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Estudo comparativo de sistemas de vedação interna

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA MONOLÍTICO E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS 
ESTUDO COMPARATIVO COMO ELEMENTOS DE VEDAÇÕES 
INTERNAS PARA EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
 
 
 
 
 
 
 
2014 
 
 
 
 
 
SISTEMA MONOLÍTICO E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS 
ESTUDO COMPARATIVO COMO ELEMENTOS DE VEDAÇÕES 
INTERNAS PARA EDIFICAÇÕES 
 
 
Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
 
Projeto de Graduação apresentado ao Curso 
de Engenharia Civil da Escola Politécnica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
como parte dos requisitos necessários à 
obtenção do título de Engenheiro. 
 
Orientador: Jorge dos Santos 
 
 
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL 
AGOSTO DE 2014 
 
 
_____________________________________ 
Prof. Jorge dos Santos, D.Sc. 
 
_____________________________________ 
Prof. Ana Catarina Jorge Evangelista, D.Sc. 
 
_____________________________________ 
Prof. Leandro Torres Di Gregório, D.Sc. 
 
_____________________________________ 
Prof. Wilson Vanderley da Silva, Prof. convidado 
 
SISTEMA MONOLÍTICO E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS 
ESTUDO COMPARATIVO COMO ELEMENTOS DE VEDAÇÕES 
INTERNAS PARA EDIFICAÇÕES 
 
Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
 
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE 
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A 
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. 
 
Examinado por: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL 
AGOSTO DE 2014
iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santos, Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
Sistema Monolítico e Alvenaria de Blocos Cerâmicos – 
Estudo comparativo como elementos de vedações internas 
para edificações/ Ruan Faria Carvalhosa dos Santos – Rio 
de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2014. 
Xiii, p. 84: iI.: 29,7 cm. 
Orientador: Jorge dos Santos. 
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso 
de Engenharia Civil, 2014. 
Referências Bibliográficas: p. 83-84. 
1. Sistema de Vedação Interna 2. Alvenaria de Blocos 
Cerâmicos 3. Sistema Monolítico. 
I. Santos, Jorge dos Santos; II. Universidade Federal do 
Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia 
Civil; III. Sistema Monolítico e Alvenaria de Blocos 
Cerâmicos – Estudo comparativo como elementos de 
vedações internas para edificações. 
 
v 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho primeiramente aos meus pais, Roberto Carvalhosa 
e Ana Paula Araujo, que me deram educação e sempre estiveram ao meu lado 
para tudo que eu precisei, fazendo de mim a pessoa que sou hoje. 
Também dedico à minha querida avó paterna Daura Carvalhosa, que 
infelizmente não está mais entre nós, mas sei que ela esta feliz com minha 
vitória onde quer que ela esteja. 
Por fim, dedico ao meu eterno amigo Felipe Martins, que infelizmente 
também não esta entre nós, mas estou certo que ele esta comigo em todos os 
momentos e que até hoje, mesmo que ausente fisicamente, me ajuda e manda 
força para continuar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
vi 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente aos meus pais, Roberto Carvalhosa e Ana Paula Araujo, 
que me deram educação e sempre estiveram do meu lado em todos os 
momentos da minha vida em tudo que eu precisei. 
Aos meus irmãos, Natalia Carvalhosa e Roberto Carvalhosa, que 
também estiveram sempre do meu lado e que contribuíram para que eu 
alcançasse meus objetivos. 
Aos meus avós, Daura Carvalhosa, Mariana Araujo e Victor Manuel, que 
fizeram parte da minha criação e estiveram sempre presentes. 
À minha namorada Mariana Thiel, pessoa muito especial que esta 
sempre do meu lado, sempre paciente e que me dá forças para que eu siga em 
frente em busca dos meus objetivos. 
À todos os meu amigos, em especial ao Pedro Luis Amaral e Alexandre 
Morgani, por tornar a faculdade um momento melhor, pela ajuda mútua que 
existiu, pelas risadas e brincadeiras e, acima de tudo, pela amizade verdadeira 
que construímos e que manteremos. 
 Ao meu orientador Jorge dos Santos, pela disponibilidade e 
paciência em me ajudar neste trabalho e por ter-me passo parte de seu imenso 
conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
vii 
 
Resumo do projeto de graduação apresentado à Escola Politécnina/ UFRJ como parte 
dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Civil. 
SISTEMA MONOLÍTICO E ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS - ESTUDO 
COMPARATIVO COM ELEMENTOS DE VEDAÇÕES INTERNAS PARA 
EDIFICAÇÕES 
 
Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
Agosto/2014 
 
Orientador: Prof. Jorge dos Santos 
Curso: Engenharia Civil 
 
Com a grande evolução da construção civil brasileira nos últimos anos, se fez 
necessário o desenvolvimento de projetos imobiliários mais modernos, que buscam 
uma construção mais rápida, limpa, com uma qualidade mínima e que, acima de tudo, 
seja economicamente viável para a construtora. Diante disso, passou-se a dar mais 
atenção às etapas construtivas dos empreendimentos, tornando a escolha das 
técnicas construtivas de suma importância e influenciadora nos resultados finais. O 
presente trabalho teve como objetivo comparar dois tipos de vedações internas, o 
primeiro e mais conhecido é a alvenaria de blocos cerâmicos, o segundo é uma 
tecnologia nova que esta sendo introduzida no Brasil que utiliza o sistema drywall 
preenchida com uma argamassa especial. Foram estudados todos os aspectos de 
cada um desses dois métodos. Assim, vamos analisar a viabilidade de cada um 
desses métodos e determinar se a construção civil esta caminhando no sentido certo 
para a sua modernização e industrialização. A escolha do tema foi feita baseada na 
crença de que esta nova tecnologia de sistema de vedação pode ser um grande passo 
para uma construção civil mais moderna, a qual consegue aliar redução de tempo de 
construção e custos com alto desempenho. 
 
Palavras-chave: alvenaria, sistema monolítico, argamassa projetada 
viii 
 
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of 
the requirements for the degree of Engineer. 
MONOLITHIC CERAMIC AND MASONRY BLOCK SYSTEM - A COMPARATIVE 
STUDY AS ELEMENTS OF INTERNAL SEALS FOR BUILDINGS 
 
Ruan Faria Carvalhosa dos Santos 
August/2014 
 
Advisor: Prof Jorge dos Santos 
Course: Civil Engineering 
 
In recent years, with the great evolution of the brazilian civil engineering, the 
development of modern estate projects was mandatory, those have to look for a faster 
and cleaner construction with a minimum quality required, and, above all, being 
economically viable for the constructer. Therefore, more attention to the construction 
stages of the enterprise is necessary, turning the choice of the construction technique 
the most important one and also influential on the final results. This study aimed to 
compare two types of internal seals, the first one and well known is the masonry 
ceramic bricks. The second is a new technology that has been introduced in Brazil 
which uses drywall filled with a special grout. All aspects of each of these two methods 
were studied. Thus, we will analyze the feasibility of each one of these methods and 
determine if the civil construction is moving towards for its modernization and 
industrialization. The selection of this theme was based on the belief that this new 
technology of sealing system can be a big step towards a civil construction more 
modern, which can combine, the reduction of both, costs and construction time, with 
high performance. 
 
 
Keywords: masonry, monolithic system, projected grout 
ix 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................1 
1.2. JUSTIFICATIVAS................................................................................................................... 3 
1.3. OBJETIVOS .......................................................................................................................... 4 
1.4 METODOLOGIA .................................................................................................................... 5 
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................................. 5 
2. ELEMENTOS DE VEDAÇÃO ................................................................................... 7 
2.1. DEFINIÇÃO .......................................................................................................................... 7 
2.2.CLASSIFICAÇÃO.................................................................................................................... 8 
2.2.1 Quanto à função que desempenha no conjunto do edifício........................................ 8 
2.2.2 Quanto à técnica de execução empregada na produção de vedações ........................ 9 
2.2.3 Quanto à mobilidade (facilidade de remoção do local) ............................................... 9 
2.2.4 Quanto à densidade superficial.................................................................................... 9 
2.2.5 Quanto à estruturação ................................................................................................. 9 
2.2.6 Quanto à continuidade do pano ................................................................................ 10 
2.2.7 Quanto ao acabamento.............................................................................................. 10 
2.2.8 Quanto à continuidade superficial ............................................................................. 10 
2.3. REQUISITOS DE DESEMPENHO A ATENDER ..................................................................... 10 
2.4. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ............................................................................................. 13 
2.5 PRINCIPAIS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS .............................................................................. 14 
2.6 MATERIAIS UTILIZADOS ..................................................................................................... 16 
3. ALVENARIA EM BLOCOS CERÂMICOS .............................................................. 18 
3.1. DESCRIÇÃO ....................................................................................................................... 18 
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS...................................................................................................... 19 
3.3. MATERIAIS ........................................................................................................................ 21 
3.3.1. BLOCOS CERÂMICOS ................................................................................................. 21 
3.3.2 ARGAMASSA ............................................................................................................... 26 
3.3.3 TELA METÁLICA .......................................................................................................... 27 
3.4 MÉTODO EXECUTIVO ........................................................................................................ 27 
3.5 MÃO DE OBRA ................................................................................................................... 32 
3.6 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS .................................................................................... 33 
3.7 LOGISTICA DE CANTEIRO ................................................................................................... 34 
3.3.1 BLOCOS CERÂMICOS .................................................................................................. 34 
x 
 
