxiliar e um verbo principal. Esses dois verbos estão juntos na oração e transmitem somente uma ação verbal, exercendo o papel de único verbo. Quando se trata de locução verbal, o verbo auxiliar é o único a ser flexionado e o verbo principal deve estar no infinitivo, gerúndio ou particípio. Nós precisamos estudar para o exame final. Verbo auxiliar flexionado: precisamos Verbo principal no infinitivo: estudar Eu estou escrevendo um e-mail para o meu chefe. Verbo auxiliar flexionado: precisamos Verbo principal no gerúndio: escrevendo Ele tinha dito a verdade sobre o crime. Verbo auxiliar flexionado: tinha Verbo principal no gerúndio: dito 1.7 TRANSITIVIDADE DOS VERBOS Os verbos transitivos são aqueles verbos que apresentam um sentido incompleto e é necessário um complemento. Esse complemento nós chamamos de objeto e é dividido em dois: direto e indireto. Dessa forma, os verbos transitivos se Regulares Defectivos Abundantes Auxiliares Irregulares Impessoais Principais Pronominais Anômalos Unipessoais Ligação Significativos Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. classificam em verbo transitivo direto (VTD); verbo transitivo indireto (VTI) e verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Vejamos o seguinte exemplo: Mariana comprou roupas. O que ela comprou? roupas. Observando o exemplo, sabemos que Mariana comprou algo, mas o quê? Roupas. Então, o verbo precisou de um complemento para fazer sentido, portanto, roupas foi o que Mariana comprou e, consequentemente, é o complemento da oração. FIQUE ATENTO Sempre devemos fazer perguntas ao verbo principal. O quê? De quê? etc. Vejamos outro exemplo: Eles gostam de chocolate. Eles gostam de quê? chocolate Nesse caso, eles gostam de alguma coisa, mas eles gostam de quê? De chocolate. Dessa vez temos a preposição de e chocolate seria o complemento da sentença. O Verbo Transitivo Direto (VTD) é aqueles verbos que pede um complemento sem preposição e se une ao verbo sem preposição. A enchente causou mortes. O que a enchente causou? Mortes. Carlos ama comer. O que Carlos ama? Comer O Verbo Transitivo Indireto (VTI) é aquele que pede um complemento com preposição obrigatória e consequentemente se une ao verbo com preposição. Acredito em você. Quem acredita, acredita em alguém ou em alguma coisa. Precisamos de dinheiro. Quem precisa, precisa de algo. Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O Verbo Transitivo Direto e Indireto (VTDI) apresenta dois complementos: um deles está vinculado ao verbosem preposição e o outro está vinculado ao verbo com preposição de forma indireta. Exemplo1: Henrique entregou a chave para a imobiliária VTDI: entregou OD (sem preposição): a chave OI (com preposição): para Exemplo2: A juíza deu o veredito final ao acusado VTDI: deu OD (sem preposição): o veredito OI (com preposição): ao Os verbos intransitivos são de sentido completo e não é necessário complemento, tais como o objeto direto (OD) e objeto indireto (OI). Meu sobrinho nasceu ontem. A menina caiu. 21 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. CAPÍTULO 2 - A FORMAÇÃO DA FRASE 2.1 ANÁLISE SINTÁTICA A Sintaxe é a ciência que estuda as regras gramaticais presentes nas frases. Além de se relacionar com a gramática, o termo sintaxe também se relaciona ao estudo da lógica e as linguagens de programação. O estudo da sintaxe se deu a partir de Aristóteles, onde houve a primeira divisão entre sujeito e predicado. Temos quatro pilares da sintaxe: análise sintática; concordância; regência e colocação e, nesta primeira unidade, trabalharemos, exclusivamente, a análise sintática. Como primeira parte da Sintaxe, estudaremos a frase, oração e período. Esses três elementos durante muito tempo foram sofrendo algumas modificações em suas definições, no entanto, essas modificações não mudaram muito, com respeito à definição que temos hoje em dia. Vejamos algumas definições: 2.2 FRASE O principal objetivo da frase é comunicar, então, podemos dizer que a frase é um enunciado construído com um propósito comunicativo, podendo, assim, traduzir sentidos e sua respectiva interação verbal. São características das frases: • O uso da pontuação específica, podendo estar no início ou no final dela. Veja o exemplo: Bom dia! O que você vai fazer agora? (1) Bom dia! - Uso da exclamação (2) O que você vai fazer agora? - Uso da interrogação Percebemos nesses dois casos que, de fato, temos a pontuação, que, no caso, seria a interrogação e a exclamação. Portanto, antes da frase (2) temos uma exclamação que pertence à primeira frase e a interrogação pertence à segunda frase. 