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Efeito Fotoelétrico Caique Conde Rodrigues (145580) e Maíra Dombroski Neme (147141) c145580@dac.unicamp.br e m147141@dac.unicamp.br Instituto de Física "Gleb Wataghin" - UNICAMP 24 de novembro de 2017 Resumo Neste relatório estudamos o efeito fotoelétrico, fenômeno em que um material emite elétrons quando exposto à determinadas radiações eletromagnéticas. Verificamos as condições sobre as quais o efeito acontece e, para uma das montagens experimentais, calculamos a constante de Planck como sendo h = (5, 8± 0, 2)[J.s× 10−34], valor que concorda com o teórico em 88%. I. Introdução A emissão fotoelétrica acontece quando luz incide sobre um material e causa emissão de elétrons. O modelo clássico previa que, caso a intensidade de luz incidente aumentasse, a energia dos elétrons emitidos aumentaria. No entanto, isto não foi verificado experimentalmente e uma explicação satisfatório só foi dada em 1905 por Albert Einstein, trabalho que lhe rendeu prêmio Nobel de Física em 1921. O modelo quântico previu que luz de mais alta frequência produziria elétrons de mais alta energia e que eles seriam independentes de intensidade. A magnitude da corrente produzida, por sua vez, seria dependente da intensidade da luz. As aplicações do efeito fotoelétrico são inúmeras: cé- lulas fotoelétricas como sensores para controle remoto, visão noturna, conversores de energia solar em elétrica em painéis solares, espectroscopia de fotoemissão, etc [1]. II. Detalhes Experimentais Einstein explicou o efeito fotoelétrico usando a hipótese de Planck da catástrofe do ultravioleta, i.e.: E = hν (1) É fácil verificar experimentalmente que existe uma frequência mínima para o qual elétrons começam a ser emitidos. Isso indica que estes elétrons não estão livres no material mas sim presos por uma energia φ e, portanto, os elétrons que são ejetados do material possuem energia cinética dada por: Kmax = hν− φ (2) Em que Kmax é a máxima energia cinética dos elétrons emitidos e φ é a função trabalho do material, ou seja, a mínima energia necessária para remover os elétrons da superfície do material. Como a diferença de potencial entre o catodo e o anodo é controlada através de um resistor é possível calcular Kmax: basta que os elétrons saiam do material com energia zero e ainda assim consigam alcançar o detector pois, por conservação de energia: Kmax = eV (3) E portanto: V(ν) = h e ν− φ e (4) Uma imagem representativa do sistema utilizado pode ser visto na Figura 1. Figura 1: Esquema experimental utilizado para o Efeito Fotoelétrico. Imagem retirada e modificada de [1]. Uma lâmpada de vapor de mercúrio, quando aque- cida, emite luz em diversos comprimentos de onda. A 1 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Grupo 3 (Verde) • F - 740 B • Prof. R. Urbano luz passa por um colimador e depois por um cristal, que a difrata e produz um padrão repetido de linhas espectrais de intensidades variáveis, dependendo da or- dem do padrão de interferência. Utilizamos as raias de primeira ordem buscando maior intensidade, e menor sobreposição de cores. A luz incide então sobre uma fotocélula conectada à uma placa eletrônica. Quando radiação incide no catodo, os elétrons emitidos são re- cebidos no anodo e, com o auxílio de um amperímetro muito sensível, pode-se ler a corrente no circuito. Se um potencial negativo é aplicado no anodo (usamos uma fonte para tal), apenas elétrons com energia su- perior à K > eV conseguem atingir o anodo e, para algum potencial V0, nenhum elétron atingirá o anodo. Esse potencial de retardamento V0 multiplicado pela constante e é igual à energia dos elétrons mais rápidos. Outro fator importante que deve ser levado em con- sideração é, como já visto no experimento de Franck- Hertz, a