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Exame do aparelho masculino I

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EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
OBJETIVOS 
▪ Identificar os principais problemas clínicos 
encontrados no homem nas diferentes faixas 
etárias: recém-nascido, criança e adolescente. 
▪ Aprender a realizar o exame físico do aparelho 
genital masculino 
TERMOS SEMIOLOGICOS IMPORTANTES 
ALTERAÇÃO NO VOLUME OU RITMO DE URINA 
▪ Retenção urinaria 
o Incapacidade de urinar/esvaziar 
completamente a bexiga 
▪ Incontinência urinária 
o Perda involuntária de urina – perda de 
controle na urina 
o Pode ser de esforço ou por 
transbordamento 
▪ Anúria 
o Ausência de produção da urina/inferior a 
100 ml por dia 
▪ Oliguria 
o Produção de urina inferior a 400 mL/dia 
▪ Poliúria 
o Produção de urina superior a 2500 ml/dia 
▪ Polaciúria 
o Aumento no número de micções, com 
uma diminuição do volume urinário 
▪ Nictúria/nocturia 
o Urina com frequência a noite 
▪ Urgência urinaria 
o Vontade forte e repentina de urina 
Volume urinário normal = 800 ml a 2500 ml/dia. 
A capacidade da bexiga normal é de 400 a 600 ml e o 
indivíduo tende a esvazia-la quanto a quantidade de urina 
chega a 200 ml. 
DESCONFORTO/DOR AO URINAR 
▪ Estrangúria/Tenesmo vesical 
o Eliminação lenta e dolorosa da urina 
▪ Disúria 
o Dor ao urinar 
ALTERAÇÃO NA COR DA URINA 
▪ Hematúria 
o Sangue na urina 
▪ Piúria (leucócitos) 
o Pus na urina 
▪ Colúria 
o Urina da cor de Coca-Cola com espuma 
amarelada, indicando colestase 
ALTERAÇÃO NO ÓRGÃO SEXUAL 
▪ Priapismo 
o Ereção prolongada (geralmente, mais de 4 
horas) do pênis, sem desejo sexual 
▪ Hemospermia 
o Sangue no esperma 
▪ Disfunção erétil 
o Impotência/incapacidade de manter uma 
ereção 
▪ Infertilidade 
ALTERAÇÃO NO TESTICULO 
▪ Agenesia 
o Ausência de testículo no escroto 
▪ Testículo retrátil 
o É uma condição que faz com que os 
testículos possam subir até à barriga, 
ficando escondidos na região da virilha e 
não sendo palpáveis 
AFECÇÕES MAIS COMUNS NO HOMEM DE 
ACORDO COM AS FAIXAS ETÁRIAS 
A morbimortalidade do homem é diferente da mulher → 
Geralmente, os homens morrem mais cedo e de causas 
externas, além de serem mais suscetíveis às doenças 
cardiovasculares e procurar menos o serviço de saúde. 
As morbidades mudam conforme a faixa etária do paciente, 
mas não são exclusivas de determinada idade. 
RECÉM-NASCIDO 
1. Criptorquidia 
2. Hérnia 
3. Hidrocele 
Essas alterações do RN estão relacionadas a embriologia da 
região inguinal e da formação da genitália da criança: Entre 
o 1º e o 7º mês de gestação há a migração do testículo para 
o escroto (eles são formados dentro da cavidade 
abdominal). Auxiliando esta migração forma-se uma prega 
peritonial denominado conduto peritônio vaginal. 
Durante um período da vida embrionária há, portanto, uma 
comunicação do interior da cavidade peritonial com o 
escroto através do conduto peritônio vaginal (no homem) e 
conduto de Nück (na mulher). O conduto normalmente sofre 
obliteração ao final da migração testicular. A persistência 
EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
parcial ou total do conduto peritônio vaginal é a condição 
que determina o aparecimento das patologias inguinais 
 
CRIPTORQUIDIA 
O testículo fica retido em alguma parte do seu trajeto normal 
(lombar, ilíaca ou inguinal) → Se não tiver em nenhuma 
dessas localizações, é um quadro de ectopia testicular 
Exames → inspeção + palpação do abdome e do canal 
inguinal + USG 
Geralmente, desce nos três primeiros meses. Se não ocorrer 
a descida, faz-se a correção cirúrgica com 6-18 meses. 
 
