Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 Aneurisma de aorta abdominal: é o mais prevalente dos aneurismas arteriais (60-70%); Aneurisma de MMII é o 2º mais prevalente (15%); Aneurisma: dilatação localizada e permanente de uma artéria com diâmetro > 50% daquele normal ou adjacente e que envolva todas as camadas da parede arterial; o O diâmetro da artéria varia de acordo com sexo, idade, altura; Pseudoaneurisma: ruptura na parede do vaso com formação de hematoma pulsátil (com sangue fluído no interior); Ectasia: dilatação < 50% do diâmetro normal da artéria; Dissecção: separação entre as camadas da parede do vaso; geralmente ocorre entre a íntima e a média → ruptura da íntima → sangue entra entre as camadas, separando-as → criação de falsa luz/falso tranjeto; Arteriomegalia: dilatação > 50% do diâmetro normal do vaso, porém, não é focal/localizada; é um segmento grande da artéria; Artéria poplítea 70% Femoral comum 15% Femoral superficial 3-4% Carótidas 4% A) Aneurisma; B) Pseudoaneurisma; C) Dissecção. Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 Diâmetro normal da aorta varia de acordo com a idade, sexo e hábitos; o Diâmetro médio da aorta inferior aos vasos renais é cerca de 2,0 cm; o Diâmetro da aorta infrarrenal ≥ 3,0 cm já é considerado aneurismático; Fusiformes; Sacular concêntrico; Sacular excêntrico → maior risco de ruptura; Suprarrenais: desenvolvem-se acima e abaixo das artérias renais, simultaneamente; Pararrenais: desenvolvem-se englobando a emergência das nas artérias renais; Justarrenais: desenvolvem-se logo abaixo da emergência das artérias renais; Infrarrenais: desenvolvem-se em um pequeno seguimento abaixo das artérias renais; maioria; ** Essa classificação é importante para saber se, em cirurgia aberta, há ou não possibilidade e onde camplear o aneurisma; Infrarrenal é o mais fácil de camplear; 1,7 milhões de pessoas nos EUA; 190.000 novos diagnósticos anuais; 15.000 pacientes morrem cada ano por ruptura; Ruptura é a 14ª causa de morte nos EUA; 44.000 reparos anuais; HAS; Idade > 60 anos; História familiar; Tabagismo; DPOC; Aterosclerose; Sexo masculino; Autópsia - idade > 50 anos 2-4% Homens idade avançada 5-10% Pacientes com Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) ** Fator de risco para aterosclerose 10-15% Irmãos de pacientes com AAA 20-25% Pacientes com aneurismas femorais ou poplíteos 35-40% Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 Degenerativa → Aterosclerose (maiorias dos aneurismas) Inflamatória; o O mecanismo etiológico não é bem conhecido → ocorre uma densa reação inflamatória perianeurismática, envolvendo as estruturas adjacentes, com processo fibrótico exacerbado → difícil realização cirúrgica, pois as estruturas estão aderidas entre si; Traumática; Infecciosa (micótico ou bacteriano); o Endocardite → pode liberar um tronco vegetante (fragmento cardíaco), que irá se alojar em alguma artéria → com o tempo, a infecção enfraquece a parede → aneurisma; Mecânica; Congênita; Anastomótica → ex.: pós bypass → sangue fluindo → peseudoaneurima; Pós-estenóticos; o Lei de venturi: nas regiões de maior velocidade, a pressão exercida por um fluido diminui e vice- versa; ↑ velocidade ↓ pressão; Síndrome da Costela Cervical: compressão da artéria subclávia (artéria acessoria) → estreitamento → no trajeto da artéria, logo após o estreitamento, há grande chance de desenvolver aneurisma; A presença de aneurismas é uma manifestação local de um processo sistêmico de inflamação, apoptose de células do músculo liso e degradação da matriz extracelular; Predisposição da região infrarrenal → composição de células dessa região é diferente de outras partes da aorta ou das ilíacas → diminuição de espessura, elastina e colágeno; maior fragilidade dos vasa vasorum; Patogênese: o Infiltração transmural de células inflamatórias com presença de neutrófilos, células T CD4, células B e macrófagos, com desvio de resposta inflamatória para Th2; o Espécies reativas de oxigênio (EROS) estão aumentadas no tecido aneurismático, principalmente quando há tabagismo associado → degeneração celular; Remodelação aterosclerótica (dilatação compensatória) → leva