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Aps Direito Penal IV

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Centro universitário Augusto Motta - UNISUAM
 Lavagem de dinheiro no Brasil
Conceito e evolução histórica do crime no Brasil 
Legislação aplicável a lavagem de dinheiro (tipos de condutas incriminadas, elemento objetivo e subjetivo do tipo; consumação e tentativa.) 
Origens e destino de bens ou capitais produto de ilícitos criminais 
Aps Direito Penal IV
Debora dos Santos Lira Moreira
Matricula: 22104927
Professor: Antônio Carlos Araújo
 Rio de janeiro 2022
 O trabalho visa abordar a estrutura da lavagem de dinheiro no brasil, a fim de discorrer sobre seus principais pontos e definições, previsões legais e ainda sobre a maneira como é tratado pelos doutrinadores nos dias atuais.
 A lavagem de dinheiro nada mais é do que o crime que tem por objetivo de impossibilitar que algum montante obtido de maneira ilícita seja localizada, descoberta. Proporcionado uma aparente “legalidade” ao vincular com atividade lícita. 
 A criação do termo “lavagem de dinheiro” ou em inglês Money laudering, é de origem norte americana aplicada num processo de 1982 onde um traficante de drogas usou um estabelecimento licito para justificar a origem de seu dinheiro. O sentido é o de limpar “lavar” o dinheiro obtido de maneira ilícita. 
 O art. 118 do CTN, tem como objetivo tributar o dinheiro identificado, independentemente de sua proveniência, tendo mencionado expressamente:
“Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - Da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
 II - Dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.”
 Melhor dizendo, importa segundo essa lei, apenas seus efeitos econômicos produzidos e não sua licitude, validade ou moralidade para ser tributado.
 Entretanto, o maior problema da lavagem de dinheiro refere-se a origem pois esse crime serve na verdade para encobrir outros mais graves, vinculados a organizações criminosas.
 O crime organizado também utiliza muitas vezes da compra de obras de arte ou produtos do mercado de luxo com dinheiro ilícito, revendendo-os em seguida para dar a aparência de comercio legal. 
Lei nº 9.613, de 3 de março de 1998.
Dos Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores
Art. 1o Ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização, disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
Pena: reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e multa.  (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 1o Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores provenientes de infração penal: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - Os converte em ativos lícitos;
II - Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
III - importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros.
§ 2o Incorre, ainda, na mesma pena quem: (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
I - Utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores provenientes de infração penal; (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
II - Participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos nesta Lei.
§ 3º A tentativa é punida nos termos do parágrafo único do art. 14 do Código Penal.
§ 4o A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
§ 5o A pena poderá ser reduzida de um a dois terços e ser cumprida em regime aberto ou semiaberto, facultando-se ao juiz deixar de aplicá-la ou substituí-la, a qualquer tempo, por pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que conduzam à apuração das infrações penais, à identificação dos autores, coautores e partícipes, ou à localização dos bens, direitos ou valores objeto do crime. (Redação dada pela Lei nº 12.683, de 2012)
 O delito de Lavagem de dinheiro se consuma no momento em que o autor realiza o ato de “dissimular” ou “esconder/ocultar” a origem, natureza, movimentação ou localização do valor, bem ou direito. Não sendo possível que seja exigido para sua consumação todas as etapas da “lavagem” sendo somente necessário qualquer ato de “colocação” sendo assim, uma única, ou uma primeira transferência do montante já se configura a consumação do crime, bastando apresentar a primeira transação bancaria sem que haja a exigência de toda a trilha do dinheiro, ate porque isso tornaria inviável a lei, mesmo em razão da complexidade de algumas operações quanto pelo tempo que seria muito maior para a apuração do crime.
 Importa também, a caracterização do elemento subjetivo do tipo o dolo especifico. Devendo ter sinais de que o autor realmente pretende “ocultar” e não guardar somente o provento vindo do ato ilícito.
 A falta de dolo especifico desfigura a pratica do crime. Se alguém deposita valor em conta de terceira pessoa para depois passar para sua própria conta, terá grandes indícios de que essa pessoa esta tentado mascarar a origem desse dinheiro. De qualquer maneira, dependerá do contexto probatório, e não só de um ato isolado.
 Já a tentativa é possível prevista em lei pelo art. 1º §3º da lei a tentativa é punida também no parágrafo único do art. 14 do CP. Devendo ser analisado caso a caso.
Conclusão
 A origem da lavagem de dinheiro se da por meio da obtenção de valor ou bem proveniente de ato ilícito antecedente, o agente busca esconder os ativos do ato ilícito com intuito de dissimular sua origem impura. Com o objetivo único de inserir o provento do crime na economia formal, ou ate mesmo de maneira mais simplória conforme a doutrina explica que ela pode ocorrer por exemplo quando o agente esconde ou enterra o dinheiro em fundo falso (BADARÓ e BOTTINI, 2013, p. 67), desde que esse agente tenha a intenção de dispor aparência de licitude futura.
Referencias: 
(PITOMBO, 1999, p.33).
Artigo 118 da Lei nº 5.172 de 25 de outubro de 1966 
Lei 9.613/98 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9613.htm
Artigo 14 do Código Penal https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638135/artigo-14-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
(BADARÓ e BOTTINI, 2013, p. 67)

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