22 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Entonação: se a frase é interrogativa ou exclamativa, necessitamos fazer a entonação necessária caso a frase seja verbalizada. Podemos elaborar uma frase a partir de uma única palavra e usando a pontuação mais adequada para a transmissão da mensagem. Exemplo: Olá! Tudo bem? Sim. Pode ter um ou mais verbos. Eu SOU professor Sou= Verbo conjugado no presente do indicativo Verbo conjugado no presente do indicativo (V2) Eu SOU professor e TRABALHO na Universidade Verbo conjugado no presente do indicativo (V1) • Uma frase pode ser separada de outra, ou seja, seu limite é dado através da letra maiúscula ou pela pontuação. Vejamos o exemplo abaixo. - Ele respondeu: Por favor, saia daqui! Uso da maiúscula e da pontuação para separar uma frase da outra Existem vários tipos de frases e elas podem ser classificadas em quatro grandes grupos. Vejamos cada caso: 2.3 FRASE INTERROGATIVA Esse tipo de frase é usado quando se deseja fazer uma pergunta, uma indagação, e sempre está acompanhada de interrogação (?). Que dia é hoje? Que horas são? O supermercado está aberto? 23 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE DE OLHO! Na maioria dos casos, a frase interrogativa também é composta pelo pronome interrogativo. 2.4 FRASE EXCLAMATIVA Esse tipo de frase serve para marcar admiração, surpresa (marcando uma expressividade, seja ela positiva ou negativa) e pode ser finalizada com a exclamação (!) ou os três pontos (...). Bom dia! Que pena! Que legal... 2.5 FASE DECLARATIVA Não é marcado nenhum tipo de entonação, ela finaliza com um ponto final (.). Eu não gosto de comer frango. Nós não queremos sair hoje. FIQUE DE OLHO! A presença ou ausência da expressividade vai depender de cada emissor ou do que já está escrito. 2.6 FRASE IMPERATIVA É uma frase que é composta por, pelo menos, um verbo conjugado no imperativo (entenda que nem sempre o imperativo indica ordens). Ligue o ar condicionado! Feche a porta! Cale-se! Por outro lado, a frase também se divide em verbal e nominal: 24 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.7 FRASE VERBAL São frases que apresentam um ou mais verbos. Eu falo inglês. ATENÇÃO! Qualquer frase que tenha verbo é chamada de frase verbal e o seu tempo, ou seja, presente, passado ou futuro, é indistinto. 2.8 FRASE NOMINAL É quando a frase não apresenta nenhum verbo. Boa viagem! Bom descanso! Tchau! FIQUE ATENTO Como a frase nominal não apresenta nenhum verbo, o mesmo pode ser substituído por substantivos, advérbios e adjetivos, por exemplo. Dentro da frase nominal existe um fenômeno chamado de verbo subentendido. Vejamos os exemplos abaixo: Boa viagem! (Tenha uma) Boa viagem! Silêncio! (Façam) Silêncio! Seguindo o nosso estudo de análise sintática, estudaremos agora a formação da oração e sua respectiva composição. A oração é toda frase que apresenta um verbo ou locução verbal. Vejamos alguns exemplos: Eu comi strogonoff. (Representa uma oração porque só tem um verbo). Nós fomos ao cinema e comemos muita pipoca. (Representa duas orações porque apresentam dois verbos). 25 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE LIGADO O verbo é uma estrutura que está relacionada à acontecimentos, expressando uma ação ou fenômeno, por exemplo. Já a locução verbal é a união de dois ou mais verbos, podendo ser um verbo auxiliar e outro verbo principal. Exemplo de locução verbal: Estou lendo o jornal. As orações são divididas em coordenadas e subordinadas. As orações coordenadas são aquelas que se ligam umas pelas outras através do sentido e que, de certa forma, são independentes. Essa ligação pode ocorrer pela vírgula, conjunção (mesmo com a presença desses elementos, uma oração pode ser entendida de forma separada, de forma isolada). Por sua vez, as orações coordenadas se dividem em: sindéticas e assindéticas. As orações assindéticas são aquelas que nãopossuem nenhuma conjunção, no entanto, podem ser representadas pela vírgula. Eu vou comprar no supermercado carne, arroz, feijão para o almoço. As orações sindéticas são identificadas através das conjunções (conhecida como conjunções coordenativas) e, por sua vez, dependendo da conjunção usada, elas se dividem em cinco grupos. ATENÇÃO! As conjunções são elementos cuja principal finalidade é unir termos de uma oração e que podem ser coordenadas e subordinadas. As orações aditivas dão uma ideia de adicionar uma determinada ideia que faltava na compreensão total da mensagem. As principais conjunções aditivas são: » e; » também; » bem como; » assim; 26 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. » como também; » não só; » etc. Eu não só limpei a casa, como também paguei todas as contas! Nós sempre comemos arroz e carne no almoço. Eles não gostavam nem de estudar francês nem de estudar espanhol. A oração adversativa sempre vai transmitir uma ideia que é oposta à anterior, seja (+) (-) ou (-) (+). Tentei viajar hoje, porém não tinha vaga disponível no avião. Eu quero viajar, mas não tenho dinheiro. Ela não tinha dinheiro, ainda assim, quis fazer a reforma da casa. A oração alternativa representa alternância entre as orações e os seus elementos podem ser repetidos ou não, em uma mesma oração. As principais conjunções alternativas são: » ora...ora; » ou...ou; » seja...seja; » etc. Ou vou para a praia, ou vou para a montanha nas minhas férias. Ora quero comprar um carro, ora quero economizar para viajar. Seja noite seja dia, sempre devemos acreditar