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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO- FCHPE 
CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
JOÃO PAULO RODRIGUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL: 
AVANÇO OU RETROCESSO? 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE- PE 
2021 
 
JOÃO PAULO RODRIGUES DE LIMA 
 
 
 
 
 
A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL: 
AVANÇO OU RETROCESSO? 
 
 
 
 
Monografia apresentada Faculdade de 
Ciências Humanas de Pernambuco- 
FCHPE, como requisito parcial para 
obtenção do título de Bacharel em 
Direito, sob a orientação do Prof..... 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE- PE 
2021 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória.
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho irá abordar os argumentos contrários e favorável a redução da 
maioridade penal a partir do Estatuto da Criança e do Adolescente. A proposta de 
redução da imputabilidade é sustentada por parte da sociedade, na medida em que 
distorcem a origem do problema situado na ausência efetiva de políticas públicas, 
sendo dois motivos que levam o menor a ser infrator: os fatores socioeconômicos e 
os fatores sociofamiliares. Também há a impossibilidade da redução por meio das leis 
que protegem as crianças e os adolescentes, começando com a Constituição Federal 
sabendo que o artigo 228, que diz que os menores de 18 (dezoito) anos são 
considerados inimputáveis é uma cláusula pétrea, estando protegida pela 
imutabilidade, não podendo ser alterada por Emenda Constitucional, sendo possível 
só através do poder constituinte originário. Também temos a lei específica, que é o 
Estatuto da Criança e do Adolescente. Após o menor cometer um crime e ser pego, 
ele passa pelo processo de ressocialização elencado no artigo 112 do ECA, sendo 
assim, o processo de ressocialização do menor deverá ser diferenciado do maior de 
idade pois diante da falência do Sistema prisional brasileiro, jovens de 16 (dezesseis) 
anos em presídios acarreta mais lotação e assim fica mais dificultoso o processo de 
ressocialização, ocorrendo mais reincidências. 
Palavras-chave: Imputabilidade. Maioridade Penal. Estatuto da criança e do 
adolescente.
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
The present paper will address the arguments against reducing the age of criminality 
from the Child and Adolescent Study. The proposal to reduce imputability is sustained 
by society, insofar as they distort the origin of the problem situated in the absence of 
effective policies two reasons that lead the minor to be an offender: the socioeconomic 
factors and the socio-family factors. There is also the impossibility of reduction through 
laws that protect children and adolescents, starting with the Federal Constitution 
knowing that Article 228, which says that minors under 18 (18) years are considered 
unworthy is a stony clause, being protected by immutability, and can not be altered by 
Constitutional Amendment, being possible only through the originating constituent 
power. We also have the specific law, which is the Child and Adolescent Study. After 
the minor commits a crime and is caught, the same goes through the process of 
resocialization listed in Article 112 of the ECA, and thus, the process of resocialization 
of the minor must be differentiated from the adult because of the bankruptcy of the 
Brazilian prison system, young people of 16 (sixteen) years in prisons causes more 
stocking and this makes the process of resocialization more difficult, with more 
recidivism occurring. 
 
Keywords: Imputability. Criminal Majority. Statute of children and adolescents 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 07 
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 09 
2.1 MARCO HISTÓRICO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL ...................... 09 
2.2 FATORES QUE LEVAM O MENOR A SER INFRATOR .............................. 11 
2.2.1 Fator Sócio-Familiar ....................................................................................... 11 
2.2.2 Fator Sócio-Econômico .................................................................................. 11 
 
2.3 A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL ............................................................. 12 
2.3.1 O Menor no Contexto da Constituição Federal e o Código Penal ................ 12 
2.3.2 As Excludentes de Culpabilidade .................................................................. 13 
2.3.3 A Proposta da Ementa à Constituição n° 171/93 .......................................... 17 
 
2.4 APLICAÇÃO DO ECA NA RESSOCIALIZAÇÃO DO MENOR INFRATOR .. 18 
2.4.1 Conceito de Ressocialização ......................................................................... 19 
2.4.2 Medidas Socioeducativas............................................................................... 20 
2.4.3 Corrente Contrária à Redução da Maioridade .............................................. 23 
2.4.4 Corrente Favorável à Redução da Maioridade ............................................. 26 
 
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 28 
 
 REFERÊNCIAS......................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho faz uma abordagem sobre os argumentos contrários e 
favorável a redução da maioridade penal através do Estatuto da Criança e do 
Adolescente e da Lei 12.852/13, com o objetivo de debater sobre como e porque a 
redução da maioridade penal não é a melhor solução para a ressocialização dos 
menores infratores fazendo uma análise das legislações e de como são aplicadas. 
Serão abordados pontos como o motivo que leva os jovens a cometer infrações; 
sobre a inconstitucionalidade da redução da maioridade penal e logo em seguida a 
ressocialização dos menores infratores de acordo com o ECA e a eficácia das medidas 
socioeducativas. Sendo dever do estado a proteção aos jovens, garantindo-lhes os 
meios para que eles possuam autonomia, saúde, cultura, bem-estar e etc. Sendo 
assim, quando há uma deficiência do Estado em promover tais coisas para os jovens, 
eles também terão uma deficiência em retribuir tais coisas para a sociedade. 
O tema abordado é de relevante importância pois atualmente no Brasil vem 
crescendo a discussão sobre a redução da maioridade penal para 16 (dezesseis) 
anos, onde grande parte da população concorda , pois se sentem inseguros diante 
dos crimes violentos que despertam o medo em toda a população, alguns são 
cometidos por menores e as vítimas de tais crimes argumentam que há impunidade 
e, sendo assim, são levados por forte emoção e sem pensar nas consequências da 
redução, nos aspectos da lei que impedem a redução. Sendo assim, quais os 
argumentos contrários a redução da maioridade penal? 
A pesquisa será realizada com base nos debates que dividem a sociedade 
sobre a redução da maioridade penal, sobre o que seria melhor para o menor infrator: 
um investimento na sua ressocialização ou colocá-los em presídios junto com outros 
criminosos maiores de idade? Sendo assim será colocado neste trabalho com base 
na Constituição Federal e no Estatuto da criança e do adolescente o melhor caminho 
para a ressocialização e a recolocação do jovem na sociedade. 
Através do método dedutivo, será feita uma análise através de pesquisas 
bibliográficas, artigos na internet e legislação visando a promoção de um debate 
levando em consideração os argumentos contrários a redução da maioridade penal. 
 
