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2011-tcc-dwabessa

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DE 
INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO 
 
 
 
 
 
Diego Weslley Alves Bessa 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza 
2011 
1 
 
Diego Weslley Alves Bessa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DE 
INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Curso submetido à Coordenação 
do Curso de Engenharia de Produção Mecânica, 
como requisito parcial para a obtenção do título de 
Engenheiro de Produção Mecânica. 
 
Orientador: Prof. Dr. Rogério Teixeira Mâsih 
 
 
 
Fortaleza 
2011 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação 
Universidade Federal do Ceará
Biblioteca Universitária
Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
B465p Bessa, Diego Weslley Alves.
 Proposta de um sistema informatizado de gestão de indicadores de desempenho da manutenção / Diego
Weslley Alves Bessa. – 2011.
 83 f. : il. color.
 Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Tecnologia,
Curso de Engenharia de Produção Mecânica, Fortaleza, 2011.
 Orientação: Prof. Dr. Rogério Teixeira Mâsih.
 1. Equipamento industrial. 2. Engenharia de software. 3. Máquinas . 4. Manutenção e reparos. I. Título.
 CDD 658.5
2 
 
 
DIEGO WESLLEY ALVES BESSA 
 
 
 
PROPOSTA DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE GESTÃO DE 
INDICADORES DE DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO 
 
Este Trabalho Final de Curso foi julgado adequado para obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia de Produção Mecânica da Universidade Federal do Ceará 
 
Fortaleza, __ de ________ 2011 
 
 
__________________________________ 
Prof. José Belo Torres, Dr. 
Coordenador do Curso 
 
 
 
Banca Examinadora: 
______________________________ 
Prof. Rogério Teixeira Mâsih, Dr. 
Orientador 
 
______________________________ 
Examinador – UFC 
 
______________________________ 
Examinador – UFC 
 
 
3 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Liduina Alves da Silva Bessa, minha mãe, 
 A Antônio Salviano e Rita Justino, meus avós maternos, 
 A Antônio Edilson e Francisca Alves, meus padrinhos, 
 A Maria Yohanna, minha irmã. 
 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por ter me dado saúde e força para continuar minha caminhada em busca dos 
meus objetivos. 
Ao professor e amigo Rogério Teixeira Mâsih, por ter me transmitido boa parte de 
seus conhecimentos através de projetos e aulas. 
Às pessoas mais importantes da minha vida, minha mãe, Liduina Bessa e minha irmã, 
Maria Yohanna, que sempre me incentivaram nas minhas decisões. 
A minha namorada Edith Teles, pelo companheirismo e apoio durante a elaboração 
desse trabalho. 
Aos amigos, Anderson, Alfredo, Marcos Felipe, Daniel e Alexandre, por todo apoio e 
ensinamentos que me foram compartilhados 
A todos os outros amigos, colegas, conhecidos e familiares que participaram direta e 
indiretamente na elaboração deste trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
RESUMO 
 
 BESSA, D., W., A. Proposta de um modelo informatizado de gestão de 
indicadores de desempenho da manutenção. 2011. 82 f. Monografia – Curso de Engenharia 
de Produção, UFC, Fortaleza. 
 
O contexto da economia, caracterizado por constantes mudanças no ambiente de mercado, 
apresenta, de forma dinâmica, novos níveis de competitividade, o que desenvolve nas 
organizações o interesse pela busca de novas ferramentas de gestão. Dessa forma, os 
equipamentos e sistemas que as empresas possuem devem encontrar-se disponíveis sempre 
que solicitados. Uma ferramenta que a manutenção industrial pode dispor para gerenciar seu 
desenvolvimento é a gestão de indicadores de desempenho, já que os indicadores de 
desempenho retratam a realidade da organização e a direção que está sendo tomada para um 
período. O presente trabalho apresenta uma pesquisa de natureza aplicada e sua abordagem é 
qualitativa e quantitativa. Apresenta-se o estudo de caso da gestão de indicadores de 
desempenho de uma indústria do estado do Ceará. Para a realização do mesmo foi 
apresentado um aplicativo desenvolvido no Microsoft EXCEL, que foi utilizado para a 
visualização dos indicadores de desempenho adotados pela empresa escolhida. Em seguida 
foram apresentadas propostas de melhorias ao setor, visando à melhoria dos indicadores que 
apresentarem resultados insatisfatórios. O ultimo capítulo trata da analise que pode ser gerada 
com a utilização da metodologia proposta e conclusões do autor. 
 
Palavras-chaves: manutenção industrial, indicadores de desempenho, sistema informatizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
ABSTRACT 
BESSA, D., W., A. Proposal of a computerized model of management 
performance indicators for maintenance. 2011. 82 f. Monograph - Course on Production 
Engineering, UFC, Fortaleza. 
 
 
The context of the economy, characterized by constant changes in market environment, 
presents a dynamic way, new levels of competitiveness, which develops in organizations 
interest in the search for new management tools. Thus, equipment and systems that 
companies should have be available upon request. An industrial maintenance tool that can 
afford to manage its development is the management of performance indicators, as the 
performance indicators portray the reality of the organization and the direction being taken for 
a period. This paper presents a research of an applied nature and their approach is 
qualitative and quantitative. It presents a case study of management performance indicators 
of an industry in the state of Ceara. To achieve the same will be presented an application 
developed in Microsoft Excel, which will be used to visualize the performance 
indicators adopted by the company chosen. Then will make proposals for improvements to the 
sector, aiming at the improvement of the indicators that are experiencing poor outcomes. The 
last chapter deals with the analysis that can be generated using the proposed methodology and 
conclusions of the author. 
 
 
Keywords: industrial maintenance, performance indicators, computerized system. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1.1 Contextualização ................................................................................................................. 10 
1.2 Justificativa .......................................................................................................................... 11 
1.3 Objetivos .............................................................................................................................. 12 
1.2.1 Objetivo Geral ...................................................................................................................... 12 
1.2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................................... 12 
1.4 Metodologia ......................................................................................................................... 12 
1.5 Estrutura do Trabalho ........................................................................................................ 13 
CAPÍTULO 2 – ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO E INDICADORES DE DESEMPENHO ..... 14 
2.1 Introdução ............................................................................................................................ 14 
2.2 Tipos de Manutenção .......................................................................................................... 15 
2.2.1 Manutenção Corretiva ..........................................................................................................15 
2.2.2 Manutenção Preventiva ........................................................................................................ 16 
2.2.3 Manutenção Preditiva ........................................................................................................... 16 
2.3 Manutenção Produtiva Total (TPM) ................................................................................. 17 
2.3.1 Histórico da TPM ................................................................................................................. 17 
2.3.2 Objetivos e Benefícios da TPM ........................................................................................... 19 
2.3.3 Fatores Críticos do Sucesso (FCS) para TPM ...................................................................... 19 
2.3.4 Fases da Implantação da TPM.............................................................................................. 21 
2.4 Indicadores de Desempenho ............................................................................................... 23 
2.4.1 Paradigmas e Benefícios ...................................................................................................... 23 
2.4.2 Critérios de Escolha ............................................................................................................. 24 
2.4.3 Balanced Scorecard (BSC) .................................................................................................. 25 
2.5 Indicadores de Desempenho na Manutenção ................................................................... 26 
2.5.1 Disponibilidade de equipamentos (DISP) ............................................................................ 27 
2.5.2 Taxa de falhas e Tempo Médio Entre Falhas de Equipamentos e Sistemas ( ) ................... 28 
2.5.3 Taxa de reparo e Tempo Médio Para Reparos (TMPR) de equipamentos e sistemas (μ) .... 28 
2.5.5 Custo da Manutenção Corretiva (CMC) .............................................................................. 29 
2.5.6 Número da Prioridade do Risco (NPR) ................................................................................ 30 
2.5.7 Dependabilidade (DPBD) .................................................................................................... 30 
2.5.8 Homem hora médio de manutenção por ano (HHM/ANO) ................................................. 31 
2.5.9 Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) .................................................................................... 32 
2.5.10 Back-Log ............................................................................................................................ 32 
8 
 
2.5.11 Confiabilidade .................................................................................................................... 33 
2.5.12 Taxa de defeito por equipamento (TD) .............................................................................. 33 
2.5.13 Taxa de Manutenção de Emergência (TME) ..................................................................... 34 
2.5.14 Taxa de Manutenção de Urgência (TMU) ......................................................................... 34 
2.5.16 Retrabalho .......................................................................................................................... 35 
2.5.17 Treinamento ....................................................................................................................... 36 
2.5.18 Melhorias implementadas................................................................................................... 36 
2.5.19 Custo de manutenção ......................................................................................................... 37 
2.5.20 Segurança no trabalho ........................................................................................................ 37 
2.6 Outros indicadores relacionados às áreas da manutenção .............................................. 38 
2.6.1 Manutenção preventiva ........................................................................................................ 38 
2.6.2 Ordens de serviço ................................................................................................................. 39 
2.6.3 Treinamento ......................................................................................................................... 40 
2.6.4 Envolvimento operacional .................................................................................................... 40 
2.6.5 Inventário e aquisição ........................................................................................................... 41 
2.6.6 Sistema de gerenciamento computadorizado da manutenção (SGCM) ............................... 41 
2.7.7 Manutenção centrada na confiabilidade ............................................................................... 42 
2.7.8 Planejamento e programação................................................................................................ 43 
2.7.9 Manutenção preditiva ........................................................................................................... 43 
2.7.10 Manutenção produtiva total ................................................................................................ 43 
2.7.11 Otimização estatístico-financeira ....................................................................................... 43 
2.7 Dicionário de Indicadores de Desempenho da Manutenção Industrial ......................... 44 
CAPÍTULO 3 – PROPOSTA DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE ACOMPANHAMENTO 
DO DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO ......................................................................................... 53 
3.1 Sistemática de Implantação do Sistema Proposto .................................................................. 53 
3.1.1 Identificação das Necessidades ..................................................................................... 54 
3.1.2 Preparação do Modelo ................................................................................................... 54 
3.1.3 Levantamento e Análise dos Dados .............................................................................. 55 
3.1.4 Elaboração do Modelo de Gestão .................................................................................. 56 
3.1.5 Teste e Análise dos Resultados ..................................................................................... 57 
3.2 Fluxo de Utilização do Sistema Proposto .......................................................................... 58 
3.2.1 Login ............................................................................................................................. 60 
3.2.2 Menu ............................................................................................................................. 61 
3.2.3 Cadastro de Usuários ..................................................................................................... 62 
9 
 
