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Antecedentes familiares, hábitos de vida e CSES

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Anna Luiza Ramos 
T27 
Antecedentes familiares 
 Interrogar sobre o estado de saúde dos pais e 
irmãos do paciente 
 Casado: cônjuge e, se tiver filhos, estes são 
referidos 
 Não se esquecer dos avós, tios e primos 
paternos e maternos do paciente 
 Se tiver algum doente na família, esclarecer a 
natureza da enfermidade 
 Em caso de falecimento, indagar a causa do 
óbito e a idade em que ocorreu 
 Algumas doenças devem ser sempre 
interrogadas: enxaqueca, diabetes, 
tuberculose, hipertensão arterial, câncer, 
doenças alérgicas, doença arterial coronariana 
9infarto agudo do miocárdio, angina de 
peito), acidente vascular cerebral, 
dislipidemias, ulcera péptica, colelitíase e 
varizes, que são as doenças com caráter 
familiar mais comuns 
 Quando o paciente é portador de uma doença 
de caráter hereditário (hemofilia, anemia 
falciforme, rins policísticos, erros 
metabólicos), torna-se imprescindível um 
levantamento genealógico mais rigoroso e, 
nesse caso, recorre-se às técnicas de 
investigação genética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hábitos de vida 
 Alimentação: 
 “Alimentação quantitativa e 
qualitativamente adequada” 
 “Reduzida ingesta de fibras” 
 “Insuficiente consumo de proteínas, 
com alimentação à base de 
carboidratos” 
 “Consumo de calorias acima das 
necessidades” 
 “Alimentação com alto teor de 
gorduras” 
 “Reduzida ingesta de verduras e 
frutas” 
 “Insuficiente consumo de proteínas 
sem aumento compensador da 
ingestão de carboidratos” 
 “Baixa ingestão de líquidos” 
 “Reduzida ingesta de carboidratos” 
 “Reduzido consumo de gorduras” 
 “Alimentação puramente 
vegetariana" 
 “Alimentação láctea exclusiva” 
 Ocupações anteriores: 
 Devemos questionar e obter 
informações tanto da ocupação atual 
quanto das ocupações anteriores 
exercidas pelo paciente 
 AMBIENTE tem relação com várias 
doenças (ex: respiratórias) 
 Os dados relacionados com este item 
costumam ser chamados história 
ocupacional, e voltamos a chamar a 
atenção para a crescente importância 
médica e social da medicina do 
trabalho 
 Atividades físicas: 
 Importante pela associação com 
doenças (lesões degenerativas da 
coluna vertebral nos trabalhadores 
braçais e a maior incidência de infarto 
do miocárdio entre as pessoas 
sedentárias) 
 Tais atividades dizem respeito ao 
trabalho e à prática de esportes e, 
Anna Luiza Ramos 
T27 
para caracterizá-las, há que indagar 
sobre ambos 
 Devemos questionar qual tipo de 
exercício físico se realiza (natação, 
futebol, caminhadas, etc), frequência 
(diariamente, 3x/semana, etc), 
duração (por 30 min, por 1h, etc) e 
tempo que pratica (há 1 ano, há 3 
meses) 
 Uma classificação prática é a que 
segue: 
1. Pessoas sedentárias 
2. Pessoas que exercem 
atividades físicas moderadas 
3. Pessoas que exercem 
atividades físicas intensas e 
constantes 
4. Pessoas que exercem 
atividades físicas ocasionais 
 Hábitos: 
 Alguns hábitos são ocultados pelos 
pacientes e até pelos próprios 
familiares 
 A investigação deste item exige 
habilidade, discrição e perspicácia 
 Deve-se investigar sistematicamente 
o uso de tabaco, bebidas alcoólicas, 
anabolizantes, anfetaminas e drogas 
ilícitas 
 Uso de tabaco: 
1. O uso de tabaco, socialmente 
aprovado (não costuma ser 
negado pelos doentes, exceto 
quando tenha sido proibido 
de fumar) 
2. Efeitos nocivos do tabaco 
(câncer de pulmão e de 
bexiga, afecções 
broncopulmonares e 
cardiovasculares, disfunções 
sexuais masculinas, gestantes 
e lactantes, entre outras) 
3. Registra-se tipo (cigarro, 
cachimbo, charuto e cigarro 
de palha), quantidade, 
frequência, duração do vicio, 
abstinência (se já tentou 
parar de fumar) 
 Uso de bebidas alcoólicas: 
1. Socialmente aceita, mas 
muitas vezes é omitida ou 
minimizada por parte dos 
doentes 
2. Efeitos deletérios (fígado, 
cérebro, nervos, pâncreas e 
coração) 
3. O próprio alcoolismo, em si, 
uma doença de fundo 
psicossocial, deve ser 
colocado entre as 
enfermidades importantes e 
mais difundidas atualmente 
4. Não deixar de perguntar 
sobre o tipo de bebida 
(cerveja, vinho, licor, vodca, 
uísque, cachaça, gin e outras) 
e a quantidade habitualmente 
ingerida, frequência, duração 
do vício, abstinência (se já 
tentou parar de beber) 
 Para facilitar a avaliação do hábito de 
usar bebidas alcoólicas, pode-se 
lançar mão da seguinte 
esquematização: 
1. Pessoas abstêmias, ou seja, 
não usam definitivamente 
nenhum tipo de bebida 
alcoólica 
2. Uso ocasional, em 
quantidades moderadas 
3. Uso ocasional, em grande 
quantidade, chegando a 
estado de embriaguez 
4. Uso frequente em quantidade 
moderada 
5. Uso diário em pequena 
quantidade 
6. Uso diário em quantidade 
para determinar embriaguez 
7. Uso diário em quantidade 
exagerada, chegando o 
paciente a avançado estado 
de embriaguez 
 Questionário CAGE: essa graduação 
serve inclusive para avaliar o grau de 
Anna Luiza Ramos 
T27 
dependência do paciente ao uso de 
álcool 
1. C: necessidade de diminuir 
(cut down) o consumo de 
bebidas  “Você já sentiu a 
necessidade de diminuir a 
quantidade de bebida ou de 
parar de beber?” 
2. A: sentir-se incomodado 
(annoyed) por criticas à 
bebida  “Você já sentiu 
aborrecido ao ser criticado 
por beber?” 
3. G: sensação de culpa (guilty) 
ao beber  “Você já se 
sentiu culpado em relação a 
beber?” 
4. E: necessidade de beber no 
início da manhã para “abrir os 
olhos” (eye-opener), ou seja, 
para sentir-se em condições 
de trabalhar  “Alguma vez 
já bebeu logo ao acordar pela 
manhã para diminuir o 
nervosismo ou a ressaca?” 
OBS: duas respostas positivas identificam 75% dos 
dependentes de álcool com uma especificidade de 
95% 
 Uso de anabolizantes e anfetaminas: 
1. Levam à dependência e estão 
correlacionados a doenças 
cardíacas, renais, hepáticas, 
endócrinas e neurológicas 
2. Alguns sedativos 
(barbitúricos, morfina, 
benzodiazepínicos) também 
causam dependência química 
e devem ser sempre 
investigados 
 Uso de drogas ilícitas: maconha, 
cocaína, heroína, ecstasy, LSD, crack, 
chá de cogumelo, inalantes (cola de 
sapateiro, lança-perfume) 
1. Não deixar de questionar 
sobre o tipo de droga, 
quantidade habitualmente 
ingerida, frequência, duração 
do vicio e abstinência 
2. A investigação clínica de um 
paciente que usa drogas 
ilícitas não é fácil. Há 
necessidade de tato e 
perspicácia, e o médico deve 
integrar informações 
provenientes de todas as 
fontes disponíveis, 
principalmente de familiares 
 