 
 
 
 
9 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 MARCO HISTÓRICO DA MAIORIDADE PENAL NO BRASIL 
 
A maioridade define que um indivíduo possui a capacidade jurídica de 
responder penalmente por seus atos criminosos, onde aqui no Brasil, essaidade é 
definida aos 18 anos. 
No início do século XIX, de acordo com as Ordenações Filipinas, a 
inimputabilidade penal se encerrava aos 7 (sete) anos de idade. Este menor não 
estava sujeito à pena de morte. O sistema de “jovem adulto” era aplicado para os 
jovens que tinham entre 17 (dezessete) e 21 (vinte e um) anos. Estes poderiam ser 
condenados à morte, ou, dependendo das circunstâncias, poderia ter a diminuição da 
sua pena. A maioridade penal absoluta era alcançada aos 21 (vinte e um) anos e se 
via sujeita a aplicação da pena de morte (OLIVEIRA, 2016). 
A maioridade penal foi instaurada no Brasil pelo primeiro Código Criminal do 
Império (1830) e era alcançada aos 14 (quatorze) anos, conforme previsto no artigo 
10 do seu texto. O critério psicológico do discernimento era aceito, e caso estivesse 
presente no ato praticado pelo menor, este deveria ser encaminhado às chamadas 
casas de correção, obedecendo ao artigo 13. O tempo a ser cumprido nestas casas 
seria determinado pelo magistrado, mas não deveria ultrapassar a data em que o 
menor completaria 17 (dezessete) anos de idade. A condenação à prisão perpétua 
era prevista (OLIVEIRA, 2016). 
Nesse cenário, Carvalho traz: 
O nosso Código Criminal de 1830 distinguia os menores em quatro classes, 
quanto a responsabilidade criminal: a) os menores de 14 anos seriam 
presumidamente irresponsáveis, salvo se se provasse terem agido com 
discernimento; b) os menores de 14 anos que tivessem agido com 
discernimento seriam recolhidos a casas de correção pelo tempo que o juiz 
parecesse, contanto que o recolhimento não excedesse a idade de 17 anos; 
c) os maiores de 14 anos e menores de 17 anos estariam sujeitos às penas 
de cumplicidade (isto é, caberia dois terços da que caberia ao adulto) e se ao 
juiz parecesse justo; d) o maior de 17 anos e menor de 21 anos gozaria da 
atenuante da menoridade. (CARVALHO, 1977, p. 312) 
 
Sendo assim, pode-se perceber que existe uma compreensão de alguns atos 
 
 
 
10 
que são praticados os infratores deveriam ser dirigidos às chamadas instalações 
disciplinares industriais, não podendo lá permanecer após atingirem 17 (dezessete) 
anos de idade. Os infratores deveriam ser dirigidos às chamadas instalações 
disciplinares industriais, não podendo lá permanecer após atingirem 17 (dezessete) 
anos de idade. 
Quando a Lei nº 4.242, de 5 de janeiro de 1921, em seu artigo 3º, revogou o 
dispositivo do Código de 1890, que tratava da inimputabilidade e trouxe, em seu artigo 
20 a seguinte previsão: “o menor de 14 anos, indigitado autor ou cúmplice de crime 
ou contravenção, não será submetido a processo de espécie alguma e que o menor 
de 14 a 18 anos, indigitado autor ou cúmplice de crime ou contravenção será 
submetido a processo especial”. Dessa forma, a lei possibilitou, também, a criação de 
um serviço que pudesse proporcionar a assistência e desse proteção à infância 
desamparada e delinquente, resultando na construção de abrigos e tantas outras 
providências objetivando o auxílio ao menor. 
As características punitivas do cárcere no Brasil, sobressaem-se com grande 
disparidade ao aspecto educativo que as prisões deveriam assumir. Através da 
investigação dos elementos históricos que contribuem para essa postura institucional 
e atitudinal do sistema penal brasileiro, podemos refletir sobre as consequências de 
inserir um adolescente nesse contexto. (FERRAZ, 2015). 
É perceptível a intenção do legislador e da sociedade da época em aprimorar 
e melhorar a situação do jovem infrator e assim chegar mais próximo do critério de 
biopsicológico, pois a idade penal passou de 07 (sete) anos para 14 (quatorze) anos, 
ocorreu um aumento de 7 anos e adotou um critério de discernimento, caso o executor 
do ato criminoso, maior de 14 anos, não o possuísse era encaminhado às casas de 
correção pelo Juiz por tempo indeterminado, desde que não exceda o limite máximo 
de 16 anos. (OLIVEIRA, 2010). 
Com isso, deve-se lembrar sobre os grandes debates acerca da maioridade 
penal e com isso traz várias correntes correntes doutrinarias adotadas por juristas em 
todas as partes do mundo ao tratar da maioridade penal, focando em algumas dessas 
correntes. 
2.2 FATORES QUE LEVAM O MENOR A SER INFRATOR 
 
 
 
11 
 
2.2.1 Fator Sócio-Familiar 
Uma das causas mais próximas a estimular a manipulação do menor é a 
questão do fator sociofamiliar, pois a família é a base de toda a sociedade, mas, 
sabemos que, nem toda família possui uma boa estrutura refletindo assim na 
educação do menor, não sendo educado adequadamente e repetindo na sociedade o 
que é visto em casa. 
 São muitos fatores que contribuem para a desagregação familiar, dentre eles 
os mais frequentes são os vícios, sendo os mais comuns os vícios em drogas, tanto 
lícitas quanto ilícitas, a incidência de parentes criminosos e a falta de cuidado e 
atenção dos pais para com os filhos menores onde são comuns casos de agressão 
dentro da própria casa. 
Sendo assim, os jovens que vivem em tal situação são mais propensos a 
cometer crimes violentos e a sociedade, ao invés de tentar auxiliar estes jovens fingem 
não enxergar os nossos problemas sociais e praticam o mais fácil, o julgamento. 
 
