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2 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Instituto Belém Visão O Instituto Belém pretende ser uma instituição de ensino superior associada à visão afetiva e comprometida da nossa igreja que se esforça para proclamar uma men- sagem centrada em Deus, que busca glorificar a Cristo, e ao Espírito Santo. Que se utiliza das Santas Escrituras para auxiliar na formação espiritual de homens e mulheres eq- uipando-os para cumprir os propósitos do Reino de Jesus Cristo no século 21 e forjar discípulos fiéis para ele de toda raça, tribo, língua, povo e nação. Propomos espalhar o conhecimento de Deus, que desperta não apenas o intelecto, ou o conhecimento in- telectual, mas principalmente o amor e o desejo de viver numa intensa e apaixonante busca por Cristo. Esta é a razão da existência da nossa escola. E é esta a visão que desejamos compartilhar com todos. Autor Moisés Carneiro © Direitos Reservados ao Instituto Belém Pentateuco Curso Básico em Teologia 3 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização Aplicação no estudo deste livro Você deve estar perguntando qual a melhor maneira de es- tudar este livro e extrair o máximo possível de proveito. Ao pensar nisso, elaboramos alguns métodos que poderão lhe ser úteis. Seja Motivado Motivação é um princípio peculiar na vida de todos os que anseiam alcançar um objetivo. É impossível alguém atingir o ápice de um grande sonho sem ter em sua bagagem o item motivação. Muitos já iniciaram alguma coisa, mas só obtiveram o êxito aque- les que se mantiveram motivados até o final. Seja motivado para orar, para ler, para meditar, para pes- quisar, para elaborar trabalhos e estudos bíblicos. Se sentir-se sem motivação busque-a através do Espírito Santo. Faça petições a Deus e leia sua Palavra, pois são fontes inesgotáveis para sua reno- vação, e por final procure mantê-la acesa até findar o curso. “Se não existe esforço, não existe progresso.” Fredrick Douglas Seja Organizado e Disciplinado a) Ore a Deus ao iniciar seus estudos e peça que lhe ajude a ter um maior proveito do assunto em pauta. b) Estude em lugares reservados. c) Evite ambientes com sons, ruídos e falatórios. Pois você pode perder sua concentração no estudo. d) Procure adicionar outros importantes materiais à cada lição a ser estudada, como por exemplo: • Bíblias de Estudos: se possível, com traduções que sejam difer- entes. • Dicionários. • Concordância Bíblica. 4 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização • Livros: cujos assuntos sejam relacionados ao tema de cada lição. • Lápis e bloco para anotações. e) Leia e estude cada matéria durante a semana, reserve pelo menos 1 hora por dia para fazer isso. f) Faça anotações, especialmente àquelas que lhe causarem dúvidas. g) Responda aos questionários assim que terminar de es- tudar cada lição. Eles irão fortalecer o assunto em sua mente. h) Reserve períodos da semana para você elaborar trabalhos voltados à matéria estudada em cada mês. i) Formule perguntas ao professor, assim tanto você como ele fi- carão cada vez mais abalizados no aprendizado. Em suma, todos esses itens elaborados cuidadosamente pelo departamento de pedagogia do IB, são de um valor ines- timável para você, desde que procure segui-los conforme se seg- uem. 5 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização Índice Introdução Lição 1 Visão Panorâmica de Gênesis..........................................................08 Lição 2 Visão Panorâmica de Êxodo.............................................................27 Lição 3 Visão Panorâmica de Levítico..........................................................41 Lição 4 Visão Panorâmica de Números........................................................56 Lição 5 Visão Panorâmica de Deuteronômio..............................................71 6 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Introdução Pentateuco Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como Pentateuco. Esta palavra é formada pela junção de dois elementos gregos: penta (“cinco”) e teuco ou têuchos (“manuscrito”), ou seja: “manuscrito de cinco volumes”. São os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Tam- bém chamado de Torá, uma palavra da língua hebraica com sig- nificado associado ao ensinamento, instrução, ou especialmente Lei, uma referência à primeira secção do Tanakh, i.e., os primeiros cinco livros da Bíblia Hebraica, da autoria de Moisés. Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para refer- ir o ensinamento judeu através da história como um todo. Neste sentido, o termo abrange todo o Tanakh (abreviatura que desig- na o nome da Bíblia Judaica), o Mishnah (repetição), o Talmud (doutrina da lei mosaica) e a literatura midrash (interpretação bíblica escrito por sábios judeus). Em seu sentido mais amplo, os judeus usam a palavra Torá para referir-se a todo e qualquer tipo de ensino ou filosofia. Gênesis registra o princípio de todas as coisas, como a criação do universo, dos animais, dos homens, e a formação da nação de Israel até sua estadia no Egito. Êxodo registra a libertação dos hebreus do Egito e as suas peregrinações no deserto durante quarenta anos. Levítico registra a vida religiosa dos israelitas, salientando os seus cerimoniais e a vida sacerdotal. Números registra a viagem dos hebreus para Canaã e os dois recenseamentos feitos entre eles nesse período. 7 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização Deuteronômio registra um compêndio de assuntos trat- ados entre os livros do Êxodo, Levítico e Números. As Leis da nação de Israel. Quando o Antigo Testamento foi traduzido em Alexan- dria, o que deu a origem a versão Septuaginta, a obra de Moisés passou a ser divida em cinco partes “livros” e entitulada de acordo com o seu conteúdo: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deu- teronômio. O Pentateuco é um conjunto bíblico-textual muito impor- tante da Palavra de Deus, é a base firme, o sustentáculo do restante das narrativas bíblicas que seguem. O livro de Gênesis, o primeiro, apresenta-nos o relato inspirado da criação e também acompanha a história do homem desde o Éden, através de grande parte da era patriarcal, até a morte de José (desde “no princípio” até 1657 a.C). O segundo livro, Êxodo, principia seu relato com a morte de José, depois narra o nascimento de Moisés durante a época de escravidão, sobre a libertação do povo de Deus da servidão egíp- cia e sobre a inauguração do pacto da Lei em Sinai; agrega ainda minuciosidades da construção do tabernáculo. Levítico, o tercei- ro livro, que engloba o período de aproximadamente trinta dias, apresenta valiosos relatos sobre o ministério levítico, desde a sua ordenação até seus regulamentos. O quarto livro, Números, fala dos censos feitos quando da peregrinação pelo ermo. Relata-nos também inúmeras informações de fatos ocorridos durante a per- egrinação de 40 anos e inclui muitas leis englobadas na estrutu- ra do pacto nacional. O último livro, Deuteronômio, cujo relato abrange o período aproximado de dois meses,informa partes do pacto da Lei e fornece muitas ordenanças necessárias para a nova geração de israelitas em posição nas planícies de Moabe, pronta para se apropriar da Terra da Promessa. Seus últimos capítulos mencionam a nomeação de Josué para assumir a liderança do povo hebreu após a morte de Moisés, seu grande líder. 8 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Autoria A própria Bíblia dá provas contundentes que o Pentateu- co foi escrito por Moisés. Livros do Antigo Testamento citam-no como obra dele. (Josué 1.7-8; 23.6; I Reis 2.3; II Reis 14.6; Esdras 3.2; 6.18; Neemias 8.1; Daniel 9.11-13) Certas partes muito im- portantes do Pentateuco são atribuídas a ele (Êxodo 17.14; 24.4; Números 33.2; Deuteronômio 31.9-26). Os livros do Novo Testa- mento também estão de plena harmonia com os do Antigo. Falam dos cinco livros em geral como “a lei de Moisés” (Atos 13.39; 15.5; Hebreus 10.28). Quando se diz: “ler Moisés”, é o mesmo que ler o Pentateuco: II Coríntios 3.15: “E até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles”). Finalmente, as palavras do próprio Jesus dão testemunho de que Moisés é o autor: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele” (João 5.46; Mateus 8.4; 19.8; Marcos 7.10; Lucas 16.31; 24.27, 44). “Moisés, mais do que qualquer outro homem, tinha preparo, ex- periência e conhecimento que o capacitavam para escrever o Pen- tateuco. Considerando-se que foi criado no palácio dos faraós, “foi instruído em toda a ciência dos egípcios; e era poderoso em suas palavras e obras” (Atos 7.22). Foi testemunha ocular dos ac- ontecimentos do êxodo e da peregrinação no deserto. Mantinha a mais íntima comunhão com Deus e recebia revelações especiais. Como hebreu, Moisés tinha acesso às genealogias bem como às tradições orais e escritas de seu povo, e durante os longos anos da peregrinação de Israel, teve o tempo necessário para meditar e es- crever. E, sobretudo, possuía notáveis dons e gênio extraordinário, do que dá testemunho seu papel como líder, legislador e profeta”. 