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EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Cap. 4 – aula #12 Tema: análise de volume de controle para referenciais não inerciais (NI) Esta aula trata de acelerações não-inerciais retilíneas (não há efeitos de rotação). A correção a ser feita na eq. Q. movimento é adicionar a força correspondente à aceleração linear do ref. NI em relação ao ref. Inercial. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa O que é um Ref. Não Inercial? Um referencial é inercial, I se ele não tiver aceleração em relação a um referencial ‘estacionário’. Um referencial NI é aquele que pode apresentar aceleração linear, angular, centrífuga ou de coriolis em relação a um referencial ‘estacionário’ Exemplos de referencial NI e I: 1. NI - ref. seguindo VC que acelera em relação ref. Estacionário; 2. NI - ref. seguindo VC que descreve um arco de curva; 3. I - ref. seguindo VC que se desloca com velocidade constante em relação a um ref. estacionário . EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A 2a Lei de Newton Para um referencial NI é necessário relacionar a aceleração do referencial NI (xy) a um referencial estacionário (XY); sistema ext XY d mV F dt sistema ext rel xy d mV F m a dt A variação de quantidade de movimento de um sistema é igual a somatória das forças externas para referencial Inercial. • O termo arel é a aceleração relativa do ref. NI em relação ao ref. Inercial, e m é a massa do V.C. NI. • Arel tem sinal ( - ) porque m.arel somado ao termo d(mV)/dt do ref. NI resulta na variação de momento medida de um referencial Inercial! EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Posição Relativa Relação entre a posição do sistema medida do ref. Inercial e do ref. NI O problema fundamental é estabelecer a aceleração relativa, arel, do referencial NI a um referencial inercial. Iniciando com a posição relativa do sistema ao ref Inercial e NI: X Y Z y x z R P r sistema Notação p/ ref. Inercial e NI: (xy) ref. NI (XY) ref. Inercial P – posição sistema ref. Inercial R – posição ref. NI r – posição sistema ref. NI P R r EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Movimento Relativo (sem rotação) A velocidade do ref. (XY) é dada pela soma das taxas de variação no tempo do vetor posição: X Y Z y x z R P r sistema dP dR dr dt dt dt XY ref xy V V V - Vel. medida do ref. (XY) = VXY - Vel. do ref. (xy) em relação ref. (XY) Vref - Vel. medida do ref. (xy) = Vxy EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Aceleração linear: inercial x não-inercial A aceleração do ref. (XY) é obtida derivando-se o vetor velocidade: xyrefXY dVdVdV dt dt dt Aceleração do sistema medida ref. (XY) Inercial XY a Aceleração do sistema medida no ref (xy) NI xy a Aceleração do ref . (xy) em relação ao ref. (XY) 2 2 d R dt= + rel a Note que: XY rel xy a = a a No Apêndice I há uma dedução geral da aceleração inercial envolvendo a rotação do referencial. Este conteúdo está fora da ementa deste curso. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. da Massa? Nada muda! Para equação da massa o que conta é a velocidade relativa da fronteira, Vr = Vf – Vb, que não depende se o referencial é inercial ou NI. r sys V.C. S.C. dM d d n V dA 0 dt dt EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. Q. Movimento N.I. ? O vetor velocidade, Vxy, possui o subscrito ‘xy’ para indicar que o vetor é medido a partir do referencial (xyz): r CAMPO SUP MEC rel V.C. S. xy V C x C. . . y d V d V n V dA F F F a d dt xy xy xy r sist. V.C. S.C. d d a d V d V n V dA dt dt A aceleração do sistema medida do ref. NI está relacionada c/ o T.T.R.: Foi visto que: , Pergunta: onde está o termo axyz na equação acima? XY rel xy a = a a A equação q. movimento para o ref. NI possui um termo a mais devido a aceleração relativa entre os referenciais. Lembre que a aceleração ref. NI em relação ao ref. Inercial é dada por: Os termos Fcampo, Fsup e Fmec são forças externas conhecidas ou modelas a partir de um ref. Inercial. 