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Projeto de Oscilador em Anel com Técnicas de Mitigação aos Efeitos de TID Agord de Matos Pinto Júnior Raphael Ronald Noal Souza CTI Renato Archer Campinas-SP agord.pinto@cti.gov.br raphael.souza@cti.gov.br Yuzo Iano Leandro Tiago Manera Unicamp / FEEC Campinas-SP yuzo@decom.fee.unicamp.br manera@dsif.fee.unicamp.br Cassia Maria Chagas Saulo Finco CTI Renato Archer Campinas-SP Telefone: (19) 3746-6246 Fax: (19) 3746-6028 Resumo—Este trabalho apresenta as características técnicas de implementação para um oscilador controlado por tensão (Voltage Controlled Oscillator - VCO) com arquitetura em anel através de técnicas de mitigação dos efeitos de Dose Total Ionizante (Total Ionizing Dose - TID). Através de ambiente de desenvolvimento Cadence Virtuoso Analog Design Enviroment (ADE), o projeto foi implementado em nível de layout por meio de tecnologia CMOS UMC 0.18µm a partir de componentes de geometria fechada segundo o padrão DARE (Design Against Radiation Effects). Resultados obtidos através de simulação indicam consumo PDC = 10.8W , faixa de frequência de operação ∆FOut = 860MHz, ruído de fase PN@1M = −107.8dBC/Hz, e variação máxima de 15% na curva de sintonia em função da temperatura. I. INTRODUÇÃO Como bloco fundamental em muitos sistemas eletrônicos [1], osciladores tem sido empregados em aplicações como circuitos de recuperação de dados e de clock, circuitos ge- radores de clock, e circuitos de modulação e demodulação de frequência em vários sistemas de comunicação [2]. Com o rápido desenvolvimento da indústria de comunicação sem fio, mais canais disponíveis são exigidos, ocorrendo um intervalo calculado entre os canais adjacentes para aumento de efici- ência espectral. Dentro deste contexto, as comunicações por satélite ganharam uma posição de destaque, devido ao seu uso em serviços como localização, navegação, radar, e sistemas meteorológicos. Entretanto, o sinal transmitido sofre distorções em função de interferências externas, bem como em função de imperfeições do próprio canal de transmissão. Além disso, ruídos e sinais interferentes (que se originam de outras fontes) são acrescidos à saída do canal, resultando no sinal recebido, o qual é uma versão corrompida do sinal transmitido [3]. Como fator complementar, o escalonamento da tecnologia CMOS conduz a um aumento de sensibilidade de dispositivos eletrônicos aos efeitos da radiação ionizante que pode induzir à variação de parâmetros elétricos e à consequente degradação de desempe- nho do dispositivo [4], o que estabelece uma demanda pelo desenvolvimento e aplicação de técnicas de projeto para a mitigação destes efeitos. Sintetizadores de frequência baseados em arquitetura PLL (Phase Locked Loop) vem desempenhando um papel impor- tante em front-ends de RF e um dos gargalos de projeto encontra-se no VCO [5]. Um requisito crítico é a estabilidade do termo de ganho (KV CO), que deve ter pequenas variações. Considerando este conjunto de conceitos de referência e compromissos operacionais inerentes à radiação, este trabalho descreve as características de implementação de um VCO através de arquitetura em anel com três células de atraso auto- polarizadas. O projeto foi desenvolvido e caracterizado em nível de layout em ambiente Cadence Analog Design Environ- ment (ADE), por meio da tecnologia CMOS UMC 0.18µm, de acordo com padrão DARE (Design Against Radiation Effects). Desta forma, a seção II apresenta uma descrição geral dos efeitos cumulativos da radiação ionizante sobre estruturas semicondutoras, a seção III relaciona técnicas de mitigação aplicáveis dentro do contexto do fluxo de projeto, a seção IV descreve as características construtivas da estrutura proposta para o VCO, a seção V apresenta os resultados de caracteri- zação em nível de layout e, por fim, a seção VI apresenta as conclusões finais. II. RADIAÇÃO IONIZANTE O ambiente de radiação espacial é danoso para dispositivos eletrônicos, a partir da ação de fontes ionizantes como ativi- dade solar, raios cósmicos galácticos (RCGs) e os cinturões de Van Allen. O sol lança periodicamente partículas carregadas, principalmente prótons, em ejeções de massa coronal e em erupções solares, o que ocasiona um aumento na densidade do fluxo de partículas energéticas. Os