2.2.2 Fator Sócio-Econômico 
Cresce cada dia, o número de jovens que entram para a vida do crime e estão 
em estado de marginalização, ou seja, vivem à margem da sociedade, na miséria, em 
lugares desprovidos de condições básicas para a sobrevivência do ser humano e sem 
perspectiva de uma vida melhor. 
A grande maioria da população ganha menos de um salário-mínimo e os que 
ganham possuem dificuldades em dispor das garantias que a CF elenca em seu artigo 
6°, inciso IV (o salário-mínimo deve atender as necessidades básicas e as de sua 
família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social). Os filhos desses assalariados são jovens que vivem 
em situação de risco e os pais, em atitudes desesperadas, muitas vezes seguem para 
o caminho do crime. 
2.3 A MAIORIDADE PENAL NO BRASIL 
 
 
 
12 
2.3.1 O Menor no Contexto da Constituição Federal e o Código Penal 
A Constituição Federal de 88 define em seu art. 228 que são penalmente 
inimputáveis qualquer menor de 18 anos. Aqui no Brasil esta idade pode coincidir com 
a maioridade penal e menores de 18 (dezoito) anos respondem por infrações de 
acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente. A maioridade penal, não pode 
ser comparada necessariamente, com a maioridade civil, nem com as idades mínimas 
necessárias para serem realizadas outras atividades comuns. 
Em alguns países a pessoa que esteja abaixo da maioridade penal, poderá ter 
punições mais leves e um acompanhamento social e até mesmo psicológico. 
Geralmente a maioridade penal não vem a coincidir com a idade de imputabilidade 
penal. 
Há, portanto, uma diferença entre as normas internacionais e o regime jurídico 
de responsabilidade juvenil vigente no Brasil: enquanto as normas internacionais 
reconhecem a imputabilidade penal do menor de dezoito anos e reservam as medidas 
de caráter protetivo para as crianças abaixo da idade mínima de inimputabilidade 
penal; o regime jurídico brasileiro não reconhece a imputabilidade penal dos menores 
de dezoito anos e atribui medidas socioeducativas de caráter protetivo a todos os 
infratores menores de dezoito anos, não apenas àqueles abaixo da idade mínima de 
doze anos. Os menores de doze anos estão fora do alcance das medidas 
socioeducativas do Estatuto da Criança e do Adolescente (PESSOA, 2017). 
Nesse cenário temos que todos os crimes praticados por menores de dezoito 
anos são chamados de “atos infracionais” e os adolescentes que os praticam são 
chamados dede "menores infratores". Aos menores que praticam, são aplicadas 
“medidas socioeducativas” e se limitam apenas a adolescentes (pessoas com idade 
compreendida entre doze anos de idade completos e dezoitoanos de idade 
incompletos. Todavia, a medida socioeducativa de internação poderá ser 
excepcionalmente aplicada ao jovem de até 21 anos, caso tenha cometido o ato aos 
quatorze anos). O Estatuto da Criança e do Adolescente traz, em seu artigo 121, § 3º, 
quanto ao adolescente em conflito com a lei, que “em nenhuma hipótese o período 
máximo de internação excederá a três anos”, por cada ato infracional grave. Após 
esse tempo, ele passará ao sistema de liberdade assistida ou semiliberdade, podendo 
 
 
 
13 
retornar ao regime fechado no caso de mau-comportamento. 
Mesmo que a Constituição brasileira estabeleça o respeito à integridade física 
e moral dos detentos, não é essa a realidade observada nas unidades prisionais de 
todo o país. Apesar da negativa de direitos básicos aos detentos não causar comoção 
popular, os problemas do sistema podem gerar consequências também para as 
pessoas que estão fora das celas. A superlotação carcerária e a organização de 
facções dentro dos presídios apenas potencializam o aumento dos crimes. 
A partir dos 12 anos, qualquer adolescente é responsabilizado pelo ato 
cometido contra a lei. Essa prioridade na responsabilização, executada por meio de 
medidas socioeducativas previstas no ECA, têm o objetivo de ajudá-lo a recomeçar e 
a prepará-lo para um mundo bem diferente do que ele tinha anteriormente. É parte do 
processo de ressocialização que ele não volte a repetir o ato infracional. 
Por esse e pro outros motivos que não se deve confundir impunidade com 
imputabilidade. A imputabilidade, segundo o Código Penal, deve ser a capacidade de 
a pessoa entender que o fato cometido é ilícito e deve agir de acordo com esse 
entendimento, fundamentando em sua maturidade psíquica. 
 
2.3.2 As Excludentes de Culpabilidade 
A culpabilidade é um requisito indispensável para aplicação de pena e, para 
alguns, para caracterização de crime, havendo grande discussão nesse ponto. 
Antigamente, era considerado o dolo como espécie da culpabilidade, pois esta era 
estudada através de uma concepção psicológica entre o indivíduo e a conduta por ele 
praticada. No começo do século XX foi inserida a teoria normativa da culpabilidade e 
o dolo/culpa passaram a ser elementos, e não mais modalidades. Esta avaliação da 
culpabilidade em determinado crime dependia do dolo do agente, isto é, da intenção 
de praticar o crime de forma voluntária (CAVALIERI, 2017). 
O ECA prevê algumas medidas educativastais como: advertência, obrigação 
de reparar o dano, prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, 
semiliberdade e internação. 
 
 
 
14 
a) A inimputabilidade é um conjunto de condições que podem dar ao agente 
a capacidade de conduzir juridicamente a prática do ato punivel. Quando 
cosegue-se verificar à sua pouca capacidade mental, devem ficar 
impossibilitados de efetuar uma correta avaliação da situação de fato, não 
tendo, pois, capacidade de entendimento do fato tipo que praticaram. 
b) Os que são considerados de semi-imputabilidade estão os o doentes 
mental e o agente com pouco desenvolvimento mental ou retardado 
poderão ser responsabilizados se demonstrado que, apesar da menor 
capacidade mental, tinha alguma capacidade de entender o caráter ilícito 
da conduta ou tinha condições de determinar-se de outra forma, que não 
a prática do tipo penal. 
 
 
Deve-se lembrar que imputabilidade é sinônimo de atribuidade. Imputar é 
atribuir algo a alguém. Quando se diz que determinado fato é imputável a certa 
pessoa, está-se atribuindo a essa pessoa ter sido a causa eficiente e voluntária desse 
mesmo fato. Mais ainda: está-se afirmando ser essa pessoa, no plano jurídico, 
responsável pelo fato e, consequentemente, passível de sofrer efeitos, decorrentes 
dessa responsabilidade, previstos pelo ordenamento vigente. Pode, entretanto, a 
imputabilidade estar referida não ao fato, mas diretamente ao agente. Nesta última 
hipótese, significa aptidão para ser culpável. Quando se afirma que certa pessoa é 
imputável, está-se dizendo que ser ela dotada de capacidade para ser um agente 
penalmente responsável. Ambos os sentidos em exame são usuais e interessam 
particularmente ao direito penal. (TOLEDO, p. 312-313, 2008). 
No entendimento de Capez (2011) o agente deve ter condições físicas, 
psicológicas, morais e psíquicas de saber que está praticando um ilícito penal, o 
referido autor ainda assevera que, os atributos não são somente esses, além da 
capacidade de entender os seus atos, o agente deve ter o devido controle sobre sua 
vontade, o que quer dizer que, o imputável não é somente aquele que tem capacidade 
intelectual sobre o que significa sua conduta, é necessário ainda que tenha o comando 
de sua vontade de acordo com esse entendimento. 
 