 
Condições socioeconômicas e 
culturais 
 As condições socioeconômicas e culturais 
avaliam a situação financeira, vínculos 
afetivos familiares, filiação religiosa e crenças 
espirituais do paciente, bem como as 
condições de moradia e grau de escolaridade 
 Habitação: 
 Zona rural – “casa de pau a pique” 
 Zona urbana – diversidade de 
habitação: 
1. Favelas e as áreas de invasão: 
saneamento básico, 
proximidade de rios poluídos, 
ineficácia na coleta de lixo e 
confinamento de varias 
pessoas em pequenos 
cômodos habitacionais 
2. Casas ou apartamentos de 
alto luxo podem manter, por 
exemplo, em suas piscinas e 
jardins, criadouros do 
mosquito Aedes aegypti, 
dificultando o controle da 
dengue 
 A habitação não pode ser vista como 
fato isolado, porquanto ela está 
inserida em um meio ecológico do 
qual faz parte 
 Neste item, é importante questionar 
sobre as condições de moradia: se 
mora em casa ou apartamento, se a 
casa é feita de alvenaria ou não, qual 
a quantidade de cômodos, se conta 
com saneamento básico (água tratada 
Anna Luiza Ramos 
T27 
e rede de esgoto), com coleta regular 
de lixo, se abriga animais domésticos, 
entre outros 
 Condições socioeconômicas: 
 Começa na identificação 
 Se houver necessidade demais 
informações, indagar-se-á sobre 
rendimento mensal, situação 
profissional, se há dependência 
econômica de parentes ou instituição 
 Todo medico precisa conhecer as 
possibilidade econômicas do seu 
paciente, principalmente sua 
capacidade financeira para comprar 
medicamentos 
 É obrigação do médico compatibilizar 
sua prescrição aos rendimentos do 
paciente. A maior parte das doenças 
crônicas (hipertensão arterial, 
insuficiência coronária, dislipidemias, 
diabetes) exige uso continuo de um 
ou mais medicamentos 
 No Brasil, atualmente, há distribuição 
gratuita de medicamentos para 
doentes crônicos e cabe ao médico 
conhecer a lista desses remédios para 
prescrevê-los quando for necessário. 
 Uma das mais frequentes causas de 
abandono do tratamento é a 
incapacidade de adquirir remédios ou 
alimentos especiais 
 Condições culturais: 
 Grau de escolaridade, religiosidade, as 
tradições, as crenças, os mitos, 
medicina popular, os 
comportamentos e hábitos 
alimentares 
 Tais condições culturais devem ser 
respeitadas em seu contexto 
 Quanto à escolaridade, é importante 
saber se o paciente é analfabeto ou 
alfabetizado. Vale ressaltar se o 
paciente completou o ensino 
fundamental, o ensino médio ou se 
tem nível superior (graduação e pós-
graduação) 
 Tais informações são fundamentais na 
compreensão do processo saúde-
doença 
 Vida conjugal e relacionamento familiar 
 Investiga-se o relacionamento entre 
pais e filhos, entre irmãos e entre 
cônjuges

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