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É incontrovertível que o grafite surgiu como forma de expressão social e artística em Nova York, EUA, nos anos de 1970 – com os trabalhos de Jean-Michel Basquiat –, o primeiro grafiteiro a ser reconhecido como artista plástico. Nesse contexto, apesar, de muitos encararem essa atividade como uma manifestação social, algumas pessoas ainda enxergam o grafite como uma intervenção no visual das cidades. Dessa forma, torna-se imprescindível promover o grafite como arte plástica popular e denúncia social. Em primeiro plano, é relevante salientar que segundo a Lei 9.605/98, no artigo 65, o grafite não é considerado crime caso tenha o objetivo de valorizar um patrimônio, seja ele público ou privado, desde que seja aprovada pelo proprietário. Entretanto, indo de encontro com o que diz a Lei, diversas pessoas consideram o grafite como vandalismo, sendo descrito como poluição visual, instauração do caos em zonas nobres e associado a movimentos vistos como negativos. Desse modo, é necessário desmistificar essa visão errônea sobre o grafite, uma vez que essa atividade deveria ser vista como a arte de colorir muros, expressar ideias e uma forma de dar uma nova cara para as ruas e cidades. Ademais, de acordo com o filósofo Nietzsche: “temos a arte para não morrer da verdade”. Nesse sentido, é indubitável que a atividade pictórica em muros é uma arte valiosa para a população, tendo em vista que coloca à prova a criatividade juvenil, que tem a oportunidade de expressar em diferentes espaços, ideias como forma de protestos contra os problemas sociais. Não obstante, mais do que uma arte, o grafite desperta e estimula a capacidade crítica das pessoas, a partir de trabalhos que abordam questões sociais e políticas. Destarte, é notório que o grafite é uma arte urbana a céu aberto, que se tornou um meio de denúncia para os marginalizados. Portanto, o Ministério da Cidadania juntamente com o Ministério da Educação, deve implementar projetos, palestras e o ensino sobre o grafite na grade curricular, em instituições públicas e privadas, com o objetivo de informar as pessoas sobre essa atividade e combater a visão deturpada da arte como vandalismo. Dessa forma, seria possível comtemplar uma nova paisagem nas cidades. .
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