9 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização 1 - Visão Panorâmica de Gênesis Gênesis, a sementeira da Palavra de Deus, é a obra que inicia o Pentateuco. O termo Gênesis significa: “origem; começo; formação, nascimento”, conforme a designação da Septuaginta. Gênesis dá introdução à Bíblia toda. Narra o começo da criação, do homem, do pecado, da nação dos hebreus e da redenção. É chamado de “viveiro ou sementeiro da Bíblia” porque nele estão as sementes de todas as grandes doutrinas. É o livro que trata dos princípios. “sem o livro de Gênesis a Bíblia não só é incompleta, mas incom- preensível”. Gillis Gênesis está estreitamente ligado não só aos demais livros do Antigo Testamento, como também especialmente aos do Novo Testamento. Alguns temas tratados no livro de Gênesis, são inter- pretados no Novo Testamento, tais como: • a queda do homem, • a instituição do casamento, • o juízo do dilúvio, • a justiça que Deus imputa ao crente, • o contraste entre o filho da promessa e o filho da carne, e • o povo de Deus como estrangeiros e peregrinos. O registro de Gênesis abrange um período de pelo menos 2000 anos. Gênesis narra também o início da linhagem piedosa, desde a chamada de Abraão, quando Deus estabeleceu uma aliança com ele e prometeu-lhe multiplicar sua descendência até convertê-la em uma nação, a qual seria instalada em Canaã. Qual foi o motivo divino ao fazer tudo isto? Que Israel se constituísse em uma fonte 10 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização de bênção para “todas as famílias da terra” (12.3). Isto é, Deus abençoa um povo para que, depois, este seja o veículo de bênção universal. Deus prometeu a Abraão que seus descendentes: • Herdariam a terra de Canaã; • Tornar-se-iam uma grande nação; • Por meio dele todas as nações seriam abençoadas; Gênesis responde às grandes perguntas da alma, como: • A eternidade de Deus; • De onde veio o homem; • Como surgiu o pecado? • Como pode o homem pecador voltar para Deus? • Como pode o homem agradar a Deus? • Como podemos ter poder com Deus e com os homens? Gênesis registra o fracasso do homem, e a providência da graça divina imediatamente após sua queda no Éden. Como Moisés recebeu as informações relatadas em Gêne- sis? O relato da criação, por exemplo, possivelmente foi escrito um pouco antes por Abraão, ou Noé, ou por Enoque. Outros relatos subsequentes talvez tenham sido obtidos diretamente por reve- lação divina, por transmissão oral. É possível também que Moisés possuísse documentos escritos preservados por seus antepassados como valiosos registros sobre as origens da humanidade. Quem escreveu Gênesis? É harmoniosa a posição entre cristãos e judeus que afirma ser Moisés o autor de Gênesis, que foi guiado pelo Espírito San- to para escrevê-lo. A história, ou o conteúdo do primeiro livro termina na verdade 300 anos antes de Moisés ter nascido. O que deixa bem claro que ele tenha recebido a revelação direta de Deus ou que em parte tenha se apropriado de registros históricos deixa- dos por seus antepassados. “todos os anos surgem provas, em escavações feitas no Egito e na Palestina, de escritos dos dias de Moisés e da verdade histórica do que está registrado no Pentateuco. Moisés foi edu- 11 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização cado no palácio de Faraó e foi educado em toda a ciência dos egíp- cios que incluía a profissão literária”. A autenticidade de Gênesis como parte do registro divino é demonstrada também pela sua harmonia interna, bem como sua completa concordância com o restante das Escrituras inspiradas. A sua franqueza denota um escritor que temia a Deus e amava a verdade, e escrevia sem hesitar sobre os pecados tanto da nação de Israel como das pessoas preeminentes nela. Acima de tudo, a exatidão invariável com que as suas profecias se cumpriram, con- forme será demonstrado mais para o fim desta lição marca Gêne- sis como exemplo notável de escrita inspirada por Deus. Gn 9.20- 23; 37.18-35; Gl 3.8,16. A Criação (Gênesis 1-2) Gênesis começa com as seguintes expressões: “No princí- pio criou Deus os céus e a terra”. Enquanto a ciência remonta a criação dos céus e da terra, e a preparação da terra para habitação humana em bilhões de anos, Gênesis descreve com uma singular simplicidade. Os dias sucessivos da criação segundo a Bíblia foram: Primeiro dia: aparição da luz (dia e noite). Segundo dia: céu, atmosfera e mares. Terceiro dia: surgimento dos continentes e aparecimento da vegeta¬ção. Quarto dia: aparecem os corpos celestes que alumiam a terra. Quinto dia: os animais do mar e as aves. Sexto dia: os mamíferos e o homem. Sétimo dia: terminada a atividade criadora, Deus descansa. Cada fase da criação preparou o caminho para a seguinte, e todas tinham o propósito de preparar o cenário para o ponto culminante: a criação do homem. “E disse Deus... E assim foi.” Ao falar Deus, infalivelmente se cum- pre a sua vontade. Acentua-se a perfeição do que Deus criou... “E viu Deus que era bom.” O resultado correspondeu perfeitamente 12 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização à intenção divina. O grande propósito da criação era prepararum lar ou ambiente adequado para o homem. Gênesis apresenta Deus como o Criador dos céus e da ter- ra. Com palavras majestosas e bem-escolhidas, o primeiro capí- tulo passa a fazer um relato geral sobre a obra criativa no tocante a Terra. Isto se realiza em seis dias, ou seis períodos sucessivos que resultam no aparecimento da luz, do firmamento, da terra seca, dos luzeiros, dos peizxes e aves, dos animais e do homem. Deus dá a conhecer aqui a sua lei que governa as espécies, a barreira intransponível que impossibilita uma espécie evoluir em outra. Tendo feito o homem à Sua própria imagem, Deus anuncia seu propósito triplo para com o homem na terra: enchê-la de uma prole justa, subjugá-la e ter em sujeição a criação animal. O sé- timo “dia” é abençoado e declarado sagrado por Deus, que passa então a ‘descansar de todas as suas obras que tem feito’. A seguir o relato fornece uma vista de perto, ou ampliada, da obra criativa de Deus relativa ao homem. Descreve o jardim do Éden e sua lo- calização, declara a lei de Deus sobre a árvore proibida, fala sobre Adão dar nome aos animais e daí a respeito de Deus providenciar o primeiro casamento, formando uma esposa do próprio corpo de Adão e trazendo-a a este. A Queda O casal Adão e Eva desfrutava de perfeito estado de in- ocência, gozando, ainda de livre arbítrio. Contudo, sob ardente tentação induzida pela serpente, a mulher não resistiu e comeu do fruto proibido, persuadindo seu marido a unir-se a ela em rebelião a Deus e, assim, o Éden acabou ficando profanado pela desobediência. Deus imediatamente indica o meio pelo qual seu propósito será realizado: E Deus passou a dizer à serpente: E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre o teu descendente e o seu descendente. Ele te machucará a cabeça e tu lhe machucarás o cal- canhar (3.14, 15). O casal foi expulso do jardim, passando a viver 13 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização em dor e labuta suada entre espinhos e abrolhos. Por fim, tem de morrer e retornar ao solo do qual fora tirado. Só a sua descendên- cia pode ter esperança na Semente prometida. O Caos do Pecado O caos do pecado se estende além do Éden. Caim, o primeiro filho varão nascido, torna-se o assassino de seu irmão Abel, fiel servo de Deus. Deus prescreve a Caim para a terra da Fuga, onde ele produz uma geração que mais tarde é exterminada pelo Dilúvio. Adão tem então mais um filho, Sete, que se torna pai de Enos; nessa época, os homens começam a invocar o nome de Deus hipocritamente. Adão morre aos 930 anos de idade. Dada a grande iniqüidade praticada entre os homens, Deus anun- cia o Dilúvio (5.6-11.9). Dá-se aqui a genealogia através de Sete. Entre estes descendentes de Sete destacam-se Enoque, que santi- fica o nome de Deus “andando com o verdadeiro Deus” (5.22). O próximo homem de fé notável é o bisneto de Enoque: Noé. Deus revelou a Noé seu plano de destruir a raça corrupta e de salvá-lo junto com sua família e, por ele, a humanidade inteira. Noé viria a ser o segundo pai da raça. Recebeu diretrizes para a construção de uma embarcação flutuante bem proporcionada que seria o veículo de escape. Segundo certos cálculos, a arca teria 135 m de comprimento, 22,50 m de largura e 13,50 m de altura e cor- responderia em tamanho a um transatlântico moderno. Constava de três pavimentos divididos em compartimentos e uma abertura de 45 cm de altura em volta, localizada entre espaços de parede na parte superior; acredita-se