Tescrotral: 33ºC 
Tregião inguinal: 33-34ºC 
Tintrabdominal: 37ºC → Esse aumento de temperatura 
pode causar infertilidade 
HIDROCELE COMUNICANTE 
Consiste no acumulo de liquido seroso no interior da túnica 
vaginal dos testículos → A infantil, geralmente é um 
resquício de liquido peritoneal 
Os sinais e sintomas são: 
1. Assimetria da bolsa escrotal 
2. Dificuldade de delimitar o testículo no exame físico 
3. Aumento não doloroso da bolsa escrotal 
 
HERNIA INGUINAL INDIRETA 
Deslocamento de um órgão/tecido por meio de uma 
abertura anormal. Na infância ocorre devido a persistência 
do conduto peritônio-vaginal 
Os sinais e sintomas são os mesmos da hidrocele 
comunicante: 
1. Aumento não doloroso do tamanho da bolsa 
escrotal 
2. Assimetria da bolsa escrotal 
3. Dificuldade para delimitar o testículo no exame 
físico 
 
Para diferenciar a hernia inguinal indireta e a hidrocele: USG 
+ transiluminação → Na hernia inguinal, não ocorre a 
transiluminação enquanto que na hidrocele a 
transluminicencia é positiva 
 
 
Além dessas doenças, o RN pode apresentar ainda uma 
abertura anormal da uretra (o normal é a uretra na posição 
central do pênis), podendo ser classificada em: 
▪ Hipospadia (+ comum) – meato se abre na parte 
ventral do pênis 
▪ Epispadia – meato se abre na parte dorsal do pênis 
C- Cima 
D- Dorsal do pênis 
E- Epispadia 
EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
 
 
ADOLESCENTE 
1. Torção testicular 
2. Orquiepididimite 
Câncer no testículo é um raro tipo de tumor que aparece 
principalmente entre 15-35 anos 
Nos adolescentes são mais comuns dúvidas relacionadas ao 
desenvolvimento puberal e ao início da atividade sexual 
(com ênfase nas ISTs), sendo importante compreender o 
estadiamento puberal através da classificação de Tanner 
 
Orquidômetro: aparelho utilizado para avaliar o volume 
testicular (o volume testicular é comparado com o 
orquidômetro) → Primeira manifestação da puberdade no 
sexo masculino é o aumento do volume testicular 
(aproximadamente 4 mL, enquanto que no adulto é 12) 
 
Escroto agudo: dor testicular aguda, com ou sem aumento 
do volume testicular, devendo-se fazer o diagnóstico 
diferencial de: 
1. Trauma 
2. Tumor 
3. Torção do testículo 
4. Processos inflamatórios 
TORÇÃO TESTICULAR 
Acidente vascular que pode produzir isquemia, atrofia e 
gangrena 
 
EPIDIDIMITE 
Orquiepididimite: doença inflamatória dos testículos e do 
epidídimo. Início gradual. Geralmente acompanhada de 
queixas urinárias 
Orquite: inflamação dos testículos sendo na maioria das 
vezes secundária à disseminação hematogênica, em especial 
de infecção viral – caxumba. 
Epididimite: inflamação do epidídimo, sendo a forma mais 
comum de infecção aguda escrotal 
TORÇÃO TESTICULAR ORQUIOEPIDIDIMITE 
Primeiro ano de vida + 
puberdade 
Sexualmente ativo antes 
dos 35 anos 
Dor subita e unilateral Dor gradual/crônica 
Sintomas urinarios 
ausentes 
S.U. presente (disuria) + 
febre 
Náusea e vômito presente 
Sem alterações da pele do 
escroto 
Nâusea e vomito ausente 
Eritema escrotal 
Sinal de prehn e reflexo 
cremastérico ausente 
Sinal de Prehn e reflexo 
cremasterico presente 
Avaliação de urgencia com 
especialista em até 6h 
Anti-inflamatórios (Aine) + 
Antibioticos empiricos → 
Reavaliação em até 7-10 
dias 
 
EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
Sinal de Prehn: 
alívio da dor com a 
elevação mecânica 
do testículo 
afetado 
 
 
 
 
Leve ascensão de um 
dos testículos que 
ocorre quando 
passamos o dedo ou 
uma haste na porção 
medial da coxa de um 
paciente deitado 
 
 
EXAME FÍSICO DO APARELHO MASCULINO 
1. Inspeção da genitália masculina 
2. Avaliação da pele e dos pelos 
3. Avaliação do pênis (meato uretral e palpação) 
4. Avaliação da bolsa escrotal 
5. Exame dos testículos, epidídimo e canal deferente 
6. Avaliação quanto a hérnias inguinais 
7. Avaliação do períneo e ânus 
8. Avaliação da próstata (toque retal) 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO COM O PACIENTE DEITADO 
Deve-se avaliar: 
1. Pele e pelos 
Procura-se por infecções fúngicas superficial, escoriações 
(pode indicar infecção por escabiose) e outras erupções + 
Distribuição de pelos púbicos além da presença de chatos ou 
lêndeas 
2. Inspeção dopênis e do escroto 
Paciente é circundado ou não, tamanho do pênis e escroto e 
lesões no pênis e edema peniano 
É normal encontrar: glândulas sebáceas ectópicas (pápulas 
amarelo-esbranquiçadas) no corpo do pênis e na parte 
interna do prepúcio + pápulas penianas peroladas no sulco 
coronal após a puberdade, principalmente em homens não 
circundados 
 