em dias melhores. A oração conclusiva une a oração anterior com a seguinte e nos passa uma ideia de conclusão da ideia. As principais conjunções conclusivas são: » pois (depois do verbo); » por conseguinte; » por isso; » então; » desse modo; » portanto; » etc. Eu não tenho dinheiro, logo não poderei viajar este ano. 27 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Nós nos mudaremos de casa, por isso não vão reforma-la. Perdemos o voo, portanto não chegaremos a tempo. A oração explicativa ocorre quando a segunda oração explica a estrutura da primeira oração. Nesse tipo de conjunção, o uso da vírgula é obrigatório. As principais conjunções explicativas são: » visto que; » pois; » dado que; » porque; » uma vez que; » que; » etc. O meu filho ainda está com raiva, pois não passou em matemática na escola. Nós não vamos sair de casa agora, já que estamos ocupados. O Brasil foi descoberto em 1500, ou seja, foi invadido. A oração subordinada exerce uma função sintática nas demais, em outras palavras, é um tipo de oração que subordina as outras. As orações subordinadas se dividem em: substantiva, adjetiva e adverbial. As orações subordinadas substantivas se relacionam diretamente com a função dos substantivos e são classificadas em: 28 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 4. Orações subordinadas Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva tem função de sujeito da oração principal. É possível que ele chegue tarde para a união. A Oração Subordinada Substantiva Predicativa tem função de predicativo do sujeito. Nosso sonho era que nos casássemos ainda este ano. A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta tem função de objeto direto. Nós desejamos que você tenha uma ótima estadia no Brasil. A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta tem função de objeto indireto. Uma oração é vinculada com a outra através da preposição. Ninguém desconfiava de que algum dia você voltaria. Primeira oração Segunda oração A Oração Subordinada Substantiva Apositiva é a oração que exerce função de aposto na oração principal. Nesse tipo de frase não há nenhum verbo de ligação (para conectar as duas orações). Subordinada Substantiva Subjetiva Predicativa Complemento Nominal Objetiva Direta Objetiva Indireta Substantiva Apositiva 29 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Nessa vida existem dois caminhos que devemos escolher: o caminho do bem e o caminho do mal. A Oração Subordinada Substantiva Complemento Nominal tem a função de complemento nominal de um nome da oração principal. Sempre se vincula a um nome da oração principal e sempre se liga através de preposições. Chegamos à conclusão de que o documento não é falsificado. Oração principal: Chegamos à conclusão Segunda oração: que o documento não é falsificado. As orações subordinadas adjetivas ocupam a função de adjetivo e são divididas em Explicativa e Restritiva. A Oração Subordinada Adjetiva Explicativa é quando se explica um termo que já foi mencionado, um termo antecedente. O Brasil, que é o quinto maior do mundo, está na América do Sul. O professor, que era bastante comprometido, publicou seu primeiro livro. A Oração Subordinada Adjetiva Restritiva é aquela que se vincula diretamente com a oração principal e a torna específica; restrita. Atenção, ela não pode ser separada por vírgula. As pessoas que dormem bem trabalham melhor. O João mora naquele prédio alto. As Orações Subordinadas Adverbiais exercem função de advérbio e são classificadas em: 30 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Figura 5: Oração subordinadas adverbiais Fonte: Elaborado pelo Autor (2020) A Oração Subordinada Adverbial Temporal relaciona-se com as circunstâncias temporais. Ficaremos aqui até que o nosso problema seja resolvido. Eu sempre como nesse restaurante. A Oração Subordinada Adverbial Final se constrói para exprimir uma finalidade específica. Devemos estudar para vencer na vida. Eu vou dormir cedo para que eu possa me levantar bem amanhã. A Oração Subordinada Adverbial Causal é um tipo de oração que exprime causa. Já que não vou viajar nessas férias aproveitarei para ler bastante. Não sai de casa hoje porque estava chovendo. A Oração Subordinada Adverbial Consecutiva relaciona-se com as consequências de ter realizado/ter acontecido certo ato/evento. Gastamos tanto dinheiro este mês,que agora não temos para pagar o aluguel. Choveu tanto, que inundou a minha rua. A Oração Subordinada Adverbial Comparativa é quando a oração principal e a oração subordinada passam por um tipo de comparação. Subordinada Substantiva Subjetiva Predicativa Complemento Nominal Objetiva Direta Objetiva Indireta Substantiva Apositiva 31 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Eu sou mais alto que o meu irmão. A comida daquele restaurante é mais gostosa do que a comida que eu faço. A Oração Subordinada Adverbial Condicional é um tipo de oração que exprime condição. Você será aprovado desde que estude bastante. Se estiver nevando, não sairei com o carro. A Oração Subordinada Adverbial Concessiva refere-se a uma concessão oferecida apesar de algumas circunstâncias. O Lucas participará da reunião pedagógica apesar de não ser professor. Vou te ajudar, embora não confie muito em você. Oração Subordinada Adverbial Proporcional é o tipo de oração que exprime proporção entre as duas orações. Á medida que as horas passam, eu fico mais aflito. À medida que vocês forem terminando a prova, começarei as correções. A Oração Subordinada Adverbial Conformativa é o tipo de oração que exprime conformidade entre as duas orações. Segundo as previsões do tempo, hoje não choverá. Montamos a estante conforme as especificações do manual. 