 
 
 
 
 
15 
Nesse cenário, Capez (2011) leciona que estes dois elementos devem 
obrigatoriamente andar juntos, pois na falta de um deles, o sujeito será tratado como 
inimputável, além disso, Welzel apud Capez (2011) ensina que a capacidade de 
culpabilidade apresenta dois elementos específicos: um “cognoscivo” e outro “volitivo”, 
ou seja, a capacidade de compreender o injusto e a determinação da vontade são 
elementos que em conjunto constituem a capacidade de culpabilidade. 
Ainda no campo da responsabilidade, Nucci (2011) ensina que anteriormente à 
Reforma de 1984 a antiga Parte Geral do Código Penal, classificava o Título III como 
“Da Responsabilidade”, que em sua opinião, tal entendimento merecia ser alterado, 
tendo em vista que, a imputabilidade é a capacidade de ser culpável enquanto que, a 
culpabilidade reside no juízo de reprovação social que pode ser realizado ao 
imputável, nesses termos, a responsabilidade é decorrência da culpabilidade, que em 
linhas gerais, é a relação existente entre o autor do fato ilícito e o Estado, onde aquele 
merece ser punido em razão de ter cometido um delito. A par disso, os referidos 
conceitos não se confundem, mas encontram-se intimamente ligados (BARBOZA, 
2014). 
Castelo Branco (2011) existem três sistemas utilizados para esse fim, quais 
sejam: o biológico, o psicológico e o biopsicológico. O primeiro avalia apenas aspectos 
puramente biológicos, a exemplo disso, busca examinar se a pessoa possui 
desenvolvimento mental retardado. O critério psicológico tem por finalidade avaliar se 
o indivíduo possui ou não capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. Já o critério biopsicológico consiste 
na junção dos dois critérios anteriores. 
Em relação ao critério psicológico, Nucci (2011) afirma que, quando aceito 
exclusivamente, outorga-se ao juiz uma posição de destaque, podendo o magistrado 
apreciar a imputabilidade com ampla arbitrariedade. Para Capez (2011) o referido 
sistema contempla somente o momento da prática do crime, e que se fosse adotado 
unicamente, poderia levar a exclusão da imputabilidade do agente quando este 
praticasse o fato delituoso compelido totalmente pela emoção, hipótese não 
vislumbrada em lei como causa dirimente (BARBOZA, 2014). 
 
 
 
 
16 
Na opinião de Masson (2008) o critério biopsicológico a seu turno, conjuga a 
atuação do magistrado e do perito, este se detém na questão biológica, enquanto 
aquele se preocupa com a psicológica. Nesses termos, Nucci (2011) leciona que este 
é o sistema adotado pelo Código Penal, conforme depreende-se do art. 26 do referido 
diploma legal, além de constituir também o sistema adotado por outras legislações, a 
exemplo disso, a espanhola (BARBOZA, 2014). 
As causas diante da lei que podem excluir a imputabilidade no Código Penal, 
Segundo Castelo Branco (2011) as causas da inimputabilidade se resumem em quatro 
hipóteses, a saber: 
1. Doença mental: é caracterizada pela perturbação mental capaz de importar 
na capacidade de compreender o caráter ilícito do fato. Ex.: psicose, 
esquizofrenia, etc. 
2. Desenvolvimento mental incompleto:é o desenvolvimento que ainda não se 
aperfeiçoou, seja por causa da idade do agente, seja por falta de convívio 
social. Ex.: menores de 18 anos e silvícolas. 
3. Desenvolvimento mental retardado: caracteriza-se pelo atraso na idade 
mental cronológica do indivíduo. Ex.: oligofrênicos. 
4. Embriaguez completa por caso fortuito ou força maior: também conhecida 
como acidental, que pode ser completa ou incompleta, se for completo, isenta 
de pena. Se incompleta, não isenta, mas diminui a pena de 1/3 a 2/3. 
 
 
Ainda com relação à idade limite para se estabelecer a imputabilidade, Mirabete 
e Fabbrini (2011) advertem que o patamar adotado pelo Brasil é consagrado por vários 
países, como a Áustria, Dinamarca, Finlândia, França, Colômbia, México, Peru, 
Uruguai, Equador, Tailândia, Noruega, Holanda, Cuba, Venezuela, etc. Contudo, há 
países que determinam a idade de 17 anos como a Grécia, Nova Zelândia, Federação 
Malásia; há também aqueles que seguiram a idade de 16 anos como a Argentina, 
Birmânia, Filipinas, Espanha, Bélgica, Israel; porém, há aqueles que adotaram a idade 
de 15 anos quais sejam Índia, Honduras, Egito, Síria, Paraguai, Iraque, Guatemala, 
Líbano; já a Alemanha e o Haiti determinaram a imputabilidade a partir dos 14 anos; 
já a Inglaterra optou pelos 10 anos de idade (BARBOZA, 2014). 
 