3.2.4 Seleção de Indicadores da Empresa .............................................................................. 63 
3.2.4.5 Lançamento de Informações de Indicadores ............................................................ 68 
3.2.4.7 Visualização de Indicadores ....................................................................................... 69 
CAPÍTULO 4 – APLICAÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO EM UMA EMPRESA E PROPOSTA DE 
MELHORIAS ....................................................................................................................................... 71 
4.1 Caracterização Da Empresa .................................................................................................. 71 
4.2 Melhorias Propostas .............................................................................................................. 75 
CAPÍTULO 5 – CONLCUSÕES E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS....................... 77 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 
 
1.1 Contextualização 
 
O atual contexto da economia, sustentado por constantes transformações e pela 
globalização, atualiza continuamente as características do mercado, apresentando novos níveis 
de competitividade. Dessa forma, as organizações devem buscar por novas ferramentas de 
gestão, visando maior competitividade através do aprimoramento dos níveis de qualidade e 
produtividade de seus produtos. 
Nesse sentido, de acordo com Peres (2006), a gestão da manutenção deve manter os 
processos produtivos disponíveis à produção, quando existir a necessidade de produzir com 
qualidade ao menor custo possível, tornando-se a área de manutenção parte estratégica da 
organização. 
Filho (2006) destaca que, na maior parte das organizações, os parâmetros de avaliação 
de desempenho adotados nos setores de manutenção não são amplos, restringindo-se ao tempo 
que o setor demanda para tornar máquinas disponíveis após falhas terem levado à perda de 
produção. Assim, a correta medição de desempenho do sistema de manufatura é essencial 
para a sua contínua evolução, pois a mesma estará alinhada à estratégia organizacional 
adotada. 
Em relação às melhores praticas de gestão estratégica, destaca-se o balanced 
scorecard (BSC), que, segundo Figueiredo (2002), não está centrado no desempenho 
financeiro, pois incorpora os vetores de desempenho futuro que são evidenciados através de 
medidas não-financeiras, obtendo-se assim um sistema balanceado de medição estratégica que 
responde às necessidades das modernas gestões na era do conhecimento. 
Desta forma, a presente monografia buscará através de pesquisa teórica, abordar a 
problemática de sistemas de gestão de indicadores da manutenção que, muitas vezes encontra-
se desalinhado com a estratégia adotada pela organização. 
 
 
11 
 
1.2 Justificativa 
 
A dinâmica das decisões organizacionais está cada vez mais rápida, não dando, muitas 
vezes, tempo para longas reflexões acerca da melhor alternativa, ou seja, se uma empresa 
deseja sobreviver a esse contexto de transformações políticas e empresariais deve possuir 
controle de seus processos. Através desse controle, da gestão de indicadores de desempenho, 
a organização terá em mãos dados concretos sobre sua realidade e poderá analisar se está 
alinhada ou não com a estratégia por ela adotada. 
 Apresentando-se como um conceito multidisciplinar, a gestão de indicadores de 
desempenho, de acordo com Kiyan (2001) possibilita a visão vertical e horizontal do 
desempenho organizacional, provendo informações para diversos fins. 
 De acordo com Rosa (2006), dificuldades na identificação de falhas que poderiam ser 
analisadas e eliminadas, bem como a inibição do monitoramento do desenvolvimento do 
trabalho das empresas, são conseqüências geradas pela não utilização de um sistema de gestão 
de desempenho. 
 Neste contexto, uma das áreas empresariais que está passando por mudanças é a de 
manutenção industrial. Vista em algum momento da sua existência como “arte negra” 
(VERRI, 2007), o setor está evoluindo e sendo foco de estudos sobre sua evolução, suas 
aplicações e benefícios. Filho (2006) defende que para dar suporte à situação citada acima se 
faz necessário o conhecimento do que poderá acontecer e estar preparado com a disposição de 
recursos adequados. 
A importância deste trabalho consiste em demonstrar a necessidade organizacional de 
coordenar de forma alinhada os indicadores de desempenho do setor de manutenção 
industrial. Além disso, busca-se apresentar, através de simulação, que a gestão de indicadores 
de desempenho, aliados à estratégia adotada, fomentam um modelo preciso e capaz de apoiar 
o processo de tomada de decisão. 
 
 
 
12 
 
1.3 Objetivos 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
Propor sistema informatizado capaz de dar suporte ao gerenciamento dos indicadores 
de desempenho da manutenção. 
 
1.2.2 Objetivos Específicos 
 
 Demonstrar a importância de se ter um modelo de gestão de indicadores de 
desempenho da manutenção; 
 Definir as principais características da gerência de manutenção, relacionando-as aos 
indicadores de desempenho; 
 Identificar os indicadores de desempenho tradicionalmente utilizados na avaliação da 
manutenção; 
 Avaliar a adequação do BSC ao gerenciamento dos indicadores da manutenção; 
 
1.4 Metodologia 
 
Santos (2009) defende que o tipo de pesquisa que tem por objetivo solucionar 
problemas e indicar respostas adequadas, procurando despertar o espírito de busca intelectual 
autônomas, pode ser classificado como pesquisa acadêmica. 
A pesquisa é de natureza aplicada, sendo classificada como qualitativa e quantitativa. 
É exploratória, pois, de acordo com Vieira (2002), visa a proporcionar ao pesquisador uma 
maior familiaridade com o problema em estudo. É classificada, também, como descritiva por 
estar interessada em descobrir e observar fenômenos, procurando descrevê-los, classificá-los e 
interpretá-los (VIEIRA, 2002). 
Foi realizada ainda uma pesquisa bibliográfica, que, de acordo com Gil (2002), é 
aquela desenvolvida com a utilização de material já elaborado, constituído principalmente de 
livros. 
13 
 
No estudo de caso buscou-se analisar informações reais de uma empresa do estado do 
Ceará, do setor de manutenção industrial, e propor ações de melhoria dos indicadores por ela 
utilizados. 
1.5 Estrutura do Trabalho 
O presente trabalho possui a seguinte estrutura, organizada em forma de capítulos 
descritos a seguir: 
O capítulo 1 apresenta a introdução do trabalho, onde é mostrado o problema a ser 
abordado, os objetivos a serem alcançados, a metodologia a ser aplicada, a importância do 
trabalho e a estrutura que o trabalho segue. 
O capítulo 2 apresenta conceitos de gerência da manutenção, detalhando os diferentes 
tipos de manutenção e a utilização da manutenção produtiva total. Abordam-se, ainda, 
indicadores de desempenho e sua aplicação na área de manutenção industrial. 
O capítulo 3 consiste na simulação de uma ferramenta desenvolvida no aplicativo 
EXCEL® 2007 da Microsoft, para o gerenciamento dos indicadores de desempenho da 
manutenção. 
O capítulo 4 traz a aplicação numa empresa real e a proposta de melhorias, quando 
necessário. 
O capítulo 5 traz as considerações finais e apresenta conclusões sobre os resultados 
obtidos durante o processo. 
Ao final deste trabalho, encontram-se as referências bibliográficas que serviram de 
base para a elaboração desta monografia. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
CAPÍTULO 2 – ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO E INDICADORES 
DE DESEMPENHO 
 
2.1 Introdução 
 
 De acordo com Souza (2011), a Associação Francesa de Normalização define 
manutenção como um conjunto de ações que permitem restabelecer um bem para seu estado 
específico, ou medidas para garantir um determinado serviço. Já a Norma Brasileira 
Regulamentadora (NBR) 5462, de Novembro de 1994 explica que a manutenção é a 
combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as de supervisão, 
destinada a manter ou recolocar um item em um estado no qual possa desempenhar uma 
função requerida, ou seja, “as atividades de manutenção existem para evitar a degradação dos 
equipamentos e instalações, causada pelo seu desgaste natural e pelo uso” (XENOS, 2004). 
 É importante notar que as mudanças de funcionamento das empresas causadas pelo 
aumento da competição global, têm afetado a manutenção, fazendo com que esta tenha um 
papel cada vez mais crucial no sucesso dos negócios (SPERANCETTA, 2005). Dessa forma, 
Silva (2009) apresenta a importância da utilização de técnicas de análise de falhas para se 
alcançar o aumento da confiabilidade das máquinas e equipamentos nas instalaçõesindustriais, das quais destaca: 
 
 FMEA – Failure Mode and Effect Analysis – Análise do Modo e Efeito de Falha. 
 RCFA – Root Cause Failure Analysis – Análise da Causa Raiz da Falha. 
 MASP – Método de Análise e Solução de Problemas. 
 RCM – Reliability Centered Maintenance – Manutenção Centrada na Confiabilidade. 
 
Confiabilidade: capacidade de um item desempenhar uma função requerida sob condições 
especificadas, durante um dado intervalo de tempo. (NBR 5462). 
15 
 
 Dentro da perspectiva sobre evolução empresarial, deve-se refletir sobre a forma como 
era vista a manutenção no início da revolução industrial. Filho (2008) destaca que a produção 
industrial não era feita de modo racional, pois os reparos eram efetuados pelo colaborador, 
que reparava as quebras e lubrificava quando julgava conveniente, ou seja, a metodologia 
utilizada era de baixa confiabilidade (SILVA, 2008). Dessa forma, deve-se entender que a 
manutenção está diretamente ligada ao processo produtivo, via disponibilidade e 
confiabilidade dos equipamentos (VERRI, 2007). 
 
