Desenvolvimento da personalidade durante a adolescência

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Desenvolvimento da 
personalidade durante a 
adolescência 
É apenas na adolescência que a pessoa apresenta características de sua 
personalidade
Não, ainda criança é possível ver na pessoa traços que configuram uma forma 
de ser e de agir muito definida. Porém, é na adolescência que vai ocorrer a 
solidificação da personalidade.
Quais os tipos de mudanças que podem afetar de alguma forma o autoconceito 
do sujeito e de que forma
As mudanças físicas e psíquicas tem uma importante repercussão sobre o 
autoconceito do sujeito, que podem abalar o equilíbrio alcançado por ele. 
Como os conteúdos que os adolescentes incluem sobre si mesmos são 
afetados pela a puberdade
As mudanças físicas que a puberdade provoca obrigam o adolescente a revisar 
a imagem que até então havia construído de si mesmo, para incluir os novos 
traços que começam a surgir com o novo corpo adulto. 
O que é o pensamento abstrato 
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é a capacidade de compreender as propriedades essências e comuns. Serve 
para manter em mente diferentes aspectos de uma situação, para prever e 
planejar o futuro, para pensar simbolicamente e tirar conclusões.
O que é abstração
é esconder os detalhes de algo, no caso, os detalhes desnecessários de algo.
O que é o pensamento formal
Refere-se não somente ao possível, mas também ao imaginário, é hipotética 
dedutiva, não se expõe apenas a realidade, mas também a enunciados 
hipotéticos pois a reflexão é ampliada para chegar a lógica das preposições.
Quando e porque a preocupação com o seu aspecto físico diminui nos 
adolescentes
A preocupação com os aspectos físicos vão diminuindo conforme a 
adolescência avança e vai sendo substituída pelas características atribuídas a 
seu sistema de crenças, a sua filosofia de vida ou suas expectativas de futuro. 
Isso acontece por conta da capacidade para a abstração desenvolvida nessa 
fase e que irá caracterizar o pensamento formal, isso unida a tendência de 
introspecção que ocorre nesse período vai fazer com que os adolescentes 
comecem a se definir a partir de seu interior psicológico, com frequentes 
referências a pensamentos, sentimentos, aspirações e desejos.
Qual a importância das relações sociais nos conteúdos do autoconceito.
As relações pessoais tem reflexo nos conteúdos do autoconceito, as 
referências a vínculos pessoais próprias da infância (tenho muitos amigos) são 
substituídas pelas descrições de sentimentos interpessoais (eu gosto de 
gente sincera)
Qual a relação do avanço da adolescência e os comportamentos incoerentes e 
as abstrações
Durantes os primeiros anos da puberdade o conceito que o jovem tem de si 
mesmo vai estar composto pelas primeiras abstrações que integrarão algumas 
características que guardam relação entre si.
Conforme a adolescência vai avançando, vão sendo estabelecidas as primeiras 
conexões entre abstrações e traços que podem ser opostos, ou seja, o 
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adolescente começa a tomar consciência dessas contradições entre seus 
diferentes ''eus'' e isso pode provocar um sentimento de mal estar ou 
confusão, o que explica algumas das atitudes e comportamentos 
incoerentes. 
O que forma e interfere na formação do autoconceito multiplo
Durante a adolescência ampliam-se os contextos em que o adolescente assume 
novos papéis, o que proporcionará informações ao jovem sobre sua imagem, 
pois irão ter demandas diferentes para esse jovem de acordo com o papel que 
ele esta atuando. 
Por tanto é de se esperar que o autoconceito inclua ou reflita essas diferenças 
entre contextos e não seja algo rígido= autoconceito múltiplo.
O que é o autoconceito
O auto-conceito pode ser definido como a percepção que o indivíduo tem de si 
próprio e o conceito que, devido a isso, forma de si.
Qual o benefício que a coordenação de abstrações de ordem superior traz ao 
adolescente
Na adolescência tardia, e com o avanço do pensamento formal, que a 
capacidade de coordenar abstrações simples em abstrações de ordem superior 
fará com que o jovem possa integrar em um autoconceito coerente todas essas 
imagens diferentes e, inclusive, contraditórias.
