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Sinusite (sintomas, causas, tratamento, tipos de sinusite e diagnóstico) - Saúde

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1 
 
 
 
 Sinusite, ou sinusopatia, é o nome que se 
damos à inflamação dos seios paranasais, também 
conhecidos como seios da face. 
 A sinusite pode ser resultado de infecções virais, 
bacterianas ou fúngicas, alergias ou problemas 
do sistema imunológico, incluindo as doenças 
autoimunes; 
 A sinusite vem habitualmente acompanhada de 
rinite, que é a inflamação da cavidade nasal, 
provocando um quadro chamado rinossinusite; 
 Na maioria dos casos, a rinossinusite é 
provocada por vírus respiratórios, tais como 
rinovírus, vírus influenza ou parainfluenza. 
 
SEIOS PARANASAIS 
Os seios paranasais, também chamados 
seios nasais ou seios da face, são cavidades cheias 
de ar dentro dos ossos do crânio e da face, que se 
comunicam com a cavidade nasal. 
 São quatro o número de seios paranasais: 
 Seio frontal 
 Seio etmoidal 
 Seio esfenoidal 
 Seio maxilar 
 
 Os seios da face são estruturas anatômicas 
importantes, pois desempenham as seguintes 
funções: 
 Umidificação e aquecimento do ar 
respirado pelo nariz. 
 Aumento da ressonância da voz. 
 Equilíbrio das pressões intracranianas 
quando há variações na pressão 
atmosférica (mergulhos, viagens de avião 
ou subidas a grandes altitudes). 
 Secreção de muco para proteção das vias 
aéreas superiores. 
 Absorção de impacto em casos de trauma 
(materiais ocos absorvem mais impacto do 
que materiais maciços). 
 Os seios paranasais são bilaterais e 
simétricos, ligam-se à cavidade nasal por 
pequenos orifícios por onde é drenado o muco 
produzido; 
 Quadros de alergia ou gripe, por exemplo, 
causam edema da mucosa nasal e aumento das 
secreções, obstruindo facilmente a drenagem 
dos seios da face. 
 A impossibilidade de escoar o muco 
produzido leva à congestão dos seios e, 
consequentemente, à sinusite. 
TIPOS 
 A sinusite pode acometer qualquer um dos 4 
seios paranasais, podendo ser bilateral ou unilateral. 
A sinusopatia por ser classificada em: 
 Sinusite aguda: quando os sintomas duram 
menos de 4 semanas; 
 Sinusite subaguda: quando os sintomas duram 
entre 4 e 12 semanas; 
 Sinusite crônica: quando os sintomas duram 
mais que 12 semanas; 
 Sinusite recorrente: quando há 4 ou mais 
episódios de sinusite durante o ano. 
A imensa maioria das sinusites agudas são de 
origem viral ou alérgica, mas não é incomum que 
elas se transformem em sinusite bacteriana. 
 Ocorre que a obstrução e a estase do muco nos 
seios da face favorecem a proliferação de 
bactérias que vivem silenciosamente nas vias 
respiratórias. 
sinusite 
RESUMO DE SAÚDE 
 sintomas, causas e tratamento 
 
 2 
 
 
 O paciente, portanto, pode ter um quadro 
inicial de sinusite alérgica ou viral que após 
alguns dias pode se transformar em uma 
sinusite bacteriana. 
 As sinusites bacterianas que não são 
completamente curadas podem progredir para o 
quadro de sinusite crônica. 
SINTOMAS 
Os principais sintomas da sinusite aguda são: 
 Congestão nasal; 
 Corrimento nasal purulento (coriza amarelada); 
 Dor de cabeça; 
 Dor na face; 
 Dor na arcada dentária superior; 
 Dor em volta dos olhos; 
 Sensação de pressão quando se abaixa a cabeça; 
 Ouvidos entupidos; 
 Mau hálito; 
 Tosse (principalmente noturna); 
 Diminuição do paladar e do olfato. 
DOR 
 É comum a presença de dor quando fazemos 
pressão com os dedos sobre os seios nasais, 
principalmente nos seios frontais e maxilares, que 
são os mais superficiais. 
 A maioria dos casos de sinusite viral ou alérgica 
melhora espontaneamente dentro de 10 dias; 
 Sinusites bacterianas leves também podem ser 
autolimitadas, mas nos casos mais sintomáticos, 
com febre alta e coriza purulenta, a cura 
geralmente só vem com tratamento antibiótico. 
 