 
 
 
 
 
 
17 
2.3.3 A Proposta da Ementa à Constituição n° 171/93 
Com o crescimento dos crimes geralmente praticados por menores, a 
sociedade sofre com esse cenário que ocorre no Brasil, e ficam pedindo sempre 
medidas que consigam conter a violência nas cidades. 
O governo, com alguns vários deputados liderando e incentivando na 
aprovação e na votação da PEC, (PEC 171/93), que há muitos anos está para ser 
votada, conseguiram com que fosse aberta a discussão e até mesmo a votação da 
mesma, mas com algumas mudanças nessa emenda constitucional. Na PEC original, 
reduz a maioridade penal de 18 (dezoito) para 16 (dezesseis) anos, para todos os 
crimes. Com a mudança, a PEC só ira funcionar, para aqueles que cometerem crimes 
hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte(ARRUDA, 2015. 
p.35). 
A proposta justifica-se que o conceito de inimputabilidade penal, tenha como 
um fundamento a presunção legal de menoridade e todos os seus efeitos quando for 
fixado um entendimento de algum ato criminoso. O critério de avaliação será sempre 
o biológico, tendo como observação principal o entendimento do menor e seu 
desenvolvimento mental. 
Há, em tramitação, a Proposta de Emenda à Constituição nº 171, de 1993 
(PEC 171/93), de autoria do ex-deputado Benedito Domingos, que tem por objetivo a 
mudança na redação do art. 228, Constituição Federal 1988, que afirma serem 
“penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos” (BRASIL, 1988). 
Com a PEC existe um argumento muito utilizado que é o aumento expressivo 
da criminalidade entre os menores de dezoito anos, que precisam de institutos 
adequados ao seu recolhimento para reeducação ou correção de comportamento. Já 
que, segundo explicita, as medidas socioeducativas afastam o adolescente do meio 
social em um curto período de tempo e, após, eles retornam às práticas criminosas. 
Já o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente prevê algumas sanções e 
com isso agrega uma forma de ressocialização, com a tentativa de declinar a 
incidência da violência nas grandes cidades quando esse menor volta à sociedade, 
onde será detalhado mais adiante. 
 
 
 
18 
2.4 APLICAÇÃO DO ECA NA RESSOCIALIZAÇÃO DO MENOR INFRATOR 
 
O ECA foi instituído pela Lei 8069 de 13 de julho de 1990, ela regulamenta os 
direitos das crianças e dos adolescentes inspiradas pelas diretrizes fornecidas pela 
Constituição Federal de 1988. 
O Estatuto diz quer todas as crianças e adolescentes tem direito à vida, à 
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte e à convivência familiar e comunitária. 
O estatuto diz ainda que, é dever da família, da comunidade da sociedade em geral e 
do poder público efetivar estes delitos. Isso, por acaso, é proteger demais? Ninguém 
quer impunidade para quem cometeu um ato contra a lei. A responsabilização faz 
parte do processo de aprendizado dos adolescentes. 
O tratamento é diferenciado por conta da condição peculiar de desenvolvimento 
em que o adolescente se encontra, e qual é a intenção disto: possibilitar ao jovem um 
recomeço de vida ou fazê-lo sofrer pelos erros cometidos? Sendo assim, as medidas 
socioeducativas são pedagógicas, possuindo o objetivo de inseri-los novamente na 
sociedade. 
Imperioso ressaltar o que diz o art. 105 do ECA a respeito dos atos infracionais 
cometidos por crianças, este aduz que, nessa hipótese serão aplicadas as medidas 
previstas no art. 101, a saber: 
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a autoridade 
competente poderá determinar, dentre outras as seguintes medidas: 
I- encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de 
responsabilidade; 
II- orientação, apoio e acompanhamento temporários; 
III- matricula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino 
fundamental; 
IV- inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança 
e ao adolescente; 
V- requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime 
hospitalar ou ambulatorial; 
VI- inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; 
VII- acolhimento institucional; 
VIII- inclusão em programa de acolhimento familiar; 
IX- colocação em família substituta. 
Quando se tratar de adolescentes praticando ato infracional, necessário 
trazer à baila o que preceitua o art. 112, in verbis: 
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente 
poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: 
I- advertência; 
II- obrigação de reparar o dano; 
 
 
 
19 
III- prestação de serviços à comunidade; 
IV- liberdade assistida; 
V- inserção em regime de semiliberdade; 
VI- internação em estabelecimento educacional; 
 
O dispositivo em comento além de assegurar o princípio da Prioridade 
Absoluta, também dispõe sobre o princípio da Proteção Integral à criança e ao 
adolescente que para Oliveira (2010) remete ao fato de denominados sujeitos 
necessitarem de atenção especial, levando em consideração sua condição de ser em 
desenvolvimento, o que para o referido autor, justifica a inimputabilidade penal dos 
menores de 18 anos. 
 
2.4.1 Conceito de Ressocialização 
O entendimento do sentido de ressocialização na área penal remete ao 
esclarecimento de alguns pontos, e o início é pela etimologia do termo. A noção 
etimológica do termo Ressocialização recobre um amplo campo semântico: 
reabilitação, recuperação, readaptação, reinserção, entre outros léxicos correlatos 
(BECHARIA, 2004). 
Ressocialização conota, portanto, o sentido de repetir a socialização, ou o ato 
de lidar novamente com os outros, retomar avida em grupo, em sociedade. Na área 
do Direito Penal, ressocialização refere reeducação social do apenado durante e 
depois de cumprimento de pena. Em sentido amplo, abrange um conjunto de ações 
que visa à readaptação do preso na sociedade, contribuindo na sua recuperação nos 
aspectos psicossociais, profissionais e educacionais, com objetivo de inibir qualquer 
ato reincidente de natureza criminal (FILHO, 2015). 
O problema da marginalidade é causado por uma série de fatores. Vivemos em 
um país onde há má gestão de programas sociais/educacionais, escassez das ações 
de planejamento familiar, pouca oferta de lazer nas periferias, lentidão de urbanização 
de favelas, pouco policiamento comunitário, e assim por diante (PESSOA, 2017). 
 
 
 
 
 
 
20 
2.4.2 Medidas Socioeducativas 
As medidas socioeducativas, são respostas que o Estado dá ao adolescente, 
na prática de algum ato infracional, que normalmente é entendido como crime ou até 
mesmo contravenção penal pela legislação.Sendo assim, são elas: 
 
I – Advertência: (art,115 do ECA):é uma repreensão judicial, com o objetivo 
de sensibilizar e esclarecer o adolescente sobre as consequências de uma 
reincidência infracional. A advertência é realizada através de audiência onde o Juiz 
da Vara da Infância e do Adolescente irá realizar a repreensão verbal ao menor na 
presença dos pais ou responsáveis que será reduzida a termo e assinada. 
Advertência será aplicada quando o menor infrator cometer um crime leve e 
que inexista violência contra a vítima e outro requisito é o menor ser primário. 
II – Obrigação de reparar o dano: (art,116 do ECA): é ressarcimento por parte 
do adolescente do dano ou prejuízo econômico causado à vítima. 
A obrigação de reparar o dano ocorre quando há dano patrimonial a vítima, 
sendo assim, é obrigação do infrator, dos pais ou responsáveis reparar o dano. Tal 
obrigação deverá ser acordada entre o menor infrator e a vítima na presença do juiz, 
podendo-se devolver o bem extraído ou acordar sua restituição em dinheiro. 
O entender do Liberati (1999, p. 84), é dessa forma: 
A medida de obrigação de reparar o dano deve ser imposta em procedimento 
contraditório, onde sejam assegurados ao adolescente os direitos 
constitucionais de ampla defesa, de igualdade processual, da presunção de 
inocência, com assistência técnica de advogado. 
 