diferença de potencial de contato que existe em um sistema fechado. As fórmulas deduzidas até agora não consideram o fato de que os elétrons que vão do catodo ao anodo vencem um potencial diferente daquele que é aplicado. A função trabalho do anodo φA é diferente da função trabalho do catodo φC se estes são materias diferentes. A voltagem aplicada V′ entre as junções metálicas indica que os elétrons dentro do anodo estão à um potencial V′ maior que os elétrons dentro do catodo. Se V for o potencial sentido pelo elétron livre e a perda de energia no aro for zero: −eφC + eV + eφA − eV′ = 0 ou então: V = V′ − (φA − φC) (5) Em que (φA − φC) é a diferença de potencial de con- tato (DPC). Portanto, uma maneira de contornar a DPC é construir o sistema com o anodo e o catodo com fun- ções trabalho φA e φC parecidas. Combinando 4 e 5 para V = 0, ou seja, V′ = φA − φC, temos: V′0 = h e ν− φA e (6) Então um gráfico do potencial de parada versus a frequência da luz nos dá uma linha com coeficiente angular h/e e coeficiente linear φA/e, ou seja, a função trabalho do anodo ao invés do catodo. III. Resultados, Análise de Dados e Discussões i. Primeira montagem Utilizando a lâmpada de mercúrio e o fotodetector (h/e PASCO Scientific AP-9363) conectado à um voltíme- tro (Figura 2), varremos todas as linhas que pudemos detectar sobre um anteparo e medimos a tensão V0 necessária para que a corrente fosse zero, o potencial de parada. Medimos diversas vezes para vários filtros de intensidade luminosa diferentes, todos mostrados na Tabela 1, com a intenção de observar a influência da intensidade e frequência da luz na energia cinética dos elétrons emitidos e, assim, calcular a constante de Planck e a função trabalho. O gráfico da voltagem de cada uma das linhas em função do filtro utilizado está na Figura 3. Figura 2: Primeira montagem. Tabela 1: Voltagem necessária para zerar a corrente do sistema (potencial de parada) para todas as linhas encontradas e para diversos filtros de intensidade luminosa. 20% 40% 60% 80% 100% Branca 0,925 0,991 0,993 1,005 1,044 UV 1,634 1,687 1,704 1,697 1,745 Violeta 1,428 1,489 1,491 1,499 1,53 Azul 1 1,285 1,313 1,309 1,317 1,335 Azul 2 1,18 1,258 1,275 1,3 1,376 Verde Escuro 1,148 1,214 1,249 1,257 1,355 Verde 0,875 0,896 0,9060,901 0,975 Amarelo 0,925 0,961 0,981 0,995 1,031 Laranja 0,895 0,913 0,923 0,935 1,026 Vermelho 1,103 1,197 1,225 1,244 1,357 2 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Grupo 3 (Verde) • F - 740 B • Prof. R. Urbano Figura 3: Gráfico da voltagem necessária para zerar a corrente em função de cada um dos filtros de intensidade luminosa utilizado referente à Tabela 1. De todos os pontos do gráfico da Figura 3, os relacio- nados à 100% (i.e., sem filtro algum) são extremamente diferentes do restante: a linha ’Azul 1’ apresentou uma voltagem abaixo das linhas ’Azul 2’, ’Verde Escuro’ e ’Vermelho’. Além do mais, todas essas quatro linhas estão muito próximas e numa tensão acima de todos os outros filtros. Provavelmente os filtros não apenas diminuem a intensidade luminosa mas também atuem, indiretamente, como um passa-baixa, i.e., não permite que frequências altas cheguem até o fotodetetor. Isto explicaria o aumento da tensão de todos os pontos relacionados a 100% em comparação aos outros. Outras duas aparentes anomalias vem do fato de que a cor vermelha apresenta uma tensão acima das cores amarelo, laranja e verde; assim como a cor verde apre- sentando a menor tensão entre as demais. Dizemos que estas duas observações são anomalias pois é espe- rado que ondas com comprimento de onda maior, por possuírem menos energia, provoquem tensões menores. Entre as quatro cores citadas a que possui o maior com- primento de onda é o vermelho e a menor é o verde, explicando, assim, a aparente anomalia. Ao olharmos o manual [3], descobrimos que para as cores verde e amarelo se recomenda usar filtros de cores antes de medirmos a tensão pois os espectros destas cores se sobrepõe. Os novos dados estão apresentados na Tabela 2 e um gráfico comparando os novos e os antigos dados estão na Figura 4. Tabela 2: Novas voltagens para as cores verde e amarelo utilizando, desta vez, filtros de suas respectivas cores. 