3.7.2 AÇO ............................................................................................................................. 36 
3.7.2 CIMENTO, CAL E ARGAMASSA ................................................................................... 36 
3.7.4 AREIA .......................................................................................................................... 36 
3.8 DESEMPENHO E EXIGÊNCIAS TÉCNICAS ............................................................................ 36 
3.9 VANTAGENS E DESVANTAGENS ........................................................................................ 38 
4. PAREDE MONOLÍTICA DE DRYWALL PREENCHIDA COM ARGAMASSA ....... 40 
4.1 DESCRIÇÃO ........................................................................................................................ 40 
4.2 ASPECTOS HISTÓRICOS...................................................................................................... 41 
4.3 MATERIAIS ......................................................................................................................... 42 
4.3.1 PERFIS DE AÇO GALVANIZADO ................................................................................... 42 
4.3.2 PLACAS DE GESSO ACARTONADO .............................................................................. 43 
4.3.3 ELEMENTOS FIXADORES ............................................................................................. 47 
4.3.4 ELEMENTOS DE ACABAMENTO .................................................................................. 49 
4.3.5 ACESSÓRIOS ............................................................................................................... 50 
4.3.6 ARGAMASSA DE PREENCHIMENTO ............................................................................ 51 
4.4 MÉTODO EXECUTIVO ........................................................................................................ 51 
4.4.1 MARCAÇÃO E FIXAÇÃO DAS GUIAS ............................................................................ 51 
4.4.2 MONTAGEM DA ESTRUTURA ..................................................................................... 52 
4.4.3 PLAQUEAMENTO 1ª FASE .......................................................................................... 53 
4.4.4 PROJEÇÃO DA ARGAMASSA E PLAQUEAMENTO 2ª FASE .......................................... 53 
4.4.5 TRATAMENTO DAS JUNTAS ........................................................................................ 57 
4.5 MÃO DE OBRA ................................................................................................................... 58 
4.5.1 CARACTERISTICAS GERAIS .......................................................................................... 58 
4.5.2 PRODUTIVIDADE......................................................................................................... 59 
4.6 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS .................................................................................... 60 
4.7 LOGÍSTICA DE CANTEIRO ................................................................................................... 62 
4.7.1 ELEMENTOS DO DRYWALL ......................................................................................... 62 
4.7.2 ARGAMASSA ............................................................................................................... 64 
4.8 DESEMPENHO E EXIGÊNCIAS TÉCNICAS ............................................................................ 64 
4.9 VANTAGENS E DESVANTAGENS ........................................................................................ 65 
5. ESTUDO DE CASO ................................................................................................ 67 
5.1 DESCRIÇÃOS DO EMPREENDIMENTO ............................................................................... 67 
5.1.1 ASPECTOS GERAIS ...................................................................................................... 67 
5.1.2 ASPECTOS TÉCNICOS ..................................................................................................68 
xi 
 
5.2 PORQUE A ESCOLHA DO SISTEMA MONOLÍTICO .............................................................. 71 
5.3 ADAPTAÇÕES REQUERIDAS ............................................................................................... 72 
5.3.1 PROJETOS ................................................................................................................... 72 
5.3.2 PLANEJAMENTO - ORÇAMENTO E CRONOGRAMA FÍSICO ........................................ 73 
5.3.3 TÉCNICAS CONSTRUTIVAS .......................................................................................... 76 
5.3.4 CANTEIRO DE OBRAS E LOGÍSTICA ............................................................................. 77 
5.3.5 EQUIPAMENTOS ......................................................................................................... 78 
5.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 78 
6. CONCLUSÃO ......................................................................................................... 80 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
xii 
 
Índice de Figuras 
 
Figura 1. Bloco Cerâmico ......................................................................................... 14 
Figura 2. Bloco de Concreto .................................................................................... 14 
Figura 3. Bloco de Concreto Celular ....................................................................... 15 
Figura 4. Bloco de Solo Cimento ............................................................................. 15 
Figura 5. Direção dos furos dos blocos .................................................................. 22 
Figura 6. Tela Eletrosoldada .................................................................................... 27 
Figura 7. Amarração entre paredes ......................................................................... 29 
Figura 8. Equipamentos e Ferramentas - Alvenaria ............................................... 34 
Figura 9. Armazenamento - Blocos Cerâmicos ...................................................... 35 
Figura 10. Tipos de placa de gesso acartonado ..................................................... 44 
Figura 11. TIpos de bordas de placa de gesso acartonado ................................... 45 
Figura 12. Marcação de parede com pó de xadrez ................................................. 52 
Figura 13. Proteção de tomadas e caixas elétricas ................................................ 54 
Figura 14. Projeção da argamassa .......................................................................... 56 
Figura 15. Nivelamento da parede ........................................................................... 57 
Figura 16. Ferramentas para drywall ....................................................................... 61 
Figura 17. Bomba misturadora ................................................................................ 62 
Figura 18. Transporte de pallets de drywall ............................................................ 62 
Figura 19. Distribuição de placas nos andares ...................................................... 63 
Figura 20. Esquema estrutural - Wind Residencial ................................................ 69 
Figura 21. Comparativo de espessura entre sistemas ........................................... 73 
Figura 22. Esquema de etapas ................................................................................. 74 
Figura 23. Gráfico de custo unitário dos sistemas ................................................. 75 
Figura 24. Argamassa no chão durante sua projeção ........................................... 77 
Figura 25. Aproveitamento de argamassa caída no chão ...................................... 78 
 
 
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xiii 
 
Índice de Tabelas 
 
 
Tabela 1. Dimensões padronizadas dos blocos ..................................................... 23 
Tabela 2. Características dos blocos cerâmicos .................................................... 24 
Tabela 3. Critérios de aceitação ou rejeição de blocos cerâmicos ....................... 25 
Tabela 4. Perfis de Aço Galvanizado ....................................................................... 43 
Tabela 5. Características geométricas da placa de gesso acartonado ................. 46 
Tabela 6. Características físicas da placa de gesso acartonado ........................... 47 
Tabela 7. Tipos de parafuso ..................................................................................... 48 
Tabela 8. Acessórios para drywall e suas definições ............................................ 50 
Tabela 9. Informações sobre vedações internas - Wind Residencial .................... 68 
Tabela 10. Características da Massa Crupe ............................................................ 71 
Tabela 11. Composição de sistemas de vedação - Wind Residencial .................. 76 
Tabela 12. Informações comparando os dois sistemas ......................................... 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 Durante muitos anos os engenheiros civis se perguntaram se era possível que 
a construção no Brasil deixasse seu caráter artesanal para seguir o caminho da 
industrialização nos canteiros de obra. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os 
países desenvolvidos da América do Norte, Europa e Ásia passaram a se valer com 
maior intensidade de sistemas construtivos prontos, pré-fabricados, que 
proporcionassem maior produtividade e economia de mão de obra de custo muito alto 
nessas regiões (FARIA, 2008). 
Agora, o momento parece ter chegado. A oportunidade surge com a expansão 
dos empreendimentos voltados ao segmento econômico: como a margem de lucro 
sobre cada unidade é pequena, o negócio só se viabiliza economicamente com a 
produção de unidades habitacionais em grandes volumes. E produção em larga escala 
implica industrialização, desde os macrossistemas construtivos, estrutura e vedação, 
até os elementos construtivos menores - como as instalações elétricas e hidráulicas e 
as coberturas (FARIA, 2008). 
Segundo CILIANA (2009), a indústria da construção, mais especificamente no 
setor de edificações, apresenta particularidades singulares que a diferencia da 
indústria de transformação. Estas particularidades criam obstáculos para que se 
processe uma introdução mais agressiva de máquinas e equipamentos nos canteiros 
de obras. “Processos predominantemente artesanais, onde são marcantes baixa 
produtividade e enorme desperdício, ainda compõem a maior parcela da construção 
civil brasileira “(SANTIAGO e ARAUJO, 2008). 
O movimento a nível mundial pela melhoria da qualidade também tem tido 
reflexos no setor da construção civil, levando as empresas a um questionamento de 
2 
 