2.9 TERMOS DA ORAÇÃO Nesta seção, daremos continuidade ao estudo da oração, no entanto, nos focaremos nos seus termos essenciais, constituintes e acessórios. 2.10 TERMOS ESSENCIAIS Os termos essenciais referem-se ao Sujeito e ao Predicado de uma oração com a sua respectiva subdivisão. FIQUE ATENTO Uma oração se estrutura basicamente através da presença do sujeito e do predicado. 32 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Sujeito É a identificação da pessoa sobre a qual se declara, podendo realizar ou sofrer uma determinada ação. Os alunos estudaram para a prova. Sujeito: Os alunos. Verbo: estudou (infinitivo: estudar). Predicado: estudaram para a prova. A rua está inundada por causa da chuva Sujeito: A rua. Verbo: está (infinitivo: estar). Predicado: está inundada por causa da chuva. FIQUE ATENTO! Percebam que para formar o sujeito não é necessário que seja literalmente uma pessoa. Dentro do próprio sujeito nós temos o núcleo do sujeito, que serve para representar o elemento mais importante do sujeito (quando o sujeito é composto por mais de uma palavra). Vejamos os exemplos abaixo: O filme foi excelente. Sujeito: O filme. Núcleo do Sujeito: filme (como o sujeito é composto por mais de um elemento, devemos escolher o elemento mais importante). Predicado: foi excelente. FIQUE ATENTO! O núcleo do sujeito pode ser substantivo, numeral, pronome pessoal ou qualquer palavra substantivada. Elas não querem viajar nas férias Sujeito: Elas Núcleo do Sujeito: Elas 33 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Predicado: não querem viajar nas férias. Sete é a nota que eu preciso! Sujeito: Sete. Núcleo do Sujeito: Sete. Predicado: é a nota que eu preciso. Uma vez que estudamos a definição de sujeito, vejamos como eles se classificam: Figura 6. Sujeito Fonte: Elaborado pela Autora (2020) O sujeito é simples quando existe um único núcleo e o verbo está ligado somente a um substantivo, pronome, etc. A minha mãe fez um bolo excelente. Sujeito: A minha mãe. Núcleo do Sujeito: mãe. Predicado: fez um bolo excelente. O bairro está sem policiamento Sujeito: O bairro. Sujeito Simples Composto Indeterminado Inexistente 34 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Núcleo do Sujeito: bairro. Predicado: está sem policiamento. O Sujeito Composto é quando existe mais de um núcleo e consequentemente existe mais de um pronome, mais de um numeral, etc. Carlos e eu fomos tomar um café. Sujeito: Carlos e eu. Núcleo do Sujeito: Carlos e eu (=nós). Predicado: fomos tomar um café. O Sujeito Oculto é quando o sujeito não está explícito. Chegamos na hora, mas não tinha ninguém. Sujeito: Chegamos. Sujeito Oculto: nós Fizeram a atividade? Sujeito: Fizeram. Sujeito Oculto: vocês/eles/elas (vai depender do contexto). O Sujeito Indeterminado é quando o sujeito não está tão claro, não está identificado. Isso acontece quando o verbo está na terceira pessoa do singular ou do plural e também quando é um caso de infinitivo pessoal. Alugam-se casas. Quem está alugando? Procuraram por você toda a tarde! Quem estava procurando? O Sujeito Inexistente é um caso de oração sem sujeito, portanto, sujeito e verbo não possui nenhum tipo relação. Nevou bastante nestes últimos dias. Predicado: Nevou bastante nestes últimos dias. O predicado é uma estrutura da oração que faz referência ao sujeito e tudo aquilo que não é sujeito pode ser considerado predicado. O predicado é dividido em três tipos: verbal, nominal e verbo-nominal. 35 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Predicado Verbal É quando existe um verbo na parte central da informação. Mariana chegou. Sujeito: Mariana. Núcleo do Sujeito: Mariana. Predicado: chegou. Predicado verbal: chegou. Predicado Nominal Geralmente é composto por algum verbo de ligação com o predicativo do sujeito. Mariana está atrasada. O verbo “estar” é um verbo de ligação. Sujeito: Mariana. Núcleo do Sujeito: Mariana. Predicado: está atrasada. Predicado nominal: está atrasada. Predicado Verbo-nominal É o tipo de predicado que tem dois núcleos. O atleta chegou cansado do treino. Sujeito: O atleta. Predicado verbo-nominal: chegou cansado do treino. Vimos no início desta seção que os termos da oração se dividem em essenciais, constituintes e acessórios. Por questões didáticas, explicamos até o momento os termos essenciais; os demais termos serão mencionados nas próximas unidades quando falarmos de concordância e regência, por exemplo. 