O que é o falso eu e porque ele está mais presente em alguns jovens do que em 
outros
Os adolescentes tentam se ajustar as expectativas que os demais tem em 
relação a eles, dessa forma, o falso eu é uma espécie de atuação ou 
representação diante dos demais, que pode levar o adolescente, na intenção de 
agradar e ser aceito, a expressar coisas que não sente.
Condutas de falso eu são mais frequentes nos adolescentes com maior 
necessidade de apoio dos pais e dos companheiros.
Qual o outro aspecto derivado da capacidade de pensamento formal
O adolescente começa a tomar consciência da diferença entre seu 
autoconceito ou o eu real (a forma como se percebe) e seu eu ideal (como 
gostaria de se ver)
Autoestima parcial e autoestima global
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Autoestima parcial é a que o adolescente tem em cada área, como por exemplo 
a acadêmica, amorosa e familiar.
O nível de autoestima global apresentada por cada pessoa depende tanto de 
suas capacidades como da importância que ele atribui a cada domínio.
Geralmente, o que melhor prediz a auto avaliação global entre os gêneros é:
meninas: a atração física ou as habilidades interpessoais
meninos: as habilidades esportivas ou o sentimento de eficácia (eficiência)
A relação com os pais afeta o nível de autoestima do jovem
A relação com os pais exerce uma poderosa influência no nível de autoestima. 
A harmonia, união familiar, alto grau de afeto e controle democrático favorecem 
nos jovens uma auto avaliação positiva.
Qual um indicador do nível global de autoestima
Competência social e o ser valorizado e aceito pelos amigos e companheiros 
Qual as variáveis que podem influir sobre o nível de autoestima
Doença crônica, deficiência física ou pertencer a alguma minoria étnica.
Razões que podem explicar a queda na autoestima
Mudanças físicas, mudanças no contexto escolar e inicio das relações 
heterossexuais
O que pode explicar o fato de que no decorrer da adolescência a autoestima 
dos meninos cresce, enquanto que a das menina tende a descer
Pode ser explicada pelos processos de socialização, os leques de 
possibilidades e de experiências que são oferecidas ao menino e são 
restringidas para a menina.
 Diferença entre autoconceito e identidade
O conceito de identidade está estritamente ligado ao autoconceito.
O autoconceito depende em grande parte do desenvolvimento cognitivo, a 
identidade é um fenômeno psicológico bastante complexo de natureza 
psicossocial.
O que é identidade
É o reconhecimento de que o indivíduo é o próprio. É o conjunto de caracteres 
particulares, que identificam uma pessoa, como nome, data de nascimento, 
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sexo, filiação, impressão digital etc.
O sujeito deve experimentar um sentimento de integridade pessoal, de forma 
que suas ações e decisões sejam coerentes entre si e conformem um estilo 
próprio pelo qual se defina e seja reconhecido pelos demais.
Trata-se de uma estrutura ou organização interna construída pelo sujeito que 
agrupa todas aquelas características que definem sua forma de ser.
O que está incluso na identidade do adolescente
A identidade é experimentada em um contexto pessoal determinado, em que 
o sujeito estabelece uma série de relações e experimenta diversos papéis.
Essa identidade vai incluir as normas dos grupos nos quais o adolescente se 
integra, os valores que interioriza, sua ideologia pessoal e os 
compromissos que assume e vai recolher as experiências do passado para 
dar significado ao presente e e dirigir a sua conduta futura.
Em que momento ocorre a crise de identidade e qual a sua importância
Após a puberdade, ocorrerá uma crise de identidade como consequência da 
transição da infânciapara a adolescência e de todas as mudanças próprias 
dessa etapa, que levarão o adolescente a sofrer um sentimento de 
despersonalização e de estranhamento consigo mesmo.
Esse estado de crise, com sua busca correspondente, proporcionará o 
empurrão necessário para o desenvolvimento da identidade, sendo, por 
isso, necessário.