SINUSITE BACTERIANA 
 Quando há contaminação da sinusite por 
bactérias é comum surgir febre. Porém, como a gripe 
pode desencadear sinusopatia e também cursar com 
febre, nem sempre é fácil fazer a distinção entre uma 
sinusite viral e uma sinusite bacteriana. 
 A sinusopatia pode começar como uma infecção 
viral ou um quadro alérgico e depois de alguns 
dias se transformar em sinusite bacteriana; 
 Em muitos casos, não é possível distinguir uma 
sinusite viral de uma sinusite bacteriana nos 
primeiros 10 dias de doença; 
 A existência de uma rinossinusite bacteriana 
aguda deve ser suspeitada em pacientes com 
qualquer uma das seguintes características: 
 Sinais e sintomas de sinusite aguda com 
duração de 10 ou mais dias sem melhora 
clínica. 
 Início do quadro já com sintomas mais 
graves, como febre maior que 39ºC e 
descarga nasal purulenta, com duração de 
pelo menos três dias consecutivos. 
 Quadro de sinusopatia aguda que melhora 
após poucos dias, mas subitamente volta a 
piorar, surgindo febre, dor na face e coriza 
purulenta. 
 
COMPLICAÇÕES 
Como os seios da face apresentam íntima 
relação com órgãos nobres, como olhos, ouvidos e 
cérebro, a sinusite bacteriana pode levar a 
complicações graves. É importante procurar 
atendimento médico sempre que houver os seguintes 
sinais de complicação listados abaixo: 
 Febre acima de 39ºC; 
 Edema ou vermelhidão na face; 
 Edema e vermelhidão em volta dos olhos; 
 Visão dupla ou qualquer outra alteração visual; 
 Confusão mental; 
 Dor de cabeça muito intensa; 
 Rigidez de nuca; 
 Prostração intensa. 
A sinusite bacteriana, apesar de apresentar 
uma taxa de mortalidade baixa, é uma infecção 
que não deve ser negligenciada, principalmente 
quando existem os sinais descritos acima. Entre as 
suas possíveis complicações, podemos citar a 
infecção dos olhos, meningite, abscesso cerebral, 
 
 3 
 
 
infecção da pele ou dos ossos da face, otite e 
labirintite. 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da sinusite quase sempre é 
clínico, obtido através da história e do exame físico. 
 Se o médico que estiver atendendo for um 
otorrinolaringologista, ele pode fazer uma 
rinoscopia (endoscopia nasal) para tentar 
visualizar diretamente os seios paranasais e 
confirmar a suspeita clínica. 
RADIOGRAFIA DOS SEIOS DA FACE 
 Em caso de dúvida, pode-se lançar mão de 
exames de imagem. A radiografia dos seios da face, 
muito usada antigamente, não é mais considerada 
um bom exame, pois a sua sensibilidade é baixa. 
 Quando o resultado é positivo, como na foto 
abaixo, que mostra uma sinusopatia do seio 
maxilar esquerdo, o diagnóstico pode ser 
confirmado; 
 O problema é que se a radiografia for normal, 
não dá para descartar a existência da sinusite, 
pois o exame não consegue detectar até 40% dos 
casos. 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DOS 
SEIOS DA FACE 
 O exame de imagem mais utilizado 
atualmente é a tomografia computadorizada (TC). 
Compare as imagens abaixo de duas tomografias 
computadorizadas dos seios da face e veja como a 
qualidade das imagens é muito superior. 
 
