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Eletrocardiograma - noções básicas

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53
Eletroc#diograma 
Introdução 
- O coração é constituído por um músculo estriado 
cardíaco com fibras constituídas por numerosas células 
musculares cardíacas, que são mantidas juntas pelos 
desmossomos e interdigitações, constituindo um 
sistema de baixa resistência a corrente elétrica --> 
sincício funcional 
- Além disso, o coração possui 2 tipos celulares: 
- Células musculares: responsáveis pela 
contratilidade, desempenhando o trabalho 
mecânico, e constituídas por: núcleo, estrias 
musculares e discos intercalares 
- Células especializadas: responsáveis pela produção 
e propagação do impulso elétrico, e sendo 
constituídas por: núcleo, poucas estrias 
musculares e discos intercalares 
- E a condução do impulso? Como ela funciona? 
- Nó sinusial --> feixes internodais --> nó 
atrioventricular --> feixe de His --> ramo direito 
--> ramo esquerdo, fascículo ântero-superior e 
póstero-inferior --> rede de Purkinge 
Eletrofisiologia da célula muscular 
cardíaca 
- Para as células funcionarem, precisam do potencial de 
repouso (diferença entre as concentrações dos íons) 
- Os k+ tendem a sair, deixando o meio intracelular 
eletricamente negativo --> o equilíbrio entre as forças 
determinam uma diferença de potencial de -90mv, que 
é o valor do potencial de repouso, que deixa a célula 
polarizada 
- Se receber um estímulo elétrico, ocorre a 
despolarização, pois diminui a resistência elétrica e 
aumenta a permeabilidade ao Na+ (canais rápidos se 
abrem) e Ca++ (canais lentos se abrem e gera o platô 
e a contração) --> essa variação de potencial é 
chamada de potencial de ação 
- E a repolarização? Ela ocorre com a saída de K+ 
- Ou seja, nas células musculares: 
- Fase 0: estrada rápida de Na+ 
- Fase 1: cessação da entrada de sódio, 
saída de K+, entrada de Cl- 
- Fase 2: saída de K+, entrada de Ca++ 
- Fase 3: somente saída de K+ 
- Fase 4: bomba de Na/K, saída de Ca+
+ 
- E nas células especializadas? 
- Menor amplitude 
- Menor velocidade de ascensão 
da fase 0 
- Ausência de fase platô 
- Fase 4 com inclinação 
ascendente 
- (Despolarização diastólica) 
- Para simplificar: 
- Fase 0: despolarização 
- Fase 1, 2 e 3: repolarização 
- Fase 4: fase de repouso (célula novamente 
polarizada) 
Vetores 
- A atividade elétrica do coração pode ser representada 
por vetores, sendo essa atividade captada através de 
eletrodos que são dispostos ao longo do tórax e 
membros 
- A direção dessa atividade elétrica vai impactar na 
inscrição: 
- Quando a atividade elétrica caminha em direção 
ao eletrodo determina uma inscrição positiva 
- Quando a atividade elétrica caminha em sentido 
contrário ao eletrodo determina uma inscrição 
negativa 
- Quando a atividade elétrica caminha perpendicular 
ao eletrodo determina uma inscrição isodifásica 
- Como vai ficar essa inscrição depende muito do “ponto 
de vista” do eletrodo, e para entendermos melhor, 
devemos entender sobre as derivações 
Derivações 
- É uma linha que une eletricamente os eletródios de um 
galvanômetro 
Agnes Jennine
54
- O ECG possui 12 derivações: 
- 6 derivações dos membros: D1, D11, D111, aVR, aVL e 
aVF 
- 6 derivações precordiais: V1, V2, V3, V4, V5, V6 
- Derivações do plano frontal: 
- D3, aVF e D2 podem ser usados para ver a 
parede posterior 
- D1 e AVL podem ser usados para ver a parede 
lateral alta 
- Derivações no plano 
horizontal: 
- Os dois planos e suas visões: 
- Visões: 
- Parede inferior: D2, D3, aVF 
- Lateral: V5, V6 
- Lateral alta: aVL, D1 
- Septal: V1, V2 
- Anterior: V3, V4 
O eletrocardiograma 
- É o registro da atividade elétrica do coração 
- O papel do ECG é milimetrado horizontalmente e 
verticalmente 
- A cada 5 traços horizontais ou verticais a linha é mais 
forte 
- O registro é feito a 
uma velocidade de 
25mm/s 
- O eixo horizontal 
representa o tempo 
- Cada quadradinho 
pequeno corresponde 
a 0,04s ou 40ms 
- Cada quadrado maior 
representa 0,2s ou 
200ms 
- O eixo vertical representa voltagem: cada 1mm 
corresponde à 0,1mv e 10mm correspondem a 1mv 
Ondas no ECG 
- Onda P 
- Despolarização atrial 
- Arredondada e melhor de ver em D2 e V1 
- Amplitude: 0,25 a 0,3mV (2,5 a 3,3mm) 
- Duração: 0,08 a 0,11s (2 a 2,75mm) 
- Polaridade positiva DII, DIII, aVF e de V4 a V6 