seu processo produtivo e a adoção de estratégias para racionalização, visando à 
melhoria de desempenho frente a um mercado cada vez mais competitivo. Este 
movimento decorre também de mudanças que afetam especificamente o setor, dentre 
os quais se podem citar a diminuição dos recursos financeiros, o maior grau de 
exigência do consumidor e a maior mobilização dos trabalhadores (AGOPYAN, et al 
1999 apud, CILIANA, 2009). 
Segundo CAMPOS (2009), no caso brasileiro, face aos desafios colocados 
pela economia globalizada e as crescentes necessidades de se construir com rapidez, 
qualidade e economia, alguns destes componentes pré-fabricados passaram a ser 
oferecidos no mercado nacional há alguns anos atrás. As demandas hoje existem sob 
a forma de centros comerciais, hotéis, edifícios de escritórios e residenciais, indústrias 
e levaram a construção civil a criar novos paradigmas. 
“Devido ao processo de urbanização das cidades e o surgimento e 
desenvolvimento dos grandes centros, houve um grande crescimento da demanda da 
população por moradias. Buscando atender este fenômeno, desenvolveu-se a 
indústria da construção civil” (FIGUEIRÓ, 2009). Ainda, segundo BAPTISTA (2005), a 
industrialização da construção civil, através da utilização de peças de concreto pré-
fabricada, promoveu um salto de qualidade nos canteiros de obras, pois através de 
componentes industrializados com alto controle ao longo de sua produção, com 
materiais de boa qualidade, fornecedores selecionados e mão de obra treinada e 
qualificada, as obras tornaram-se mais organizadas e seguras. 
Complementando, com altos investimentos em habitação nos dias atuais, o 
número de empresas, nacionais e estrangeiras, aumentou consideravelmente, 
gerando assim grande concorrência e estimulando as empresas da construção civil a 
buscarem novas tecnologias construtivas as quais oferecem menores prazos e custos 
e maior qualidade. Vale ressaltar que se deve considerar ainda a preocupação com o 
3 
 
meio ambiente, abrindo espaço para tecnologias que além de apresentarem as 
características acima citadas, sejam também sustentáveis. 
Por final, segundo SABBATINI (1989 apud BRUMATTI, 2008), “evoluir no 
sentido de aperfeiçoar-se como indústria é o caminho natural da construção civil”, e a 
industrialização da construção não é um fim em si mesma, mas somente um meio de 
obter determinados objetivos que são basicamente os mesmos de outras áreas da 
indústria. (BAPTISTA, 2009): 
1.2. JUSTIFICATIVAS 
O sistema de vedação é aquele destinado a compartimentar espaços, 
preenchendo os vãos da estrutura e assim formando a geometria da construção. Ele é 
de suma importância nas diversas etapas que o sucedem e na precisão geométrica 
que influirá no resultado final do processo. Assim, o estudo de novas tecnologias que 
melhoram a qualidade do serviço ao mesmo tempo em que reduzem o prazo estão em 
desenvolvimento e o resultado são processos modernos para execução do sistema de 
vedação. 
Segundo ROSSO (1980 apud CILIANA, 2009), no domínio da edificação pode 
se passar de uma produtividade de 80 homem hora/m² em um processo artesanal 
primitivo, a uma de 10 homem hora/m² em um processo industrializado. PICCHI (1993 
apud CILIANA, 2009) afirma que a produtividade no Brasil é menor que um quinto da 
produtividade dos países industrializados. 
 Ainda, segundo FIGUEIRÓ (2009), a alvenaria é considerada como uma etapa 
da construção responsável pelos maiores índices de desperdício de materiais de uma 
obra. Diante disso, surgem novos métodos de construção, os quais envolvem 
desperdício extremamente reduzido, obra limpa e ainda reduzem o prazo e custo da 
construção, fazendo com que atualmente haja um número elevado de construtoras 
aderindo à industrialização da construção civil, tal como o sistema drywall preenchido 
com argamassa, objeto deste estudo. 
4 
 
 Importante ressaltar também que o custo do sistema de vedação engloba uma 
fatia considerável em um orçamento total de um empreendimento, podendo assim ser 
um grande influenciador no resultado final de uma obra. “O sistema de vedação 
representa cerca de 5% do custo de um edifício de médio ou alto padrão, mas podem 
interferir diretamente, nos custos de revestimento interno e externo do edifício. Estes 
que representam mais de cerca de 9% no orçamento, que somados as ferramentas de 
controle de qualidade (que possam garantir a precisão da geometria da alvenaria) 
podem trazer economias significativas às construtoras em tempos de mercados 
competitivos. (RODRIGUES, 2013) 
1.3. OBJETIVOS 
 O objetivo central deste trabalho é responder à seguinte questão: O sistema 
monolítico utilizado como elemento de vedação é uma alternativa viável do ponto de 
vista da qualidade, da produtividade e da viabilidade para substituir a alvenaria de 
blocos cerâmicos? 
Para responder a esta resposta traçamos os objetivos secundários, sendo um 
deles comparar dois tipos de sistemas de vedação, o convencional, a alvenaria de 
blocos cerâmicos, com a um novo sistema monolítico, o drywall preenchido com 
argamassa especial. Assim sendo, foram estudadas todas as características de cada 
uma desses dois métodos: aspectos históricos, métodos construtivos, materiais 
utilizados, equipamentos, mão de obra aplicada, logística de canteiro, custos e por 
último seus respectivos desempenhos. 
O outro objetivo secundário é fazer um estudo de caso em uma obra na qual o 
novo sistema monolítico estasendo aplicado em substituição à alvenaria. Este estudo 
servirá como base para responder a resposta do objetivo central do trabalho. 
5 
 
1.4 METODOLOGIA 
Para o desenvolvimento desse trabalho foi realizada uma revisão bibliográfica 
com o apoio de livros, normas técnicas, catálogos de fabricantes, artigos de revistas e 
sites na internet. 
Também foram obtidas informações de engenheiros que atualmente estão à 
frente de projetos nos quais estão sendo aplicada a tecnologia do sistema monolítico 
estudado e que outrora já trabalharam com a alvenaria de blocos cerâmicos. 
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO 
Para a melhor organização deste trabalho seu conteúdo foi dividido em 06 capítulos de 
forma que fique mais claro e simples para o leitor entender e criar seus conceitos 
sobre o tema em questão. 
Neste primeiro capítulo foi feita uma introdução geral do tema. Nele, foram 
feitas as considerações iniciais do trabalho, além de discorrer sobre suas justificativas. 
No segundo capítulo o trabalho abordará os elementos de vedação de forma 
geral, definindo o que são, seus aspectos históricos, para que servem, suas 
propriedades, seus requisitos e diferentes tipos de elementos de vedação presentes 
hoje no mercado da construção civil. 
No terceiro capítulo será abordado o sistema de vedação que utiliza alvenaria 
de blocos cerâmicos. Nele será visto todas as características desse sistema, seus 
aspectos históricos, aspectos culturais, materiais utilizados, equipamentos, mão de 
obra, produtividade, metodologia construtiva, logística de canteiro e seu desempenho. 
O quarto capítulo terá a mesma estrutura do terceiro, com a única diferente que 
o tema abordado será o sistema monolítico. 
Com todas as características de cada um desses sistemas em mãos, será feito 
no capitulo 05 um estudo de caso em uma obra na qual o novo sistema monolítico 
6 
 
esta sendo utilizado em substituição à alvenaria. Neste ponto, serão analisados não só 
as características da obra onde ele será aplicado, como também todas as 
modificações necessárias no que tange projetos, orçamentos, planejamento, logística 
de canteiro, contratação de mão de obra e outras adaptações necessárias. Será 
analisada também a motivação para a escolha desse sistema e as dificuldades que 
esta escolhe gerou para a construtora. 
No sexto e último capitulo serão feitas as considerações e conclusões finais 
sobre o trabalho e sugestões para futuros trabalhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
2. ELEMENTOS DE VEDAÇÃO 
2.1. DEFINIÇÃO 
No que se refere aos conceitos, a NBR 15.575 apresenta a sigla SVVIE, que 
significa “sistemas de vedações verticais internas e externas”, compreendendo as 
partes da edificação habitacional que limitam no plano vertical o conjunto do edifício e 
seus ambientes, como fachadas e paredes divisórias internas. 
O SVVIE é um subsistema construtivo, constituído por elementos que definem, 
limitam e compartimentam o edifício, que controlam a passagem de agentes atuantes, 
se portando, também, como isoladora acústica e térmica. 
Pode-se dizer que, basicamente, os elementos constituintes deste subsistema 
são: 
a) Vedo – o elemento que caracteriza a vedação vertical; 
b) Revestimento – elemento que possibilita o acabamento decorativo da vedação 
(incluindo o sistema de pintura neste elemento). 
c) Esquadria – permite o controle de acesso aos ambientes; 
O SVVIE mais utilizado no Brasil é constituído por blocos cerâmicos 
assentados com argamassa, no entanto, diversas outras opções podem ser utilizadas 
para a mesma função. Atualmente, com a industrialização da construção civil, surgem 
diversas novas tecnologias de vedação, tais como parede de concreto, fechamento 
com Drywall e fechamento de Drywall preenchido com argamassa, objeto de estudo 
deste trabalho. 
Para a execução do sistema de vedação externa, a fachada, sugere-se dividir o 
edifício em panos para facilitar a execução do serviço. Em se tratando do sistema de 
vedação interno, este é executado após a parede visando um melhor acabamento. O 
revestimento das paredes e a instalação das esquadrias já com vidros vêm logo em 
seguida, finalizando os sistemas de vedação do prédio. 
8 
 