2.2 Tipos de Manutenção 
 
Apesar da ampla possibilidade de classificação da atuação da manutenção, Kardec e 
Nascif (2001) destacam cinco tipos: a manutenção corretiva (planejada e não planejada), a 
preventiva, a preditiva e a engenharia de manutenção como sendo as mais importantes da 
área. Porém, de acordo com o Documento Nacional de 2009 apresentado pela ABRAMAN, 
três tipos predominam no Brasil: manutenção corretiva, preventiva e preditiva. 
 
 2.2.1 Manutenção Corretiva 
 
 É a atuação para a correção da falha ou do desempenho inferior ao esperado, Kardec e 
Nascif (2001) alertam que a manutenção corretiva não é, necessariamente, de emergência. 
Apesar da obtenção de vantagens, como o baixo custo envolvido, não se deve conformar com 
a ocorrência da falha, sendo, também, importante a identificação e bloqueio, evitando, assim a 
reincidência (XENOS, 2004). Divide-se em dois tipos: 
 
 Planejada 
Correção da falha ou do desempenho inferior ao esperado, que ocorre por decisão 
gerencial, ou seja, quando atua em função do acompanhamento preditivo ou decisão 
de operar até a quebra, o que não impossibilita de padronizar um plano de ação que 
aperfeiçoe o reparo, quando ocorrer. 
16 
 
 Não Planejada 
Correção da falha de maneira aleatória, onde não há tempo para preparação do serviço. 
Esse tipo de manutenção implica, normalmente, em elevados custos, já que a quebra 
pode estar ligada a perdas de produção, de qualidade do produto e altos custos 
indiretos de manutenção. 
 
 2.2.2 Manutenção Preventiva 
 
De acordo com Xenos (2004), a manutenção preventiva deve ser a atividade principal 
relacionada ao setor, porém Kardec e Nascif (2001) defendem que esse tipo de manutenção 
deverá ser sobressalente quando não for possível a manutenção preditiva, dentre vários 
fatores, quando existem riscos de agressão ao meio ambiente ou à saúde do colaborador. 
Dessa forma, Sperancetta (2005), Kardec e Nascif (2001) defendem a manutenção 
preventiva como sendo a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou a queda no 
desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, baseado em intervalos definidos 
de tempo. 
 
2.2.3 Manutenção Preditiva 
 
É baseada em modificações de parâmetro de condições ou desempenho, cujo 
acompanhamento obedece a uma sistemática (SPERANCETTA, 2005), possibilitando 
estender o intervalo de manutenção. 
 
Em Kardec e Nascif (2001) é possível encontrar algumas condições básicas para se 
adotar a manutenção preditiva, das quais se destacam: 
 
 O equipamento, sistema ou instalação deve permitir algum tipo de 
medição/monitoramento; 
17 
 
 O equipamento, sistema ou instalação devem merecer esse tipo de ação, em função 
dos custos envolvidos; 
 As falhas devem ser oriundas de causas que possam ser monitoradas e ter sua 
progressão acompanhada. 
 
2.3 Manutenção Produtiva Total (TPM) 
 
 2.3.1 Histórico da TPM 
 
Os japoneses, baseados na manutenção preventiva (PM), desenvolveram o conceito de 
manutenção produtiva total (Total Productive Maintenance, TPM) durante a avaliação da 
manutenção de equipamentos nos Estados Unidos (SPERANCETTA, 2005). Em 1969, após 
fundarem o Instituto do Japão de Engenheiros de Fábrica (JIPE), iniciaram um trabalho com 
Nippondenso, fabricante de componentes automotivos, relacionado à PM, onde a empresa 
decidiu mudar as regras de trabalho dos operadores, permitindo, assim, a realização de rotina 
de inspeções de manutenção dos equipamentos. 
Destacam-se algumas fases do processo de evolução da Manutenção Preventiva até a 
TPM. 
Processo Data Descrição 
Manutenção 
Preventiva 
1950 
Inicialmente adotada dentro do conceito de que 
intervenções adequadas evitariam falhas e 
apresentariam melhor desempenho e maior vida 
útil nas máquinas e equipamentos. 
Manutenção 
com Introdução 
de Melhorias 
1957 
Criação de facilidades nas máquinas e 
equipamentos objetivando facilitar as 
intervenções da Manutenção Preventiva e 
aumentar a confiabilidade. 
18 
 
TPM 1970 
Orientadas a partir das exigências impressas pelo 
mercado as empresas tomaram as seguintes 
ações: 
 
 Eliminar desperdícios 
 Obter o melhor desempenho dos equipamentos 
 Reduzir paradas/interrupções por quebras ou 
intervenções 
 Redefinir o perfil de conhecimento e habilidades 
dos empregados da produção e manutenção 
 Modificar a sistemática de trabalho. 
Quadro1: As Fases da Manutenção 
Fonte: Adaptado de Kardec e Nascif (2001) 
 
 
De acordo com Takahashi e Osada (1993) o TPM pode ser entendido como uma 
campanha que abrange a empresa inteira, com a participação de todos os colaboradores, para 
conseguir a utilização máxima dos equipamentos e sistemas. Com o surgimento do TPM 
surge a expressão “da minha máquina cuido eu”, uma vez que o colaborador, em contato 
diário com a máquina, estava apto a identificar situações adversas de seu funcionamento, bem 
como realizar pequenos reparos, como lubrificação e limpeza (VERRI, 2007). 
 Ao iniciar a rotina de inspeções e controles dos equipamentos/sistemas, poderão ser 
descobertas algumas ou muitas falhas, porém, vale ressaltar que tais descobertas significam 
apenas o início dos problemas, enquanto a origem pode encontrar-se no acúmulo de sujeiras, 
atritos, folgas, trincas ou deformações. 
 
 
19 
 
 2.3.2 Objetivos e Benefícios da TPM 
 
Dada a situação do mercado, onde a busca incessante por custos menores, 
produtividade elevada, e aumento da eficiência, percebe-se que o TPM pode ser uma 
excelente ferramenta de suporte à busca por níveis saudáveis de competitividade para as 
organizações, dessa forma, são destacados alguns dos principais objetivos dessa cultura 
(KARDEC; NASCIF, 2001; SPERANCETTA, 2005): 
 
 Elevar a eficácia da empresa através de maior qualificação das pessoas e 
melhoramentos introduzidos nos equipamentos; 
 Melhorar os equipamentos, visando maximizar seus rendimentos; 
 Obter melhor nível de manutenção do equipamento através da aplicação da 
manutenção autônoma; 
 Pesquisar novos tipos de equipamentos com um alto nível de desempenho e baixo 
custo através de pequenos grupos; 
 Aumento da produtividade através da alta motivação dos colaboradores; 
 Familiarização dos operadores com o equipamento juntamente com a promoção de 
uma postura de preservação das máquinas e retorno rápido de informações sobre as 
mesmas; 
 Formação de pequenos grupos de atividades, também chamados de grupo zero 
defeitos, fazendo com que o uso dos conhecimentos de todos seja plenamente 
utilizado. 
 
 2.3.3 Fatores Críticos do Sucesso (FCS) para TPM 
 
São partes de um projeto que demandam atenção diferenciada, cujo mau desempenho 
compromete o resultado e a qualidade da implementação (GAMBÔA, FILHO, 2003). Dessa 
forma, muitas empresas e acadêmicos vêm conduzindo estudos para entender a relação causal 
20 
 
entreação e sucesso, bem como adaptar tais práticas a setores e organizações específicas 
(TOLEDO et al., 2008). A seguir são apresentados alguns FCS para o TPM: 
 
 Acompanhamento para observar os pontos fortes e fracos do seu desenvolvimento, ou 
seja, onde e como se deve atuar com maior ênfase (SILVA, 2009); 
 Informatização das atividades de manutenção, por meio de programas que padronizem 
a coleta de informações (SILVA, 2009); 
 A adesão dos funcionários ao TPM, para que os resultados sejam favoráveis, deverá 
ser voluntária (VERRI, 2007); 
 Buscar os 8 pilares do TPM (KARDEC; NASCIF, 2001), apresentados e detalhados 
abaixo: 
 
 
Figura 1: Os 8 Pilares do TPM. 
Fonte: Adaptado de Kardec e Nascif (2001) 
 
21 
 
Os 8 Pilares, detalhados, são: 
 
1) Melhoria Focada: procurar reduzir os problemas para melhorar o desempenho; 
2) Manutenção Autônoma: possibilitar o autogerenciamento e controle, a liberdade de 
ação, de elaboração e cumprimento de padrões; 
3) Manutenção Planejada: controlar o planejamento e controle da manutenção, 
possibilitando treinamento em técnicas de planejamento; 
4) Educação e Treinamento: ampliação da capacitação técnica, gerencial, 
comportamental do pessoal da manutenção e operação; 
5) Controle Inicial: estabelecimento de um sistema de gerenciamento da fase inicial para 
novos projetos/equipamentos. Eliminar falhas no nascedouro, implantar sistemas de 
monitoração; 
6) Manutenção da Qualidade: estabelecimento de um programa zero defeito; 
7) TPM Office: estabelecimento de um programa de TPM nas áreas administrativas, 
visando o aumento da eficiência; 
8) Segurança: estabelecimento de um sistema de segurança, saúde e meio ambiente. 
 