ao estresse de cisalhamento e produção de citocinas inflamatórias; Sacular; Fusiforme; Esférico; CAI NA PROVA!! Assintomático (maioria dos casos); Sintomático: o Compressão de estruturas adjacentes (ureter, cava); o Microembolização (Síndrome do dedo azul – pode ser sinal de qualquer tipo de aneurisma, não necessariamente AAA); No interior do aneurisma há um trombo intramural (sangue sofre turbilhonamento quando passa pela região do aneurisma, formando um trombo com o tempo que criará um falso lúmen que mantém o diâmetro normal na região onde há passagem sanguínea; mas existe uma dilatação ao redor do falso lúmen); o Trombose de aorta; o Expansão aguda → causa dor; o Ruptura; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 Exame físico; o Quando não é possível detectar pelo exame físico: aneurisma < 5 cm de diâmetro; obesos; o Localização para palpação de aorta abdominal: logo acima do umbigo, discretamente para a esquerda; o Massa pulsátil, expansiva (aumenta e diminui de tamanho) e pouco móvel; RX simples de abdome → não é um exame tão preciso para aneurisma, mas capta calcificações (Sinal da casca de ovo) provenientes de aterosclerose; o Calcificações → presentes em 70% dos casos; USG (ecografia) → exame padrão; o sensibilidade e especificidade de 100% para diâmetro da aorta > 3,0 cm. TC; RNM; Aortografia (injeção de contraste) → não é um bom exame para ver aneurisma, pois, se há trombo no aneurisma, o contraste limita o trajeto sanguíneo ao falso lúmen, simulando dimensões normais do vaso – não capta a dilatação; Pacientes com sintomas sistêmicos (perda de peso, febre, mal-estar) → realizar hemograma e VHS para avaliar possível causa inflamatória ou infecciosa; Diâmetro: o > 5 cm para mulheres; o > 5,5 cm para homens; Aneurisma sintomático/inflamatório; Aumento progressivo (> 0,5 cm/ano); Presença de complicações: o Microembolização; o Compressão adjacente; o Fistulização; o Trombose; o Ruptura; IAM recente (< 6 meses); ICC intratável; Coronariopatia com revascularização impossível; AVC com déficit severo; IRC avançada; Malignidade com expectativa de vida < 2 anos; !!! Idade avançada NÃO é contraindicação para cirurgia!!! 1. Campleamento da aorta; 2. Campleamento das ilíacas; 3. Abertura do aneurisma; 4. Retirada do trombo intramural; Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 5. Rafia da parede interior do saco aneurismático → anastomose proximal com prótese de Dacron ou PTFE; 6. Anastomose distal: Aorto-aórtico → na própria aorta; Em caso de utilização de prótese bifurcada, a anastomose é feita nas ilíacas; Aorto-bifemoral → quando há impossibilidade de utilizar as ilíacas 7. Fechamento da a capa do aneurisma, visando proteger a prótese das alças intestinais → evita formação de fístula; 1. Entrada de cateter balão com prótese fechada; 2. Fixação da prótese e um coto não afetado pelo aneurisma; 3. Abertura da prótese; Complicação: endolíquido → dilatação aneurismática aumenta, atinge a prótese e ocorre entrada de sangue no aneurisma → aneurisma volta a pulsar; Maioria das cirurgias de correção de aneurisma, é endovascular; o Pacientes jovens → pode ser recomendada cirurgia aberta como escolha; o Aneurisma roto → obrigatoriamente cirurgia endovascular;** Cirurgia endovascular → apenas isola o seguimento; cirurgia aberta → substitui o seguimento; Não há como pressupor quando o aneurisma irá romper; Risco aumenta com: hipertensão, DPOC e tabagismo; 3-5 cm → baixo risco → conservador; 5-7 cm → risco intermediário → cirurgia eletiva; 7-9 cm → alto risco → cirurgia urgente; Dor; Hipotensão → paciente sudorético, passa; Massa pulsátil; Cólica renal; Abdômen agudo: o Pancreatite; o Isquemia intestinal; o Diverticulite; o Colecistite; o Apendicite; o Víscera perfurada; o Obstrução intestinal; Dor lombar musculoesquelética; IAM; Pré-hospitalar (antes de chegar ao hospital) 90% Sem cirurgia 100% Com cirurgia 50% AAA eletivo 3-5% Ana Luiza Spiassi Sampaio Medicina UFSM- Turma 109 Risco de trombose; Raramente rompem; Tratamento aberto (by-pass) ou endovascular; o Atualmente, é consenso que o melhor TTO é by- pass → desvio feito a partir de um pedaço da v. safena;
Compartilhar