Em seguida são destacados termos comumente utilizados quando se trata do 
subsistema de vedação: 
 Pano – representa uma das faces do vedo; 
 Parede – é o tipo de vedo mais utilizado, se autosuporta, e é moldado no local, 
definitivo, pode ser exterior ou interno; 
 Divisória – vedo interno ao edifício com a função de subdividir o edifício em 
diversos ambientes, geralmente leve e pode ser removido com mais facilidade. 
Os sistemas de vedações verticais internas e externas apresentam funções que 
pode ser divididas em principal e secundária. Sua função principal é criar condições de 
habitabilidade para o edifício, protegendo os ambientes internos contra a ação 
indesejável dos diversos agentes atuantes, tais como calor, frio, sol, chuva, vento, 
umidade, ruídos, intrusos. Sua função secundária é servir de suporte e proteção para 
os sistemas prediais já que as instalações são normalmente embutidas nas paredes. 
A importância deste subsistema vai além do que seu custo representa no custo 
total da obra, uma vez que as vedações são caminho crítico da obra, determinam o 
potencial de racionalização da produção e determinam grande parte do desempenho 
do edifício, como um todo. 
Portanto, a vedação vertical pode ser estudada sobre diversos pontos de vista, 
bem como suas classificações, seus requisitos funcionais e desempenho, sua 
importância econômica, entre outros. 
2.2.CLASSIFICAÇÃO 
DUEÑAS PEÑA (2003) classifica as vedações verticais da seguinte forma: 
2.2.1 Quanto à função que desempenha no conjunto do edifício 
a) Envoltória externa – proteção lateral contra ação de agentes externos; 
b) De compartimentação interna – divisão entre ambientes internos; 
c) De separação – divisória entre unidades e área comum. 
9 
 
2.2.2 Quanto à técnica de execução empregada na produção de vedações 
a) Por conformação – vedações verticais elevadas no próprio local, com emprego 
de água, denominada usualmente de “construção úmida”. Trata-se de 
vedações em alvenaria ou de painéis moldados no local; 
b) Por acoplamento a seco – montagem sem a necessidade de água. Trata-se de 
vedações produzidas com painéis leves; 
c) Por acoplamento úmido – Utilização de argamassa. Trata-se de vedações 
produzidas com elementos pré-moldados ou pré-fabricados de concreto. 
2.2.3 Quanto à mobilidade (facilidade de remoção do local) 
a) Fixas – vedações imutáveis. Recebem o acabamento no local; 
b) Desmontáveis – vedações passíveis de serem montadas com pouca 
degradação; 
c) Removíveis – vedações passíveis de serem desmontadas facilmente. Trata-se 
de elementos totalmente modulares; 
d) Móveis – divisórias empregadas na simples compartimentação dos ambientes. 
2.2.4 Quanto à densidade superficial 
a) Leves – vedações verticais não estruturais, de densidade superficial baixa, 
sendo o limite convencional de aproximadamente 100 Kg/m²; 
b) Pesadas – vedações que podem ser estruturais ou não, com densidade 
superficial superior a aproximadamente 100 kg/m². 
2.2.5 Quanto à estruturação 
a) Estruturadas – Vedações que necessitam de uma estrutura reticular de suporte 
dos componentes da vedação, como por exemplo, painéis de gesso 
acartonado; 
b) Auto suportante – Não necessitam de uma estrutura de suporte dos 
componentes da vedação, como todos os tipos de alvenaria; 
10 
 
c) Pneumáticas – Vedações verticais sustentadas a partir da injeção de ar 
comprimido. Como exemplo, são os galpões em lona. 
2.2.6 Quanto à continuidade do pano 
a) Monolíticas – quando a absorção dos esforços transmitidos à vedação é feita 
por todo o conjunto dos elementos. Por exemplo: alvenaria. 
b) Modulares – quando a absorção dos esforços transmitidos à vedação é feita 
pelos componentes de modo individual,em função da existência de elementos 
de juntas, como por exemplo, no caso dos painéis de gesso acartonado. 
2.2.7 Quanto ao acabamento 
a) Com revestimento incorporado – vedações verticais que são posicionadas já 
com acabamento. Por exemplo: painéis pré-moldados de concreto com prévia 
aplicação de cerâmica; 
b) Com revestimento à posteriori – vedações verticais que são executadas em 
seus lugares definitivos, sem a aplicação prévia de revestimentos. Por exemplo: 
alvenaria e painéis de gesso acartonado; 
c) Sem revestimento – vedações que não necessitam da aplicação de 
revestimentos. Recebem no máximo uma pintura. Caso de alguns tipos de alvenaria, 
cujas características lhe garantem estanqueidade. 
2.2.8 Quanto à continuidade superficial 
a) Descontínuas – nos casos em que as juntas entre componentes ficam 
aparentes; 
b) Contínuas – nos casos em que as juntas não são aparentes. 
2.3. REQUISITOS DE DESEMPENHO A ATENDER 
A quarta parte da NBR 15.575 (norma de desempenho) abrange os sistemas 
de vedações verticais das edificações habitacionais, tanto internas como externas, 
11 
 
bem como a volumetria e compartimentação dos espaços que compreendem um 
edifício. 
Como as vedações podem atuar em sintonia com a estrutura e sofrem as 
ações decorrentes de sua movimentação, além de poder assumir função estrutural, 
faz-se necessário que as análises sejam feitas em conjunto com os elementos, 
componentes e sistemas que com elas interagem, tais como caixilhos, esquadrias, 
cobertura, pisos e instalações. 
O SVVIE apresenta diversos requisitos funcionais que devem ser estudados e 
analisados de acordo com a norma e com a necessidade do cliente na hora da 
elaboração do projeto, sendo estes listados abaixo. 
 
A. Desempenho térmico; 
B. Desempenho acústico; 
C. Estanqueidade à água; 
D. Controle da passagem de ar; 
E. Proteção e resistência contra a ação do fogo; 
F. Desempenho estrutural em alguns casos; 
G. Controle de iluminação (natural e artificial) e raios visuais (privacidade); 
H. Durabilidade; 
I. Custos iniciais e de manutenção; 
J. Padrões estéticos e de conforto visual; 
K. Facilidade de limpeza e higienização. 
A opção pelo tipo de vedação a ser empregada em um determinado 
empreendimento depende dos requisitos que o sistema deverá atender. A vedação 
externa possui requisitos a serem atendido distintos daqueles a serem atendidos 
pela vedação interna, assim, nem sempre a melhor opção para a primeira também 
o será para a segunda. 
12 
 
A escolha do processo construtivo do sistema de vedação do empreendimento 
é feita levando-se em consideração alguns outros requisitos diferentes que dizem 
respeito unicamente à construtora, sendo eles o custo que o sistema implicará, o 
prazo no qual ele será concluído e o tipo de mão de obra que a execução de tal 
sistema requer. Assim, dizemos que não há um processo construtivo melhor que 
outro, e sim condições mais apropriadas para cada tipo de processo, considerando 
sempre tanto os requisitos de qualidade do cliente como os de viabilidade para a 
construtora. 
A vedação vertical contribui decisivamente para o desempenho do edifício. É 
parte fundamental da construção para garantir bons isolamentos térmico e 
acústico, bem como estanqueidade à água e controle da passagem de ar, além de 
proteção e resistência contra ação do fogo. Os requisitos de desempenho são 
exigidos em maior ou menor grau de intensidade, conforme a posição que a 
vedação ocupa no edifício (MARQUES, 2013). 
A resistência térmica, por exemplo, depende do coeficiente de condutibilidade 
térmica, proveniente da natureza do material, índice de vazios e umidade. Além 
disso, é necessário analisar a espessura da parede. A necessidade de isolamento 
térmico em paredes internas é muito menor do que nas paredes externas 
(MARQUES, 2013). 
Relativo à fachada (paredes externas), é necessário que a vedação bloqueie 
grande parte dos sons a que o empreendimento está exposto (MARQUES, 2013). 
Em relação à questão acústica, paredes divisórias (internas) devem garantir 
privacidade e impedir que ruídos gerados em ambientes específicos atrapalhem as 
atividades em outros ambientes. Os fatores que interferem no isolamento acústico 
são o material, a espessura, o formato, as vinculações, a massa e textura 
superficiais (MARQUES, 2013). 
Outra questão que tem grande importância é a estanqueidade à água das 
paredes. A penetração de água da chuva pode gerar graves consequências na 
13 
 