2.3.4 Fases da Implantação da TPM 
 
Silva (2001) afirma que a implantação do TPM deve ser ajustada às características 
específicas de cada empresa, tais como porte, escala de negócios características dos produtos 
e as diferenças entre as modalidades de produção. Assim, Kardec e Nascif (2001) propõem 
etapas a serem seguidas durante a implementação. 
22 
 
 
Quadro 2: Fases para implementação do TPM. 
Fonte: Adaptado de Kardec e Nascif (2001) 
Fase Nº Etapa Ações
1
Comprometimento da alta 
administração
Divulgação do TPM em todas as áreas da 
empresa.
Divulgação através de jornais internos.
2
Divulgação e treinamento 
inicial
Seminário interno dirigido a genrentes de 
nível superior e intermediário.
Treinamento de operadores.
3
Definição do órgão ou comitê 
responsável pela implantação
Estruturação e definição das pessoas do 
Comitê de Implantação.
4 Definição da política de metas
Escolhas das metas e objetivos a serem 
alcançados.
5
Elaboração do plano diretor 
de implantação
Detalhamento do plano de implantação em 
todos os níveis.
Introdução 6
Outras atividades relacionadas 
com a introdução
Convite a fornecedores, clientes e empresas 
contratadas.
7
Melhorias em máquinas e 
equipamentos
Definição de áreas e/ou equipamentos e 
estruturação das equipes de trabalho.
8
Estruturação da Manutenção 
Autônoma
Implementação da Manutenção Autônoma, 
por etapas, de acordo com programa.
Auditoria de cada etapa.
9
Estruturação do setor de 
Manutenção e condução de 
Manutenção Preditiva
Condução da Manutenção Preditiva.
Administração do Plano Manutenção 
Preditiva.
10
Desenvolvimento e 
capacitação do pessoal
Treinamentos de pessoas da manutenção para 
desenvolvimento de novas habilidades 
relativas a manutenção.
Treinamento de pesssoal de manutenção para 
análise, diagnóstico etc.
Formação de líderes.
Educação de todo o pessoal.
11
Estrutura para controle e 
gestão dos 
equipamentosnuma fase inicial
Gestão de fluxo inicial.
LCC (Life Cicle Cost)
Consolidação 12
Realização do TPM e seu 
aperfeiçoamento
Candidatura ao Prêmio PM.
Busca de bjetivos mais ambiciosos.
P
R
E
P
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R
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T
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A
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M
P
L
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M
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N
T
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O
23 
 
2.4 Indicadores de Desempenho 
 
 Observando a realidade das organizações atualmente, nota-se a necessidade crescente 
de administrar com segurança seus recursos e atuar com precisão para a melhoria, para isso 
realizam-se ações para transformar em valores quantitativos atividades que já foram 
realizadas ou exercidas (OLIVEIRA; ALVAREZ, 2006), apresentando, assim, o conceito de 
indicadores de desempenho. Figueiredo (2002) destaca que a medição do desempenho deve 
ser entendida como um sistema de alerta direcionado à obtenção da melhor adequação ao uso 
dos produtos e serviços e completa satisfação dos clientes. 
 
Kardec, Flores e Seixas (2002) afirmam que as medidas de desempenho têm sido 
entendidas e utilizadas de forma inadequada em muitas empresas, uma vez que sua principal 
função é indicar oportunidades de melhorias para dentro das organizações. 
 
 2.4.1 Paradigmas e Benefícios 
 
Durante o processo de definição e implantação dos indicadores de desempenho deve-
se atentar para as armadilhas existentes, como os paradigmas, uma vez que podem findar 
numa aplicação mal sucedida. Assim, Figueiredo (2002) aponta alguns paradigmas que devem 
ser tratados com atenção, dentre eles destacam-se: 
 
 Acreditar que medição é uma ameaça. Isso acontece quando o sistema de medição está 
sendo usado como ferramenta para implantar um estilo gerencial de medo e 
intimidação; 
 Pensar que a precisão é essencial à medição útil. A verdade é que a medição do 
desempenho, para ser útil, não precisa ser tão precisa quanto a medição em 
laboratório, ou seja, a finalidade básica da medição do desempenho é informar à 
organização se ela está no caminho certo; 
24 
 
 Focalizar apenas um indicador. Um sistema de medição é necessariamente complexo, 
portanto o desempenho organizacional não pode ser expresso por um único indicador; 
 Assim como existem pontos que podem comprometer a implantação de um projeto, 
existem os benefícios que, comparados aos paradigmas, motivam e superam em número, a 
destacar: 
 
 Satisfação do cliente; 
 Monitoramento do processo; 
 Viabilização do benchmarking de processos e atividades; 
 Geração de mudanças; 
 Proporciona um impulso muito eficaz para a melhoria do desempenho; 
 Viabiliza o desdobramento das metas do negócio; 
 Melhoria do alinhamento e foco; 
 Melhor comunicação; 
 Aumento na eficiência organizacional; 
 Redução no risco da estratégia. 
 
 2.4.2 Critérios de Escolha 
 
Indicadores de desempenho servem como um direcionador de mudanças, porém a 
escolha inadequada pode comprometer a estratégia adotada pela organização, o que 
acarretaria altos custos (KARDEC; FLORES; SEIXAS, 2002). Dessa forma, Figueiredo 
(2002) propõe alguns critérios de escolha, apresentados a seguir: 
 Serem capazes de medir aquilo que realmente é o propósito da medição; 
 Possuírem Relevância; 
25 
 
 Apresentarem Consistência; 
 Serem compreensíveis; 
 Serem precisos na interpretação de dados; 
 Disponíveis a tempo; 
 Serem economicamente aplicáveis. 
 
2.4.3 Balanced Scorecard (BSC) 
 
De acordo com Galinda (2005) houve um período em que os gestores determinavam o 
sucesso empresarial de acordo com o aproveitamento dos benefícios oriundos das economias 
de escala e do escopo, utilizando o controle financeiro como principal mecanismo para 
facilitar e monitorar a alocação de capital (KRAEMER, 2002). Porém, Boligon (2009) afirma 
que para construir um sistema de mensuração que descreva a estratégia de toda a organização, 
agregando valor aos processos organizacionais, inserindo qualidade aos mesmos, é necessário 
considerar, no mínimo, quatro perspectivas, de forma que a administração esteja focada para o 
equilíbrio organizacional (CHIAVENATO, 2003). 
De acordo com Neto (2006) os indicadores do BSC estão voltados a quatro diferentes 
perspectivas do negócio, as quais compõem um modelo de referência. Seguem abaixo as 
perspectivas básicas e seus questionamentos: 
 
 Financeira: para ter sucesso financeiro, como devemos aparecer para nossos 
investidores? 
 Cliente:para alcançar a visão, como devemos ser vistos pelos nossos clientes? 
 Processos Internos: para satisfazer nossos clientes. Em quais processos internos 
devemos nos sobressair? 
 Aprendizado e Inovação: para alcançar nossa visão, como sustentar a habilidade de 
mudar e progredir? 
26 
 
 
 
Figura 2: As quatro perspectivas do BSC. 
Fonte: Adaptado de Boligon (2009) 
 
2.5 Indicadores de Desempenho na Manutenção 
 
É elevado o número de empresas em que a manutenção industrial não é avaliada 
racionalmente, através de modelos matemáticos. Todavia, a escolha dos indicadores de 
desempenho deve ser realizada com cautela, de forma que “o número de indicadores seja 
suficientemente grande para se ter uma idéia sistêmica do desempenho, mas que seja 
suficientemente pequeno para não se banalizar os indicadores” (VERRI, 2007). 
 
Os indicadores de desempenho da manutenção têm como principal função o 
apontamento de oportunidades de melhorias, de forma que possuam fácil interpretação, 
minimizando a possibilidade de subjetividades. 
 
27 
 
Aconselha-se que a escolha do indicador seja precedida ao diagnóstico da organização, 
uma vez que determinado indicador poderá ser adequado para uma empresa e não para outra. 
Para tanto, a lista abaixo relaciona alguns dos principais indicadores de desempenho da 
manutenção. 
A seguir serão apresentados os indicadores de desempenho da manutenção 
tradicionalmente utilizados nas indústrias, com base na pesquisa realizada. 
 
 2.5.1 Disponibilidade de equipamentos (DISP) 
 
Avalia o desempenho da manutenção e determina a probabilidade do 
equipamento/sistema estar operacional num dado intervalo de tempo, pode ser definido, em 
linhas gerais, como a relação entre o tempo disponível de um equipamento/sistema em relação 
a um determinado tempo geral. 
 
 (1) 
 
Onde: 
 TMEF = Tempo Médio Entre Falhas 
 TMPR = Tempo Médio Para Reparo 
 TMEM = Tempo Médio Entre Manutenção 
 TMP = Tempo Médio de Paralisação 
 
 
 
28 
 
 2.5.2 Taxa de falhas e Tempo Médio Entre Falhas de Equipamentos e Sistemas ( ) 
 
 
Determina a confiabilidade de equipamentos e sistemas num determinado intervalo de 
tempo. 
 
 (2) 
 
Onde: 
 = Taxa de Falha 
 TMEF = Tempo Médio Entre Falhas 
 
 2.5.3 Taxa de reparo e Tempo Médio Para Reparos (TMPR) de equipamentos e 
sistemas (μ) 
 
 
Representa o número de reparos efetuados num determinado período de tempo, a fim 
de determinar a manutenabilidade (TMPR) de equipamentos e sistemas. 
 
 ou 
 
 
Onde: 
 μ = Taxa de Reparo 
29 
 
 TMPR = Tempo Médio Para Reparos 
 r = Número de Reparos Efetuados 
 T = Tempo 
 
2.5.4 Rendimento operacional ou Eficiência Global do Equipamento (EGE) 
 
Determina o rendimento operacional do equipamento ou sistema. Como o nome 
sugere, é a Eficiência Global do Equipamento. 
 
EGE = ITO x IPO x IPA (5) 
 
Onde: 
 ITO = Índice do Tempo Operacional 
 IPO = Índice do Desempenho operacional 
 IPA = Índice de Produtos Aproados 
 
2.5.5 Custo da Manutenção Corretiva (CMC) 
 
Estima o valor do custo anual de manutenção de um determinado equipamento 
presente na instalação. 
 
 (6) 
 
30 
 
Onde: 
 TMPR = Tempo Médio Para Reparo 
 TMEF = Tempo Médio Entre Falhas 
 H = Horas Programadas de Operação do Equipamento 
 K = Custo Médio Horário dos Serviços de Manutenção 
 
2.5.6 Número da Prioridade do Risco (NPR) 
 
Avalia o risco de uma falha potencial, baseada na severidade do seu efeito e na 
probabilidade de sua ocorrência. 
 