III – Prestação de serviços à comunidade: (art,117 do ECA):é a realização 
de tarefas gratuitas e de interesses comunitário por parte do adolescente em conflito 
com a lei, durante período máximo de seis meses e oito horas por semana. 
Tais tarefas serão realizadas em escolas, hospitais, creches e etc. os serviços 
serão oferecidos com gratuidade no intuito de colocar os jovens em ações sociais para 
trazer-lhes mais empatia e consciência para com o próximo, sendo assim, beneficia o 
menor infrator e a sociedade que foi indiretamente afetada pelo mesmo. 
 
 
 
21 
O adolescente deve estar apto para o trabalho que lhe for sancionado, não 
podendo ultrapassar seis meses, sendo acompanhado por um profissional que irá 
fazer um relatório e encaminhar para o Juiz para que se note as melhoras do menor. 
IV – Liberdade assistida; (art,118 e 119 do ECA):acompanhamento, auxílio e 
orientação do adolescente em conflito com a lei por equipes multidisciplinares, por 
período mínimo de seis meses, objetivando oferecer atendimento nas diversas áreas 
de políticas públicas, como saúde, educação, cultura, esporte, lazer e 
profissionalização com vistas à sua promoção e de sua família, bem como inserção 
no mercado de trabalho. 
A sua aplicação será feita pelo Juiz colocando ao lado do menor uma pessoa 
apta para auxiliá-lo e inseri-lo novamente em sua família e na sociedade. Liberati 
(1999, p. 87), garante que “a medida tem ampla abrangência na linha de 
acompanhamento, auxílio e orientação ao adolescente, visando a sua perfeita 
integração familiar e comunitária”. 
V – Inserção em regime de semiliberdade: (art,120 do ECA):sem prazo fixo, 
mas com liberação compulsória aos 21 anos, o regime permite a realização de tarefas 
externas, sem precisar de autorização.; 
 Liberati (1999, p. 89) “por semiliberdade, como regime e política de 
atendimento, entende-se aquela medida socioeducativa destinada a adolescentes 
infratores que trabalham e estudam durante o dia e a noite recolhe-se em entidade 
especializada”. 
No Regime de semiliberdade o menor será recolhido em estabelecimento 
adequado e é estabelecida de duas maneiras que varia de acordo com o 
comportamento do menor infrator. 
Liberati (1999, p. 89), compreende a semiliberdade de duas maneiras, como: 
Existem dois tipos de semiliberdade; o primeiro é aquele tratamento tutelar 
determinado desde o início pela autoridade judiciária, através do devido 
processo legal, o segundo caracteriza-se pela progressão de regime, o 
adolescente internado é beneficiado com a mudança de regime, do internato 
para a semiliberdade. 
 
 
 
 
 
22 
VI – Internação em estabelecimento educacional; (art,121) esta medida tem 
caráter pedagógico, visando à reinserção do adolescente infrator ao meio familiar e 
comunitário, bem como o seu aprimoramento profissional. 
Art. 121. A internação constitui medida privativa de liberdade, sujeita aos 
princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de 
pessoa em desenvolvimento. 
§ 1º. Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe 
técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário. 
§ 2º. A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção 
ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis 
meses. 
§ 3º. Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três 
anos. 
§ 4º. Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente 
deverá ser liberado, colocado em regime de semiliberdade ou de liberdade 
assistida. 
§ 5º. A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade. 
 
A medida de socioeducativa de internação deverá ser executado no menor 
tempo possível, de acordo com o desenvolvimento do infrator, devendo ser realizada 
no mínimo em seis meses e no máximo em três anos, devendo o mesmo ser liberado 
obrigatoriamente aos 21 (vinte e um) anos. 
Sabendo que a internação é a medida mais complicada, visto a condição da 
pessoa em desenvolvimento dos jovens a mesma deve ser efetuada para que não 
traga constrangimento para os menores e que não abale a integridade física e psíquica 
dos jovens. 
Explana Liberati (1995, p. 92) que: 
Ao efetuar a contenção e a segurança dos infratores internos, as autoridades 
encarregadas não poderão, de forma alguma, praticar abusos ou submeter a 
vexame ou a constrangimento não autorizado por lei. Vale dizer que devem 
observar os direitos do adolescente privado de liberdade, alinhados no art. 
124. 
 
As medidas socioeducativas elencadas acima possuem o objetivo de 
ressocializar os jovens para que os mesmos consigam se reintegrar na sociedade, 
mas, mesmo com os avanços que temos para conquistar tais direitos ainda há muitas 
falhas na aplicação desses direitos, principalmente quando se fala na medida de 
internação pois a mesma é privativa de liberdade, afetando mais os jovens ao invés 
de ressocializá-los (CAVALIERI, 2017). 
 
 
 
23 
O motivo é a deficiência de recursos que o Estado dá para os “estabelecimentos 
adequados” que são conhecidos popularmente como “escola de criminosos” pelo 
simples fato de os jovens que cumprem a pena privativa de liberdade voltar a cometer 
crimes pois quando voltam para a sociedade são excluídos do mercado de trabalho e 
vistos pelas pessoas como marginais, sendo assim eles não têm espaço para se 
inserir na sociedade novamente e voltam a cometer crimes. 
 