que tinha a forma de um caixão alon- gado. Alguns estudiosos calculam que a arca teria capacidade para 7.000 espécies de animais. Noé obedece prontamente, reúne dentro da arca a sua família de oito pessoas, juntamente com animais e aves; daí, no 600° ano de sua vida, começa o Dilúvio. O aguaceiro continua por 40 dias, sendo que mesmo os altos montes ficam cobertos por até 15 côvados (quase 7 metros) de água. Depois de um ano, quando 14 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Noé finalmente pode conduzir sua família para fora da arca, seu primeiro ato é oferecer um grande sacrifício de agradecimento a Deus. O Senhor então profere uma bênção sobre Noé e sua família e ordena-lhes que encham a terra com sua descendência. A ordem expressa de Deus permite comerem carne, mas exige ab- stinência do sangue, que é a alma ou a própria vida da carne, e exige a execução de homicidas (Gn 9.4-6). O pacto de Deus de nunca mais trazer um dilúvio sobre a terra é confirmado com o aparecimento do arco-íris no céu. Mais tarde, Cão mostra desre- speito pelo profeta de Deus, Noé. Este, ao ficar sabendo disso, amaldiçoa a Canaã, filho de Cão, mas acrescenta uma bênção que mostra que Sem será especialmente favorecido e que Jafé também será abençoado. Noé morre aos 950 anos de idade. Babel (10-11) A população do mundo começa a crescer novamente. Os três filhos de Noé executam a ordem de Deus de multiplicar-se, produzindo 70 famílias, os progenitores da atual raça humana. Ninrode, neto de Cão, funda um reino e começa a edificar cidades. Nessa época, toda a terra fala uma só língua. Os homens, em vez de se espalharem sobre a terra, para a povoarem e a cultivarem, decidem construir uma cidade e uma torre com o cume nos céus, para fazerem um nome célebre para si mesmos. No entanto, Deus frustra a intenção deles confundindo-lhes a língua e, assim, os es- palha. A cidade é chamada de Babel (que significa “Confusão”). Abraão e sua chamada (12-24) Deus chama Abraão para mostrar sua graça e fazer surgir um povo eleito por meio de sua descendência. Traça-se a impor- tante linhagem de descendentes de Sem até o filho de Terá, Abrão, fornecendo-se também os elos cronológicos. Em vez de procurar fazer um nome para si mesmo, Abrão exerce fé em Deus. Aos 75 anos de idade, ele parte da cidade caldéia de Ur, às ordens de Deus, cruza o Eufrates a caminho da terra de Canaã, invocando 15 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização o nome de Deus. Por causa de sua fé e obediência, chega a ser chamado de “amigo de Deus”, e Deus faz seu pacto com ele. (Tg 2.23; 2 Cr 20.7; Is 41.8) Deus protege a Abrão e sua esposa durante uma breve estada no Egito. De volta a Canaã, Abrão mostra sua generosidade e pacificidade, permitindo que seu sobrinho e co- adorador Ló selecione a melhor parte da terra. Mais tarde, socorre a Ló das mãos de quatro reis que o capturaram. Daí, retornando da luta, Abrão encontra Melquisedeque, rei de Salém, que, como sacerdote de Deus, abençoa a Abrão, e Abrão lhe paga dízimos. Mais adiante Deus aparece a Abrão, anunciando ser Ele o escudo de Abrão e amplia sua promessa pactuada revelando que numericamente a semente de Abrão tornar-se-á como as estrelas do céu. Abrão é informado de que sua semente sofrerá aflição por 400 anos, mas será libertada por Deus, com julgamento contra a nação causadora da aflição. Quando Abrão atinge 85 anos, sua esposa Sarai, ainda sem filhos, lhe dá Agar, sua serva egípcia, para que ele tenha um filho por meio dela. Nasce Ismael, que é con- siderado o possível herdeiro. Mas, as intenções de Deus são out- ras. Quando Abrão atinge 99 anos, Deus troca-lhe o nome para Abraão, e o de Sarai para Sara, e promete que Sara dará à luz um filho. Dá-se o pacto da circuncisão a Abraão, e ele imediatamente circuncida os de sua casa. A seguir, Deus anuncia a seu amigo Abraão a sua deter- minação de destruir Sodoma e Gomorra, por causa do grande pecado delas. Os anjos de Deus avisam a Ló e ajudam-no a fugir de Sodoma, junto com a esposa e duas filhas. Aesposa, porém, demorando-se ao olhar com anelo para as coisas deixadas atrás, transforma-se em coluna de sal. As filhas de Ló, para terem de- scendência, embriagam o pai com vinho e, mediante relação sex- ual com ele, dão à luz dois filhos, que se tornam os pais das nações de Moabe e de Amom. Deus protege Sara de ser contaminada por Abimeleque, rei dos filisteus. Quando Abraão tem alcança 100 anos e Sara 90, 16 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização nasce o herdeiro prometido, Isaque. Uns cinco anos depois, Is- mael, zomba de Isaque, o herdeiro, resultando em Agar e Ismael serem despedidos, com a aprovação de Deus. Alguns anos depois, Deus prova a Abraão, mandando que sacrifique seu filho Isaque num dos montes de Moriá. A grande fé de Abraão em Deus não vacila. Ele tenta oferecer seu filho e herdeiro, mas Deus o detém, suprindo-lhe um carneiro como sacrifício substituto. Deus mais uma vez confirma sua promessa a Abraão, dizendo que multipli- cará a semente de Abraão como as estrelas do céu e os grãos de areia da praia. Revela que essa semente tomará posse do portão de seus inimigos, e que todas as nações da terra certamente serão abençoadas por meio da Semente. Sara morre aos 127 anos de idade e é sepultada num cam- po que Abraão compra dos filhos de Hete. Abraão envia então o principal servo de sua casa para obter uma esposa para Isaque, do país de seus parentes. Deus conduz o servo à família de Betuel, filho de Naor, e fazem-se planos para que Rebeca retorne com ele. Rebeca vai de bom grado, com a bênção de sua família, e torna-se esposa de Isaque. Abraão, por sua vez, toma outra esposa, Quetu- ra, que lhe dá à luz seis filhos. Contudo, ele dá-lhes presentes e os despede, fazendo de Isaque seu único herdeiro. Daí, aos 175 anos, Abraão morre. Jacó e seus 12 filhos (25.27-37.1) Esaú (caçador), filho de Isaque e Rebeca, ao voltar da caça- da certo dia vendeu seu direito de primogenitura a Jacó, seu irmão, por um mero bocado de cozido. Além disso, casou-se com duas mulheres hititas (e mais tarde com uma ismaelita), que se tornou uma fonte de amargura para os pais dele. Ajudado por sua mãe, Jacó se disfarçou, fazendo-se passar por Esaú, a fim de receber a bênção de primogênito. Esaú, que não havia revelado a Isaque 17 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização que vendera o direito de primogenitura, planejou então matar Jacó ao saber o que este fizera, de modo que Rebeca aconselhou Jacó a fugir para Harã, para o irmão dela, Labão. Antes de Jacó partir, Isaque o abençoou mais uma vez e instrui-o a não tomar esposa pagã, mas sim a alguém da família de sua mãe. Em Betel, a caminho de Harã, Deus lhe apareceu num sonho, reanimou-o e confirmou-lhe a promessa pactuada feita em relação a ele. Jacó trabalha para Labão em Harã, casa-se com as duas fil- has dele, Léia e Raquel. Embora este casamento polígamo lhe seja causado por meio dum truque de Labão, Deus abençoa-o, dando a Jacó 12 filhos e uma filha mediante as esposas e as duas servas delas, Zilpa e Bila. Deus cuida que os rebanhos de Jacó aumentem grandemente, e daí instrui-o a retornar para a terra de seus an- tepassados. É perseguido por Labão, mas eles fazem um pacto no lugar chamado Galeede e A Torre de Vigia. Prosseguindo a sua jornada, os anjos reanimam a Jacó e ele luta durante a noite com um anjo, que, por fim, abençoa-o e muda-lhe o nome de Jacó para Israel. Jacó providencia pacificamente um encontro com Esaú e viaja para Siquém. Ali, sua filha Diná é violentada pelo filho do chefe heveu. Os irmãos dela, Simeão e Levi, vingam-se, matando os homens de Siquém. Isto desagrada a Jacó, pois dá a ele, repre- sentante de Deus, má fama no país. Deus lhe diz para ir a Betel para erigir ali um altar. Na penosa viagem saindo de Betel, Raquel morre ao dar à luz para Jacó seu 12° filho, Benjamim. Rubem vio- lenta a serva de Raquel, Bila, mãe de dois filhos de Jacó e, por isso, perde o direito de primogenitura. Pouco depois, Isaque morre aos 180 anos de idade, e Esaú e Jacó o sepultam. Esaú e sua família se mudam para a região montanhosa de Seir, e a grande riqueza acumulada de Esaú e de Jacó impede-os de continuarem a morar juntos. Fornece-se a lista da descendência de Esaú, bem como a dos xeques e dos reis de Edom. Jacó con- tinua a morar em Canaã. 