sanidade e habitabilidade das edificações e na durabilidade dos materiais. Se 
houver problema de penetração de água nas paredes, a recuperação é bastante 
onerosa (MARQUES, 2013). 
As paredes devem, também, atender aos requisitos de desempenho 
relacionados à resistência ao fogo e demais agentes (MARQUES, 2013). 
Todos estes requisitos funcionais acima citados devem ser detalhadamente 
estudados e analisados pela construtora responsável pelo projeto e assim se 
chegar a uma opção que tanto atenda aos requisitos dos clientes quanto à 
viabilidade econômica para a construtora. 
2.4. IMPORTÂNCIA ECONÔMICA 
Em uma composição do vedo + esquadrias + revestimentos, calcula-se que, 
em média, os custos atinjam 20% do total da construção. A parcela de custo somente 
do vedo no orçamento de um edifício convencional gira em torno de 4 a 6% do custo 
total da obra (MARQUES, 2013). 
Entretanto, esses números podem se elevar consideravelmente visto que 
grande parte das construtoras não executa o processo construtivo de forma 
racionalizada, o que implica na maioria das vezes em desperdício de material e 
retrabalho. Uma possível solução para este problema seria investimentos em projetos 
detalhados de marcação e elevação de alvenaria. 
 Outro ponto crucial além de projetos bem definidos é a qualificação da mão de 
obra empregada na execução dos serviços, tendo em vista que uma mão de obra 
desqualificada implicará em erros e retrabalhos, desperdiçando material e 
homens/hora. A solução para este problema é o investimento em treinamentos para a 
mão de obra. 
 Portanto, contratar uma mão de obra pouco qualificada e trabalhar com 
materiais de baixa qualidade não é o caminho ideal para reduzir os custos no que 
14 
 
tange a um SVVIE, já que, além da importância econômica no projeto, é fundamental 
que o sistema respeite todos os requisitos de desempenho de projeto. 
2.5 PRINCIPAIS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS 
 O termo alvenaria pode ser definido como componente complexo, conformado 
em obra, constituído por tijolos ou blocos unidos por si por juntas de argamassa 
formando um conjunto rígido e coeso. Assim, há alguns tipos diferentes de alvenaria 
que podem ser utilizadas na concepção de um SVVIE, sendo eles: 
 
 Alvenaria de blocos cerâmicos, vide figura 1; 
 
Fonte: http://ceramicacirineu.com.br/produtos.php 
 
 Alvenaria de blocos de concreto, vide figura 2; 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.leroymerlin.com.br/ 
 
 
Figura 1. Bloco Cerâmico 
Figura 2. Bloco de Concreto 
15 
 
 Alvenaria de blocos de concreto celular, vide figura 3; 
 
 
 
 
 
 
Fonte: http://www.loregian.com.br/ 
 
 Alvenaria de blocos de solo cimento, vide figura 4; 
 
Fonte: http://baudopermacultor.blogspot.com.br 
 
 Alvenaria de Pedra. 
 
Além da alvenaria, há como constituir um SVVIE com a execução de paredes 
maciças. Estas por sua vez podem ser moldadas in loco ou pré-fabricadas e pré-
moldadas. A primeira é aquela obtida por moldagem no local, empregando-se um 
sistema de formas laterais. Já a segunda, é constituída através do acoplamento de 
painéis pré-moldados ou pré-fabricados. Seus diferentes tipos são: 
 Paredes maciças de concreto; 
 Paredes maciças de concreto celular; 
 Paredes maciças de solo cimento; 
Figura 3. Bloco de Concreto Celular 
Figura 4. Bloco de Solo Cimento 
16 
 
 Paredes maciças de concreto PVC; 
 Paredes maciças preenchidas com argamassa. 
 
Outrométodo também muito utilizado são as divisórias, que são vedações 
leves, estruturadas e obtidas por acoplamento a seco de placas manuseáveis, 
podendo ser desmontáveis ou removíveis, monolíticas ou modulares. São elas: 
 Divisória modulares (compensados, aglomerados, PVC); 
 Divisória de gesso acartonato; 
 Divisória de placas cimentícias. 
2.6 MATERIAIS UTILIZADOS 
 Os materiais utilizados para a execução de um SVVIE vão variar de acordo 
com a escolha do tipo de vedação que for utilizada no projeto. Assim sendo, existem 
inúmeros materiais que poderão constituir um sistema de vedação. 
 Para execução de alvenaria, além do tipo de bloco que será aplicado, podendo 
ser de blocos cerâmicos, de concreto, de solo cimento entre outros, será utilizado 
também a argamassa de assentamento. Esta por sua vez poderá ser feita no próprio 
canteiro e assim consumirá cimento, areia, cal ou poderá ser industrializada. Além 
disso, utilizam-se elementos para a junção da alvenaria com a estrutura, sendo estes 
telas metálicas e pinos de aço. 
 No caso de paredes maciças, além das formas que darão forma às paredes, 
utiliza-se o material de preenchimento das mesmas. Estes podem ser, por exemplo, 
concreto, concreto celular, solo cimento ou, no caso do objeto deste estudo, 
argamassa especial. 
 No caso de divisórias, a mais comum é o drywall. Este é composto por uma 
estrutura de aço galvanizado e placas de gesso acartonado fixadas a ela. Além das 
placas de gesso, são também utilizadas placas do tipo OSB e placas cimentícias. A 
17 
 
fixação, tanto da estrutura de aço quanto das placas, é feita através de parafusos e 
pinos de aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3. ALVENARIA EM BLOCOS CERÂMICOS 
3.1. DESCRIÇÃO 
Segundo RODRIGUES (2010) a alvenaria é o conjunto de elementos da 
construção civil, resultantes da união de blocos justapostos unidos com argamassa, ou 
não, destinados a suportar principalmente esforços de compressão ou simplesmente a 
vedação de uma área. Ainda, segundo a NBR 15270-1 (ABNT, 2005), os blocos 
cerâmicos para vedação constituem as alvenarias externas ou internas que não tem a 
função de resistir a outras cargas verticais, além do peso da alvenaria da qual faz 
parte. 
Esta vedação vertical protege o edifício de agentes externos como chuvas e 
ventos, além de dividir ambientes internos promovendo segurança e conforto dentro 
de um sistema estruturado. Este processo de fechamento de vãos de paredes é 
utilizado na maioria das edificações (THOMAZ, 2001). 
Conforme Lima (2006), as alvenarias podem ter tamanhos variados, a partir da 
quantidade de furos ou mesmo suas espessuras, 4, 6, 8 e 10 furos, ou espessuras de 
8 cm, 10 cm, 15 cm e até 20 cm, entre outras. Elas podem ser revestidas com algum 
tipo de proteção ou mesmo ficarem aparentes. 
Este tipo de tijolo possui uma densidade média de 1300 kg/m³ sendo 
assentado com mão-de-obra convencional. Suas faces passam por vitrificação 
fazendo com que a argamassa tenha melhor aderência. Possuem variação 
volumétrica baixa ao absorver e expelir água e fácil manuseio, mas tem como 
inconveniente a necessidade de quebra do material. Um metro quadrado deste 
elemento deve ser feito com 25 unidades de um tijolo. (LIMA, 2006) 
 
 
19 
 
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS 
Segundo FIGUEIRÓ (2009), a alvenaria é um sistema construtivo cuja utilização 
remota no início da atividade humana (aproximadamente 4000 a. C.) na construção 
para vários fins. Foram empregados blocos de diferentes materiais constituintes como 
argila, pedra e outros. Até hoje existem obras que estão desafiando o tempo e 
representam verdadeiros monumentos com grande importância histórica e que 
utilizaram sistema de blocos. 
Segundo TELLES (1984), “a partir do primeiro quartel do século XVII, tornam-se 
cada vez mais numerosas as construções de pedra e cal, inclusive casas particulares”, 
as quais eram feitas artesanalmente. “As técnicas empregadas nesse período, para o 
caso das vedações verticais, eram no caso de moradias mais simples, o pau-a-pique, 
adobe ou taipa de pilão e, nas habitações mais sofisticadas, a pedra, o barro e, às 
vezes, o tijolo e a cal”. 
De acordo com o Código de Boas Práticas nº 01, as alvenarias têm sido 
empregadas desde a antiguidade, porém o conhecimento adquirido ao longo dos anos 
tem hoje pouco valor relativo, em função das transformações sofridas pela construção: 
os edifícios atuais atingem alturas de dezenas de metros, as estruturas foram 
flexibilizadas, com o surgimento das estruturas pilar-laje (“lajes planas”) eliminou-se 
grande parte das vigas e em algumas obras os contrapisos vêm sendo eliminados 
(“laje zero”). 
Conforme as moradias foram sendo inseridas na economia, sendo vistas como 
mercadoria, a produção de seus insumos também passaram a ser produzidos para o 
mercado. Segundo, VARGAS (1994), “os primeiros materiais de construção 
industrializados, precariamente, foram os tijolos, vindo a substituir o processo 
artesanal da taipa nas construções das paredes de edifício”. 
20 
 