NPR = O x S x D (7) 
 
Onde: 
 O = Frequência de Ocorrência de Modo de Falha 
 S = Severidade do Modo de Falha 
 D = Possibilidade de Detecção do Modo de Falha 
 
 
2.5.7 Dependabilidade (DPBD) 
 
Acompanha o efeito da manutenabilidade sobre a operação de um sistema ou 
equipamento. É a medida da condição de um sistema, durante sua operação, dado que estava 
disponível e funcionando quando do início da operação. 
 
31 
 
DPBD = MO (1 – CO) + CO (8) 
 
Onde: 
 CO = Confiabilidade Operacional 
 MO = Manutenabilidade Operacional 
 
2.5.8 Homem hora médio de manutenção por ano (HHM/ANO) 
 
Estima o custo médio anual da mão de obra a ser utilizada na manutenção corretiva e 
preventiva dos equipamentos presentes na instalação. 
 
 
 
Onde: 
 Top = Tempo de Operação por Ano 
 TMPR = Tempo Médio Para Reparo 
 TMEF = Tempo Médio Entre Falhas 
 Npc = Número Médio de Pessoas por MC 
 Npp = Número Médio de Pessoas por Mp 
 Tmp = Tempo Médio de Manutenção Preventiva por Ano 
 
 
 
32 
 
2.5.9 Tempo Médio Entre Falhas (TMEF) 
 
Representa o somatório entre o tempo de reparo e o tempo até a falha, em relação ao 
número de falhas do período analisado. 
 
 (10) 
 
Onde: 
 n = Número de equipamentos 
 N = Número de falhas do período analisado 
 Tri = Tempo de reparo de cada intervenção 
 TRf = Tempo até a falha de cada evento 
 
2.5.10 Back-Log 
 
Para acompanhar a evolução desse indicador deve-se mensurar o tempo necessário 
para executar todos os trabalhos existentes em carteira, sem que qualquer outro trabalho fosse 
executado. Deve-se considerar toda a força de trabalho disponível e a produtividade medida 
dentro dos padrões adequados, para executar todos os trabalhos existentes em carteira, sem 
que qualquer outro trabalho fosse executado. 
 
BKLG = (11) 
 
 
33 
 
Onde: 
 BKLG = Back-Log 
 hprog = Horas de programação 
 Homem hora disponível 
 
2.5.11 Confiabilidade 
 
Probabilidade de um equipamento desempenhar sua função solicitada, por um tempo 
determinado, em condições normais de uso. 
 
 (12) 
 
Onde: 
 R(t) = Confiabilidade a qualquer tempo t 
 E = Base dos logaritmos neperianos (e=2,303) 
 = Taxa de falhas 
 t = Tempo previsto de operação 
 
2.5.12 Taxa de defeito por equipamento (TD) 
 
Taxa resultante da divisão do número de defeitos pelo número de equipamentos. 
 
 (13) 
34 
 
 
Onde: 
 TD = Taxa de defeitos 
 N = Número de defeitos 
 n = Número equipamentos 
 
2.5.13 Taxa de Manutenção de Emergência (TME) 
 
Acompanha o número de manutenção de emergência realizado. 
 
 (14) 
 
Onde: 
 NDF = número de desligamentos por falhas 
 NDP = número de desligamentos programado 
 
2.5.14 Taxa de Manutenção de Urgência (TMU) 
 
 Acompanha o número de manutenção de emergência realizado. 
 
 (15) 
 
 
35 
 
Onde: 
 NDU = número de desligamentos de urgência 
 NDP = número de desligamentos programados 
 
2.5.15 Freqüência de Falhas (FF) 
 
É o número de falhas ocorrido por intervalo de tempo. 
 
 (16) 
 
Onde: 
 NF = número de falhas 
 TC = tempo de calendário 
 
 2.5.16 Retrabalho 
 
Atividade de correção ou ajuste a uma atividade da manutenção realizada 
anteriormente que apresente a mesma característica do problema anterior. 
 
 (17) 
Onde: 
 R = Retrabalho, medido em %. 
 TR = Tempo de retrabalho efetivo, medido em horas. 
36 
 
 TPR = Tempo previsto de retrabalho, medido em horas. 
 
 2.5.17 Treinamento 
 
Atividade formal de treinamento relacionada à atividade operacional do treinando. 
 
 (18) 
 
Onde: 
 T = Treinamento, medido em %. 
 TTR = Tempo de treinamento real global, medido em horas. 
 TTP = Tempo de treinamento previsto, medido em horas. 
 
 2.5.18 Melhorias implementadas 
 
 Atividades de melhoria de equipamentos ou sistemas, realizadas para 
adequação de situações adversas, que melhorem o desempenho da produção, reduzindo, 
assim, o tempo de manutenção. 
 
 (18) 
 
 
 
37 
 
Onde: 
 M = Melhorias, medido em % 
 MR = Melhorias Realizadas, medido em R$ de ganho ano 
 MP = Melhorias Previstas,medido em R$ de ganho ano 
 
 2.5.19 Custo de manutenção 
 
Custo total de manutenção (material + mão de obra), destinado à operação da fábrica 
para um determinado nível de produção. 
 
 (19) 
 
Onde: 
 CMUP = Custo de Manutenção por unidade produzida, medida em % 
 CMUPR = Custo de Manutenção por unidade produzida real, medida em R$/ 
unidade de produção 
 CMUPU = Custo de Manutenção por unidade produzida orçada, medida em 
R$/ unidade de produção 
 
 2.5.20 Segurança no trabalho 
 
 Conjunto de medidas preventivas que conduzam ao não acontecimento de acidentes 
de trabalho do setor de manutenção. 
 
 (20) 
38 
 
 
Onde: 
 S = Segurança no Trabalho, medido em % 
 AR = Acidentes Ocorridos, medido em número de acidentes 
 AP = Acidentes Previstos, medido em número de acidentes 
 
2.6 Outros indicadores relacionados às áreas da manutenção 
 
Como mencionado anteriormente, indicadores de desempenho retratam situação 
passada da organização, dessa forma, Kardec, Flores e Seixas (2002) sugerem uma lista de 
indicadores divididos nas seguintes áreas: 
 
2.6.1 Manutenção preventiva 
 
- Tempo de paralisação provocado por quebras/Tempo total de paralisação. 
- Homens-hora gastos em trabalhos de emergência/Total de homens-hora trabalhados. 
- Custo direto dos reparos/Custo direto total de manutenção. 
- Horas extras de manutenção/Total de horas trabalhadas. 
- Ordens de serviço aguardando peças sobressalentes/Número total de ordens de 
serviço de manutenção. 
- Tarefas de manutenção preventiva completadas/Tarefas de manutenção preventiva 
programadas. 
- Número de quebras que poderiam ter sido evitadas/Número total de quebras. 
- Número de manutenções preventivas atrasadas / Número total de manutenções 
preventivas a serem executadas. 
39 
 
- Custo estimado das tarefas de manutenção preventiva/Custo real das tarefas de 
manutenção preventiva. 
- Número total de ordens de serviço geradas pelas inspeções de manutenção 
preventiva/Número total de ordens de serviço geradas. 
 
 2.6.2 Ordens de serviço 
 
- Ordens de emergência/Total de ordens de serviço. 
- Ordens de serviço de Preventiva/Total de ordens de serviço. 
- Ordens de serviço de Corretiva/Total de ordens de serviço. 
- Ordens de serviço de manutenção planejadas/Total de ordens de serviço recebidas. 
- Horas de manutenção planejada/Total de horas de manutenção trabalhadas. 
- Total de horas estimadas das ordens de serviço programadas/Total de horas 
realizadas das ordens de serviço programadas. 
- Número de ordens vencidas/Total de ordens de serviço. 
- Custo da mão-de-obra de manutenção nas ordens de serviço/Custo total da mão-de-
obra de manutenção. 
- Custo do material de manutenção nas ordens de serviço/Custo total de material da 
manutenção. 
- Custo dos contratos de manutenção nas ordens nas ordens de serviço/Custo total dos 
contratos de manutenção. 
- Tempo de paralisação da manutenção nas ordens de serviço/Tempo total de 
paralisação imputada. 
- Custo da mão-de-obra atribuída a ordens de serviços pendentes/Custo total da mão-
de-obra de manutenção. 
40 
 
- Custo do material atribuído a ordens de serviço pendentes/Custo total do material de 
manutenção. 
 
 2.6.3 Treinamento 
 
- Tempo total de paralisação atribuído a erros operacionais/Tempo total de paralisação. 
- Tempo total de paralisação atribuído a erros de manutenção/Tempo total de 
paralisação. 
- Tempo perdido estimado devido á falta de conhecimento ou habilidades/Tempo total 
trabalhando. 
- Retrabalho de manutenção devido a falta de conhecimento ou habilidades/Tempo 
total trabalhado de manutenção. 
- Gasto total em treinamento (R$)/Número total de empregados. 
- Total de horas de treinamento técnico/Número total de empregados. 
- Total de horas de treinamento interpessoal/Número total de empregados. 
- Número total de empregados treinados/Número total de empregados na manutenção. 
- Gasto total em treinamento (R$) /Total da folha de pagamento da instalação. 
 
 2.6.4 Envolvimento operacional 
 
- Tempo de paralisação relacionado á manutenção dos equipamentos (período 
atual)/Tempo de paralisação relacionado á manutenção dos equipamentos (mesmo 
período do ano anterior). 
- Quantidade de equipamentos operando (ano corrente)/Quantidade de equipamentos 
operando (ano anterior). 
41 
 
- Indicadores táticos: monitora os indicadores funcionais numa base, por exemplo, 
trimestral. - Avaliam a função global da manutenção. 
- Horas de manutenção preventiva conduzida pelos operadores/Total de horas de 
manutenção preventiva. 
- Horas de atividades de manutenção desempenhada pelos operadores (período 
corrente) /Horas de atividades de manutenção desempenhada pelos operadores 
(mesmo período do ano anterior). 
- Horas desempenhadas pelos operados para melhoramento do equipamento/Total de 
horas trabalhadas pelos operadores. 
 