2.4.3 Corrente Contrária à Redução da Maioridade 
A prisão de menores de idade em companhia de criminosos maiores, num 
sistema prisional assumidamente falido, contribuiria para aumentar a reincidência. A 
solução estaria no investimento efetivo e amplo em educação, bem como na aplicação 
adequada do Estatuto da Criança e do Adolescente, alterando-o, se o caso, para tratar 
com maior rigidez os crimes violentos. 
Segundo Masson (2008) os defensores desta posição acreditam que a 
redução da maioridade penal somente seria possível com o advento de uma nova 
Constituição Federal, oriunda do Poder Constituinte Originário, tendo em vista tratar-
se de cláusula pétrea implícita concernente ao direito fundamental do menor de 18 
anos, que não pode ser julgado, processado e condenado pela Justiça Comum 
Para a corrente contrária a redução da maioridade o indivíduo que possui idade 
inferior a dezoito anos, não possui uma capacidade plena de discernimento 
psicológico, a ponto de poder ser responsável por um crime. 
Na lição de Mirabete e Fabbrini (2011) não se pode negar que atualmente um 
jovem de 16 a 17 anos, independente do seio social, tenhaamplo conhecimento do 
mundo que o cerca, bem como condições de discernir acerca da ilicitude de seus atos, 
todavia, na opinião dos autores, reduzir a maioridade penal constituiria um retrocesso 
para a política penal e penitenciária brasileiras, além de promover a “promiscuidade” 
dos jovens com delinquentes contumazes. 
O ministro da justiça José Eduardo Cardozo, declarou ser contrário à redução 
da maioridade. “Qualquer projeto que reduza a maioridade penal, nos termos do que 
está hoje consagrado na Constituição Federal é inconstitucional, porque todos os 
https://jus.com.br/tudo/poder-constituinte
 
 
 
24 
direitos e garantias individuais consagrados na Constituição são cláusulas pétreas, ou 
seja, não podem ser modificados nem por emenda constitucional, (...) apenas com 
uma nova constituição”, disse ele, cuja opinião foi reforçada pela presidente Dilma 
Rousseff. 
Destarte, a corrente doutrinária contrária à redução da maioridade penal 
defende que a maioridade penal aos 18 (dezoito) anos não é causadora da situação 
de violência em nosso país, que a solução para a criminalidade e delinquência juvenil 
está na não aplicação eficaz do Estatuto da Criança e do Adolescente; conforme 
pontifica Mirabete (2007): 
A redução do limite de idade no direito penal comum representaria um 
retrocesso na política penal e penitenciário brasileiro e criaria a 
promiscuidade dos jovens com delinquentes contumazes. O ECA prevê, 
aliás, instrumentos eficazes para impedir a prática reiterada de atos ilícitos 
por pessoas com menos de 18 anos, sem os inconvenientes mencionados. 
 
Segundo essa corrente o Estatuto da Criança e do Adolescente é paternalista 
e por isso, proporciona uma excessiva proteção aos menores infratores, criando dessa 
forma uma situação de incredibilidade da sociedade em face da Justiça. 
Aquilo que seria absolutamente normal em uma ilha deserta, para um indivíduo 
isolado (apanhar frutas de qualquer árvore, apossar-se de tudo que lhe aprouvesse, 
destruir o que se lhe apresentasse como hostil ou desagradável, etc.), pode ser um 
grave crime na vida em sociedade. Ora, a criança é um ser inicialmente ilhado. Precisa 
ver e aprender para que possa “bem comportar-se” no interior da comunidade que 
brevemente irá impor-lhe desde a forma correta de mastigar, de vestir-se, até o modo 
de comportar-se perante as coisas e as pessoas. É, na verdade, um duro aprendizado 
esse de ter que conter apetites e impulsos naturais diante de certas regras ou normas 
de conduta impostas de fora. E não se deve esquecer que até mesmo os santos 
sucumbiram, por vezes no curso desse aprendizado, como nos revela Santo 
Agostinho no relato do furto das peras. Que dizer dos milhares de pequenos seres (a 
imensa maioria) não tão bem dotados ou predestinados? Não é nada fácil abandonar 
o mundo mágico e livre da infância para, passando pela puberdade, transformar-se 
no “homem razoável”(...) (TOLEDO, p. 320, 2008). 
Afirmam ainda que o sistema carcerário brasileiro vem sofrendo uma crise 
estrutural e funcional e que o crescimento da população carcerária é um problema que 
 
 
 
25 
a cada dia vem se agigantando, pois o aumento da criminalidade e consequentemente 
da violência vem aflorando a fragilidade das prisões brasileiras, no tocante às 
condições para cumprimento de penas privativas de liberdade, nesse sentido: 
O sistema penitenciário brasileiro está em crise. A ocorrência semanal de 
rebeliões e incidentes violentos indica que as prisões e delegacias não estão 
administradas de modo eficiente e que as autoridades não exercem controle 
total sobre essas instituições penais. Os condenados passam meses em 
condições de superlotação e falta de higiene nas carceragens das delegacias, 
sua transferência para penitenciárias adiada devido à falta de espaço, inércia 
da justiça ou corrupção. As condições de detenção existentes em numerosas 
prisões e delegacias brasileiras são pavorosas e equivalem a formas cruéis, 
desumanas e degradantes de tratamento e punição. Os internos correm o 
risco de contrair doenças potencialmente fatais, como a tuberculose e a AIDS, 
e os presos afetados não recebem tratamento adequado. Já ocorreram casos 
de morte sob custódia de presos paraplégicos devido à negligência médica. 
O pessoal é insuficiente e em muitos casos recorre-se a policiais armados em 
lugar de profissionais treinados para a função (MOURA, 2000, p. 351). 
 
Dessa forma a redução da maioridade penal serviria para agravar ainda mais o 
problema do sistema carcerário, constituindo-se no golpe fatídico ao sistema 
carcerário brasileiro. Sendo, portanto, descabido o raciocínio de que, o sistema 
prisional, mormente a sua estrutura e funcionamento nos dias de hoje, pudesse 
caracterizar-se como a solução punitiva inibidora dos crimes juvenis, pois, se o 
sistema prisional não recupera os adultos, quanto mais os menores. 
 Segundo o disposto no artigo 227, parágrafo 3º, inciso V, a proteção especial 
abrange: "obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer 
medida privativa da liberdade"; ressalte-se que a privação de liberdade é prevista de 
forma explícita neste dispositivo Constitucional. 
Importa alinhavar que Toledo (2008) justifica seu posicionamento com base nos 
ideais acima mencionados, sob o argumento de que o menor deve ser tratado de 
modo especial, mediante legislação especial. Caso essa legislação esteja carecendo 
de atualização ou apresentando deficiências, o ideal é buscar aprimorá-la e não 
necessariamente reduzirem-se os limites de idade penal, tendo em vista as 
reconhecidas falhas do sistema penitenciário. 
 