Em se tratando especificamente da alvenaria, essas transformações foram 
significativas, visto que a alvenaria de blocos cerâmicos, que eram empregadas como 
função estrutural para os edifícios mais baixos, de até três pavimentos, passa a 
desempenhar a única e exclusiva função de vedação, passando a ser aplicada, 
sobretudo, em edificações de múltiplos pavimentos, com estrutura de concreto 
armado. Assim, o conjunto estrutura de concreto armado aliado à alvenaria de 
vedação com blocos cerâmicos passou a ser o processo construtivo mais tradicional 
do país. 
Com isso, observa-se que com o surgimento dos edifícios de grandes alturas, a 
alvenaria teve que abandonar sua função estrutural, entretanto, permaneceu como o 
principal material utilizado para o sistema de vedação dos prédios. 
Segundo FRANCO (1998), no Brasil tem ampla aplicação e liderança como 
principal sistema de vedação utilizado. Estima-se que a produção anual de blocos e 
tijolos no mundo é de 400 bilhões de unidades, o que o caracteriza como o material de 
construção de maior produção mundial. 
Segundo SALA (2008), na década de 90, devida à retração e elevada 
competitividade que passava a indústria da construção civil, o mercado se viu obrigado 
a investir em programas de desenvolvimento tecnológicos como estratégia de ação 
para enfrentar a concorrência. Através desses programas, que visavam o 
desenvolvimento de métodos e procedimentos construtivos que permitissem a 
racionalização e otimização da produção de edifícios construídos pelo método 
tradicional, surgiu o conceito de alvenaria racionalizada. 
A definição de alvenaria de vedação racionalizada, segundo BARROS (1998) é: 
“elemento usualmente empregado como vedo de elevado grau de organização e 
otimização das atividades envolvidas na sua produção”. Ainda segundo BARROS 
(1998), ela se caracteriza pelos seguintes objetivos: 
21 
 
A. Eliminar a postura predominante de adoção de soluções construtivas criadas 
no canteiro de obras no momento da realização dos serviços de alvenaria; 
B. Criar um projeto de produção de alvenaria que exija um planejamento prévio de 
todas as atividades e permita soluções mais racionais da produção; 
C. Introduzir o uso de equipamentos e ferramentas novas que permitam aumento 
de produtividade e qualidade; 
D. Treinamento e motivação da mão-de-obra para a adoção de novas posturas de 
trabalho; 
E. Implementar procedimentos de controle do processo de produção e aceitação 
do produto. 
3.3. MATERIAIS 
Os principais materiais utilizados para a execução do sistema são: blocos 
cerâmicos, argamassa de assentamento, telas metálicas para amarração de paredes, 
pinos como elementos de fixação das telas a estrutura, elementos pré-moldados de 
micro concreto armado (vergas e contra vergas). 
3.3.1. BLOCOS CERÂMICOS 
Os blocos cerâmicos são definidoscomo sendo um componente de alvenaria 
em forma de um prisma reto, que possui furos prismáticos ou cilíndricos 
perpendiculares às faces que os contém. A qualidade dos blocos cerâmicos está 
intimamente relacionada à qualidade das argilas empregadas na fabricação e também 
ao processo de produção, queimado a elevadas temperaturas (NBR15270-1:2005). 
Os blocos cerâmicos têm como matéria prima a argila, um material inorgânico, 
não metálico e cujas propriedades físicas são obtidas após a queima da mesma a uma 
temperatura de 850ºC. 
Segundo o CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS Nº01, os blocos cerâmicos 
utilizados na execução das alvenarias de vedação, com ou sem revestimentos, devem 
22 
 
atender à norma NBR 15270-1, a qual, além de definir termos, fixa os requisitos 
dimensionais, físicos e mecânicos exigíveis no recebimento. Consideram-se dois tipos 
de blocos quanto ao direcionamento de seus furos prismáticos, conforme ilustrado na 
figura 5. 
 
 
Figura 5. Direção dos furos dos blocos 
Fonte: Código de Boas Práticas nº 01 
 
 
As dimensões de fabricação (largura - L, altura - H e comprimento - C) devem 
ser correspondentes a múltiplos e submúltiplos do módulo dimensional M = 10 cm 
menos 1 cm, conforme dimensões padronizadas indicadas na Tabela 1. 
Furos na Vertical Furos na Horizontal 
 
23 
 
Fonte: NBR 15270-1 
Tabela 1. Dimensões padronizadas dos blocos 
24 
 
Além dos blocos e meio-blocos existem, outros tipos de componentes 
cerâmicos complementares que integram as alvenarias de vedação, com funções 
específicas como a canaleta U, que permite a construção de cintas de amarração, 
vergas e contravergas, a canaleta J, os blocos de amarração, os compensadores e 
outros que podem ser especificados em projetos, desde que atendam aos requisitos 
de desempenho exigidos. As características que os blocos cerâmicos de vedação 
devem apresentar, de acordo com a norma NBR 15270-1, são resumidas na Tabela 2. 
 
Tabela 2. Características dos blocos cerâmicos 
Fonte: NBR 15270-1 
 
“As características apresentadas na Tabela 2 devem ser verificados para os 
blocos cerâmicos conforme os procedimentos de ensaios definidos na norma 
NBR15270-3. Com a finalidade de caracterização e aceitação ou rejeição dos blocos 
cerâmicos, essa norma descreve os métodos de ensaios para a avaliação de 
25 
 
conformidade dos mesmos, incluindo a determinação de suas características 
geométricas, físicas e mecânicas.” 
Para avaliação da conformidade dos blocos, além de uma inspeção geral (onde 
se verifica a correta identificação dos blocos, incluindo a marca do fabricante em cada 
peça, e as características visuais dos blocos), deve ser realizada inspeção por ensaios 
para determinação de suas características geométricas (valores das dimensões das 
faces, espessura das nervuras que formam os septos e das paredes externas do 
bloco, esquadro e planeza das faces), de sua caracterização física (índice de absorção 
de água) e sua caracterização mecânica (resistência à compressão). Para tanto, deve-
se observar os lotes de fornecimento com no máximo 100.000 blocos ou fração, de 
acordo com as amostragens e critérios de aceitação e rejeição apresentados na 
Tabela 3. 
 
Fonte: NBR 15270-1 
 
Para o caso da utilização de tijolos maciços cerâmicos para alvenaria devem-
se verificar as especificações constantes da norma NBR 7170 (características visuais, 
geométricas e mecânicas), considerando os respectivos critérios de aceitação e 
Tabela 3. Critérios de aceitação ou rejeição de blocos cerâmicos 
26 
 
rejeição. A verificação da resistência à compressão do tijolo deve ser feita conforme 
método de ensaio apresentado na norma NBR 6460. 
3.3.2 ARGAMASSA 
 Recomendam-se as argamassas mistas, compostas por cimento e cal 
hidratada, para o assentamento. A argamassa utilizada para o assentamento dos 
blocos pode ser industrializada ou preparada em obra e devem atender aos requisitos 
estabelecidos na norma NBR 13281. 
O cimento exerce papel importante na aderência, na resistência mecânica da 
parede e na estanqueidade à água das juntas. Na preparação da argamassa, sempre 
que possível, deve-se evitar a utilização de cimentos de alto forno (CP III) ou 
pozolânico (CP IV), pois, devido à importante presença de escória de alto forno e de 
material pozolânico respectivamente, a argamassa poderá ter elevada retração caso 
não haja adequada hidratação do aglomerante; esses tipos de cimento, entretanto, 
podem ser utilizados em situações em que se tenta prevenir reações de compostos do 
cimento com sulfatos presentes na cerâmica. 
A cal, em função de seu poder de retenção de água, propicia menor módulo de 
deformação às paredes, com maior potencial de acomodar movimentações resultantes 
de deformações impostas. Relativamente à cal hidratada, pode-se utilizar qualquer um 
dos tipos de cal que atenda à norma NBR 7175. 
As areias devem ser lavadas e bem granuladas, recomendando-se para a 
argamassa de assentamento areias média (módulo de finura em torno de 2 a 3). Não 
se recomenda o emprego de areias com porcentagens elevadas de material silto-
argiloso (conhecidas no Brasil com diversos nomes: “saibro”, “caulim”, “arenoso”, 
“areia de estrada”, “areia de barranco”), sendo que a areia deve atender às 
especificações da norma NBR 7211. 
27 
 
Os ensaios recomendados para as argamassas de assentamento, conforme a 
NBR 13281, são os seguintes: resistência à compressão, densidade de massa 
aparente nos estados fresco e endurecido, resistência à tração na flexão, coeficiente 
de capilaridade, retenção de água e resistência de aderência à tração. 
3.3.3 TELA METÁLICA 
Recomenda-se que as telas utilizadas na ligação alvenaria – pilar sejam telas 
metálicas eletrosoldadas, galvanizadas, e dotadas de fios com diâmetro em torno de 1 
mm e malha quadrada de 15 mm, conforme figura 9. As telas devem atender às 
especificações da norma NBR 10119. 
 