 2.6.5 Inventário e aquisição 
 
- Custo total de peças utilizadas/Custo total de peças armazenadas. 
- Número total de pedidos atendidos num determinado intervalo de tempo/Número 
total de pedidos requisitados no mesmo intervalo. 
- Número total de ordens de compra de emergência/Número total de ordens de 
compra. 
- Itens inativos em estoque/Total de itens em estoque. 
- Custo total de peças sobressalentes em estoque controlado/Total inventariado 
(controlado e não controlado). 
- Número total de ordens de compra de itens de primeira linha/Número total de ordens 
de compra. 
 
 2.6.6 Sistema de gerenciamento computadorizado da manutenção (SGCM) 
 
- Custo total de mão-de-obra de manutenção no SGCM/Custo total da mão-de-obra de 
manutenção do setor contábil. 
42 
 
- Custo total de peças sobressalentes utilizadas no SGCM/Custo total de peças 
sobressalentes consumidas do setor contábil. 
- Custo total de manutenção do SGCM/Custo total de manutenção contratada do setor 
contábil. 
- Custo total de manutenção debitada para equipamentos específicos/Custo total de 
manutenção do setor contábil. 
- Número total de equipamentos cadastrados do SCGM/Número total de equipamentos 
na instalação. 
- Número total de componentes cadastrados no SCGM/Número total de componentes 
na instalação. 
- Número total de tarefas de manutenção preventiva/Número total de equipamentos da 
instalação „‟x‟‟ 3. 
- Número de empregados na manutenção/Número de supervisores. 
- Número de empregados na manutenção/Número de planejadores. 
 
 2.7.7 Manutenção centrada na confiabilidade 
 
- Número de equipamentos quebrados/Total de horas no período de tempo. 
- Número de falhas repetitivas de equipamentos/Número total de equipamentos que 
apresentaram falhas. 
- Número de falhas onde a análise das causas-raízes foi desempenhada/Número total 
de falhas de equipamentos. 
- Número de tarefas de manutenção preventiva realizadas/Número total de tarefas de 
manutenção. 
- Número de tarefas de manutenção preditiva realizadas/Número total de tarefas de 
manutenção preditiva programadas. 
 
43 
 
 2.7.8 Planejamento e programação 
 
- Custo da mão-de-obra de manutenção planejada/Custo total da mão-de-obra de 
manutenção. 
- Custo do material de manutenção planejado/Custo total de material de manutenção. 
 
 2.7.9 Manutenção preditiva 
 
- Horas utilizadas nas atividades de manutenção preditiva/Total de horas de 
manutenção. 
- Custo da manutenção preditiva/Custo total da manutenção. 
 
 2.7.10 Manutenção produtiva total 
 
- Número de equipamentos críticos cobertos pelo estudo de melhoramento do 
projeto/Número total de equipamentos críticos. 
- Número de equipamentos críticos cobertos pelo programa dos 5S/Número total de 
equipamentos críticos. 
 
 2.7.11 Otimização estatístico-financeira 
 
- Número de tarefas de manutenção de equipamentos críticos auditadas / Número total 
de tarefas de manutenção de equipamentos críticos. 
- Eficiência financeira (a cada ano) das tarefas de manutenção executadas sobre os 
equipamentoscríticos presentes na instalação. 
- Quantidade das principais peças sobressalentes dos equipamentos críticos auditadas / 
Número total das principais peças de equipamentos críticos. 
44 
 
2.7 Dicionário de Indicadores de Desempenho da Manutenção Industrial 
 
De acordo com a pesquisa realizada foi elaborado um conjunto de indicadores de 
desempenho da manutenção industrial com os parâmetros mais utilizados pelos autores 
pesquisados. 
Ao analisar os indicadores apresentados pelos autores pesquisados, observou-se que os 
mesmos possuem parâmetros de avaliação semelhantes, de forma que a coleta de 
determinados valores poderia ser utilizada por mais de um indicador. A análise contribuiu 
para o desenvolvimento do aplicativo que será apresentado no próximo capítulo, de forma que 
orientou para a não utilização de parâmetros repetidos. 
Os indicadores de desempenho foram classificados segundo as perspectivas do 
Balanced Scorecard. 
 
 
45 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Absenteísmo ABS 
Relação entre número de 
horas trabalhadas pelas 
horas disponíveis. 
 
 
 
Ht = Horas trabalhadas; 
 
Hd = Horas disponíveis; 
Pessoas 
Backlog BKLG 
Somatório de todas as 
horas que serão 
demandadas da 
manutenção (com exceção 
das horas preventivas) 
para determinado período. 
BKLG = 
 Hprog = Horas 
programadas de 
manutenção; 
 
Hhdisp = Homem-hora 
disponível; 
Processos 
internos 
Confiabilidade CONF 
Probabilidade que um 
equipamento possa 
desempenhar sua função 
solicitada, por um tempo 
determinado, em 
condições normais de uso. 
 
e = Número neperiano; 
 
฀ = Taxa de falhas; 
 
t = Tempo previsto de 
operação; 
Clientes 
Custo com 
materiais 
CMt 
Mensuração dos custos 
relativos aos materiais 
envolvidos nos processos 
de manutenção 
 
CMtperíodo = Custo de 
materiais do período; 
Financeira 
Custo com 
serviços 
CS 
Acompanhar custos 
relacionados aos serviços 
próprios e terceirizados. 
 
CSperíodo = Custo de 
serviços do período; 
Financeira 
Custo da 
manutenção 
corretiva 
CMC 
Estimar o valor do custo 
anual de manutenção de 
um determinado 
equipamento presente na 
instalação 
 
CMCperíodo = Custo de 
manutenção corretiva do 
período; 
Financeira 
Custo da mão-
de-obra 
atribuída a 
ordens de 
serviços 
pendentes 
CMOPend 
Relação entre o custo de 
mão-de-obra destinada a 
serviços pendentes e o 
custo total de mão-de-
obra. 
 
 
MOPend = Custo de mão-
de-obra relacionada a 
serviços pendentes; 
 
MOT = Custo de mão-de-
obra total; 
Financeira 
Custo da mão-
de-obra de 
manutenção nas 
ordens de serviço 
CMOOS 
Relação entre o custo de 
mão-de-obra destinada às 
ordens de serviço e o 
custo total de mão-de-
obra. 
 
CMOOS = Custo de mão-
de-obra relacionada as 
ordens de serviço 
MOT = Custo de mão-de-
obra total 
Financeira 
Custo da mão-
de-obra de 
manutenção 
planejada 
CMOPl 
Relação entre o custo de 
mão-de-obra destinada à 
manutenção planejada e o 
custo total de mão-de-
obra. 
 
CMOPl = Custo de mão-de-
obra relacionada 
manutenção planejada; 
 
MOT = Custo de mão-de-
obra total; 
Financeira 
Custo direto dos 
reparos 
CDR 
Acompanhamento do 
custo de reparos em 
relação ao custo total de 
manutenção. 
 
CDR = Custo direto de 
reparos; 
 
CDM = Custo total de 
manutenção; 
Financeira 
Custo do 
material de 
ordens de serviço 
pendentes 
CMDOPend 
Relação entre o custo de 
material destinado a 
serviços pendentes e o 
custo total de material. 
 
CMpend = Custo de 
materiais relacionados a 
serviços pendentes; 
 
CTMr = Custo total de 
materiais; 
Financeira 
46 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Custo do 
material de 
manutenção nas 
ordens de serviço 
CMDOS 
Relação entre o custo de 
material destinado às 
ordens de serviço e o 
custo total de material. 
 
CMOS = Custo de materiais 
relacionados às ordens 
serviços; 
 
CTMr = Custo total de 
materiais; 
Financeira 
Custo do 
material de 
manutenção 
planejado 
CMMPl 
Relação entre o custo de 
material destinado à 
manutenção planejada e o 
custo total de material. 
 
CMMPl= Custo de 
materiais relacionados a 
manutenção planejada; 
 
CTMr = Custo total de 
materiais; 
Financeira 
Custo total de 
manutenção do 
SGCM 
AvCM 
Comparativo do custo 
total de manutenção. 
 
CMSGCM = Custo de 
manutenção apresentado no 
sistema de gerenciamento e 
controle da manutenção; 
 
CMCont = Custo de 
manutenção apresentado no 
setor contábil; 
Financeira 
Custo total de 
mão-de-obra de 
manutenção no 
SGCM 
AvCMO 
Comparativo de utilização 
de mão-de-obra. 
 
CMOSGCM = Custo de 
mão-de-obra apresentado 
no sistema de 
gerenciamento e controle da 
manutenção; 
 
CMOCont = Custo de mão-
de-obra apresentado no 
setor contábil; 
Financeira 
Custo total de 
peças 
sobressalentes 
utilizadas no 
SGCM 
AvCPç 
Comparativo de utilização 
de material direto 
sobressalente. 
 
CPçSGCM = Custo de 
peças sobressalentes 
apresentado no sistema de 
gerenciamento e controle da 
manutenção; 
 
CPçCont = Custo de peças 
sobressalentes apresentado 
no setor contábil; 
Financeira 
Custo total de 
peças 
utilizadas/Custo 
total de peças 
armazenadas 
Cpç Giro de estoque. 
 
 Financeira 
Custos totais de 
manutenção em 
relação ao 
faturamento 
CM 
Somatório dos custos 
totais de manutenção em 
relação ao faturamento. 
 