0% 20% 40% 60% 80% Verde 0,734 0,687 0,704 0,717 0,72 Amarelo 0,681 0,64 0,642 0,667 0,653 Figura 4: Gráfico referente á Tabela 2. Utilizando os filtros de cores vimos que a tensão para a cor verde fica maior do que a amarelo, o que é espe- rado. A surpresa foi ambas as tensões terem diminuído ao comparadas com os antigos dados. Isto indica que, de fato, antes de utilizar o filtro de cor, existia uma sobreposição das cores verde e amarelo e, sendo assim, o fotodetetor calculava algum tipo de média e a tensão acabava sendo maior. Podemos entender então que, para o vermelho, também há alguma sobreposição de cores, provavelmente do ultravioleta, explicando assim o motivo da cor vermelha apresentar uma tensão maior do que o esperado. Como a distância entre a grade de difração (cristal) e o anteparo é grande em relação aos comprimentos de onda envolvidos no problema, como podemos ver na Figura 2, iremos assumir que estamos lidando com um regime de difração de Fraunhofer, e não de Fresnel. De acordo com esse regime: sin(θn) = nλ d (7) Em que d é a distância fonte anteparo e θn é o angulo do n-ésimo mínima de intensidade no anteparo em rela- ção ao comprimento de onda λ incidente. Isto significa que quanto maior o comprimento de onda envolvido na difração mais distantes estão os mínimos adjacente, assim como também os máximos. Isto significa que on- das com comprimento de onda maior "difratam menos", 3 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Grupo 3 (Verde) • F - 740 B • Prof. R. Urbano em outras palavras, se para a cor vermelha precisamos de um angulo θ1,red para alcançar seu primeiro máximo, este mesmo angulo pode ser igual ao θ2,blue, i.e., o se- gundo máximo da cor azul, explicando assim o porque das anomalias citadas. Portanto, para uma analise mais detalhada, precisa- ríamos de vários filtros de cores e não apenas para o verde e o amarelo pois, como podemos ver, a cor ver- melha esta acima das cores amarelo, verde e laranja, indicando claramente que existe alguma outra onda sobreposta ali. A partir daqui iremos considerar apenas as linhas que, a priori, apresentam uma melhor chance de estarem "corretas" que, de acordo com o manual, são: UV, Violeta, Azul (a priori, não sabemos se 1 ou 2), Verde e Amarelo (por conta dos filtros). O manual do equipamento [3] cita apenas estas cinco linhas espectrais sendo que foi verificado nove linhas (a linha que chamamos de ’Branca’ é a sobreposição de todas as linhas e não deve ser levada em conta para a análise). O motivo da omissão provavelmente se deve à falta de nitidez de algumas linhas comparadas as outras. De qualquer maneira, as linhas consideradas pelo manual e as linhas mais intensas do mercúrio de acordo com [4] são apresentadas na Tabela 3. Tabela 3: Comprimentos de onda do mercúrio com intesidades rela- tivas acima de 1000 de acordo com [4], a direita. Com- primento de onda do mercúrio de acordo com o manual do equipamento [3], a esquerda. λmanual [nm] λre f erencia [nm] - 184,95 - 253,652 - 296,728 - 365,015 365,483 (UV) - 404,656 (Violeta) 404,656 - 435,833 435,835 (Azul) - 546,074 (Verde) 546,074 578,000 (Amarelo) - - 614,95 - 1013,975 A menos da cor amarela que foi calculada e dada pelo manual, os outros comprimentos de onda dados pelo manual são coerentes com os mostrados pela re- ferência se considerarmos intensidades relativas