18 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização De José ao Egito (37.2-50.26) O menino José recebeu o favor de Deus e certos sonhos, e isso fez com que os seus irmãos mais velhos chegassem a odiá-lo. Tramam matá-lo, mas, em vez disso, vendem-no a certos merca- dores ismaelitas de passagem. Mergulhando a roupa listrada de José no sangue dum bode, apresentam-na a Jacó como prova de que o jovem de 17 anos fora morto por uma fera. José é levado para o Egito e vendido a Potifar, chefe da guarda de Faraó. O capítulo 38 faz um breve desvio para relatar o nascimen- to de Peres, filho de Tamar, que, por estratégia, faz com que Judá, seu sogro, realize o casamento que deveria ser realizado pelo filho dele com ela. Este relato frisa mais uma vez o extremo cuidado com que as Escrituras registram cada ocorrência que conduz à produção da Semente da promessa. O filho de Judá, Peres, torna- se um dos antepassados de Jesus. Lc 3.23,33. Nesse período o Senhor abençoa a José no Egito, e o torna grande na casa de Potifar. Contudo, as dificuldades o perseguem quando se recusa a vituperar o nome de Deus, não consentindo em fornicar com a esposa de Potifar, e ele é falsamente acusado e lançado na prisão. Ali é usado por Deus na interpretação dos sonhos de dois companheiros de prisão, o copeiro e o padeiro de Faraó. Mais tarde, quando Faraó tem um sonho que o deixa muito preocupado, a habilidade de José lhe é trazida à atenção, de modo que é imediatamente levado da masmorra na prisão à pre- sença de Faraó. Dando o crédito a Deus, José interpreta o sonho predizendo sete anos de fartura a serem seguidos de sete anos de fome. Faraó reconhece “o Espírito de Deus” sobre José, e nomeia- o primeiro-ministro para cuidar da situação. (Gn 41.38) José, ag- ora com 30 anos de idade, administra sabiamente, armazenando alimentos durante os sete anos de fartura. Daí, durante a fome mundial que se segue, ele vende os cereais aos povos do Egito e de 19 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização outras nações que vêm ao Egito em busca de alimento. Com o tempo, Jacó envia seus dez filhos mais velhos ao Egito em busca de cereais. José reconhece-os, mas eles não. Reten- do a Simeão como refém, José exige que tragam seu irmão mais jovem na próxima viagem em busca de cereais. Quando os nove filhos retornam com Benjamim, José se revela, expressa seu per- dão aos dez culpados e os instrui a trazerem Jacó e a se mudarem para o Egito, para o bem deles durante a fome. Concordemente, Jacó, junto com 66 descendentes, muda-se para o Egito. Faraó dá- lhes a melhor terra, a terra de Gósen, para ali residirem. Ao se aproximar da morte, Jacó abençoa a Efraim e a Ma- nassés, os filhos de José, e daí chama junto de si a seus 12 filhos para lhes dizer o que lhes sucederá “na parte final dos dias” (49.1) Ele dá então, em pormenores, uma série de profecias, todas elas tendo desde então um cumprimento notável. Ele prediz que o ce- tro do domínio permanecerá na tribo de Judá até a vinda de Siló (que significa “Aquele de Quem É”; Aquelea Quem Pertence”), referindo-se plenamente ao Messias vindouro, a semente da mul- her (Gn 3.15), Jesus Cristo, que veio através da tribo de Judá (Ap 5.5). Jacó profetizou que todos os povos lhe seriam sujeitos (Ap 19.15) e que a “semente” teria grandes bênçãos espirituais. Depois de assim abençoar os cabeças das 12 tribos, e de dar ordens sobre seu próprio enterro futuro na Terra da Promessa, Jacó morre à idade de 147 anos. José continua a cuidar de seus irmãos e da família deles até à sua própria morte, à idade de 110 anos, tempo em que expressa sua fé no sentido de que Deus levará outra vez Israel para sua terra, e pede que também seus ossos sejam levados para aquela Terra da Promessa. Combinação de alguns textos de Gênesis com outros escritores Bíblicos: 20 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Textos de Princípio Referências de Gênesis Outros Escritores 1.27; 2.24 Santidade, caráter permanente Mt 19.4,5 do vínculo conjugal 2.7 O homem é alma 1 Co 15.45 2.22, 23 Chefia 1 Tm. 2.13; 1 Co 11.8 20.3 Errado o adultério 1 Co 6.9 28.7 Obediência aos pais Ef 6.1 Profecias Cumpridas e Paralelos Proféticos 12.1-3 Identificação da Semente e 22.15-18 (Descendente) de Abraão Gl 3.16, 29 14.18 Melquisedeque representa a Hb 7.13-15 Cristo 21 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização 16.1-4,15 Sentido figurativo de Sara, Agar, Ismael, Isaque Gl 4.21-31 17.11 Sentido figurativo da Rm 2.29 circuncisão 49.1-28 A bênção de Jacó Js 14.1 a 21.45 sobre as 12 tribos 49.9 Leão da tribo de Judá Ap 5.5 Outros textos usados pelos profetas, por Jesus e Pelos Dis- cípulos Em ilustração, em aplicação ou como exemplo provando adicionalmente a autenticidade de Gênesis: 1.1 Deus criou o céu e a terra Is 45.18 Ap 10.6 1.26 O homem criado à imagem 1 Co 11.7 de Deus 1.27 O homem criado, macho Mt 19.4; e fêmea Mc 10.6 22 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização 2.2 Deus descansou no sétimo dia Hb 4.4 3.1-6 A serpente enganou Eva 2 Co 11.3 3.20 Toda a humanidade procede do Atos 17.26 casal original 4.8 Caim matou Abel Jd 11; 1 João 3.12 4.9, 10 O sangue de Abel Mt 23.35 5-10-11 Genealogia Lc 3 5.21 Enoque Jd 14 5.29 Noé Ez 14.14; Mt 24.37 6.13, 17-20 Dilúvio Is 54.9; 2 Pd 2.5 12.1-3, 7 Pacto abraâmico Gl 3.15-17 23 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização 15.6 Fé de Abraão Rm 4.3; Tg 2.23 15.13, 14 Estada no Egito Atos 7.1-7 18.1-5 Hospitalidade Hb 13.2 19.24, 25 Sodoma e Gomorra destruídas 2 Pd 2.6; Jud. 7 19.26 Esposa de Ló Lc 17.32 20.7 Abraão, um profeta Sl 105.9,15 21.9 Ismael zomba de Isaque Gl 4.29 22.10 Abraão tenta oferecer Isaque Hb. 11.17 25.23 Jacó e Esaú Rm 9.10-13; Ml 1.2, 3 25.32-34 Esaú vende direito de Hb 12.16,17 primogenitura 24 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização 28.12 Escada de comunicação com o céu João 1.51 37.28 José é vendido ao Egito Sl 105.17 41.40 José é nomeado Sl 105.20 primeiro-ministro Sl 105.21 Questionário Marque “C” para certo e “E” para errado ____ 1) - Os cinco primeiros livros da Bíblia são conhecidos como Pentateuco. ____ 2) - O termo Gênesis significa: “origem; começo; formação, nascimento”, conforme a designação da Septuaginta. ____ 3) - O registro de Gênesis abrange um período de pelo menos 2 bilhões de anos. Assinale com “X” a alternativa correta 4) - Primeiro dia: ___a. aparição da luz (dia e noite). ___b. surgimento dos continentes e aparecimento da vegeta¬ção. ___c. aparecem os corpos celestes que alumiam a terra. ___d. céu, atmosfera e mares. 25 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização 5) – Ao falar Deus, infalivelmente se cumpre a sua vontade. Acen- tua-se a perfeição do que Deus criou: ___a. “E viu Deus as águas”. ___b. “E viu Deus a terra”. ___c. “E disse Deus”. ___d. “E viu Deus que era bom”. 6) - O Pentateuco reúne os seguintes livros: ___a. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. ___b. Gênesis, Josué, Levítico, Juízes e Deuteronômio. ___c. Jó, Números, Deuteronômio, Josué e Juízes. ___d. Levítico, Números, Salmos, Jó e Deuteronômio. 7) – O casal Adão e Eva desfrutava de perfeito estado de inocên- cia, gozando, ainda de: ___a. Perfeita alegria. ___b. Paz e comunhão. ___c. Livre arbítrio. ___d. Nenhuma alternativa está correta. 8) - Esaú significa: ___a. Lavrador. ___b. Caçador. ___c. Pastor de Ovelhas. ___d. Lutador. 9) – Ao se aproximar da morte, Jacó abençoa a: 26 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização ___a. Efraim e a Manassés. ___b. Efraim e a Rúben. ___c. Judá e a Manassés. ___d. Simeão e a Levi. 27 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização II - Visão Panorâmica de Êxodo (1445-1405 a.C.) Êxodo significa “saída” e a Versão Grega deu ao livro esse título porque ele narra o grande evento da históriade Israel: a saída do povo de Deus do Egito. Êxodo é o elo indispensável que une de forma inseparável o Pen- tateuco. Continua a história dos hebreus iniciada no Gênesis no mesmo estilo inigualável deste e acentuando o elemento pessoal. É a figura de Moisés que domina quase todo o relato de Êxodo. Os assuntos do sistema sacerdotal e da lei de santidade iniciados em Êxodo, por sua vez, se desenvolvem em Levítico. Também a história da caminhada de Israel para a terra prometida, a qual constitui a maior parte de Números, encontra seu princípio em Êxodo. Finalmente, acha-se em Deuteronômio um eco tanto de Números como de Êxodo. Por isso ao livro de Êxodo se chama “O coração do Pentateuco”. “O relacionamento entre o Gênesis e o Êxodo é muito se- melhante à que existe entre o Antigo e o Novo Testamento. En- quanto Gênesis descreve a queda do homem em todas as provas e condições, Êxodo apresenta o socorro e livramento vindos da parte de Deus, para o seu povo que necessita de um redentor”. Moisés é o autor do livro de Êxodo, indicado pelo fato de ser Êxodo o segundo volume do Pentateuco. O livro em si reg- istra três casos em que Moisés faz um registro por escrito, sob a direção de Deus. (Êx 17.14; 24.4; 34.27) Segundo os versados em Bíblia, Westcott e Hort, Jesus e os escritores do Novo Testamento citam ou referem-se a Êxodo mais de 100 vezes, como quando Je- sus disse: “Não vos deu Moisés a Lei?” Êxodo foi escrito no ermo de Sinai, um ano depois de terem os filhos de Israel saído do Egito. Abrange o período entre a morte de José, até se erigir o tabernácu- lo da adoração de Deus, João 7.19; Êx 1.6; 40.17. 