negativa aVR e variável nas outras derivações 
- Hipertrofia atrial gera aumento da onda P e 
arritmia não sinusal gera ausência da onda P 
- Intervalo PR 
- Condução atrioventricular 
- Duração: 0,12 a 0,20s 
- PR curto: pré-excitação 
- PR longo: BAV (bloqueio atrioventricular) 
- Segmento PR 
- Linha isoelétrica entre o término da onda P e 
início do QRS 
- Pode estar deslocada para cima no infarto atrial e 
para baixo na pericardite 
- Complexo QRS 
- Despolarização ventricular 
- Morfologia variável nas diferentes derivações 
- Amplitude variável nas diferentes derivações 
- Duração de 0,05 a 0,10 segundos 
- Deflexão intrinsecóide é o tempo medido entre o 
início do complexo QRS e o pico da onda R 
- Representa o tempo gasto para o estímulo sair 
do endocárdio e chegar ao epicárdio 
Agnes Jennine
55
- Velocidade normal: 0,035 em V1 e 0,045 em V6 
- Anormalidades no sistema de condução geram 
complexos QRS alargados 
- Segmento ST 
- Intervalo entre o fim do complexo QRS e o início 
da onda T 
- Descreve uma curva sigmóide até a onda T 
- Habitualmente é isoelétrico 
- Pode estar deslocado para cima no IAM com 
supra e na pericardite e para baixo na angina 
instável e IAM sem supra 
- Onda T 
- Representa a repolarização ventricular 
- Morfologia: Arredondada, assimétrica 
- Polaridade positiva DI, DII e de V3 a V6 negativa 
em aVR 
- Pode estar invertida na AI e IAM 
- Apresenta-se apiculada na hipercalemia 
- Intervalo QT 
- Representa a duração total da sístole elétrica 
- Duração: Varia com sexo, FC, idade 
- QTc= QT/√RR 
- Velocidade normal de 0,44 (+/- 0,02) 
- QT prolongado predispõe ao fenômeno R sobre 
T 
- Onda U 
- Origem controversa 
- Aparece após a onda T 
- Mais visível de V3 a V4 
- Polaridade: positiva em D2, D3, aVF e negativa 
em aVR 
- Amplitude de 0,33mm 
- Diminuída por droga, invertida por isquemia ou 
SVE 
Agnes Jennine
56
Eletroc#diograma 
Normal 
- O eletrocardiograma (ECG) é o registro da atividade 
elétrica do coração obtidos a partir de eletrodos 
posicionados na pele, sendo um método para 
diagnóstico de doenças cardíacas e reflete alterações 
primárias ou secundárias aos processos do miocárdio 
- Doenças das artérias coronárias 
- Hipertensão arterial 
- Cardiomiopatias 
- Distúrbio do ritmo 
- Sobrecarga de câmaras 
- Doenças metabólicas e alterações eletrolíticas 
- Efeitos tóxicos ou terapêuticos das drogas e 
próteses 
- Características do método: 
- Simples realização 
- Reprodutível 
- Seguro 
- Baixo custo 
- Indicações: 
- Avaliação pré-operatória 
- Pacientes cardiopatas 
- Pacientes com suspeita de doença cardíaca na 
avaliação clínica 
O que avaliar no ECG 
- Determinar o ritmo 
- Determinar a frequência 
- Determinar o eixo 
- Avaliar onda P 
- Medir intervalo PR 
- Determinar duração e aspecto do QRS 
- Examinar a onda T 
- Medir intervalo QT 
- Verificar a presença de batimentos ectópicos e outras 
anormalidades 
Análise do ritmo sinusal 
- O ritmo sinusal consta de 3 eventos: P, QR e T 
- A onda P vem obrigatoriamente antes do complexo 
QRS 
Como determinar a FC 
- Valores de referência: 
- FC normal: entre 50 e 100 bpm 
- Bradicardia sinusal: abaixo de 50 bpm 
- Taquicardia sinusal: acima de 100 bpm 
- Cálculo da frequência: 
- Regra do 300: Dividir 300 pelo número de 5 
quadrados (que perfazem 0,20s) que contém o 
intervalo RR 
- Regra dos 1500: Dividir 1500 pelo número de 
quadrados menores (unidade menor que contém 
o intervalo RR) 
- A partir de uma onda R que coincida com uma 
linha escura, conte: 300, 150, 100, 75, 60, 50 para 
cada linha escura, até a próxima onda R 
Determinando o eixo elétrico do QRS 
- Primeiro olhamos para D1 e aVF para determinarmos o 
quadrante, se nenhumfor isodifásico, procuramos se as 
demais derivações dos membros estão isodifásicos, 
para encontrarmos o perpendicular e definir o ângulo 
- Lembrando que: 
- D1 = aVF 
- D2 = aVL 
- D3 = aVR 
 
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- Se D1 é positivo: 
- QRS isodifásico em D2 = eixo -30 graus 
- QRS isodifásico em D3 = eixo +30 graus 
- QRS isodifásico em aVR = eixo -60graus 
- QRS isodifásico em aVL = eixo +60graus 
- QRS isodifásico em aVF = eixo 0 grau 
- Se D1 negativo: 
- QRS isso em D2 = eixo +150graus 
- QRS isso em aVR = eixo +120graus 
Agnes Jennine

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