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1 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 Síndrome do Intestino Irritável 2 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • Fatores de risco periféricos e centrais 3 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • Periféricos são os externos, como: alimentação; infecção do trato gastrointestinal, que pode ser viral ou bacteriana; alguma inflamação da mucosa por agentes externos, como medicamentos, ou cirurgias. Isso tudo pode ser fator desencadeante da doença. • Fatores centrais podem ser: estresse; ansiedade; depressão; abusos prévios, traumas. Pode ser que o efeito central seja anterior ao efeito intestinal • Vemos nesse esquema que é mais comum os pacientes apresentarem o grau leve do que o grau intenso. A maior quantidade eles têm o grau leve • E é importante saber que as infecções do trato intestinal, tanto viral, como bacteriana, são responsáveis por 10% dos pacientes que evoluem para a síndrome do intestino irritável • Esse risco é 4x maior até um mês depois da infecção do paciente • E o risco é maior quando são mulheres, que tomaram antibiótico, que tem stress psicológico prévio, ou uma gravidade de infecção muito intensa da gastroenterite • Tanto os agentes externos, como internos, alimentos, traumas, infecções, tudo isso vai gerar uma alteração nas junções das células do intestino, vai aumentar a permeabilidade dessas células, fazendo com que células inflamatórias passem do lúmen, da camada mucosa para a camada submucosa. E nesse caso, essas células vão acabar liberando mais citocinas, um processo inflamatório, desencadeando uma resposta imune local, que vai gerar uma alteração da motilidade, do metabolismo, de todo funcionamento desse intestino, e pronunciando os sintomas • Além disso, a microbiota também tem um papel importante. Acredita-se que a flora dessas pessoas esteja alterada, e propicia uma maior produção de gases e distensão abdominal. E esse paciente já tem uma sensibilidade maior, com toda essa inflamação e com o efeito da doença 4 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • A pessoa pode ter primeiro o surgimento do efeito central, que é o eixo cérebro-intestino. Um estresse muito grande que vai gerar toda essa cascata, gerando células inflamatórias que vão entrar para a submucosa e gerar essa inflamação neuro muscular, e gerar toda essa alteração da função do intestino • Ou pode ser o contrário, infecções, inflamações ou alimentos vão agir primeiro na permeabilidade da mucosa, agir no funcionamento do intestino e com o passar do tempo todos esses sintomas gastrointestinais vão desencadeando a depressão e ansiedade. E isso surge posteriormente • Sintomas inespecíficos e diversos que os pacientes podem apresentar 5 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • Doença celíaca é o diagnóstico diferencial mais comum 6 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 7 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • Classificação geral do paciente • quando ele tem sintomas crônicos de diarreia, dor abdominal, constipação, distensão, vamos fazer uma história detalhada, um exame físico detalhado. E se esse paciente não tem sintomas de alarme ele se enquadra nos critério de Roma IV, vamos dizer que ele tem diagnóstico de síndrome do intestino irritável provável • vamos fazer exames bem reduzidos e vamos classificar o paciente conforme os subtipos para fazer o tratamento mais direcionado para os sintomas dele • Hemograma completo para avaliar se tem alguma anemia • PCR elevado sugere doença inflamatória • Perfil de ferro baixo sugere que pode ter algum sangramento • Testes sorológicos da doença celíaca fazem diagnóstico diferencial • EPF, toxinas e coprocultura investigando verminoses, infecções • TSH e T4L, pois hipertireoidismo pode dar diarreia, e hipotireoidismo pode dar constipação • Teste oral de tolerância a lactose, diagnóstico é mais simples, e o paciente pode ter um controle melhor dos sintomas quando diagnosticado • E o subtipo diarreia é importante que solicite-se a calprotectina fecal, ela funciona como o PCR, um marcador de inflamação do intestino grosso principalmente. E nesses casos, na doença inflamatória intestinal, pode estar muito aumentado, então vai ajudar no diagnóstico • Nos casos de constipação, caso no toque tenha uma contração paradoxal no ânus vamos pedir uma manometria retal e encaminhar para o proctologista • Se tiver uma massa abdominal podemos pedir USG de abdome ou transvaginal, principalmente nas mulheres pós menopausa, com sintomas mais recentes ou com uma dor abdominal baixa 8 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 • A maioria dos pacientes vai ter sintomas leves 9 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 10 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 11 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107 12 Gastroenterologia Amanda Barreiros – Medicina Ufes 107
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