Fonte: http://www.telmetal.com.br 
 
3.4 MÉTODO EXECUTIVO 
O método executivo da alvenaria de vedação é segmentado em etapas 
constituintes do processo, onde se busca estabelecer uma sequência executiva na 
produção deste. Deve se dimensionar as equipes a fim de aumentar a produtividade, 
otimizar o uso de equipamentos, minimizar o transporte do material e equipamentos, e 
geração método de controle da qualidade. Além disso, é importante ter os 
procedimentos executivos claros e detalhados. Segundo BARROS (1998), “somente é 
possível cobrar aquilo que foi devidamente acordado”. 
Figura 6. Tela Eletrosoldada 
28 
 
Segundo o CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01, para o início dos serviços de 
elevação das alvenarias, todas as providências de logística devem ter sido tomadas, 
por exemplo, instalação no andar de guarda-corpos ou bandejas de proteção, eventual 
fixação de plataforma de recepção de blocos e outros materiais, disponibilidade de 
carrinhos porta-paletes, esquema de distribuição e empilhamento dos blocos, forma de 
transporte e preparação da argamassa de assentamento (argamassadeiras, caixotes 
de massa sobre suporte com altura regulável, etc), disponibilidade de gabaritos para 
os vãos de portas e janelas, disponibilidade de andaimes, prévio recorte de telas para 
as ligações com pilares ou ligações entre paredes com juntas a prumo e outras. 
Continuando, os dispositivos de ligação dos pilares com as alvenarias devem 
ser previamente providenciados, ou seja, marcação das fiadas, fixação de telas com 
finca-pinos, introdução de ferros-cabelo ou ganchos nos pilares, etc. O lançamento de 
chapisco nos pilares, lajes e vigas deve ter sido executado há pelo menos três dias. As 
telas de arranque devem ser corretamente assentadas nas ligações com juntas a 
prumo, resultando totalmente embutidas em argamassa bem compactada. 
Ainda segundo o CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01, recomenda-se que as paredes 
do mesmo pavimento sejam executadas simultaneamente, a fim de não sobrecarregar 
a estruturade forma desbalanceada; é aconselhável promover o levantamento de 
meia-altura da parede num dia e complementá-la no dia seguinte, quando a primeira 
metade já ganhou certa resistência. É aconselhável também iniciar-se a construção 
pelas paredes de fachada, trecho inicial com 1m de altura, a fim de liberar bandejas, 
grades de proteção e outros. 
Para as ligações das paredes de fachada com as respectivas paredes internas 
recomenda-se que sejam simultaneamente construídos trechos das paredes internas 
na forma de “escada”, desaconselhando-se a manutenção de vazios para posterior 
amarração dos blocos das alvenarias internas, conforme figura 10. 
29 
 
 
Fonte: Código de Boas Práticas nº 01 
 
Recomenda-se facear os blocos pelo lado da parede que receberá o 
revestimento menos espesso (exemplo: gesso de um lado e revestimento cerâmico do 
lado oposto, facear pelo lado que recebe o gesso). No assentamento devem ser 
criteriosamente observados todos os detalhes previstos no projeto da parede 
correspondente, considerando caixas de elétrica, pontos de água, luz e gás, cintas de 
amarração, vergas e contravergas, pilaretes, blocos mais estreitos nas primeiras 
fiadas e outros detalhes. Trabalhando-se sempre com as lajes bem limpas, ou o piso 
protegido com mantas de plástico, pode-se reaproveitar a argamassa que cair no chão 
durante o assentamento (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01) 
No máximo a cada duas ou três fiadas recomenda-se verificar o nivelamento e 
o prumo da parede, utilizando-se prumo de face, régua e nível de bolha; tais 
verificações, além da conferência da cota, devem ser procedidas com mais cuidado 
ainda na fiada que cará imediatamente abaixo dos vãos de janela. O alinhamento e o 
prumo devem também ser verificados com o máximo cuidado nas laterais dos vãos de 
portas e janelas (ombreiras). (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01). 
Figura 7. Amarração entre paredes 
30 
 
 A TCPO (2010) apresenta o procedimento para execução de vedações internas 
e externas: 
1) Executar a marcação da modulação da alvenaria, assentando-se os tijolos dos 
cantos, em seguida, fazer a marcação da primeira fiada com tijolos assentados sobre 
uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados pelo seu comprimento. 
Segundo LORDSLEEM JR. (2001), é desejável que para a locação da alvenaria seja 
designado um pedreiro ou equipe de pedreiros, devidamente qualificados e treinados 
(habilidosos, motivados, de grande responsabilidade profissional e com capacidade 
para ler e interpretar o projeto). Recomenda-se também que este pedreiro ou equipe 
sejam os únicos a executar a locação de todos os pavimentos, resultando no ganho de 
produtividade, uniformidade e qualidade do serviço. 
2) Atenção à construção dos cantos, que deve ser efetuada verificando-se o 
nivelamento, perpendicularidade, prumo e espessura das juntas, porque eles servirão 
como gabarito para a construção em si. 
3) Esticar uma linha que servirá como guia, garantindo o prumo e horizontalidade da 
fiada. 
4) Verificar o prumo de cada tijolo assentado. 
 
5) As juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas, de modo a garantir a 
amarração dos tijolos. 
Segundo LORDSLEEM Jr. (2001), antes da locação deverá ser verificado o 
nivelamento da laje, através do nível de mangueira ou aparelho de nível, devendo-se 
fazer correções caso o desnivelamento seja superior a 2cm. De acordo com o mesmo 
autor, deve-se dar atenção quanto à marcação da alvenaria em relação aos eixos de 
referencia, os quais, preferencialmente devem ser os mesmos que foram utilizados na 
locação da estrutura. Iniciando a locação pelas paredes da fachada e em seguida, 
locar as paredes internas de acordo com a locação das paredes de fachada. 
31 
 
Para o preparo da argamassa de assentamento, o CÓDIGO DE PRÁTICAS 
Nº01 diz que o traço da argamassa deve ser estabelecido em função das diferentes 
exigências de aderência, impermeabilidade da junta, poder de retenção de água, 
plasticidade requerida para o assentamento e módulo de deformação (propriedade 
muito importante nas alvenarias de vedação, frente ao risco de sobrecarga pelas 
deformações impostas). Também devem ser consideradas as características dos 
materiais a serem empregados em cada obra, incluindo-se aí os próprios blocos (com 
diferentes rugosidades, absorção de água, etc.), e dos processos executivos a serem 
adotadas (assentamento com colher de pedreiro, meia desempenadeira (“palheta”), 
bisnaga, meia cana ou outras ferramentas, chapisco aplicado com colher, rolo, 
desempenadeira de aço denteada, projetor ou outras ferramentas). 
Em função das características dos materiais disponíveis no local da obra, o 
traço da argamassa de assentamento deve ser estabelecido por meio de estudo de 
dosagem e ensaios laboratoriais. Outros traços podem ser especificados pelos 
projetistas desde que atendam aos requisitos estabelecidos na norma NBR 13281. 
Traços alternativos podem ser previstos pelo projetista também para as argamassas 
de fixação (“encunhamento”), utilizando-se quando for o caso materiais resilientes, 
adesivos e outros aditivos. (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01). 
Para argamassas de assentamento industrializadas ou pré-dosadas, fornecidas 
a granel, são válidas todas as indicações anteriores. Algumas argamassas são 
dosadas sem a introdução de cal hidratada, compensando-se essa ausência com a 
introdução de aditivos plastificante, incorporadores de ar e retentores de água. O 
resultado final, em temos de aderência, módulo de deformação e outros requisitos, 
deve ser o mesmo. (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01). 
 
Normatização para execução de vedação com bloco cerâmico 
NBR 15270-1:2005 - Componentes cerâmicos - Blocos cerâmicos para alvenaria de 
vedação: terminologia e requisitos. 
32 
 
NBR 15270-3:2005 – Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação: 
métodos de ensaio. 
NBR 8545:1984 - Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos 
cerâmicos 
3.5 MÃO DE OBRA 
Conforme Marder (2001), dos serviços de mão de obra mais solicitados, o 
serviço de vedações verticais em alvenaria representa entre 6% e 10% do custo total 
da construção de edifícios habitacionais e comerciais e pode chegar até a 17% em 
prédios populares. Dos custos totais deste serviço, cerca de 50% é representada pela 
mão de obra, por isso deve existir uma preocupação com o desempenho do trabalho. 
A mão de obra da construção civil apresenta peculiaridades distintas dos outros 
setores econômicos e industriais segundo um levantamento realizado pelo Serviço 
Social da Indústria – SESI, no ano de 1991 (MARDER, 2001), tal como na construção 
civil a população trabalhadora é de predominância masculina (98,56%). Isto é 
explicado pelas próprias características do processo produtivo que se utiliza da força 
física para a realização de tarefas. 
A produtividade é a relação entre o resultado útil de um processo produtivo e a 
utilização dos fatores de produção, ou seja, a quantidade de produto por unidade de 
fator produtivo, geralmente o fator trabalho (GOMES, 2009). 
Mutti (1995) apud Campos Filho (2004) fala que o motivo da produtividade no 
setor da construção habitacional estar abaixo da média e seu custo ainda muito alto é, 
entre outros fatores, o da falta de mão de obra capacitada. Além disso, o mercado 
exige cada vez mais organização e agilidade em qualquer tipo de serviço, onde quem 
é mais treinado pode ter uma oportunidade melhor de crescimento. 
 Em se tratando de alvenaria de blocos cerâmicos, a mão de obra para 
execução desse serviço precisa de um mínimo de qualificação. É importante destacar 
33 
 
que se a etapa de execução de vedações em blocos cerâmicos for mal realizada, isto 
poderá implicar em um consumo exagerado de argamassa para emboço além de um 
emprego maior de mão de obra para a execução no mesmo, aumentando 
consideravelmente os custos e podendo até diminuir a qualidade do serviço.Assim, apesar de o serviço não exigir uma qualificação elevada da mão de 
obra, convém investir na preparação da mesma para então não gerar gastos elevados 
nas etapas que sucedem a execução do sistema de vedação. 
 