2 2 rel a d R dt EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Aplicações para referenciais N.I. com aceleração linear d2R/dt2 EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Projeto: foguete de água (water rocket) Os foguetes propelidos por ar comprimido e água ou ‘foguetes de água’ são populares no ensino de física do 2º grau. O estágio de aceleração dura até a água armazenada acabar que por sua vez, depende pressão do ar , do bocal e e dos volumes de ar e água armazenados . Componentes: uma garrafa pet de 2L, um bocal com 1,3 cm diâmetro e uma pressão constante, por exemplo 5 Bar e água. Neste cenário tem que considerar que Vj não é constante e que a pressão do ar varia a medida que a água é descarregada. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 1 – Um foguete movido a ar comprimido que empurra uma coluna de água com massa inicial M0 descarrega uma vazão de água m com velocidade Vj constante, relativa ao bocal do foguete com área Aj. A velocidade do foguete é U e varia com o tempo. Determine: i) A expressão para aceleração do foguete, dU/dt; ii) A expressão para U(t) Considere o deslocamento na vertical apenas. Faça uma pesquisa na web sobre: water rockets Assista: October Sky . M0.g/m.Vj=1,0 M0.g/m.Vj=0,1 . Comentário 2 – t < porque mesmo quando acabar a água há ainda o peso da fuselagem do foguete. Sem o peso fuselagem quando t = , U/Vj Comentário 1- quanto menor M0g/mVj maior é a velocidade U porém, mais rápido termina a água. Determinar qual a maior altitude é outro problema! y x X Y Resposta: xz r j j 0 j 0 0 0 j j v v V ; vel. medida ref. (xz) dU -V m M m t g dt mV M m t gdU i aceleração dt M m t U 1 g t ii Ln t < M m V 1 t V ; https://www.google.com.br/search?q=water+rockets&espv=2&biw=1680&bih=920&tbm=isch&imgil=HSejZBiJAc-mBM:;NoRzIBc4wrWRKM;http://odditymall.com/water-bottle-rocket-kit&source=iu&pf=m&fir=HSejZBiJAc-mBM:,NoRzIBc4wrWR https://pt.wikipedia.org/wiki/October_Sky EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Desafio – Considere um foguete de água uma garrafa pet de 2L de volume, um dado bocal e uma pressão de ar de 10 atm manométrico. Determine o volume de água na garrafa que vai gerar uma altura máxima. Quanto mais volume de água mais tempo ele terá empuxo e provavelmente mais alto ele pode atingir. Por outro lado quanto mais volume água ele tem maior é o peso e menor é a aceleração. Quem empurra a água é o ar. Se o volume de ar for pequeno uma pequena variação de volume pode causar uma despressurização de forma que o jato de água terá uma quantidade de movimento menor e consequentemente atingirá uma altura menor. Este é um problema típico de otimização onde há mecanismos opostos e se procura um ponto ótimo! Problema de otimização foguete de água EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 2 – O tanque pode movimentar ao longo de uma pista horizontal com resistência desprezível. Ele é acelerado do repouso, U(0) = 0, por um jato líquido com vel. V que se choca contra uma parede curva e é defletido para dentro do tanque. A massa inicial do tanque é M0. (i) Aplique as equações da massa e da q. movimento para mostrar que, em qualquer instante, a massa do veículo mais a do líquido no seu interior é M(t) = M0V/(V – U). Dica: Como V é constante use, dU = -d(V-U). (ii) Obtenha uma expressão geral para U/V em função do tempo. X Y x y Referencial (x,y) deslocando-se com U(t) S.C. 0 M t M m dt m V U A 0 2 22 dM Eq. Massa: m e m (V U)A dt dU Eq. Q. Mov: m(V U) M dt Substitu M t M V / V – U na eq. Q. Mov. chega-se a: 1 in 1 1 2 A V do a identidade V M V1 U V 2 2 1 VA 1 2 t; M1 U V 1 M 1 U V ; onde 1 2 t VA U 1 1 V 1 2 t Desenvolvendo a eq. movimento EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 3 - O carro de massa M parte do repouso propelido pelo jato (Vj, Aj e ). O jato atinge o carro em (1) e é defletido num ângulo de 180 o em (2). i) Determine a velocidade U(t) e a aceleração. ii) Inclua o arrasto aerodinâmico D = kU2 e encontre uma expressão a velocidade terminal do carro, isto é, quando dU/dt = 0. Respostas: na S.C. não atua P, e g, não há arrasto i) (Vj-U){.[- (Vj-U)]Aj}+[- (Vj-U){+(Vj-U)]Aj}= - MdU/dt ou 2. (Vj-U) Aj = MdU/dt eq. q. mov. simplificada Integrando a EDO: ii) U/Vj = t*/(1+t*) onde t* =t/ e = (M/2)/(AjVj) Com arrasto e sem dU/dt a velocidade terminal é: iii) U = Vj/{1+[K/(2 Aj)]^0,5} 1. S.C. não deformável, Vb =0, mas S.C. desloca com velocidade U(t); 2. A vel. relativa na S.C. é a mesma nos dois referenciais. Veja filme Mithbusters Vabs U(t) M Vj Aj X Z S.C. 1 2 U x z Vel. relativas na S.C. Vr1= (Vj - U).n<0 e Vr2= +(Vj - U).n > 0 Vel. medida do ref. (xy): V1 = (V j- U) > 0 e V2= - (Vj - U) < 0 Vel. medida ref. (XY): VXY = Vxy+U V1= +(Vj- U) +U = Vj >0 e V2= -(Vj-U) + U = 2U-Vj Ex. semelhantes: 118, 119, 120, 122, 123, 124, 125, 130, 131 e 133 U Vj https://www.youtube.com/watch?v=BLuI118nhzc EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 3 cont.– O enunciado é o mesmo, porém use uma S.C. estacionária. Mostre que chega-se a mesma solução de U do exemplo anterior usando a eq. q. movimento, com referencial inercial com fronteiras fixas. UM Vj Aj X Z S.C. estacionária 1 2 UM Vj Aj X Z 1 2 S.C. estacionária Carro no instante t1, Carro no instante t2 > t1 EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 4 – Um carro c/ massa inicial M0 é feito por um tubo de área A com comprimento horizontal L. Água preenche o comprimento L e a altura h0. Na extremidade tem uma válvula de abertura rápida. i) Determine a equação para movimento do carro ao abrir a válvula. ii) Faça uma análise do movimento considerando que após os instantes iniciais de abertura da válvula o nível de água varia linearmente com o tempo (observação experimental) x 2 V 0 22 02 d dh dh dU Resposta : AL A M(t). dt dt dt dt d h dh dU dh AL A M(t). onde M(t) M A d Observ t e que dh / dt 0 porque o nivel diminui!Apos inst dt ant d e tdt s iniciais, dh/dt = constante e dU/dt < 0, carro desloca p/ esquerda! V L h(t) h0 Y X y x U A solução deste problema necessita do acoplamento com a equação da energia para poder resolver h(t) e U(t). EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo 5 – A aceleração do exemplo (3) é dada por: V L h(t) h0 Resposta: MdU/dt = ALd2h/dt2 22 2 d h dh dU AL A M(t). dt dtdt Se a descarga passa a ser na vertical, como indicado na figura, qual termo do lado direito da equação acima tem que ser deletado? Dica: identifique a origem dos termos na formulação 22 2 dU d h dh M(t). AL A dt dtdt Fluxo q. mov. que cruza S.C. na dir. x, Aceleração dentro do V.C. na dir. x EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exercícios recomendados (1) Assume incompressible flow, neglect friction, and derive a differential equation for dV/dt when the stopper is opened. Consider D<< h and D << L . Hint: Combine two control volumes, one for each leg of the tube. (2) According to Torricelli’s theorem, the velocity of a fluid draining from a hole in a tank is V (2gh)1/2, where h is the depth of water above the hole. Let the hole have area Ao and the cylindrical tank have cross section area Ab >> Ao. Derive a formula for the time to drain the tank completely from an