CTM = Custo total de 
manutenção; 
 
Fat = Faturamento; 
Financeira 
Dependabilidade DPBD 
Acompanhar o efeito da 
manutenabilidade sobre a 
operação de um sistema 
ou equipamento é a 
medida da condição de 
um sistema, durante sua 
operação, dado que estava 
disponível e funcionando 
quando do início da 
operação. 
DPBD = MO (1 – CO) + CO 
 
CO = Confiabilidade 
Operacional; 
 
MO = Manutenabilidade 
Operacional; 
Processos 
internos 
47 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Disponibilidade 
de equipamentos 
DISP 
Relação entre o tempo 
disponível de um 
equipamento e/ou sistema 
em relação a um 
determinado tempo geral. 
 
TMEF = Tempo Médio 
Entre Falhas; 
 
TMPR = Tempo Médio 
Para Reparo; 
Processos 
internos 
Eficiência de 
programação 
Efic Prog 
Relação entre horas de 
intervenções executadas 
sobre as planejadas. 
 
 Hex = Horas de 
intervenção executadas; 
 
Hpl = Horas planejadas; 
Processos 
internos 
Eficiência global 
do equipamento 
EGE 
Determinar o rendimento 
operacional do 
equipamento ou sistema. 
Como o nome sugere, é a 
Eficiência Global do 
Equipamento. 
EGE = ITO x IPO x IPA 
 
ITO = Índice do Tempo 
Operacional; 
 
IPO = Índice do 
Desempenho operacional; 
 
IPA = Índice de Produtos 
Aproados; 
Processos 
internos 
Freqüência de 
falhas 
FF 
Acompanhamento do 
número de falhas por 
determinado período. 
 
NF = Número de falhas; 
 
TC = Tempo de calendário; 
Processos 
internos 
Hh Médio de 
manutenção 
anual 
HhM/ANO 
Estimar o custo médio 
anual da mão de obra a 
ser utilizada na 
manutenção corretiva e 
preventiva dos 
equipamentos presentes 
na instalação. 
 
 
Top = Tempo de Operação 
por Ano; 
 
TMPR = Tempo Médio 
Para Reparo 
 
TMEF = Tempo Médio 
Entre Falhas; 
 
Npc = Número Médio de 
Pessoas por manutenção 
corretiva; 
 
Npp = Número Médio de 
Pessoas por manutenção 
preventiva; 
 
Tmp = Tempo Médio de 
Manutenção Preventiva por 
Ano; 
Pessoas 
Homem hora 
treinamento em 
equipamentos 
críticos 
HhTEC 
Somatório das horas 
disponibilizadas a 
treinamentos de 
equipamentos 
considerados críticos na 
organização. 
 
HTEC = Horas de 
treinamentos em 
equipamentos considerados 
críticos;Pessoas 
Homens-hora 
gastos em 
trabalhos de 
emergência 
HhEmerg 
Relação de horas gastas 
em trabalhos de 
emergência pelo total de 
horas de determinado 
período. 
 
 
HhEmerg = Horas 
disponibilizadas em 
trabalhos de emergência; 
 
HT = Total de horas do 
período; 
Processos 
internos 
Horas de 
manutenção 
desempenhada 
pelos operadores 
HT 
Evolução das atividades 
de manutenção realizadas 
por operadores. 
 
HTOp = Horas de trabalho 
da manutenção realizadas 
por operadores não 
pertencentes ao setor de 
manutenção; 
Pessoas 
48 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Horas de 
manutenção 
preventiva 
conduzida pelos 
operadores 
HMPv 
Acompanhamento do 
envolvimento operacional 
no plano de manutenção 
preventiva. 
 
 
HMPvOp = Horas de 
manutenção preventiva 
realizada por operadores 
não pertencentes à 
manutenção; 
 
HMPv = Horas de 
manutenção preventiva; 
Pessoas 
Horas 
desempenhadas 
pelos operadores 
para 
melhoramento 
do equipamento 
Hmelhoria 
Número que representa o 
tempo alocado para 
melhorias. 
 
 
HTmelhoria = Horas de 
trabalho disponibilizadas a 
atividades de melhoria; 
Pessoas 
Horas extras de 
manutenção 
HE 
Acompanhamento das 
horas extra em relação a 
determinado período. 
 
 
HE = Horas extra; 
 
HT = Horas totais 
disponíveis; 
Processos 
internos 
Itens inativos em 
estoque 
IIE 
Percentual de itens 
inativos no estoque. 
 
 
IIE = Quantidade de itens 
inativos no estoque; 
 
IE = Total de itens do 
estoque; 
Processos 
internos 
Melhorias 
implementadas 
MI 
Número que representa a 
quantidade de melhorias 
realizadas por intervalo de 
tempo. 
 
 
MIperíodo = Número de 
melhorias implementadas 
em determinado período; 
Processos 
internos 
Número da 
prioridade do 
risco 
NPR 
Avalia o risco de uma 
falha potencial, baseada 
na severidade do seu 
efeito e na probabilidade 
de sua ocorrência. 
NPR = O x S x D 
 
O = Frequência de 
Ocorrência de Modo de 
Falha; 
 
S = Severidade do Modo de 
Falha; 
 
D = Possibilidade de 
Detecção do Modo de 
Falha; 
Processos 
internos / 
Clientes 
Número de 
acidentes com 
afastamento 
NAA 
Número de acidentes com 
afastamento em 
determinado período. 
 
 
 NAA = Número de 
acidentes com afastamento 
do período considerado; 
Pessoas 
Número de 
falhas repetitivas 
de equipamentos 
FR 
Acompanhar a 
confiabilidade de 
equipamentos. 
 
 
FR = Número de falhas 
repetitivas; 
 
EAF = Número de 
equipamentos que 
apresentam falhas; 
Clientes 
Número de 
intervenções de 
Operações de 
Primeira Linha 
OPL 
Número que dimensiona o 
somatório das 
intervenções 
caracterizadas como OPL. 
 
 
OPL = Número de 
operações de primeira 
linha; 
Pessoas 
Número de itens 
zerados no 
estoque 
NIZ 
Somatório dos itens 
zerados no estoque. 
 
 
NIZ = Número de itens 
zerados no estoque; 
Processos 
internos 
 
49 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Número de 
manutenções 
preventivas 
MPvAtr 
Acompanhamento da 
programação de 
manutenções preventivas. 
 
 
MPvatr = Número de 
manutenção preventiva 
atrasada; 
 
MPv = Número total de 
manutenções preventivas do 
período considerado; 
Processos 
internos 
Número de 
ordens vencidas 
NOVenc 
Acompanhamento do 
percentual de ordens 
vencidas em relação ao 
número total de ordens. 
 
 
OVenc = Número de ordens 
de serviço vencidas no 
período; 
 
OS = Número total de 
ordens de serviço do 
período; 
Clientes 
Número de 
quebras que 
poderiam ter 
sido evitadas 
QPE 
Acompanhamento do 
número de quebras que 
poderiam ser evitadas. 
 
 
QPE = Número de quebras 
que poderiam ter sido 
evitadas; 
 
Q = Número total de 
quebras; 
Processos 
internos 
Número de 
substituições de 
itens por 
equipamentos 
SIE 
Número que representa o 
somatório dos itens que 
foram substituídos por 
cada equipamento. 
 
 
ISE = Número de itens 
substituídos por 
equipamentos; 
Processos 
internos 
Número total de 
ordens de 
compra de 
emergência 
CEmerg 
Acompanhamento do 
percentual de ordens de 
compra de emergência em 
relação ao número total de 
ordens. 
 
 
OCEmerg = Número de 
ordens de compra de 
emergência; 
 
OC= Número total de 
ordens de compra; 
Processos 
internos 
Número total de 
ordens de 
compra de 
urgência 
CUrg 
Acompanhamento entre a 
relação das ordens de 
compra de urgência e o 
total de ordens de compra. 
 
 
OCUerg = Número de 
ordens de compra de 
urgência; 
 
OC= Número total de 
ordens de compra; 
Processos 
internos 
Número total de 
pedidos 
atendidos num 
determinado 
intervalo de 
tempo 
APed 
Acompanhamento do 
percentual de atendimento 
de pedidos em 
determinado período. 
 
 
Pai = Número de pedidos 
atendidos num determinado 
período; 
 
Pan = Número de pedidos 
atendidos no período 
anterior; 
Clientes 
Ordens de 
serviço 
aguardando 
peças 
sobressalentes 
OAP 
Indicador para 
acompanhar o número de 
ordens de serviço que 
estão aguardando peças 
sobressalentes em relação 
ao número total de ordens. 
 
 
OAP = Número de ordens 
de serviço aguardando 
peças; 
 
OS = Número total de 
ordens de serviço; 
Clientes 
Ordens de 
serviço de 
Corretiva 
OC 
Relaciona o número de 
ordens corretivas com o 
número total de ordens. 
 
 
OC = Número de ordens de 
serviço corretivas; 
 
OS = Número total de 
ordens de serviço; 
Processos 
internos 
 
50 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Ordens de 
serviço de 
Preventiva 
OPv 
Relaciona o número de 
ordens preventivas com o 
número total de ordens. 
 
 
OPv = Número de ordens 
de serviço preventivas; 
 
OS = Número total de 
ordens de serviço; 
Processos 
internos 
Percentual 
cumprimento de 
plano de 
manutenção 
%PM 
Somatório das 
intervenções planejadas e 
executadas em relação às 
planejadas. 
 
 
IPlEx = Número de 
intervenções de manutenção 
planejada que foi 
executado; 
 
IPl = Número total de 
intervenções planejadas; 
Processos 
internos 
Percentual de 
manutenção 
corretiva 
%MC 
Relação entre o número 
que representa a 
manutenção corretiva do 
período pelo número total 
de manutenção do mesmo 
período. 
 
 
MCperíodo = Número de 
manutenções corretivas 
realizadas em determinado 
período; 
 
Mperíodo = Número total 
de manutenções do período; 
Processos 
internos 
Percentual de 
manutenção 
preditiva 
%MPd 
Relação entre a mão-de-
obra disponibilizada à 
manutenção preditiva e a 
manutenção total. 
 