36 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode serreproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.11 PERÍODO Uma vez que estudamos frase e oração, agora é a vez de estudar o período. O período nada mais é do que um enunciado com duas ou mais orações e que apresentam um sentido completo. ATENÇÃO! O enunciado é um trecho de um discurso (podendo ser escrito ou oral). O enunciado apresenta certa proposição e está vinculado diretamente com o contexto que corresponde. O período é dividido em dois: simples e composto. Vejamos cada caso: Período Simples É quando existe somente uma oração. Esta oração também é chamada de oração absoluta. Chove! Que dia é hoje? O Período Composto é quando apresenta duas ou mais orações. A presença de orações pode ser “calculada” pela quantidade de verbos. O período composto é classificado em período composto por coordenação e período composto por subordinação. Esses itens recém-mencionados já foram definidos e exemplificados no item anterior. Coordenação Esse processo se dá quando as orações são independentes entre si e cada uma apresenta um sentido completo, independente. Ele comeu e saiu para o trabalho. Terminou o filme e fomos diretamente para casa. Subordinação É quando as orações estão relacionadas, ou seja, é quando uma depende da outra para a compreensão efetiva da mensagem. Espero estudar todo o conteúdo antes de fazer a prova amanhã. 37 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 2.12 ESTUDO DOS MORFEMAS Tipos de morfemas: essas unidades condutoras de significado podem ser categorizadas em seis: radical; afixos (prefixo e sufixo); desinência; vogal temática; tema; e vogal/consoante de ligação. Radical: Semântica e estruturalmente, o radical é o núcleo, a base da palavra, sendo assim considerado a parte mais importante da palavra. E sua identificação não é difícil: reúna diversas palavras aparentam conter uma semelhança semântica e estrutural. No cartum abaixo temos a palavra “jornal”, cujo radical “jorn” pode dar origem à diversas palavras, como “jornalista”, “jornaleiro” e “jornaleco”. Tabela 1. O uso do Radical “Pedr” PEDR Pedra Pedreiro Pedregulho Pedraria Pedrinha Pedrada Petróleo Petrificar Fonte: Elaborada pelo autor (2020) No caso acima, a estrutura comum, “pedr”, que está em todas as palavras, é o radical – isto é, todas essas palavras derivam desse radical. Nota-se também que, nas últimas duas palavras há uma pequena modificação, “pedr” virou “petr”, mas isto não altera seu significado. Essa mudança é chamada de alomorfe (alo: diferente, forme: forma), isto é, uma forma levemente diferente do mesmo radical. Também vale ressalvar que todas as palavras de “pedra” até “petróleo” são nomes, mas “petrificar” é um verbo, que por sua vez contém suas próprias conjugações derivadas do radical “petrific”. Afixos: São estruturas conectadas ao radical para formar palavras. Aquelas que os precedem são os prefixos, responsáveis pela modificação de sentido e com origem predominantemente latina ou grega. Por exemplo: na palavra “insatisfeito”, o prefixo “in” significa negação, que modifica a palavra satisfeito, dando-lhe um sentido negativo; na palavra “refazer”, o prefixo “re” significa novamente, então a palavra é 38 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. modificada e fica com o sentido de “fazer novamente”. Além de negação e repetição, os prefixos podem exprimir muitos outros sentidos. Por exemplo: Duplicidade: Bi, ex.: bilíngue; di, ex.: dióxido Movimento para dentro: Intra, ex.: intravenoso; en, ex.: enterrar Movimento para fora: Ex, ex.: êxodo, ex.: emigrantes Superioridade/excesso: Ultra, ex.: ultravioleta; hiper: hipertensão Inferioridade: Hipo, ex.: hipoglicemia Simultaneidade/companhia: Co, ex.: coordenar; sin, ex: sincronizar Anterioridade: Pre, ex.: pré-natal; ante, ex.: antessala Posterioridade: Pos, ex.: pós-doutorado; epi: ex.: epílogo Por sua vez, as estruturas que sucedem o radical são chamadas de sufixos, e podem alterar tanto o sentido quanto a classe gramatical, podendo formar substantivos, verbos ou advérbios. Por exemplo: na palavra “visivelmente”, o sufixo “mente” torna o adjetivo “visível” em um advérbio; na palavra “livreco”, o sufixo “eco” é um sufixo diminutivo, que diminui a palavra “livro”. Os sufixos podem ser nominais, adverbiais ou verbais. Sufixos nominais: 1. Formadores de substantivos: ismo (ex.: cubismo), aria (ex.: doceria), ário (ex.: relicário), eiro: (ex.: fazendeiro) etc. 2. Formadores de adjetivos: ado (ex.: acanhado), oso (ex.: lustroso), ano (ex.: lusitano) etc. 3. Aumentativos: aço (ex.: jogaço), eirão (ex.: fanfarrão) etc. 4. Diminutivos: ote/a (ex.: velhote), zinho/a (ex.: cachorrinho) etc. Os sufixos nominais também pode possuir outros significados como, agrupamento (“arvoredo” – isto é, um conjunto de árvores), alguém que desempenha uma ação (como “fofoqueiro” – alguém que espalha fofoca, também bastante comum para designar profissões, como “padeiro”), nomes técnicos (“cloreto” ou “nitrato”), ações (“caminhada” ou “espiada”, por exemplo), e nomes de lugares (“escritório” e “dormitório”, por exemplo) Sufixos adverbiais: Como visto anteriormente, o sufixo mente pode transformar o adjetivo em advérbio de modo – caso o adjetivo seja de dois gêneros, ele não se 39 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. altera (como “visivelmente”), e caso não seja, sua forma feminina prevalecerá (note como é “cuidadosamente” e “lentamente” e não “cuidadosomente” e “lentomente”). Sufixos verbais: como izar (ex.: priorizar), ecer (ex.: endurecer), e ar (ex.: experimentar). Os sufixos verbais também podem designar ações repetidas (ex.: “patinar”), início de algum estado (ex.: apodrecer), atribuir qualidades (ex.: fortificar) e ações de leve intensidade (ex.: petiscar). Desinência: É um tipo de sufixo cujo propósito é flexionar a palavra. Elas podem ser do tipo nominal ou verbal. As desinências nominais ocorrem em nomes – substantivos, adjetivos, numerais e pronomes – e apontam flexão de gênero e número. Por exemplo: na palavra “garota” o “a” implica flexão de gênero no feminino. A desinência de gênero ocorre caso a palavra possa ser flexionada nos dois gêneros. Palavras como “livro” e “casa”, mesmo terminando em “a” e “o”, não têm formas do gênero oposto, então não se encaixam nessa categoria. Já na palavra “garotos”, o “s” implica flexão de número no plural. A ausência do “s” indica a flexão de número no singular. Similarmente à desinência de gênero, a desinência de número também só ocorre caso a palavra seja flexionada no singular e no plural, ex.: “pires” termina com “s” mas não está no plural. As desinências verbais podem apontar flexão de tempo (presente,pretérito e futuro) e modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) ou modo-temporais (MT); ou flexão de número e pessoas (1ª, 2ª ou 3) ou número-pessoais (NP). Por exemplo: na forma verbal “estudaríamos”, a terminação “ría” designa verbos no futuro do pretérito do indicativo, sendo assim modo-temporal; e a terminação “mos” determina a primeira pessoa do plural, sendo assim número- pessoal. Tabela 2 – Verbo “Estudaríamos” “Estud” Radical “A” Vogal temática (ver abaixo) “Ría” Indica o modo e tempo (DMT) “Mos” Indica a pessoa e número (DNP) Fonte: Elaborada pelo autor (2020) As desinências modo-temporais do verbo cantar, no exemplo abaixo, mostram que a primeira variação mostrada, “estudava”, está no (tempo) pretérito do (modo) 40 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. indicativo, pois é o que indica a desinência “va”; a segunda variação, “estudasse”, está no (tempo) imperfeito do (modo) subjuntivo, pois é o que indica a desinência “sse”; e assim por diante. Tabela 3 – Desinências modo-temporais do verbo “estudar” MODO/TEMPO ESTUDAVA “VA” (PRETÉRITO DO INDICATIVO) ESTUDASSE “SSE” (IMPERFEITO SUBJUNTIVO) ESTUDARA “RA” (MAIS-QUE- PERFEITO INDICATIVO) ESTUDARÁ “RÁ” (FUTURO DO INDICATIVO) Fonte: Elaborada pela autora, adaptada de Conjugação (2011-2019) As desinências número-pessoais do verbo “estudar”, no DMT presente do indicativo, mostram que a primeira variação mostrada, “estudo”, está na 1ª (pessoa) do (número) singular, pois é o que indica a desinência “o”; a segunda variação mostrada, “estuda”, também está no singular, mas da 2ª pessoa, pois é o que indica a desinência “a”; e assim por diante. Tabela 4 – Desinências número-pessoais do verbo “estudar” Fonte: Elaborada pela autora (2019) Vogal temática: As vogais temáticas, em relação aos nomes, são o “A”, “E” e “O” em sua forma átona (não pode ser a sílaba tônica) que surgem no fim das palavras e não determinam flexão de gênero. Por exemplo: as palavras “caneta”, “neve” e “carro” são todas átonas e terminam respectivamente em “A”, “E” e “O”, e estas não designam gênero. Número/pessoa Estudo “O” – Singular/1ª pessoa (eu) Estuda “A” – Singular/2ª pessoa (tu) Estudamos “Amos” – Plural/1ª pessoa (nós) Estudam “Am” – Plural/3ª pessoa (eles) 41 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O “e” da palavra “café”, por exemplo, por ser tônica, não seria considerado uma vogal temática, e sim parte do radical. E as vogais “I” e “U”, não podem ser temáticas, e fazem parte do radical, mesmo que sejam átonos. Em relação às vogais temáticas dos verbos, o “A”, “E” e “I” no fim das palavras determina a conjugação. Ex.: nos verbos “apostar”, “conceber” e “partir”, o “A”, “E” e “I” determinam a que conjugação esses verbos pertencem. No caso de apostar, é a 1ª conjugação, “conceber” pertence à 2ª conjugação, e “partir” pertence à 3 conjugação. Tema: A união entre o radical da palavra e a vogal temática é chamado de tema. As palavras “carros”, “bronzeado” e “caçador”, em seu todo, são feitas por temas – “carr”, “bronz” e “caç são os radicais, e o “O”, “E” e “A” são as vogais temáticas; quando são conectadas, formam o tema; e “s”, “ado” e “dor” são suas desinências e sufixos. Tabela 5 – Radical, vogal temática e sufixo Nomes: Radical +Vogal temática (tema) + Sufixo/desinência Carros Carr + o s (desinência de número) Bronzeado Bronz + e ado (sufixo) Caçador Caç + a dor (sufixo) Fonte: Elaborada pelo autor (2020) Nos verbos “chorava”, “escrevesse” e “partiremos”, a “chor”, “vend” e “part” são os temas; com “va”, “sse” e “re” apontando a desinência de modo e tempo, e “m”, “s” e “mos” apontando a desinência de número e pessoa. Tabela 6 – Radical, vogal temática e desinência de número e pessoa Verbos: Radical + vogal temática (tema) + DMT + DNP Chorava Chor + a va m Escrevesse Vend + e sse s Dormiremos Dorm + i re mos Fonte: Elaborada pelo autor (2020) Vogal e consoante de ligação: Eufonia é a junção do prefixo “eu” (agradável ou bonito) com a palavra “fonia” (som). Para tornar uma palavra mais agradável, há instâncias em que vogais e consoantes podem ser acrescentadas aos morfemas, simplesmente para conectá-los e melhorar sua sonoridade. 42 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Um exemplo de consoante de ligação estaria na palavra “autossuficiente”. Na ortografia antiga, esta palavra era separada por hífen, mas, com a nova ortografia passou a ser grafada junta. Se colocássemos as palavras “auto” e “suficiente” juntas, o som do “S” ficaria diferente pois um “S” entre duas vogais tem som de “Z”, então um “S” extra foi adicionado entre as palavras para melhorar o som. Levemos em consideração duas palavras mencionadas anteriormente: “neve” e “café” – “neve” tem uma vogal temática, enquanto café não tem. Para formar a palavra “nevoeiro”, o “e” de “neve” se ajustou para receber o sufixo “eiro”, sendo substituído por um “o”. Contrariamente, isso não acontece com as palavras derivadas de “café” – em “cafeteira”, por exemplo, o “é” não se modifica para receber os elementos posteriores, tanto que uma consoante de ligação “Z” teve que ser adicionada para facilitar a sonoridade da palavra. FIQUE ATENTO As vogais temáticas nominais que terminam em “A”, “E” e “O”, que são átonas, conseguem se ajustar para receber sufixos, enquanto as não temáticas, que são tônicas, não o fazem. Da mesma maneira, as vogais temáticas verbais também se modificam para acomodarem suas conjugações – ex.: em “estudar”, a vogal temática “a” se modifica ao longo de suas conjugações, como pode ser visto em “estudei” e “estudo”. 2.13 FORMAÇÃO DE PALAVRAS A formação de palavras por composição acontece quando uma palavra é criada a partir de um elo entre dois ou mais radicais (palavras) existentes. Ex.: “arco- íris” é um nome (substantivo) composta por dois outros substantivos e tem um significado diferente das palavras originárias. Assim como “beija-flor”, um substantivo formado por um verbo, “beija” e outro substantivo, “flor”. O principal papel desse processo é criar palavras novas e designar objetos novos – as composições podem ser tanto descritivas ou metafóricas. As descritivas nomeiam objetos por suas características, e as metafóricas são o resultado da linguagem figurada. Existem dois modos de composição, justaposição ou aglutinação 43 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Composição por justaposição: ocorre quando duas ou mais palavras ou radicais são justapostas – formando uma nova palavra, sem a perda de sons ouletras. A palavra vista anteriormente, “beija-flor”, é um exemplo de justaposição. Tabela 7 – Antes e depois da justaposição Palavras “originais” Palavra justaposta Passa + tempo (1) Passatempo Branco + pérola (2) Branco-pérola Cara + de + pau (3) Cara-de-pau Auto + suficiente (4) Autossuficiente Pé + de + moleque (5) Pé de moleque Quarta + feira (6) Quarta-feira Madre + pérola (7) Madrepérola Couve + flor (8) Couve-flor Peixe + espada (9) Peixe-espada Cachorro + quente (10) Cachorro-quente Fonte: Elaborada pelo autor (2020), adaptada de Português – Norma Culta (2007 – 2019) Note que a primeira, quinta, sexta, sétima, oitava, nona e décima palavra são substantivos (passatempo e madrepérola simples e as outras compostas); a segunda e terceira podem ser substantivos ou adjetivos (compostos) dependendo do contexto; e a quarta é um adjetivo (simples). Apenas na quarta palavra houve a adição de uma letra que não havia anteriormente, isto é, a consoante de ligação “s” para manter a sonoridade da palavra “suficiente” – caso contrário não seria uma palavra composta por justaposição. Ou seja, a justaposição pode ocorrer nesses diversos tipos de palavras, uma boa parte com hífen (como evidenciada na tabela), mas sem obrigatoriedade (como visto nas palavras “autossuficiente” e “madrepérola”). 