28 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Considerando que os eventos de Êxodo ocorreram cerca de 3.500 anos atrás, há surpreendente quantidade de evidências arqueológicas e outras evidências externas que atestam a exatidão do registro. Nomes egípcios são usados corretamente em Êxodo, e os títulos mencionados correspondem às inscrições egípcias. A arqueologia mostra que os egípcios costumavam permitir que estrangeiros residissem no Egito, mas os egípcios se mantinham separados deles. As águas do Nilo eram usadas para banho, o que faz lembrar a filha de Faraó banhar-se ali. Foram encontrados tijo- los feitos com e sem palha. Além disso, a existência de magos era um destaque no apogeu do Egito. Êx. 8.22; 25; 5.6, 7, 18; 7.11. Grandes e suntuosos monumentos mostram que os faraós dirigiam pessoalmente seus condutores de carro para as batalhas, e Êxodo indica que o faraó dos dias de Moisés seguiu este cos- tume. Quão grande deve ter sido a sua humilhação! Mas, por que é que os antigos registros egípcios não fazem menção da estada dos israelitas no seu país, nem da calamidade que se abateu sobre o Egito? A arqueologia tem mostrado ser costume a nova dinastia egípcia apagar dos registros anteriores qualquer coisa que fosse desfavorável. Jamais registravam derrotas humilhantes. Os golpes contra os deuses do Egito como o deus Nilo, o deus-rã e o deus- sol que desacreditavam tais deuses falsos e mostravam que Deus é supremo, não seriam apropriados para a história duma nação orgulhosa Êx 14.7-10; 15.4. Depois de Moisés prestar 40 longos anos de serviço como pastor sob a direção de Jetro, isto o familiarizou com as condições de vida e com os locais de água e alimento naquela região, tornan- do-o assim bem habilitado para liderar o Êxodo. Não é possível traçar o roteiro exato do Êxodo hoje, pois não é possível localizar com certeza absoluta os vários locais mencionados no relato. No entanto, a autenticidade do relato de Moisés não depende da con- firmação de arqueólogos com respeito aos vários locais ao longo do caminho. Êx 15.23, 27. A narração da construção do tabernáculo nas planícies 29 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização diante do Sinai enquadra-se nas condições locais. Certo erudito disse: “Na sua forma, estrutura e nos materiais, o tabernáculo pertence na sua inteireza ao ermo. A madeira empregada na es- trutura se encontra ali em abundância.” Seja nos nomes, costumes, religião, lugares, geografia, ou nos materiais, as evidências exter- nas acumuladas confirmam o relato inspirado de Êxodo, que tem agora cerca de 3.500 anos. Muitos textos bíblicos fazem referência constantemente ao Êxodo, mostrando seu sentido e valor proféticos. Cerca 900 anos depois, Jeremias escreveu sobre “o verdadeiro Deus, o Grande, o Poderoso, cujo nome é Deus dos exércitos”, que passou a tirar do Egito a seu povo Israel “com sinais e com milagres, e com mão forte e com braço estendido, e com coisa muito espantosa”. (Jr 32.18-21) Cerca de 1.500 anos depois, Estêvão baseou grande parte de seu emocionante testemunho, que levou a seu martírio, nas informações de Êxodos (Atos 7.17-44). A vida de Moisés nos é citada como exemplo de fé, em Hebreus 11.23-29, e Paulo faz outras referências freqüentes a Êxodo, apresentando exemplos e advertências para nós hoje. (Atos 13.17; 1 Co 10.1-4, 11, 12; 2 Co 3.7-16) Tudo isso nos ajuda a ver como as partes da Bíblia se in- terligam, cada trecho contribuindo, proveitosamente, para a rev- elação do propósito de Deus. A chamada de Moisés Deus comissiona a Moisés, frisando Seu próprio Nome (Êxodo 1.1-4.31). Depois de mencionar os filhos de Israel que de- sceram ao Egito, Êxodo registra a morte de José. Com o tempo, surge outro rei no Egito. Quando vê que os israelitas continuam a ‘multiplicar-se e a tornar-se mais fortes numa proporção extraor- dinariamente grande’, ele adota medidas repressivas, inclusive tra- balhos forçados, e tenta reduzir a população masculina em Israel, ordenando a destruição de todos os meninos recém-nascidos. (1.7) É sob tais circunstâncias que nasce um filho a um israelita 30 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização da casa de Levi. Este filho é o terceiro da família. Quando tem três meses de idade, sua mãe esconde-o numa arca de papiro entre os juncos, à margem do rio Nilo. Ele é encontrado pela filha de Faraó, que se afeiçoa ao menino e o adota. A própria mãe dele torna-se sua ama-de-leite e, assim, ele é criado num lar israelita. Mais tarde, é levado para a corte de Faraó. Recebe o nome de Moi- sés, que significa “Retirado [isto é, salvo da água]”. Êx 2.10; Atos 7.17-22. Este Moisés interessa-se pelo bem-estar de co-israelitas. Mata um egípcio que maltrata um israelita. Por isso ele tem de fu- gir, de modo que chega à terra de Midiã. Ali casa-se com Zípora, filha de Jetro, o sacerdote de Midiã. Com o tempo Moisés torna- se pai de dois filhos, Gersom e Eliézer. Daí, aos 80 anos de idade, depois de ter passado 40 anos no ermo, Moisés é comissionado por Deus a um serviço especial, em santificação do nome de Deus. Certo dia, pastoreando o rebanho de Jetro, perto de Horebe, o “monte do verdadeiro Deus”, Moisés vê um espinheiro arder sem se consumir. Quando ele vai investigar, um anjo de Deus dirige- lhe a palavra, falando-lhe do propósito de Deus de fazer com que Seu povo, os “filhos de Israel, saia do Egito”. (Êx. 3:1, 10) Moisés será usado como instrumento de Deus para libertar Israel da es- cravidão egípcia. Atos 7:23-35. Pela primeira vez, Deus revela o real significado de seu nome, relacionando-o com o seu propósito específico e esta- belecendo-o como memorial. Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: “EU SOU me enviou a vós. E Deus disse mais a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão,o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, me enviou a vós; este é o meu nome eternamente, e este é o meu memorial de geração em geração. Vai, ajunta os anciãos de Israel e dize-lhes: O Senhor, o Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, apare- ceu-me, dizendo: certamente vos tenho visitado e visto o que vos tem sido feito no Egito; e tenho dito: Far-vos-ei subir da aflição do 31 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização Egito para a terra do cananeu, do heteu, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu, para uma terra que mana leite e mel” Êx 3.14, 15, 17. O Senhor fala a seu servo Moisés que faraó não permitirá que o seu povo saia livre, mas que Ele terá de primeiro golpear o Egito com todos os Seus maravilhosos atos. Arão, lhe é dado como porta-voz e eles recebem três sinais para realizar, a fim de convencer os israelitas de que vêm em nome de Deus. A caminho do Egito, o filho de Moisés tem de ser circuncidado para impedir uma morte na família, o que faz lembrar a Moisés os requisitos de Deus (Gn. 17.14). Moisés e Arão reúnem os anciãos dentre os filhos de Israel e os põem a par do propósito de Deus de tirá-los do Egito e levá-los para a Terra Prometida. Realizam os sinais, e o povo crê. A mão de Deus contra o Egito (5-10) Moisés e Arão se apresentam a Faraó e anunciam que o Senhor, Deus de Israel, disse: “Deixa meu povo ir.” Em tom zombeteiro, o orgulhoso Faraó replica: “Quem é Deus, que eu deva obedecer à sua voz para mandar Israel embora? Não conheço Deus, e ainda mais, não vou mandar Israel embora.” (5.1,2) Em vez de libertar os israelitas, impõe-lhes tarefas mais pesadas. Contudo, Deus renova as suas promessas de libertação, ligando isto outra vez com a san- tificação de seu nome: “Eu sou o Senhor ... deveras mostrarei ser Deus para vós . . . eu sou o Senhor” 6.6-8. O milagre que Moisés efetuou na presença do grande Faraó, fazendo com que Arão lance no chão seu bastão para se tornar uma cobra grande, é imitado pelos sacerdotes-magos do Egito. Embora as cobras deles sejam engolidas pela grande cobra de Arão, o coração de Faraó fica obstinado. Deus passa então a desferir dez pesados golpes sucessivos sobre o Egito. Primeiro, seu rio, o Nilo, e todas as águas do Egito se transformam em sangue. Daí, sobrevém-lhes uma praga de rãs. Estes dois golpes são imita- 32 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização dos pelos sacerdotes-magos, mas não o terceiro golpe, de borra- chudos sobre os homens e os animais. Os sacerdotes do Egito são forçados a reconhecer que isto é “o dedo de Deus”. Contudo, Faraó não quer mandar Israel embora 8.19. Os três primeiros golpes atingem tanto os egípcios como os israelitas, mas, do quarto em diante, só os egípcios são atin- gidos, permanecendo Israel separado sob a proteção de Deus. O quarto golpe são grandes enxames de moscões. Daí, vem a pes- tilência sobre todo o gado do Egito, sendo seguida de furúncu- los e bolhas sobre homem e animal, de modo