acima de 1000. Infelizmenteas cores como verde escuro, la- ranja e vermelho não estão entre as mais intensas de acordo com [4], sendo assim muito difícil encontra-las na referência. Considerando que a luz se propaga com velocidade c = 299.792.458[m.s−1] durante todo o ex- perimento calculamos as respectivas frequências ν de cada comprimento de onda utilizando a equação 8 e plotamos as voltagens em função dela, como mostrado na Tabela 4 e na Figura 5. c = λν (8) Tabela 4: Tabela das frequências relacionadas á λmanual da Tabela 3 e, novamente, suas respectivas voltagens para cada um dos filtros de intensidade utilizado. ν [THz] 20% 40% 60% 80% 100% 820,26 1,634 1,687 1,704 1,697 1,745 740,86 1,428 1,489 1,491 1,499 1,530 687,86 1,232 1,285 1,292 1,308 1,356 549,00 0,687 0,704 0,717 0,720 0,734 518,67 0,640 0,642 0,720 0,653 0,681 Figura 5: Gráfico referente á Tabela 4 e suas respectivas regressões lineares. As regressões lineares da Figura 5 são equações da voltagem em função da frequência como já mencionado anteriormente. Os coeficientes angular e linear a e b representam he e φA e , respectivamente. Os valores desses coeficientes estão calculados na Tabela 5. 4 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Grupo 3 (Verde) • F - 740 B • Prof. R. Urbano Tabela 5: Coeficientes angular e linear das regressões lineares da Figura 5 para cada um dos filtros utilizados. h e [V.PHz −1] φae [V] 100% 3,73 ± 0,21 1,26 ± 0,14 20% 3,47 ± 0,16 1,18 ± 0,11 40% 3,65 ± 0,19 1,26 ± 0,13 60% 3,62 ± 0,17 1,23 ± 0,12 80% 3,65 ± 0,20 1,24 ± 0,13 Sendo assim, em média, os valores desses coeficientes são: h e = (3, 62± 0, 09)[V.s× 10−15] φA e = (1, 23± 0, 06)[V] Caso assumirmos que e = 1, 602× 10−19[C] sem ne- nhum erro associado, temos então que: h = (5, 8± 0, 2)[J.s× 10−34] φA = (1, 23± 0, 06)[eV] O valor da constante de Planck h difere da litera- tura por aproximadamente 12% e, pela função trabalho calculada, não foi possível encontrar nada que se relaci- onasse com o valor obtido para que inferíssemos sobre o material utilizado como ânodo. ii. Segunda montagem experimental A segunda montagem experimental consistiu em in- cidir luz de vapor de mercúrio sobre uma fotocélula conectada à um circuito elétrico (placa eletrônica Phywe 6776). Apaga-se as luzes da sala para que não interfira com o experimento e se posiciona a franja da cor que será estudada por uma fenda, de forma que apenas luz com o comprimento de onda escolhido incida sobre a fotocélula. Usamos uma fonte LABO para aplicar um potencial de retardamento no anodo, o qual variamos na placa eletrônica por meio de um reostato. Com o ele- trômetro Keithley 610C mede-se a corrente no circuito (ver montagem experimental em Figura 6). Usamos as cores azul, violeta, UV, verde, laranja e vermelho das li- nhas de primeira ordem de nossa lâmpada de mercúrio por serem mais fáceis de identificar. Figura 6: Segunda montagem. Medimos a corrente como função da voltagem apli- cada entre o ânodo e o cátodo. Conforme variamos a voltagem aplicada, esperávamos ver a corrente chegar a zero e se estabilizar. No entanto, observamos uma corrente reversa bastante significativa, que mostra que há fotoemissão do ânodo. O gráfico na Figura 7 mostra as curvas da corrente em função da voltagem aplicada ao ânodo para diversos comprimentos de onda. Os va- lores lidos foram muito próximos da "cauda" da curva, mostrando muitos pontos depois da saturação e poucos antes. Melhores dados poderiam ter sido coletados se a voltagem fornecida pela fonte tivesse sido mais baixa (utilizamos 8.2V, Melissinos [5] sugere que se use de 1.5 a 7.5V). Um potencial de frenagem mais alto significa que os elétrons são frenados muito rápido, dificultando a visualização do início da frenagem, a parte de fato mais interessante. Figura 7 Os potenciais necessários para zerar a corrente (po- tencial de parada, V0) para cada linha espectral estão na Tabela 6, assim como a função trabalho no anodo, φA, para cada comprimento de onda, calculada usando a Equação 8. 