2.13.1 Palavras compostas por justaposição de acordo com a nova ortografia Tabela 8- Palavras com hífen x sem hífen: Com hífen Sem hífen Decreto-lei Dia a dia Ano-luz À toa Guarda-chuva Cão de guarda Segunda-feira (e os respectivos dias da semana) Cor de vinho Arco-íris Sala de jantar Fonte: Elaborada pelo autor (2020), adaptada de Português – Norma Culta (2007 - 2019) 44 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. O Novo Acordo Ortográfico de 2009 explicita que palavras compostas por justaposição, que não possuem elementos conectivos (como preposições), e possuem significado próprio, mantêm o hífen. Por sua vez, as locuções que possuem elementos conectivos (adverbiais, adjetivas etc.), não mantêm o hífen. Expressões consagradas como “mais-que- perfeito”, “deus-dará”, “arco-da-velha” entre outras, são as exceções. Composição por aglutinação: ocorre quando palavras ou radicais são construídos, porém há perda de letras e alteração de sons em ao menos uma palavra. Não só seu significado é transformado, mas seus elementos ortográficos e fonológicos são alterados – com fonemas sendo suprimidos e a presença de apenas um acento tônico. Tabela 9 – Processo de aglutinação Palavras “originais” Palavra aglutinadas Filho + de + algo (referente à nobreza) Fidalgo Plano + superfície Planície Em + boa + hora Embora Pedra + óleo Petróleo Plano + alto Planalto Ponte + aguda Pontiaguda Desta + arte Destarte Perna + alta Pernalta Água + ardente Aguardente Fonte: Elaborada pelo autor (2020), adaptada de Português – Norma Culta (2007 - 2019) Sobre exemplos acima, para formar “fidalgo”, há perca ortográfica das três palavras originárias; em “embora”, foram duas das três; em “planície”, ambas palavras perdem letras, em particular “superfície”, que perde cinco. Em “planalto”, “petróleo” e “pontiaguda”, ambas as “primeiras” palavras perdem letras, e as segundas permanecem intactas. Similarmente, as três últimas palavras têm apenas um “a” removido, deixando pelo menos uma palavra intacta. Por fim, em “petróleo”, como vimos no estudo dos radicais anteriormente, há uma modificação do “d” de “pedra” pelo “t”. 45 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. FIQUE ATENTO Ambas as palavras “vinagre” e “agridoce” são produtos da combinação de palavra “acre” com outra palavra (“vinho” + “acre” e “acre” + “doce”), e em ambos os exemplos, o som de “c” vira “g”. A formação de palavras por derivação acontece quando uma palavra é criada a partir de um único radical – nele são anexados afixos (prefixos ou sufixos). Por exemplo: em “desleal”, o prefixo “des” foi adicionado à palavra “leal”; em “felizmente”, o sufixo “mente” foi acrescentado à palavra “feliz”. A derivação pode ocorrer de seis maneiras: prefixal, sufixal, prefixal e sufixal, parassintética, regressiva ou imprópria. Derivação prefixal: acontece quando um prefixo é adicionado à um radical ou palavra, e seu sentido é alterado. Note nos exemplos abaixo que o prefixo “in” foi adicionado antes de “feliz”, formando outra palavra. Da mesma maneira, “des” foi colocado antes de “controle”, transformando seu sentido anterior. Tabela 10 – Derivação prefixal In + feliz Infeliz Des + controle Descontrole Inter + locutor Interlocutor Re + salvar Ressalvar A + filiar Afiliar Super + homem Super-homem Fonte: Elaborada pelo autor (2020) Derivação sufixal: de maneira similar à desinência prefixal, uma nova palavra é criada, mas desta vez devido à adição de um sufixo. A palavra “feliz” (adjetivo), usada anteriormente, desta vez teve o sufixo “mente” adicionado, criando o advérbio “felizmente”, assim como a palavra “porteiro”, que é a junção do substantivo “porta” e sufixo “eiro”, criando o nome “porteiro”. Tabela 11 – Derivação sufixal Feliz + mente Felizmente Porta + eiro Porteiro Gentil + eza Gentileza Chato + ice Chatice Encéfalo + ico Encefálico Mundo + ano Mundano Fonte: Elaborada pelo autor (2020) 46 Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. Vemos que no cartum acima, temos como exemplos de derivação sufixal os adjetivos “carinhoso” e “atencioso”, ambos formados pelos respectivos substantivos “carinho” e “atenção” juntamente do sufixo “oso”. Derivação prefixal + sufixal: aqui, ambos prefixos e sufixos são adicionados à palavra ao mesmo tempo. Caso um deles seja removido, a palavra não perde seu sentido. Por exemplo: “infelizmente” e “deslealdade” são formados, respectivamente, pela adição dos prefixos “in” e “des” e dos sufixos “mente” e “dade” às palavras “feliz” e “leal”, e caso qualquer um destes afixos sejam retirados, percebe-se que as palavras que restam – “infeliz” e “felizmente”/ “desleal” e “lealdade” – não são desprovidas de sentido. Tabela 12 – Derivação prefixal + sufixal In + feliz + mente Infelizmente Des + leal + dade Deslealdade In + dependente + mente Independentemente Des + igual + dade Desigualdade In + variável + mente Invariavelmente In + fiel + mente Infielmente Fonte: Elaborada pelo autor (2020) Derivação parassintética: Também ocorre com o uso dos afixos, mas neste caso, quando há a retirada de um deles, a palavra fica desprovida de sentido. Por exemplo: Nos primeiros dois exemplos, “enlouquecer” e “amaldiçoar”, caso os prefixos “en” e “a” sejam removidos, o que sobra, “louquecer” e “maldiçoar”, não fazem sentido; a mesma coisa acontece se retirarmos os sufixo “ecer” e “ar”, o que sobra, “enlouqu” e “amaldiço”, também não faz sentido. Tabela 13 – Derivação parassintética Enlouquecer En + louqu + cer Amaldiçoar A + maldiço
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