que nem mesmo os sacerdotes-magos conseguem fazer face a Moisés. Deus deixa outra vez que o coração de Faraó fique obstinado, declarando-lhe mediante Moisés: “Mas, de fato, por esta razão te deixei em ex- istência: para mostrar-te meu poder e para que meu nome seja declarado em toda a terra.” (9.16) Moisés anuncia então a Faraó o golpe seguinte, “uma saraiva muito forte”, e aqui a Bíblia registra pela primeira vez que alguns dentre os servos de Faraó temem a palavra de Deus e agem em conformidade com ela. O oitavo e nono golpes uma invasão de gafanhotos e uma escuridão sombria vêm em rápida sucessão, e o obstinado e furioso Faraó ameaça a Moisés de morte se este procurar ver a sua face outra vez 9.18. A morte dos primogênitos (11-13) “Vou trazer mais uma praga sobre Faraó e sobre o Egito” a morte dos primogênitos (11.1). Ordena que o mês de abibe seja o primeiro mês para Israel. No décimo dia, eles têm de tomar um cordeiro ou um cabrito macho de um ano de idade, sem mácula e no décimo quarto dia, abatê-lo. Naquela noite têm de pegar o sangue do animal e esparrinhá-lo sobre as duas ombreiras e sobre a verga da porta, e daí permanecer dentro de casa e comer o ani- mal assado, do qual nenhum osso deve ser quebrado. Não devem ter fermento dentro de casa, e precisam comer às pressas, vestidos e preparados para a jornada. A Páscoa é para servir de recordação, 33 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercializaçãouma festividade para Deus através de suas gerações. Esta será se- guida pela Festividade dos Pães Asmos, de sete dias. O significado de tudo isso deve ser plenamente ensinado aos seus filhos. (Mais tarde, Deus dá instruções adicionais sobre estas festividades e or- dena que todos os primogênitos de Israel, tanto dos homens como dos animais, sejam santificados a ele). Israel seguiu a orientação divina e quando foi à meia-noite, Deus feriu todos os primogênitos do Egito, preservando os pri- mogênitos de Israel. “Saí do meio do meu povo”, grita Faraó. E ‘os egípcios começam a pressionar o povo’ para que saia rapidamente. (12.31, 33) Os israelitas não saem de mãos vazias, pois pedem aos egípcios, e recebem, artigos de prata e de ouro, bem como roupas. Marcham para fora do Egito em formação de batalha, em número de 600.000 varões vigorosos, junto com suas famílias e grande grupo misto de não-israelitas, bem como grande número de ani- mais. Isto marca o fim dos 430 anos desde que Abraão cruzou o Eufrates para entrar na terra de Canaã. Esta é, deveras, uma noite digna de ser comemorada Êx 12.40, Gl 3.17. A impoluta travessia (13-15) O povo se conduzia em direção a terra da promessa de- baixo duma coluna de nuvem de dia e de noite por meio duma coluna de fogo, Deus conduz Israel para fora pelo caminho de Su- cote. Faraó mais uma vez fica obstinado, perseguindo-os com seus selecionados carros de guerra e, segundo ele imagina, encurralan- do-os no mar Vermelho. Moisés revigora o povo, dizendo: “Não tenhais medo. Mantende-vos firmes e vede a salvação da parte de Deus, que ele realizará hoje para vós.” (14.13) Deus faz então que o mar recue, formando um corredor de escape, pelo qual Moisés conduz com segurança os israelitas para a margem oriental. As poderosas hostes de Faraó precipitam-se atrás deles e acabam sen- do apanhadas e afogadas nas águas que voltam. Que santificação culminante do nome de Deus! Que grande motivo para regozijar- 34 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização se nele! Esse regozijo é então expresso no primeiro grande cântico de vitória da Bíblia: “Cante eu a Deus, porque ficou grandemente enaltecido. Lançou no mar o cavalo e seu cavaleiro. Minha força e meu poder é o Senhor, visto que ele me é por salvação... Deus reinará por tempo indefinido, para todo o sempre” 15.1-2,18. A entrega da Lei (15-34) Seguindo a coluna que os guiava sob a direção de Deus, Israel viaja em direção do Sinai, o monte do verdadeiro Deus. Quando o povo resmunga a respeito das águas amargas de Mara, Deus faz com que a água se torne doce para eles. De novo, quando resmungam por falta de carne e de pão, Deus lhes fornece co- dornizes, à noitinha, e o adocicado maná, como orvalho no solo, de manhã. Este maná servirá de pão para os israelitas durante os próximos 40 anos. Também, pela primeira vez na história, Deus ordena a observância de um dia de descanso, ou sábado, fazendo com que osisraelitas colham duas vezes a quantidade de maná no sexto dia e não o suprindo no sétimo. Produz também água para eles em Refidim, e luta por eles contra Amaleque, ordenando a Moisés que registre Seu julgamento de que Amaleque será com- pletamente eliminado. Jetro, o sogro de Moisés, trouxe então a esposa e os dois filhos de Moisés. É agora tempo de melhorar a organização em Israel, e Jetro contribuiu com alguns conselhos bons e práticos. Aconselhou Moisés a não levar toda carga sozinho, mas a designar homens capazes e tementes a Deus para julgarem o povo, quais chefes de grupos de mil, de cem, de cinqüenta e de dez. Moisés fez isso, de modo que assim só os casos difíceis lhe são apresentados. Israel, em menos de três meses acampa no deserto do Si- nai. Ali, Deus promete: “E agora, se obedecerdes estritamente à minha voz e deveras guardardes meu pacto, então vos haveis de tornar minha propriedade especial dentre todos os outros pov- os, pois minha é toda a terra. E vós mesmos vos tornareis para 35 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização mim um reino de sacerdotes e uma nação santa.” O povo promete solenemente: “Tudo o que Deus falou estamos dispostos a fazer.” (19.5,6,8) Após um período de santificação para Israel, Deus de- sce no terceiro dia sobre o monte, fazendo-o fumegar e tremer. Então o Senhor entrega os mandamentos ao líder do povo hebreu. Estes frisam a devoção exclusiva a Deus, proibindo outros deuses, a adoração de imagens e tomar o nome de Deus indig- namente. Ordena-se aos israelitas a prestar serviços seis dias e, daí, guardar um sábado a Deus, e a honrar pai e mãe. Leis contra o assassinato, o adultério, o furto, o falso testemunho e a cobiça completam as Dez Palavras. Daí, Deus apresenta-lhes decisões judiciais, instruções para a nova nação, abrangendo escravidão, assalto, ferimentos, compensação, roubo, danos causados por incêndio, adoração falsa, sedução, maltratar viúvas e órfãos, em- préstimos, e muitos outros assuntos. São dadas as leis sobre o sábado e providenciam-se três festividades anuais para a adoração de Deus. Moisés escreve a seguir as palavras de Deus, oferecem-se sacrifícios e metade do sangue é aspergido sobre o altar. O livro do pacto é lido ao povo e, quando este novamente atesta sua dis- posição de obedecer, o restante do sangue é aspergido sobre o liv- ro e todo o povo. Deste modo, Deus faz o pacto da Lei com Israel, através do mediador Moisés Hb 9.19,20. Por um espaço de 40 dias e noites, ele recebe muitas in- struções sobre materiais para o tabernáculo, pormenores de sua mobília, especificações detalhadas sobre o próprio tabernáculo e o modelo para as vestes sacerdotais, incluindo a lâmina de ouro puro, com a inscrição “A santidade ao Senhor”, sobre o turbante de Arão. A investidura e o serviço do sacerdócio são pormenori- zados, e faz-se lembrar a Moisés que o sábado será um sinal entre Deus e os filhos de Israel “por tempo indefinido”. Moisés recebe então as duas tábuas do Testemunho, escritas pelo “dedo de Deus” Êx 28.36; 31.17, 18. No ínterim, o povo se impacienta e pede a Arão que faça um deus que vá adiante deles. Arão consente, fazendo um bezerro 36 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização de ouro, que o povo adora no que Arão chama de “festividade para Deus” (32.5). Deus fala de exterminar a Israel, mas Moisés intercede pelo povo, embora despedace as tábuas na sua própria ira ardente. Os filhos de Levi tomam então o lado da adoração pura, matando a 3.000 dos foliões. Deus também traz praga sobre eles. Depois que Moisés implora a Deus para que este continue a guiar seu povo, diz-se-lhe que obterá um vislumbre da glória de Deus, e ele é instruído a lavrar duas tábuas adicionais em que Deus escreverá outra vez as Dez Palavras. Quando Moisés sobe ao monte pela segunda vez, Deus declara-lhe então o nome de Deus, à medida que Ele vai passando: “o SENHOR, Deus misericordio- so e clemente, vagaroso em irar-se e abundante em benevolência e em verdade, preservando a benevolência para com milhares.” (34.6,7) Daí, declara os termos de seu pacto, e Moisés o escreve, conforme o temos hoje em Êxodo. Quando Moisés desce nova- mente do monte Sinai, a pele de seu rosto emite raios, por causa da glória revelada de Deus. Por causa disso, ele tem de pôr um véu sobre o rosto. 