 
3. Inspeção do períneo → Procura por inflamação, 
ulceração, verrugas, abcessos ou outras lesões 
4. Palpação do ligamento inguinal 
Rolar os dedos por cima do ligamento inguinal para avaliar 
adenopatia inguinal → Geralmente encontra-se pequenos 
linfonodos moveis 
Deve-se pedir ainda para o paciente tossir ou fazer força 
enquanto inspeciona a virilha → Presença de saliências 
súbitas pode indicar hernia inguinal ou femoral 
 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO COM O PACIENTE EM PÉ 
O paciente fica em pé enquanto que o examinador fica 
sentado em frente a ele. 
1. Inspeção do pênis e do meato externo 
Se o paciente não for circundado, deve-se afastar o prepúcio 
→ O material branco caseoso embaixo do prepúcio é o 
EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
esmegma, sendo considerado normal. Deve-se procurar por 
úlceras, verrugas, nódulos, cicatrizes e sinais de inflamação 
Além disso, o examinador deve posicionar suas mãos sobre 
cada lado da glande e abrir o meato para examinar: posição 
(que deve ser central), corrimentos, verrugas e estenose. 
 
Fimose: quando o prepúcio não pode ser afastado → leva 
ao acumulo de esmegma, podendo causar uma inflamação 
da glande e do prepúcio (balanopostite) → Essa irritação 
crônica pode ser um fator causador de câncer do pênis 
Parafimose: prepúcio pode ser retraído, mas não pode ser 
recolocado e fica preso atrás da coroa. 
2. Palpação do pênis e da uretra 
Deve-se palpar o corpo do pênis desde a glande até sua base 
→ Procura por cicatrizes, ulceras, nódulos, enduração e 
sinais de inflamação. 
A uretra deve ser palpada desde o meato externo, por todo 
o corpo esponjoso até sua base 
 
Doença de Peyronie: presença de enduração não dolorosa 
ou áreas fibróticas embaixo da pele do corpo. O paciente 
pode queixar-se ainda de desvio peniano durante a ereção 
com queixas de dor durante a relação sexual (dele ou de 
sua parceira) 
3. Inspeção do escroto e palpação dos testículos 
Inspeção: contorno e conteúdo (dois testículos presentes). 
Normalmente o testículo esquerdo é mais baixo do que o 
direito porque a veia espermática esquerda é mais longa. 
Palpação: a mão esquerda do examinador deve segurar os 
polos superior e inferior do testículo enquanto a mão direita 
deve palpar as superfícies anterior e posterior. Deve-se 
observar o tamanho, formal e a consistência de cada 
testículo. → Testículos normais são indolores a palpação, 
sem nódulos, com uma consistência firme (borracha), 
 
4. Palpação do epidídimo e do canal deferente 
Deve-se buscar dor à palpação, nodularidades e massas 
 
Cuidado: se o paciente elevar muito o pênis, pode reduzir a 
pele escrotal, dificultando o exame. As estruturas mais 
proeminentes na palpação correspondem aos canais 
deferentes. 
5. Transiluminação de massas escrotais 
É feita caso o examinador encontre alguma massa escrotal 
→ Deve-se escurecer a sala e aplicar uma fonte luminosa ao 
lado do aumento escrotal. 
▪ Resultado opaco: testículo normal, estruturas 
vasculares, tumores, sangue ou hernia 
▪ Resultado é um clarão vermelho: indica uma 
cavidade contendo liquido seroso como hidrocele 
ou espermatocele (massa pequena e indolor 
contendo espermatozoide 
EXAME DO APARELHO GENITAL MASCULINO I LETÍCIA FAGUNDES 
 
 
AVALIAÇÃO QUANTO A HERNIAS INGUINAIS 
Hernias são definidas como qualquer protusão de uma 
víscera, ou parte dela, através de uma abertura normal ou 
anormal, sendo que a maior parte delas estão localizadas na 
região inguinal ou femoral. 
INSPEÇÃO DAS ÁREAS INGUINAL E FEMORAL 
Técnica: instruir o paciente a virar a cabeça para o lado e 
tossir ou fazer força. Inspeciona a área quanto a qualquer 
intumescimento súbito durante a tosse, o que pode indicar 
uma hernia. Se for vista alguma saliência súbita, pedir para o 
paciente tossir novamente e comparar o impulso com o do 
outro lado. Se o paciente se queixar de dor ao tossir, 
determina a localização da dor e reavalie a área. 
PALPAÇÃO À PROCURA DE HÉRNIAS INGUINAIS 
Técnica: o examinador coloca o dedo indicador direito no 
escroto do paciente, acima do testículo esquerdo e invagina 
a pele escrotal o suficiente para alcançar o anel inguinal 
externo. O dedo do examinador deve estar com a unha para 
fora e a polpa digital para dentro. 
Com o dedo nessa posição, o 
examinador deverá pedir para o 
paciente virar a cabeça para o 
lado e tossir ou fazer força 
novamente. 
 
Se houver alguma hérnia, será sentido um impulso súbito 
contra a extremidade da polpa digital do dedo do 
examinador. Se for detectada alguma hérnia, faça o paciente 
deitar-se e observe se a hernia pode ser reduzida por uma 
pressão delicada e continuada sobre a massa. Se o exame for 
feito de forma correta, ele será indolor. 
Todo esse processo, deverá ser repetido no outro lado.