3.6 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS 
Para a elevação das alvenarias devem estar disponíveis todos os 
equipamentos e ferramentas necessárias para o assentamento dos blocos, incluindo 
colher de pedreiro, meia-cana, bisnaga, linha, esticadores de linha, réguas de 
alumínio, prumo de face, escantilhões, broxa, nível de bolha e nível de mangueira, 
esquadros de braço longo, furadeira elétrica, pistola finca-pinos, etc. Tomando por 
referência a primeira fiada, assentada com os cuidados anteriormente mencionados, 
podem ser marcadas nos próprios pilares as cotas das demais fiadas; é interessante, 
contudo, o emprego de escantilhões, suportados por tripés ou introduzidos sob 
pressão no reticulado vertical da estrutura (escantilhão telescópico), conforme figura 8. 
34 
 
Fonte: Código de Boas Práticas nº 01 
 
3.7 LOGISTICA DE CANTEIRO 
De acordo com o CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01, para não se ter problemas em 
relação ao recebimento, armazenamento e liberação de material para execução de 
serviço, é necessário atenção aos itens abaixo expostos. 
3.3.1 BLOCOS CERÂMICOS 
Os blocos cerâmicos devem ser estocados em pilhas com altura máxima de 
1,80 m, apoiadas sobre superfície plana, limpa e livre de umidade ou materiais que 
possam impregnar a superfície dos blocos. As pilhas não devem ser apoiadas 
diretamente sobre o terreno, sugerindo-se o apiloamento do terreno e a execução de 
colchão de brita ou o apoio sobre paletes. 
Figura 8. Equipamentos e Ferramentas - Alvenaria 
35 
 
Quando a estocagem for feita a céu aberto, devem-se proteger as pilhas de 
blocos contra as chuvas por meio de uma cobertura impermeável, de maneira a 
impedir que os blocos sejam assentados com excessiva umidade. Na formação da 
pilha, os blocos devem ser sobrepostos aos blocos inferiores, com “juntas em 
amarração” conforme figura 9. 
 
Fonte: Código de Boas Práticas nº 01 
 
É recomendável que os blocos sejam fornecidos em paletes, sendo os mesmos 
embalados com o auxílio de fitas metálicas ou de plástico; dessa maneira os paletes 
podem ser transportados em carrinhos porta-paletes até o local de aplicação dos 
blocos, com considerável redução na mão de obra e risco de quebra ou danos. É 
recomendável que o fornecedor também disponha de plataformas acopláveis à 
estrutura dos pavimentos, facilitando o transporte dos paletes por meio de gruas. 
Qualquer que seja o sistema de transporte dos blocos cerâmicos deve-se evitar que os 
mesmos sofram impactos que venham a provocar lascamentos, fissuras, etc. 
Figura 9. Armazenamento - Blocos Cerâmicos 
36 
 
3.7.2 AÇO 
O aço deve ser armazenado em local coberto, protegido de intempéries e 
afastado do solo, para que não fique em contato com umidade. O armazenamento 
deve ser feito em feixes separados para cada bitola, facilitando o uso. 
3.7.2 CIMENTO, CAL E ARGAMASSA 
O cimento, a cal hidratada e eventuais argamassas industrializadas, materiais 
fornecidos em sacos, devem ser armazenados em locais protegidos da ação das 
intempéries e da umidade do solo, devendo as pilhas ficarem afastadas de paredes ou 
do teto do depósito. Não se recomenda a formação de pilhas com mais de 15 sacos. 
No caso do emprego de cal virgem, recomenda-se sua extinção imediatamente após 
chegada na obra, podendo ser armazenada em tonéis ou no próprio “queimador”. 
3.7.4 AREIA 
A estocagem da areia deve ser feita em local limpo, de fácil drenagem e sem 
possibilidade de contaminação por materiais estranhos que possam prejudicar sua 
qualidade. As pilhas devem ser convenientemente cobertas ou contidas lateralmente, 
de forma que a areia não seja arrastada por enxurrada. 
3.8 DESEMPENHO E EXIGÊNCIAS TÉCNICAS 
As dimensões dos blocos, a forma da seção transversal, a presença de 
revestimento, a relação altura / espessura da parede, as características da argamassa 
de assentamento, as características de rigidez da estrutura e a presença de vãos de 
portas e janelas influenciam significativamente o desempenho das alvenarias. No caso 
de paredes, a resistência à compressão dos blocos, além de ser um indicador geral da 
sua qualidade, terá influência direta na resistência ao cisalhamento e à compressão de 
paredes solicitadas por deformações impostas da estrutura (CÓDIGO DE PRÁTICAS 
Nº01). 
37 
 
Em situações especiais, como nos edifícios com mais de 20 pavimentos, nas 
paredes mais longas e naquelas com altura considerável (superior a 3 m), as 
alvenarias devem apresentar adequada resistência às cargas laterais, particularmente 
aquelas devidas à ação do vento. Nesse caso, o momento fletor que atua na parede 
deve ser calculado com base na carga atuante, nas dimensões da parede e nas suas 
condições de vinculação, sendo que a tensão atuante não deve exceder a tensão 
admissível da alvenaria solicitada à tração na flexão. (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01). 
Ainda de acordo com CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01, o projeto das alvenarias de 
vedação deve levar em conta, além do próprio desempenho mecânico, exigências 
relacionadas à estanqueidade à água, à isolação térmica, à isolação acústica, à 
resistência ao fogo e a outras características. Assim sendo, na seleção do sistema de 
blocos deve-se considerar: 
a) dimensões modulares / peso dos blocos (aspectos ergonômicos e de 
produtividade); 
b) disponibilidade de blocos especiais (para coordenação modular nos encontros 
entre paredes); 
c) disponibilidade de peças complementares (meio-blocos, canaletas, blocos 
compensadores); 
d) regularidade geométrica e integridade das arestas; 
e) embalagem / paletização; 
f) facilidade de embutimento de dutos / fixação de esquadrias; 
g) capacidade de sustentação de peças suspensas; 
h) absorção de água / expansão higroscópica / risco de eflorescências; 
i) rugosidade superficial / capacidade de aderência de revestimentos; 
j) resistência à compressão; 
k) isolação térmica; 
l) isolação acústica; 
m) resistência ao fogo. 
38 
 
 
O desempenho das alvenarias está diretamente associado à perfeita coordenação 
dimensional, à compatibilidade com outros projetos e à adoção de detalhes 
construtivos apropriados. Em razão da pequena resistência a solicitações de tração, 
torção e cisalhamento, as alvenarias devem ser convenientemente reforçadas com 
telas, ferros corridos, vergas e outros dispositivos. No topo de muros de divisa, 
guardacorpos de terraços e platibandas devem obrigatoriamente ser construídas 
cintas de amarração (CÓDIGO DE PRÁTICAS Nº01). 
3.9 VANTAGENS E DESVANTAGENS 
Apesar de ser uma técnica construtiva desenvolvida há muitos anos, as alvenarias 
de blocos cerâmicos apresentam alguns pontos positivos que fazem com que esse 
sistema seja utilizado até os dias de hoje, sendo elas: 
A. Peso próprio reduzido - que proporciona uma maior produtividade da mão de 
obra e alívio de fundação, além de diminuir as possibilidades de acidentes no 
canteiro; 
B. Transporte de grandes quantidades de blocos soltos ou em paletes em um 
mesmo caminhão - reduz significativamente os valores do frete; 
C. Conforto térmico devido a sua inércia térmica, sendo o calor e frio mais 
amenizados pelas paredes de blocos cerâmicos; 
D. Custo comercial dos blocos cerâmicos é, via de regra, inferior quando 
comparado com outros materiais utilizados nas alternativas para execução de 
alvenaria; 
E. Facilidade de treinamento e profissionalização, as etapas de execução são 
simples, permitindo que a mão de obra assimile rapidamente as boas práticas 
construtivas; 
39 
 
F. Técnica executiva simplificada, utilização de blocos cerâmicos modulares e 
diversos equipamentos adaptados para tornar a execução mais fácil, prática e 
produtiva; 
G. Modificações nas instalações de sistemas hidráulicos e elétricos são realizadas

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