initial depth ho. Hint: If the orifice is much smaller than the tank implies that the level change slowly. Under this scenario one can consider a ‘quasi steady state’ and the use of Torricelli applies. (3) Um carrinho, com uma pá defletora fixa, está livre para rolar sobre uma superfície nivelada. A massa do conjunto carrinho/pá é M = 5 kg e sua velocidade inicial é U0 = 5 m/s. Em t = 0, a pá é atingida por um jato de água em sentido oposto ao movimento do carrinho, conforme mostrado. Despreze quaisquer forças externas decorrentes de resistência do ar e de rolamento. Determine a velocidade do jato V requerida para levar o carrinho ao repouso em (a) 1 s e (b) 2 s. Em cada caso, encontre a distância total percorrida. 2 o 0 0 b Ah g 1 t h 2h A EM 461 – Prof. Eugênio Rosa (4) Um veículo foguete, pesando 44.500 N e viajando a 960 km/h, deve ser freado pelo abaixamento de uma concha para dentro de um reservatório de água. A concha tem 150 mm de largura. Determine o tempo necessário (após o abaixamento da concha até uma profundidade de 75 mm na água), para reduzir a velocidade do veículo a 32 km/L. Trace um gráfico da velocidade do veículo em função do tempo. Acesse veja a história de John Strapp que pilotou um carro foguete similar: http://en.wikipedia.org/wiki/John_Stapp (5) Um jato vertical de água atinge um disco horizontal conforme mostrado. O peso do disco é igual a 30 kg. No instante em que o disco encontrasse a 3 m acima da saída do bocal, o seu movimento é para cima com velocidade U = 5 m/s. Calcule a aceleração vertical do disco nesse instante. http://en.wikipedia.org/wiki/John_Stapp EM 461 – Prof. Eugênio Rosa FIM EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Apêndice I ) – Tópico extra (não está na ementa do curso) Assunto: Análise de volume de controle para referenciais não inerciais (NI): aceleração de translação entre referenciais e efeito de rotação do referencial (NI) EM 461 – Prof. Eugênio Rosa O que é um Ref. Não Inercial? Um referencial é inercial se ele não tiver aceleração em relação a um referencial ‘estacionário’. Um referencial NI é aquele que pode apresentar aceleração linear, angular, centrífuga ou de coriolis em relação a um referencial ‘estacionário’ Exemplos de referencial NI e I: 1. ref. seguindo VC que acelera em relação ref. estacionário 2. ref. seguindo VC que descreve um arco de curva 3. ref. Seguindo VC que se desloca com velocidade constante em relação a um ref. Estacionário , este é Inercial! EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A 2a Lei de Newton Para um referencial NI é necessário relacionar a aceleração do referencial NI (xyz) a um referencial estacionário (XYZ); sistema ext XYZ d mV F dt sistema ext rel xyz d mV F m a dt A variação de quantidade de movimento de um sistema é igual a somatória das forças externas desde que o referencial seja Inercial. De tal modo que a soma entre o 1o e 3o termos da equação equivale a força medida do referencial inercial. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Conteúdo desta Aula Nesta aula será dado enfoque ao efeito de rotação do referencial NI. Considera-se inicialmente que não há aceleração de translação entre referenciais. Este efeito foi estudado aula passada! Ao final da análise do efeito de rotação será acrescentado o termo d2R/dt2. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Posição Considere: (Z,Y,Z) referencial FIXO ou inercial (x,y,z) referencial não inercial, NI (girando e transladando) A posição do sistema, ponto P, é definida por: X Y Z y x z R r’ r w sistema r` R r P EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Relações entre velocidades A velocidade absoluta, ref (XYZ), é dada pela soma de: velocidade de translação do ref. (xyz) -> dR/dt velocidade de translação sistema em relação ao ref (xyz) -> dr/dt velocidade de rotação do ref (xyz) -> wxr X Y Z y x z R r’ r w sistema dr` dR dr r dt dt dt w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa O efeito de rotação do ref. NI (x,y,z) Considere que R não varia com o tempo, o ref. NI somente gira com w. Neste caso especial,a vel. ref. FIXO e NI estão relacionadas por: X Y Z y x z R r’ r w sistema NIFIXO dr` dr r dt dt w Note que r’ = R + r porém dr’/dt = dr/dt uma vez que R é constante, logo: FIXO NI dr dr r dt dt w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa As relações entre velocidades Vel. ref. FIXO,-------------------------------- Vel. translação do ref. NI------------------ Vel. rel. . eixos rotativos, ref. NI --------- Vel. angular dos eixos rotativos--------- Vel. devido a rotação dos eixos--------- XYZ Re f xyz V dr` dt V dR dt V dr dt r w w XYZ Ref xyz 0 componentes associadas a rotacao do referencial V V V r w w X Y Z y x z R r’ r w sistema EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Relação entre derivadas para sistemas com rotação •Para um sistema sem deslocamento linear, dR/dt =0 então a relação das velocidades passa a ser: NIFIXO dr` dr r dt dt w • A expressão é generalizada para qualquer vetor q que relaciona a medida do ref. Inercial com aquela do ref. Não Inercial, I NI dq dq q dt dt w • O vetor q pode variar o módulo e/ou direção p/ causar um dq/dt. O 1º e 2º termos aplicam-se ao módulo e direção. • Veja mais detalhes em Classical Dynamics, 5th ed, Thornton and Mario, Thomson books EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Cálculo da aceleração As derivadas dos termos associados à rotação do referencial são calculados pela relação: I NI dq dq q dt dt w xyzXYZ rf II I I dVdV dV d r dt dt dt dt w xyz I II d r d dr d q r r V r dt dt dt dt w w w w w w xyz xyz xyz xyz xyz I NI dV dV dV q + V = + V dt dt dt w w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A 2ª lei de Newton F = ma é válida somente para um referencial FIXO: FIXO NI dq dt dq dt q w xyzXYZ Ref FIXO FIXO FIXO FIXO dVdV dV d r dt dt dt dt w FIXO xyzXYZ Ref xyz xyz FIXO FIXO NI dr dt dVdV dV d V r V r dt dt dt dt w w w w 2 XYZ xyz xyz2 d R d a a r r 2 V dtdt w w w w A taxa de variação de um vetor entre referenciais é dada pela relação EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A aceleração Inercial é composta por duas parcelas: (1) acel. linear do sistema medida do referencial N.I. (2) termo de aceleração relativa, arel: XYZ xyz rel a a a Aceleração Inercial x Não-Inercial 2 rel xyz2 aceleracao devido rotacao referencial NI d R d a r r 2 V dtdt w w w w O termo (1) é simplesmente a aceleração medida do referencial N.I. Se o referencial estiver com velocidade linear constante então aXYZ = axyz O termo (2) compõe com a axyz a aceleração inercial! Ele tem duas parcelas: (i) aceleração linear do referencial e (ii) aceleração devido a rotação do referencial: EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. da Massa? Nada muda! Lembre-se porém que pode ser mais simples de realizar a análise a partir do referencial inercial móvel (xyz). r sys V.C. S.C dM d d n V dA 0 dt dt EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Como fica a Eq. da Q. Movimento? As velocidades são medidas do referencial (xyz), onde a aceleração relativa, arel na sua forma mais geral é, xyz r xyz CAMPO SUP MEC rel V.C. S.C. V.C. d V d n V V dA F F F a d dt 2 rel xyz2 d R d a r 2 V r dt dt w w w w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Casos Especiais de arel 2. Sistemas Não-Inerciais com deslocamento linear apenas (w = 0): 1. Sistemas Não-Inerciais caso Geral: rel 2 XYZ xyz xyz2 a d R d a a r r 2 V dtdt w w w w 