O que Erikson fala sobre a crise de identidade
Para Erikson, esses momentos de busca e de dúvidas representam uma 
espécie de moratória ou espera na qual o adolescente tenta encontrar seu 
lugar na sociedade.
Alguns adolescentes ou jovens podem continuar sem adotar compromissos, 
em uma situação que Erikson denominou de confusão ou difusão de 
identidade e que, nessa etapa, representaria o fracasso.
Seriam jovens que avaliam toda tomada de decisões como ameaçadora e 
conflituosa e que se sentem incapazes de se definir psicossocialmente, ficando 
presos em uma situação de isolamento e de alienação.
Quais os critérios que definem os níveis de identidade
1- o fato de o adolescente ter passado ou não por uma crise de identidade
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2- ter adotado ou não compromissos pessoais no nível ideológico ou vocacional
Difusão de identidade
É o status daqueles sujeitos que não adotaram nenhum compromisso firme 
no campo vocacional e ideológico e não estão explorando diferentes 
alternativas para adotá-lo no futuro.
Identidade Hipotecada
Meninos e meninas que já adotaram um compromisso social, mas que o 
fizeram ser ter passado por nenhum processo de busca ou exploração.
É muito possível que se tenham prendido a uma série de valores ou de 
crenças sugeridas por outras pessoas sem terem chegado a considerar 
outras alternativas. 
Identidade em moratória
Corresponde a adolescentes que se encontram em pleno processo de busca 
e experimentação, sem que ainda tenham chegado a se decidir por uma opção 
ou outra.
Levam em conta diversas possibilidades, examinam seus prós e contras e ainda 
encontram dificuldades para tomar decisões, por isso são adolescentes que 
estão imersos em plena crise de identidade. 
Identidade conquistada ou conquista de identidade
Representaria o status final em que se situam jovens que chegaram a 
compromissos firmes e duradouros após terem passado por uma crise ou 
moratória.
Seria o resultado da análise de todas as alternativas possíveis e a escolha e 
o compromisso com uma da opções.
Como é constituído o modelo progressivo que representa a trajetória mais 
esperada para a formação e consolidação da identidade na adolescência
Adolescentes evoluiriam desde o início da adolescência em que se situariam em 
um estado de difusão, com pouco interesse para as questões relacionadas 
com a identidade, para uma segunda etapa na qual o surgimento das primeiras 
dúvidas e buscas marcaria o começo da moratória, para terminar, finalmente, 
com a conquista da identidade pessoal.
Como é constituído o modelo regressivo
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Se abandonam situações de identidade conseguida ou hipotecada, sem 
encontrar um substituto adequado para essa identidade, ficando presos em 
uma situação de difusão de identidade.
Qual a característica que Erikson atribuiu a conquista de identidade
A globalidade ou integridade e coerência
O que fala a teoria Focal de Coleman
É razoável que a adoção de compromissos em diferentes áreas ocorra de 
forma sequencial ao longo da adolescência.
Apesar dessas diferenças entre identidade, existirá uma tendência a que se vá 
alcançando uma certa integridade entre todos os componentes, e ao redor 
de um componente ou domínio que seja especialmente relevante para o sujeito 
é que os outros irão sendo construídos.
Fatores que influem na conquista da identidade
A conquista de identidade implica a livre escolha pelo sujeito de uma série de 
opções ou compromissos, embora o contexto social exerça uma importante 
pressão sobre o adolescente, condicionando as escolha que efetua. 
Os fatores são: contexto familiar (influência que o tipo de relações familiares e 
dos estilos parentais), contexto social e cultural e do gênero.
Identidade e o ajustamento psicológico
O sentimento de identidade representa a integridade entre os diferentes 
componentes que formam a personalidade do sujeito e serve para dotar de 
significado suas ações.
Alguns estudos consideram que o status de identidade influirá sobre o 
comportamento do sujeito como se fosse uma característica mais ou menos 
estável de sua personalidade.