 
MPdperíodo = Número de 
manutenções preditivas 
realizadas em determinado 
período; 
 
Mperíodo =Número total de 
manutenções do período; 
Processos 
internos 
Percentual de 
manutenção 
preventiva 
%MPv 
Relação entre a mão-de-
obra disponibilizada à 
manutenção preventiva e 
a manutenção total. 
 
 
MPvperíodo = Número de 
manutenções preventivas 
realizadas em determinado 
período; 
 
Mperíodo =Número total de 
manutenções do período; 
Processos 
internos 
Percentual de 
materiais 
importados 
%MI 
Relação entre o número 
de materiais importados e 
materiais cadastrados 
 
 
MI = Número de materiais 
importados; 
 
MCad = Número de 
materiais cadastrados no 
sistema gerencial da 
manutenção; 
Processos 
internos 
Quantidade de 
equipamentos 
operando 
EO 
Evolução de operação de 
equipamentos. 
 
 
NEOi = Número de 
equipamentos funcionando 
em determinado período; 
 
NEOn = Número de 
equipamentos funcionando 
no período anterior; 
Clientes 
Retrabalho Ret 
Acompanhamento das 
atividades de correção ou 
ajuste a uma atividadeda 
manutenção realizada 
anteriormente que 
apresente a mesma 
característica do problema 
anterior. 
 
 
TR = Tempo de retrabalho 
efetivo, medido em horas; 
 
TPR = Tempo previsto de 
retrabalho, medido em 
horas; 
 
Processos 
internos 
 
51 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Retrabalho de 
manutenção 
devido à falta de 
conhecimento 
ou habilidades 
RetHab 
Número de horas de 
retrabalhos originados 
pela falta de habilidade ou 
conhecimento e o tempo 
total de retrabalho. 
 
 
HRFH = Número de horas 
disponibilizadas ao 
retrabalho devido à falta de 
habilidade; 
 
THT = Número total de 
horas retrabalhadas; 
Pessoas 
Segurança no 
trabalho 
SEG 
Indicador que mede o 
número de acidentes 
ocorridos em relação aos 
acidentes estimados. 
 
 
AO = Número de acidentes 
ocorridos em determinado 
período; 
 
AE = Número de acidentes 
estimados para o período; 
 
Pessoas 
Tarefas de 
manutenção 
preventiva 
completadas 
Pv 
Evolução das tarefas 
relacionadas à 
manutenção preventiva. 
 
 
TPvComp = Número de 
tarefas preventivas 
completadas; 
 
TPvProg = Número de 
tarefas preventivas 
programadas; 
Processos 
internos 
Taxa de defeito 
por 
equipamento 
TD 
Divisão do número de 
defeitos pelo número de 
equipamentos. 
 
 
Def = Número de defeitos; 
 
Eq = Número de 
equipamentos; 
Processos 
internos 
Taxa de falhas ฀ 
Determinar a 
confiabilidade de 
equipamentos e sistemas 
num determinado 
intervalo de tempo. 
 
 
n = Número de Falhas 
Observadas; 
 
T = Intervalo de Tempo; 
Processos 
internos 
Taxa de 
frequência de 
acidentes 
FA 
Relaciona o número de 
acidentes com o tempo de 
exposição ao risco. 
 
 
A = Número de acidentes; 
 
TER = Tempo de exposição 
ao risco; 
Processos 
internos 
Taxa de 
manutenção de 
emergência 
TME 
Indicador para 
acompanhar o número de 
realizações de 
manutenção de 
emergência em 
determinado período. 
 
 
NMEmerg = Número de 
desligamentos de 
emergência; 
 
NM = Número de 
desligamentos total; 
 
Processos 
internos 
Taxa de 
manutenção de 
urgência 
TMU 
Indicador para 
acompanhar o número de 
realizações de 
manutenção de urgência 
em determinado período. 
 
 
NMUrg = Número de 
desligamentos de urgência; 
 
NM = Número de 
desligamentos total; 
 
Processos 
internos 
Taxa de reparo Μ 
Número de reparos 
efetuados num 
determinado período de 
tempo. 
 
 
r = Número de Reparos 
Efetuados; 
 
T = Tempo; 
Processos 
internos 
Tempo de 
paralisação 
provocado por 
quebras 
PQ 
Acompanhamento das 
paralisações causadas por 
quebras. 
 
 
TPPQ = Tempo de 
paralisação provocado por 
quebras; 
 
TP = Tempo total de 
paralisação; 
Processos 
internos 
52 
 
Indicador 
Símbolo ou 
Abreviação 
Descrição Forma Algébrica Variáveis de entrada 
Perspectiva 
no BSC 
Tempo de 
paralisação 
relacionado á 
manutenção dos 
equipamentos 
PE 
Evolução do tempo de 
paralisação de 
equipamentos em relação 
a determinado período 
anterior. 
 
 
TPEi= Tempo de 
paralisação de 
equipamentos do período 
atual; 
 
TPEn = Tempo de 
paralisação de 
equipamentos do período 
anterior; 
Processos 
internos 
Tempo médio 
entre falhas 
TMEF 
Somatório entre o tempo 
de reparo e o tempo até a 
falha, em relação ao 
número de falhas do 
período analisado. 
 
 
n = Número de 
equipamentos; 
 
N = Número de falhas do 
período analisado; 
 
Tri = Tempo de reparo de 
cada intervenção; 
 
TRf = Tempo até a falha de 
cada evento 
 
Processos 
internos 
Tempo médio 
para reparos de 
equipamento e 
sistemas 
TMPR 
Determinar a 
manutenabilidadede 
equipamentos ou 
sistemas. 
 
 
μ = Taxa de reparo; 
Processos 
internos 
Tempo total de 
paralisação 
atribuído a 
erros de 
manutenção 
PEM 
Representa a relação entre 
o tempo de paralisações 
atribuído a erros da 
manutenção e o tempo 
total de paralisação. 
 
 
TPEM = Tempo de 
paralisação atribuído a erros 
da manutenção; 
 
TP = Tempo total de 
paralisação; 
Processos 
internos 
Tempo total de 
paralisação 
atribuído a 
erros 
operacionais 
PEOp 
Representa a relação entre 
o tempo de paralisações 
atribuído a erros 
operacionais e o tempo 
total de paralisação. 
 
 
TPEOp = Tempo de 
paralisação atribuído a erros 
operacionais; 
 
TP = Tempo total de 
paralisação; 
Processos 
internos 
Total de horas 
estimadas das 
ordens de 
serviço 
programadas 
OSProg 
Acompanhamento da 
execução da programação 
de ordens de serviço. 
 
 
HOSProg= Tempo 
estimado das ordens de 
serviço programadas; 
 
HROSProg = Tempo 
realizado das ordens de 
serviço programadas; 
Processos 
internos 
Treinamento TRMT 
Valor que representa toda 
atividade formal de 
treinamento relacionada à 
atividade operacional do 
treinando. 
 
 
TTR = Tempo de 
treinamentos realizados; 
 
TTP = Tempo de 
treinamentos planejados; 
Pessoas 
Turn-over Tover 
Somatório das demissões 
do período em relação ao 
quadro efetivo do mesmo 
período. 
 
 
Dem = Demissões do 
período considerado; 
 
QEf = Quadro efetivo do 
período; 
Pessoas 
53 
 
CAPÍTULO 3 – PROPOSTA DE UM SISTEMA INFORMATIZADO DE 
ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO DA MANUTENÇÃO 
 
O presente capítulo apresenta a estrutura do método proposto para implementação da 
gestão do desempenho da manutenção. O método consiste na utilização de diferentes 
indicadores de desempenho para a elaboração do modelo de avaliação. Além da elaboração do 
modelo, o método saliente a importância para a utilização de uma ferramenta para 
acompanhamento do desempenho setorial. No capítulo, também, está contido a proposta 
passo-a-passo para aplicação do modelo de gestão do desempenho da manutenção. 
 
3.1 Sistemática de Implantação do Sistema Proposto 
 
Figura 3: Sistemática do método. Fonte: O autor, 2011. 
 
54 
 
3.1.1 Identificação das Necessidades 
 
Essa fase é marcada pelo mapeamento da situação das informações pertinentes ao 
setor de manutenção industrial e pesquisa de campo com os responsáveis pelo manuseio da 
informação, visando perceber oportunidades de melhoria. 
 
3.1.1.1 Conhecimento da Empresa 
Nessa fase, é feito o reconhecimento da empresa, verificando o macro fluxos dos 
processos e os fluxos de informações existentes e a forma como a mesma é processada. 
Baseado em Pressman (2010), serão incrementados nessa fase as atividades de concepção, 
levantamento e negociação, que são: 
 Concepção – Entendimento básico do problema (requisitos), o pessoal que 
necessita a solução, a natureza da solução desejada e a efetividade da 
comunicação e colaboração cliente e desenvolvedor. 
 Levantamento – Estruturar a coleta das informações referentes à necessidade 
do software de forma que o desenvolvedor não perca o foco diante de 
problemas de escopo, entendimento e volatilidade. 
 Negociação – Diante das restrições do processo, sejam financeiras, estruturais, 
técnicas ou ideológicas, o desenvolvedor deve analisar com as partes 
envolvidas discussão das prioridades da solução. 
 
3.1.1.2 Análise do Atual Sistema de Gestão de Indicadores 
 
Tem por finalidade o levantamento da atual gestão de indicadores adotada pela 
organização, ou se a mesma não utiliza modelo algum, de forma que seja possível analisar a 
situação com precisão. 
 
3.1.2 Preparação do Modelo 
 
Preparação do modelo de gestão de desempenho da manutenção industrial, definindo a 
metodologia de aplicação e os parâmetros do modelo, como objetivos. 
 
 
55 
 
3.1.2.1 Definição dos Objetivos 
 
Nessa fase o modelo proposto será alinhado às estratégias da empresa, de forma que a 
coleta de dados e outras atividades serão ponderadas por essa fase. 
 
3.1.2.2 Definição

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