3. Sistemas Não-Inerciais com rotação constante apenas: rel xyza 2 V r w w w 2 2 rela d R dt EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Alguns devaneios sobre os efeitos do termo de aceleração de Coriolis… EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A aceleração de Coriolis Enquanto que os termos de aceleração retilínea, rotação e centrífugo são relativamente familiares aos alunos, o mesmo não é verdade para o termo de Coriolis! O termo de Coriolis faz surgir uma força perpendicular ao plano definido pelos vetores velocidade e rotação 2w V 2 V w . . Filme 1 Filme 2 Link you tube Link you tube The_Coriolis_Force.avi Visualization_of_the_Coriolis_and_centrifugal_forces.avi https://www.youtube.com/watch?v=_36MiCUS1ro https://www.youtube.com/watch?v=49JwbrXcPjc EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Efeito da rotação da terra no movimento de um pendulo - Foucalt Assista animação: Link you tube Veja demonstração do pendulo de Foucalt no Pantheon em Paris Veja vídeo do pendulo no Pantheon: https://www.youtube.com/watch?v=59phxpjaefA https://www.youtube.com/watch?v=49JwbrXcPjc https://www.youtube.com/watch?v=59phxpjaefA EM 461 – Prof. Eugênio Rosa A aceleração de Coriolis Um jato de líquido num vaso cilíndrico sem e com rotação descreverá trajetórias diferentes devido ao termo de Coriolis (caso equivalente ao carousel) Sem rotação: trajetória retilínea Com rotação: trajetória curva, para referencial que se move com o vaso 2w V 2w V 2 V w Vista lateral tanque, fluido em rotação de corpo rígido Assita ‘Rotating Flows’ (Shapiro) at 3’20 http://www.youtube.com/watch?v=Ans3tnvMyTk&list=PL0EC6527BE871ABA3&index=19&feature=plpp_video EM 461 – Prof. Eugênio Rosa APLICAÇÃO EM ESTÁTICA DOS FLUIDOS Estática dos Fluidos trata do estado de forças atuantes no fluido na ausência de movimento relativo entre as partículas. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Exemplo: Superfície livre em rotação de corpo rígido 2 2 ˆa= r a rr p g a 0; ˆg gk O grad pressão: p gk rr Isobáricas são ortogonais ao gradP! rela r EM 461 – Prof. Eugênio Rosa APLICAÇÃO EM MÁQUINAS DE FLUXO RADIAL BERNOULLI MODIFICADO Máquinas de fluxo radial referem-se a bombas e compressores que operam pela ação da força centrífuga para gerar um campo de pressão... EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Turbomachines Demour’s centrifugal pump - 1730 EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Representação esquemática de um tubo de corrente cujo eixo de rotação é paralelo ao eixo Z. Observador registra um fluxo de massa e Q.M. radiais! S é a direção tangente ao vetor velocidade V, que é paralela a direção radial. O elemento de área é A, a vazão mássica é m que cruza A s n s A A V V A m V A x y w rel xyza 2 V r w w w 2 n s Q a = 2 e a r A w w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Equação Integral dir. S (radial) s 2 s r s s C.S. C.S. C.V. C.V. a V n V dA n P dA g d r d w Hipóteses: Plano XY, tubo de corrente na direção radial Escoamento incompressível, r = constante; Escoamento sem atrito, m = 0; Escoamento em regime permanente; Observe que os três primeiros termos resultam, para um V.C. infinitezimal, a equação de Bernoulli. Nesta formulação há um termo extra: a aceleração relativa do referencial na direção radial. Reconhecendo que: dV = Adr 2 22 2 2 2 0 2 2 2 2 S SV Vr rP gz P gz C w w EM 461 – Prof. Eugênio Rosa ou Utilizando Bernoulli pode-se relacionar a pressão entre a entrada e saída de um rotor centrífugo: 2 2 2 2 2 2 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 n nV P r V P rw w 2 2 2 2 21 1 2 1 2 12 2 2 2 1 1 2 2 21 2 12 1 2 1 0 2 2 1 2 2 n n v v V A P P r r A mas V Q A entao P c Q c A onde c = e c r r A A w w w w