 
 A segunda TC está normal e os seios paranasais 
estão preenchidos apenas com ar (imagem 
preta). Na primeira Tc, podemos ver uma TC de 
seios da face evidenciando sinusopatia bilateral, 
mais evidente no seio maxilar direito, que está 
completamente tomado por líquido (imagem 
cinzenta); 
 As imagens fornecidas pela TC são muito mais 
bem definidas. Ao contrário do que ocorre na 
radiografia simples dos seios da face, uma 
tomografia computadorizada com resultado 
 
 4 
 
 
normal consegue excluir o diagnóstico de 
sinusite. 
TRATAMENTO 
 A maioria dos casos de sinusite aguda 
melhora espontaneamente em 7 a 10 dias. O 
tratamento, portanto, é basicamente sintomático. 
Mesmo as sinusites bacterianas costumam ter bom 
prognóstico, pois as complicações são pouco 
comuns. 
 Para o tratamento das sinusopatia agudas não 
bacterianas estão indicados a lavagem da 
cavidade nasal com solução salina (soro 
fisiológico) e aplicação de corticoides nasais 
em spray. 
 Compressas mornas sobre o rosto podem 
trazer alívio, e ingestão vigorosa de líquidos 
ajuda a diluiras secreções; 
 Durante as crises é importante evitar contato 
com fumaça de cigarro, pois este é um 
importante fator de irritação das vias aéreas. 
Além da fumaça é importante tentar identificar 
outros estímulos que possam ser irritantes para 
as vias aéreas, como frio ou produtor químicos 
de odor forte; 
 Fora essas orientações, nada mais é muito eficaz. 
Ao contrário do que a maioria das pessoas 
pensam, não é necessário se encher de remédios 
para tratar uma sinusite. 
 
DESCONGESTIONANTES NASAIS 
 Os descongestionantes nasais são geralmente 
usados em excesso e desnecessariamente. Quando 
necessário, indica-se o seu uso por no máximo 3 
dias, visto que estas drogas estão associadas a 
recaídas, provocadas por congestão nasal de rebote. 
 O paciente usa o descongestionante, apresenta 
alívio temporário dos sintomas, mas quando o 
suspende, a congestão nasal retorna 
rapidamente, criando-se assim um círculo 
vicioso. 
 
ANTI-HISTAMÍNICOS 
 O uso de anti-histamínicos (antialérgicos), 
apesar de ser muito prescrito, não apresenta 
evidências de benefícios na sinusite. Se não há um 
processo alérgico por trás, é pouco provável que essa 
classe de remédios traga algum benefício. 
ANTIBIÓTICOS 
 Os antibióticos só devem ser usados quando 
há evidências de sinusite bacteriana. Os mais 
usados são amoxacilina com ácido clavulânico, 
Bactrim®, levofloxacino, moxifloxacino, 
claritromicina ou azitromicina. 
 Deve-se ter cuidado para não usar antibiótico 
indiscriminadamente para não haver seleção de 
bactérias resistentes; 
 Se a sinusopatia não tiver características de 
origem bacteriana, não há motivos para usar 
antibióticos. 
SINUSITE CRÔNICA 
 A sinusite crônica é aquela que permanece 
por mais de 12 semanas consecutivas apesar do 
tratamento. 
 A forma crônica está muito associado à presença 
de desvio de septo nasal e/ou pólipos nasais. 
 Os dois propiciam a cronicidade por 
causarem obstrução da comunicação entre 
os seios paranasais e as vias nasais. 
 Outras causas de infecção crônica são a sinusite 
por fungos, doença do refluxo gastroesofágico, 
alergia respiratória recorrente, HIV, asma e 
fibrose cística; 
 Enquanto a sinusite aguda costuma resolver-se 
sozinha em alguns dias, a sinusite crônica é uma 
inflamação mais difícil de ser controlada, 
devendo ser sempre avaliada por um 
otorrinolaringologista. Apesar de ser de difícil 
cura, ela pode ser controlada com tratamento 
adequado.

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