Papéis e estereótipos de gênero
Adolescentes mostram-se muito estereotipados e evitam atividades ou 
comportamentos que possam ser considerados próprios de outro sexo, eles se 
mostram muito masculinos e elas muito femininas.
Ocorre o aumento da flexibilidade nesses estereótipos coincidindo com a 
transição para o ensino médio. Pois as mudanças cognitivas tendem a 
facilitar uma visão mais relativista e flexível dos papéis de gênero, porém 
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tudo parece mostrar que essa flexibilidade é o resultado dos esforços que os 
adolescentes realizam para se adaptar a um novo contexto social.
Uma vez superados esses momentos iniciais, essa flexibilidade tende a 
desaparecer, e os estereótipos se consolidam. Meninos tendem a mostrar 
estereótipos mais rígidos do que as meninas.
Raciocínio moral
Os adolescentes irã elaborar suas opiniões morais baseando-se nas 
expectativas do grupo social, e as razões para seguir as regras sociais são 
conseguir a aprovação dos demais e uma opinião favorável sobre seu 
comportamento como membro de uma coletividade.
Fases do desenvolvimento moral na adolescência
1-Na primeira fase desse nível procurariam se mostrar diante dos demais como 
um bom menino, ou uma boa menina
2-Mais adiante, na fase mais avançada desse nível convencional, surge uma 
maior orientação pela lei e pela ordem, que devem ser respeitadas pelo bem da 
comunidade
3-Muitos adolescentes superam a visão egocêntrica própria da infância para se 
situarem em uma perspectiva social de membro de uma sociedade que julga os 
comportamentos a partir do bem coletivo.
Desenvolvimento moral e a capacidade de pensar de forma abstrata
Enquanto a capacidade para pensar de forma abstrata permitirá o surgimento 
da preocupação pelo conceito de justiça ou bem social, o desenvolvimento da 
habilidade para adotar perspectivas diferentes da própria aumentará a 
preocupação pela opinião dos demais e pelas consequências de seus atos 
sobre outras pessoas.
Nível pós-convencional do desenvolvimento moral
Nesse nível, os comportamentos serão julgados a partir de princípios ou de 
direitos humanos universais que estão acima das normas sociais.
É desenvolvido durante a adolescência tardia ou já na idade adulta.
O que evidencia o caráter ambivalente do adolescência no desenvolvimento 
moral
A chegada da adolescência e junto ao avanço no juízo moral, aumentam tanto 
os comportamentos de caráter pró-social como as condutas antissociais e 
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delituosas, o que mais uma vez evidencia o caráter ambivalente dessa etapa 
evolutiva.
Conduta pró-social
Os adolescentes se comprometem em atividades de ajuda como por exemplo, 
as doações e a participação em organizações não-governamentais ou em 
atividades de voluntariado.
Possuem um raciocínio moral mais desenvolvido e de níveis mais altos de 
empatia, autoestima e competência social. Geralmente tem pais democráticos e 
que proporcionam apoio. 
Os meninos costumam se envolver mais em ações instrumentais de ajuda, 
como intervir em situações perigosas ou arriscadas, as meninas tendem a 
proporcionar apoio verbal e emocional. 
Conduta antissocial
Muitos comportamentos antissociais aparecem durante os anos anteriores a 
puberdade, manifestando-se fundamentalmente no contexto familiar e escolar.
Com a chegada da adolescência, esses atos antissociais vão intensificando-se, 
alcançando a máxima incidência porvolta dos 17 anos, para começar a 
diminuir, de forma que durante a maturidade precoce esses comportamentos 
terão desaparecido na maior parte dos sujeitos.
Os meninos costumam se envolver em atividades mais graves e violentas, 
como roubos de carros, furtos ou assaltos, entre as meninas são mais 
frequentes a cleptomania, as fugas de casa ou os delitos de caráter sexual.
Quais fatores que contribuem com o aparecimento das condutas antissociais
Falta de supervisão e o controle familiar, a escassa comunicação com os pais, o 
fracasso escolar e um contexto social e cultural que reforce as atitudes 
antissociais favorecerão o surgimento de comportamentos delituosos.