Para um escoamento ‘ideal’, o efeito de rotação causa um aumento de pressão proporcional a diferençados quadrados dos raios de entrada e saída EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Demour’s centrifugal pump - 1730 2 2 2 22 2 3 2 32 3 1 0 2 2 V A P P R A w Isto deve ocorrer pq a bomba faz sucção do líquido somente se P2 < Patm! Se o tubo descarrega para atmosfera, P3=Patm então P2 está abaixo da atmosfera. Bernoulli entre (2) e (3) h R 2 3 g 1 Bernoulli entre (1) e (3) atm 3atm 1 1 2 2 2 2 1 1 1 3 3 3 3 P z hP z 0 V 0 1 1 1 P V gz P V gz R 2 2 2 w 2 2 2 3 3 1 1 V gh R 0 2 2 w Relação entre elevação x vazão em função da rotação: h V w1 w2 > w1 Parabolas EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Escoamento Secundário em Canal com Rotação devido a força de Coriolis w v -2wxV Assista filme ‘Secondary Flow’ Shapiro - Escoamento secundário devido ao termo Coriolis - w vX https://www.youtube.com/watch?v=yDw_7UIGCOo EM 461 – Prof. Eugênio Rosa FIM EM 461 – Prof. Eugênio Rosa EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Teste aula #11 – Questão 1. (10 pts) A equação diferencial que descreve a relação entre a aceleração do carro, dU/dt e os parâmetros: Aj, , MC, ML,0 é: U M0 Vj Aj Ref N.I. Z X R. Inercial O carro parte do repouso propelido pelo jato horizontal (Aj e ) líquido que sai de seu reservatório a Vj constante medido do ref. N.I.. A pista é horizontal e não há atrito nas rodas nem resistência do ar ao movimento. A massa inicial de líquido é ML,0 e a massa do carro é MC . Considere que a massa total varia no tempo: M(t) = MC+ML,0 –m.t, onde m= (VjAj). S.C. EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Teste aula #11 Assinale a alternativa correta 1. ( ) a ( ) b ( ) c ( ) d ( ) e Alternativas questão (1) j j c L,0 j j j c L,0 j j j c L,0 j j j c L,0 j m V M M m t dU dt (a) m V M M m t dU dt (b) m V U M M m t dU dt (c) m V U M M m t dU dt (d) n.d.a (e) EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Teste aula #11 Gabarito 1) ( ) a (X) b ( ) c ( ) d Respostas: Tempo tmax = MC/m e m =(VjAj) Acel. dU/dt = mVj/[Mc+ML,0 - m.t] U/Vj = Ln[1-(t/tmax] EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Ex. 4.121 – O carro parte do repouso propelido pelo jato horizontal (Vj, Aj e ) líquido que sai de seu reservatório a velocidade constante. A pista é horizontal e não há atrito nas rodas nem resistência do ar ao movimento. A massa inicial de líquido é ML,0 e a massa do carro é MC, considere que a massa total varia no tempo: M(t) = MC + ML,0 – m.t. Determine: o tempo duração do jato, dU/dt e U em função do tempo . Respostas: Tempo tmax = MC/m e m =(VjAj) Acel. dU/dt = mVj/[Mc+ML,0 - m.t] U/Vj = Ln[1-(t/tmax] Obs.: Vj é a velocidade do jato para um observador que se move com o carro U M0 Vj Aj Ref N.I. Z X R. Inercial EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Porque os furacões no hemisfério N giram no sentido anti-horário e no S no sentido horário? Ciclone em Sta. Catarina, 2004 Sentido: horário Ciclone Fran, golfo do México, 1996 Sentido: anti- horário EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Estrutura do Furacão (Hurricane) Próximo ao solo, devido a rotação das massas, é criado uma região de baixa pressão que faz com que a atmosfera seja succionada em direção ao ‘olho’ EM 461 – Prof. Eugênio Rosa Hemisfério Norte O produto vetorial entre a velocidade e a rotação do planeta que produzem o sentido da rotação. Veja também efeito rotação na trajetória de foguetes, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vL1eXdVjN74 Vxyz w w,N 2w V Vista lateral (1) 2 V w 2w V V2 V w 2 V w Sentido: anti- horário https://www.youtube.com/watch?v=vL1eXdVjN74
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