2 Co 3.7-11. O tabernáculo – uma casa móvel ao Senhor (35-40) Por meio de seu servo Moisés, o Senhor orienta seu povo que se encontra no deserto, dizendo-lhes que os de coração dis- posto têm o privilégio de contribuir para o tabernáculo e os de coração sábio o privilégio de trabalhar nele. Pouco depois, Moisés é informado: “O povo está trazendo muito mais do que o serviço requer para a obra que Deus mandou fazer.” (36.5). Sob a direção de Moisés, trabalhadores cheios do Espírito de Deus passam a edi- ficar o tabernáculo e a fazer os acessórios dele e todas as vestes dos sacerdotes. Um ano depois do Êxodo, completa-se o tabernáculo, que é erigido na planície diante do monte Sinai. Deus revela a sua aprovação, cobrindo a tenda da reunião com a sua nuvem, e en- chendo o tabernáculo com a sua glória, de modo que Moisés não 37 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização consegue entrar na tenda. Esta mesma nuvem de dia, e um fogo de noite, indicam que Deus guia a Israel durante todas as suas viagens. Termina aqui o registro de Êxodo, sendo o nome de Deus gloriosamente santificado mediante as Suas obras maravilhosas, realizadas a favor de Israel. Conclusão O segundo livro que forma o Pentateuco, Êxodo, elucida- nos de modo valioso a Deus como o grande Libertador, Organi- zador e Cumpridor de seus propósitos magníficos, e firma a nossa fé nele. Tal fé aumenta ao passo que estudamos as muitas referên- cias a Êxodo no Novo Testamento, indicando o cumprimento de muitas características do pacto da Lei, a garantia da ressurreição, a provisão de Deus de sustentar seu povo, e precedentes para as obras cristãs de assistência, conselhos sobre consideração pelos pais e os requisitos para se ganhar a vida. Por fim, a Lei foi re- sumida em dois mandamentos sobre mostrar amor a Deus e ao próximo Mt 22.32 Êx 4.5; João 6.31-35 e 2 Co 8.15 Êx 16.4, 18; Mt 15.4 e Ef 6.2 Êx 20.12; Mt 5.26,38,39 Êx 21.24; Mt 22.37-40. Segundo afirma o escritor aos Hebreus 11.23-29, lemos sobre a fé de Moisés e seus pais. Pela fé partiu do Egito, pela fé cel- ebrou a Páscoa e pela fé conduziu a Israel através do mar Vermel- ho. Os israelitas foram batizados em Moisés e comeram alimento espiritual e beberam bebida espiritual. Aguardavam a rocha espir- itual, o Cristo, mas, ainda assim, não obtiveram a aprovação de Deus, pois puseram Deus à prova e tornaram-se idólatras, for- nicadores e murmuradores. Paulo explica que isto tem aplicação para os cristãos hoje: “Ora, estas coisas lhes aconteciam como ex- emplos e foram escritas como aviso para nós, para quem já che- garam os fins dos sistemas de coisas. Conseqüentemente, quem pensa estar de pé, acautele-se para que não caia.” 1 Co 10.1-12; Hb. 3.7-13. A maior parte do acentuado significado espiritual de Êx- 38 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização odo, juntamente com sua aplicação profética, é fornecida nas car- tas paulinas, e em especial na carta aos Hebreus, capítulos 9 e 10. “Pois, visto que a Lei tem uma sombra das boas coisas vindouras, masnão a própria substância das coisas, os homens nunca podem, com os mesmos sacrifícios que oferecem continuamente, de ano em ano, aperfeiçoar os que se aproximam.” (Hb 10.1) Estamos, pois, interessados em conhecer a sombra e entender a realidade. Cristo “ofereceu um só sacrifício pelos pecados, perpetuamente”. Ele é descrito como “o Cordeiro de Deus”. Nenhum osso deste “Cordeiro” foi quebrado, como também não foi no prefigurativo. O apóstolo Paulo comenta: “Cristo, a nossa páscoa, já tem sido sacrificado. Conseqüentemente, guardemos a festividade, não com o velho fermento, nem com o fermento de maldade e iniqüi- dade, mas com os pães não fermentados da sinceridade e da ver- dade.” Hb 10.12; João 1.29 e 19.36 Êx 12.46; 1 Co 5.7,8 Êx 23.15. O Senhor Jesus tornou-se Mediador dum novo pacto, as- sim como Moisés fora mediador do pacto da Lei. O contraste entre estes pactos é também explicado claramente pelo apóstolo Paulo, que fala do ‘documento manuscrito de decretos’, que foi tirado do caminho mediante a morte de Jesus na cruz. O Jesus ressuscitado, qual Sumo Sacerdote, é “servidor público do lugar santo e da ver- dadeira tenda, que Deus erigiu, e não algum homem”. Os sacer- dotes sob a Lei prestavam “serviço sagrado numa representação típica e como sombra das coisas celestiais”, segundo o modelo que fora dado por Moisés. “Mas, Jesus obteve agora um serviço público mais excelente, de modo que ele é também o mediador dum pacto correspondentemente melhor, que foi estabelecido legalmente em promessas melhores.” O antigo pacto tornou-se obsoleto e foi eliminado como código que administrava a morte. Os judeus que não entendiam isso são descritos como tendo suas percepções embotadas, mas, os crentes que entendem que o Israel espiritual está sob o novo pacto podem ‘com rostos desvelados refletir como espelhos a glória de Deus’, estando adequadamente habilitados como ministros do pacto. Com a consciência purifi- 39 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização cada, estes podem oferecer seu próprio “sacrifício de louvor, isto é, a declaração pública do seu nome”. Cl 2.14; Hb 8.1-6,13; 2 Co 3.6-18; Hb 13.15; Êx 34.27-35. O livro de Êxodo exalta o nome e o governo de Deus, apontando para a gloriosa libertação da nação cristã, o Israel espiritual, a quem se diz: “Vós sois raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo para propriedade especial, para que divulgueis as excelências’ daquele que vos chamou da escuridão para a sua maravilhosa luz. Porque vós, outrora, não éreis povo, mas agora sois povo de Deus.” O poder de Deus, segundo demonstrado em ajuntar seu Israel espiritual, tirando-o do mundo, a fim de engran- decer o seu nome, não é menos milagroso do que o poder que demonstrou a favor de seu povo no antigo Egito. Em suma, baseando-se nas Escrituras, é possível afirmar que a nação formada sob a direção de Moisés apontava para uma nova nação que seria formada sob a direção de Cristo, e para um reino que nunca será abalado. Por isso, somos incentivados a ‘pre- star a Deus serviço sagrado com temor piedoso e espanto rever- ente’. Assim como a presença de Deus cobria o tabernáculo no ermo, da mesma forma ele promete estar eternamente presente entre os que o temem: “Eis que a tenda de Deus está com a hu- manidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles... Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.” Êxodo é deveras parte essencial e proveitosa do registro da Bíblia. Questionário Marque “C” para certo e “E” para errado ____ 10) - Êxodo significa “chegada” e a Versão Grega deu ao livro esse título porque ele narra o grande evento da história de Israel: a chegada do povo de Deus. 40 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização ____ 11) - Moisés é o autor do livro de Êxodo, indicado pelo fato de ser Êxodo o segundo volume do Pentateuco. ____ 12) - Moisés e Arão se apresentam a Faraó e anunciam que o Senhor, Deus de Israel, disse: “Deixa meu povo ir.” ____ 13) - O povo se conduzia em direção a terra da promessa debaixo duma coluna de nuvem de dia e de noite por meio duma coluna de fogo, Deus conduz Israel para fora pelo caminho de Su- cote. ____ 14) - O Senhor Jesus tornou-se Mediador dum novo pacto, assim como Moisés fora mediador do pacto da Lei. 41 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização III - Visão Panorâmica de Levítico (1445-1405 a.C.) Levítico é o terceiro livro da Bíblia. Segundo a enciclopé- dia livre Wikipédia, os judeus chamam-no Va-Yikra ou Vaicrá (E chamou). Basicamente é um livro teocrático, isto é, seu caráter é legislativo; possui, ainda, em seu texto, o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário litúrgico entre outras normas e legislações que regu- lariam a religião. O termo Levítico vem da Septuaginta grega, através do “Leviticus” da Vulgata latina. Este nome é apropriado, embora os levitas sejam mencionados apenas de passagem (em Levítico 25.32,33), pois o livro consiste principalmente em regulamentos para o sacerdócio levítico, escolhido da tribo de Levi, e em leis que os sacerdotes ensinavam ao povo: “Pois, são os lábios do sacerdote que devem guardar o conhecimento e da sua boca devem as pes- soas procurar a lei.” (Ml 2.7) No texto hebraico, o livro é chamado segundo a sua expressão inicial, Wai•yiq•rá´, literalmente: “E ele passou a chamar.” Entre os judeus posteriores, o livro era também chamado de Lei dos Sacerdotes e Lei das Ofertas. Lv 1.1. Moisés escreveu Levítico. “Estes são os mandamentos que Deus deu a Moisés.” (Levítico 27.34) Há uma declaração similar em Levítico 26.46. As evidências apresentadas anteriormente, de que Moisés escreveu Gênesis e Êxodo, comprovam também que ele escreveu Levítico, visto que o Pentateuco evidentemente era originalmente um só rolo. Além do mais, Levítico é ligado aos livros precedentes por meio da conjunção “e”. O mais forte teste- munho de todos é que Jesus Cristo, bem como outros servos in- spirados de Deus, citam freqüentemente as leis e os