 
 
 
 
26 
2.4.4 Corrente Favorável à Redução da Maioridade 
 
Alguns autores defendem que deveria haver uma maior flexibilidade para o 
limite da maioridade penal, como considerar várias faixas etárias, como etapas 
progressivas de imputabilidade, conforme Bentivoglio (1998): 
A criação de outras faixas de responsabilização penal, capaz, de par e passo, 
conscientizar a sociedade e seus membros de que cada violação da norma 
penal corresponde a uma sanção, ainda que atentando-se para as 
características etárias do violador. “Trata-se, como se vê, da chamada 
imputação mitigada”, adotada entre outras, pela legislação penal Italiana... 
(Bentivoglio, 1998). 
 
A real finalidade da redução da maioridade penal é evitar à impunidade e dar 
uma resposta satisfatória as famílias de vítimas de crimes tidos como hediondos e 
permanecem impunes pelo fato de terrem sido praticados por adolescentes. 
De acordo com Masson (2008), os adeptos desta posição acreditam que uma 
emenda constitucional seria uma medida suficientemente capaz de reduzir a 
maioridade penal, em razão de não ser cláusula pétrea, mas sim uma norma 
constitucional inserida no capítulo inerente a família, a criança, ao adolescente e ao 
idoso. 
No entanto, não se olvida da necessidade de que as penas sejam executadas 
em estabelecimentos carcerários especiais, separados e qualificados de acordo com 
a idade e periculosidade do agente; onde possam ser reeducados, alfabetizados e 
possam receber uma formação profissional, nesse sentido ainda temos Bentivoglio 
(1998): 
Dar ao adolescente, ainda não inteiramente formado, tratamento símile ao do 
infrator adulto viola a realidade científica e não traz, em mesmo a sociedade 
a sociedade, qualquer vantagem evidente. “A adoção, por outro lado, da 
responsabilidade mitigada" evita que crianças e adolescentes infratores 
sejam colocados todos na mesma vala, como inimputáveis absolutos, às 
vezes, convivendo dentro da mesma instituição. 
 
Assim, em caso de tais disposições não serem cumpridas, estabelecer 
punições de caráter tributário, administrativo, e mesmo penal, para os Estados, os 
entes públicos e as pessoas que fossem incumbidas da execução de penas para os 
 
 
 
27 
sentenciadosna faixa etária em causa. 
Argumentam que a redução da maioridade penal não consiste em vingança 
repressiva, mas sim, de um aspecto contributivo e preventivo, à medida que se insere 
positivamente no combate aos anseios relacionados à violência e insegurança social. 
 
Segundo Reale (1990): 
Tendo o agente ciência de sua impunidade, está dando justo motivo à 
imperiosa mudança na idade limite da imputabilidade penal, que deve 
efetivamente começar aos dezesseis anos, inclusive, devido à precocidade 
da consciência delitual resultante dos acelerados processos de comunicação 
que caracterizam nosso tempo. 
 
Assim, para os defensores da redução da maioridade penal não se necessita 
de uma capacidade de discernimento elevada para se compreender quais condutas 
são proibidas e quais condutas são permitidas. 
Para Greco (2011) apesar de a maioridade penal estar contida no texto 
constitucional, nada impede que havendo vontade política, esta seja reduzida, tendo 
em vista que o aludido art.228 não se encontra entre os dispositivos considerados 
irreformáveis, não se adaptando ao rol de cláusulas pétreas, dessa forma, o autor 
alerta que a única implicação prática da inserção da inimputabilidade penal no texto 
da Carta Maior, é que somente mediante um procedimento qualificado de emenda, 
poderá ocorrer a redução da maioridade penal, tornando-se impraticável essa redução 
por meio de lei ordinária. 
Na opinião de Nucci (2011) os jovens da atualidade não são os mesmos do 
início do século, razão pela qual, torna-se desnecessário tratá-los como pessoas que 
não têm noção do caráter ilícito do que fazem ou deixam de fazer, por isso, a redução 
é uma imposição natural, podendo ocorrer igualmente como em outros países, o 
estabelecimento de uma separação no local de cumprimento de pena para os maiores 
de 18 anos e para os menores que forem considerados imputáveis. 
 
 
 
https://jus.com.br/tudo/separacao
 
 
 
28 
 
 CONCLUSÃO 
 
Em um país que sempre ocorreram problemas na sociedade, onde muitas 
crianças e adolescentes nunca tiveram a oportunidade de uma educação adequada 
para o enfrentamento de todos os desafios que a vida dispõe. Mesmo assim, a 
redução da maioridade seria uma saída de emergência para este cenário nacional. 
Com isso, essa prática é recorrente no mundo e toda vez que um menor de idade 
pratica um ato infracional com crueldade, é transformado e não é penalizado da forma 
correta. 
Muitas pessoas acreditam que na redução da menoridade penal, seja a 
maneira mais eficaz e capaz de diminuir o índice da violência que está presente na 
sociedade, o que de fato sabe-se que não é o caminho. Entretanto, o aumento da 
criminalidade infanto-juvenil vem elevando-se até os dias de hoje e cada vez mais 
recruta maior número de menores, faz com que a maioridade penal seja o foco de 
grandes polêmicas e discussões na sociedade, sobretudo no meio jurídico. 
Todas a medidas são tomadas, sempre impulsionadas pelos fatos e 
acontecimentos, pela falta de transparência com a população e pelo sensacionalismo 
da mídia, faz com que se enxergue o problema de outra maneira. Se, no lugar de olhar 
por esse ângulo começarmos a entender que a sociedade civil organizada e as 
entidades governamentais. 
A redução da maioridade penal, diante do que foi demonstrado nesse artigo, 
transparece um avanço em seu marco histórico e certamente teria diversos benefícios 
como satisfação de sentimento de impunidade que a sociedade enfrenta diariamente 
nas grandes cidades. 
Desta forma, se teria uma redução de nos índices de criminalidade, sabendo 
que o menor apesar de muitas vezes não ter tido oportunidades, deve ser punido com 
o rigor da lei. 
 
 
 
 
 
29 
 
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Edição. São Paulo: Saraiva, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/maioridade-penal/#:~:text=Conforme%20o%20artigo%20228%20da,Lei%20n%C2%BA%208.069%2F90
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/maioridade-penal/#:~:text=Conforme%20o%20artigo%20228%20da,Lei%20n%C2%BA%208.069%2F90https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-penal/maioridade-penal/#:~:text=Conforme%20o%20artigo%20228%20da,Lei%20n%C2%BA%208.069%2F90
 
 
 
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	FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE PERNAMBUCO- FCHPE

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