5 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Grupo 3 (Verde) • F - 740 B • Prof. R. Urbano Tabela 6: Potencial de parada medido para diferentes comprimentos de onda. A função trabalho do anodo foi calculada para cada comprimento de onda usando a Equação 8. Cor λ (nm) V0 (V) φA (eV) UV 365.483 1.44 1.9547 Violeta 404.656 1.20 1.8659 Azul 435.835 0.53 2.3167 Verde 546.074 0.51 1.7620 Laranja 614.950 0.50 1.5176 Vermelho 1013.975 0.56 0.6636 O potencial de parada da cor vermelha, no entanto, é muito alto. Entendemos que há algum tipo de interfe- rência, provavelmente da raia ultravioleta de segunda ordem, como já mencionado. Desta forma, desconsi- deramos os dados da cor vermelha para os próximos cálculos. Notamos também que a raia de cor azul fi- cou bastante fora da curva. Foi a primeira cor medida, portanto imaginamos que ela tenha ficado mal medida. Plotando o potencial de corte em função da frequência (Figura 8), podemos determinar, a partir da Equação 8, a constante de Planck e a função trabalho como sendo: h = (4, 5± 1, 4)[J.s× 10−34] φA = (1, 0± 0, 6)[eV] Figura 8: Potencial de parada em função da frequência da luz in- cidente. Destaque para o potencial da cor azul, bastante fora da curva. IV. Conclusões Com a primeira montagem experimental foi possível obter a constante de Plank com razoavel concordância com a literatura, com um desvio de apenas 12%. Já para a segunda montagem experimental os dados não estão bons, sendo que a constante de Planck calculada difere por 32%. Em relação às funções trabalho, elas concordam com razoavel precisão, sendo elas iguais à (1,23 ± 0,06)[eV] para a primeiramontagem e (1,0 ± 0,6)[eV] para a se- gunda. De acordo com o manual, o ânodo é feito de platina, que possue 5,36[eV] de função trabalho. Como as funções trabalho calculadas são parecidas entre sí e ambas diferem da esperada, tratasse de um erro siste- mático. Um possível motivo para tal erro possa ser a idêntificação errada dos comprimentos de onda, isto é, os comprimentos de onda que achavamos ser o certo, na verdade não eram. É díficil saber ao certo qual com- primento de onda estamos de fato medindo durante o experimento pois não temos um espectrômetro perto para verificarmos. Outra razão pelo qual acreditamos que o erro siste- mático cometido seja de fato a má idêntificação dos comprimentos de onda vem do fato de que a constante de Planck calculada concorda razoavelmente bem com a teoria, sendo este valor retirado do coeficiente angular da nossa reta. Identificar os comprimentos de onda de maneira errada, porem sistematicamente, faz com que a reta tenha o mesmo coeficiente angular e um coeficiente linear diferente, explicando assim o motivo de apenas uma das medidas estar errada. Referências [1] https://en.wikipedia.org/wiki/Photoelectric _ef- fect#Uses_and_effects [2] Preston, D.W. and Dietz, E.R.. "The Art of Experi- mental Physics". 1a edição - John Wiley and Sons, 1991; [3] Manual de Instruções e Guia de Experimentos para PASCO Modelos AP-9368 e AP-9369. Disponível em: https://www.unr.edu/Documents/science/ physics/labs/182/06_HE_Apparatus(0).pdf; [4] Handbook of Chemistry and Physics, 97th ed.; [5] Melissinos, A. C. Experiments in Modern Physics. Academic Press, Nova Iorque, 1966. 1a edição, 4a reimpressão.; 6 pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen pdf-notes Pen Introdução Detalhes Experimentais Resultados, Análise de Dados e Discussões Primeira montagem Segunda montagem experimental Conclusões
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