princípios de Levítico ou referem-se a eles e os atribuem a Moisés. Lv. 23.34, 40-43 Ne 8.14, 15; Lv 14.1-32 Mt 8.2-4; Lv 12.2 Lc 2.22; Lv 12.3 42 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização João 7.22; Lv 18.5 Rm 10.5. Conquanto o livro de Êxodo termina quando se erige o tabernáculo “no primeiro mês, no segundo ano, no primeiro dia do mês”. O livro de Números (que se segue imediatamente ao re- lato de Levítico) começa com Deus falando a Moisés “no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da saída deles da terra do Egito”. Segue-se, portanto, que não poderia ter passado mais de um mês lunar para os poucos eventos de Levítico, consistindo a maior parte do livro em leis e regulamentos. Êx 40.17; Nm 1.1; Lv 8.1-10.7; 24.10-23. É provável que ele fosse guardando um registro dos even- tos ao passo que iam ocorrendo, e que escreveu as instruções de Deus à medida que as recebia. Isto é implícito na ordem de Deus a Moisés de escrever a condenação dos amalequitas logo após Israel tê-los derrotado em batalha. Ademais, certos assuntos no livro sugerem que foi escrito logo. Por exemplo, ordenou-se aos israeli- tas trazer animais que desejassem usar para alimentação à entrada da tenda de reunião, para serem abatidos. Esta ordem teria sido dada e registrada pouco depoisdo estabelecimento do sacerdócio. Muitas instruções são dadas para a orientação dos israelitas du- rante a sua viagem no ermo. Êx 17.14; Lv 17.3, 4; 26.46. Era o propósito e desígnio de Deus ter uma nação santa, e um povo santificado, colocado à parte para Seu serviço. Desde os dias de Abel, homens fiéis de Deus vinham oferecendo sacrifí- cios a Deus, mas foi primeiro à nação de Israel que Deus deu in- struções específicas sobre ofertas pelo pecado e outros sacrifícios. Estes, segundo explicado em pormenores em Levítico, deixaram os israelitas cientes da excessiva pecaminosidade e incutiu-lhes na mente quão desagradáveis isto os tornava aos olhos de Deus. Tais regulamentos, como parte da Lei, serviram como aio conduzindo os judeus a Cristo, mostrando-lhes a necessidade de um Salvador, e, ao mesmo tempo, serviam para mantê-los como povo separado do resto do mundo. Em especial as leis divinas sobre pureza ceri- 43 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização monial serviram para este último objetivo. Lv 11.44; Gl 3.19-25. Israel se dirigia pelo escaldante deserto como uma nova nação caminhando para uma nova terra, e o Senhor lhe dirigia corretamente. Ainda não passara um ano desde o Êxodo, e os padrões de vida do Egito, bem como as suas práticas religiosas, ainda estavam vivos na mente deles. O casamento entre irmão e irmã era comum no Egito. Praticava-se a adoração falsa em honra de muitos deuses, alguns deles sendo deuses animais. Agora esta grande congregação estava a caminho de Canaã, onde a vida e as práticas religiosas eram ainda mais degradantes. Mas, observe de novo o acampamento de Israel. Engrossando a congregação havia muitos egípcios puros ou mestiços, uma multidão mista que vivia bem no meio dos israelitas e que nascera de pais egípcios e fora criada e instruída segundo os costumes, a religião e o patriotismo dos egípcios. Muitos destes, sem dúvida, até bem pouco antes, na sua terra, entregavam-se a práticas detestáveis. Quão necessário é que recebam agora orientações pormenorizadas de Deus! Levítico traz em sua inteireza a marca da inspiração div- ina. Meros humanos não poderiam ter formulado as suas leis e seus regulamentos sábios e justos. Os seus estatutos relativos à alimentação, doenças, quarentena e tratamento de cadáveres rev- elam um conhecimento de fatos que os homens da medicina, do mundo, só vieram a conhecer milhares de anos mais tarde. A lei de Deus sobre animais impuros para alimentação protegeria os is- raelitas durante a sua viagem. Ela os protegeria contra a triquinose provinda de porcos, a febre tifóide e paratifóide de certos tipos de peixe e infecções provindas de animais encontrados mortos. Estas leis práticas visavam orientar a religião e a vida deles, para que permanecessem como nação santa e atingissem e habitassem a Terra Prometida. A história mostra que os regulamentos for- necidos por Deus resultaram em os judeus levarem considerável vantagem sobre outros povos em questões de saúde. A realização das profecias e das prefigurações contidas em 44 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização Levítico prova adicionalmente a sua inspiração. Tanto a história sagrada como a secular registram o cumprimento dos avisos de Levítico sobre as conseqüências da desobediência. Entre outras coisas, predisse que mães comeriam seus próprios filhos, por causa da fome. Jeremias indica que isto se cumpriu na destruição de Jerusalém, em 607 a.C., e Josefo conta que isso aconteceu tam- bém na destruição posterior da cidade, em 70 d.C. A promessa profética de que Deus se lembraria deles, se eles se arrependessem, cumpriu-se no retorno deles de Babilônia, em 537 a.C. (Lv 26.29, 41-45; Lm 2.20; 4.10; Ed 1.1-6) Como testemunho adicional da in- spiração de Levítico, há as citações que outros escritores da Bíblia fazem dele como sendo Escritura inspirada. Além dos textos cit- ados anteriormente para provar que Moisés é o escritor, queira consultar Mt 5.38; 12.4; 2 Co 6.16 e 1 Pd 1.16. O livro de Levítico apresenta a santidade do Senhor. Este tema percorre Levítico, que menciona este requisito mais do que qualquer outro livro da Bíblia. Os israelitas deviam ser santos porque Deus é santo. Certas pessoas, lugares, objetos e períodos foram reservados como santos. Por exemplo, o Dia da Expiação e o ano do Jubileu foram reservados como períodos de observância especial na adoração de Deus. Há um lugar especial também em Levítico para o derrama- mento de sangue, isto é, o sacrifício de uma vida, desempenhava no perdão dos pecados. Os sacrifícios de animais limitavam-se aos animais domésticos e limpos. Para certos pecados, requeria- se a confissão, a restituição e o cumprimento de uma penalidade, além do sacrifício. Para outros pecados, a penalidade era a morte. As leis e normas para o povo A maior parte do livro consiste em escrita legislativa, grande parte dela sendo também profética. No todo, o livro segue um esboço tópico, e pode ser dividido em oito partes, que seguem uma ordem sucessiva bastante lógica. Regulamentos sobre sacrifícios (1.17,38). Os diversos 45 institutobelem.org Pastor Moisés Carneiro Proibida a Comercialização © Direitos Reservados ao Instituto Belém Proib ida a come rciali zação Proibida a comercialização sacrifícios caem em duas categorias gerais: de sangue, consist- indo em bovinos, ovelhas, cabritos e aves; e exangues, consistin- do em cereais. Os sacrifícios de sangue devem ser apresentados como ofertas (1) queimadas, (2) de participação em comum, (3) pelo pecado ou (4) pela culpa. Os quatro tipos de oferta têm as seguintes três coisas em comum: o próprio ofertante tem de trazer o animal à entrada da tenda de reunião, colocar as mãos sobre ele e daí o animal tem de ser abatido. Depois da aspersão do sangue, é preciso dar destino à carcaça segundo a espécie de sacrifício. Consideremos agora os sacrifícios de sangue, um por vez. (1) As ofertas queimadas podem consistir num novilho, cordeiro, cabrito, rola ou pombo, dependendo das posses do ofer- tante. Têm de ser cortadas em pedaços e, com exceção da pele, a oferta toda tem de ser queimada sobre o altar. Em caso de rola ou de pombo, a cabeça tem de ser truncada com a unha, mas não decepada, e o papo e as penas removidos. 1.1-17; 6.8-13; 5.8. (2) O sacrifício de participação em comum pode ser de um macho ou uma fêmea dos bovinos ou dos rebanhos. Só as partes gordurosas serão queimadas sobre o altar, certas porções cabendo ao sacerdote e o resto devendo ser comido pelo ofertante. É chamado apropriadamente de sacrifício de participação em co- mum, pois, mediante ele, o ofertante participa de uma refeição, ou tem comunhão, por assim dizer, com Deus e com o sacerdote 3.1-17; 7.11-36. (3) Exige-se uma oferta pelo pecado para pecados não in- tencionais, ou pecados cometidos por engano. O tipo de animal oferecido depende de quem é o pecado que será expiado do sacer- dote, do povo como um todo, dum chefe ou duma pessoa comum. Diferentes das voluntárias ofertas queimadas e de participação em comum para indivíduos, as ofertas pelo pecado são obrigatórias 4.1-35; 6.24-30. (4) As ofertas pela culpa são exigidas para expiar a culpa pessoal devido à infidelidade, à fraude e ao roubo. Em certos ca- 46 Proib ida a come rciali zação Instituto Belém - Desejando o Conhecimento de Deus Curso básico de Teologia moisespedrosa.blogspot.com Proibida a comercialização sos, a culpa requer que se confesse e se faça um sacrifício segundo as posses da pessoa. Noutros, exige-se a compensação equivalente à perda e mais 20 por cento, bem como o sacrifício