raios cósmicos galácticos que se originam de fora do sistema solar consistem em íons pesados excessivamente energéticos. Partículas carregadas, como elétrons e prótons são aprisionados no campo magnético da Terra, formando o assim denominado cinturão de Van Allen. O cinturão engloba a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS), que representa a parte que mais se aproxima da superfície terrestre. Como consequência, a intensidade da radiação intensifica-se nessa região facilitando a penetração de partículas carregadas [6] [7]. A. Efeitos da Radiação em Dispositivos CMOS O escalonamento de dispositivos semicondutores tende a aumentar a sensibilidade a determinados efeitos induzidos por radiação ionizante. Por outro lado, a utilização de dispositivos 2016 Brazilian Technology Symposium ISSN 2447-8326. V.1. © 2016 BTSYM fabricados com dielétricos mais espessos e menores níveis de dopagem pode tornar as partes de alta tensão mais suscetíveis ao dano por TID do que as contrapartes de baixa tensão [8] [9]. Vários trabalhos mostram que os principais mecanismos que geram a degradação do desempenho do MOSFET são o acúmulo de cargas no óxido de porta SiO2 e o armadilhamento de cargas na interface Si-SiO2 [10] [11]. B. Efeitos Cumulativos A exposição à radiação produz mudanças relativamente estáveis e a longo prazo no dispositivo e em circuitos, o que pode resultar na degradação paramétrica ou falha fun- cional. Os efeitos de TID afetam principalmente camadas isolantes, que podem resultar em armadilhas de portadores de cargas no óxido SiO2 ou na interface Si-SiO2. Efeitos não- ionizantes geram perdas de energia que resultam em danos por deslocamento (DD) e defeitos em materiais isolantes e semicondutores. Estes defeitos reduzem o tempo de vida e afetam a mobilidade, induzindo o surgimento de correntes de fuga. 1) Danos por Deslocamento (DD): surgem quando a radia- ção provoca um deslocamento de átomos na rede cristalina. Ele é gerado por partículas energéticas como nêutrons, prótons, elétrons e íons pesados [12]. Figura 1. Processo de danos por deslocamento, após colisão de partículas. De acordo com a figura 1, quando uma partícula desloca um átomo de sua posição na rede, deixa uma posição vazia (vaga). O átomo deslocado pode parar em uma posição intersticial (interstício), conforme ilustrado na figura 1. Esses dois defeitos podem dar origem a defeitos secundários mais estáveis ficando presos por átomos de impureza [13] [14]. Como resultado, o surgimento de novos níveis de energia pode levar à geração ou recombinação de pares elétron-lacuna (electron-hole pairs - EHP). A geração de EHPs pode resultar em aumento da corrente de fuga, enquanto a recombinação pode levar à diminuição da vida útil do dispositivo [15]. 2) Dose Total Ionizante (TID): a geração de EHPs através de radiação ionizante é a principal causa de danos por radiação em dispositivos CMOS. A quantidade de EHPs gerada é dire- tamente proporcional à quantidade de energia transferida para o material alvo [16], conforme as etapas a seguir ilustradas na figura 2. Figura 2. Processo de efeitos de TID, após colisão de partículas. • Geração de pares elétron-lacuna: ocorre quando a radi- ação ionizante interage com o material sólido. Para o dispositivo CMOS, os materiais mais sensíveis são os dielétricos (SiO2) que estão na proximidade imediata de um semicondutor subjacente. • Recombinação de pares elétron-lacuna: após a geração de EHPs, uma fração dos pares se recombina. O tempo disponível para este processo de recombinação é muito pequeno, uma vez que os elétrons possuem uma mobili- dade muito elevada e são rapidamente varridos para fora do óxido (ou outro dielétrico). • Transporte de lacunas (Hole transport): uma fração das lacunas que não se recombinampode viajar para a interface Si-SiO2. • Armadilhamento de cargas no óxido (Hole trapping): ar- madilhas em lacunas perto da interface Si-SiO2 surgem porque existe uma região de transição onde a oxidação não está completa. Esta região contém excesso de Si, ou vagas de oxigênio [17]. III. TÉCNICAS DE MITIGAÇÃO Os efeitos degradantes da radiação ionizante nos circuitos eletrônicos podem ser atenuados por meio de técnicas de mitigação, de acordo com a classificação geral a seguir: endurecimento à radiação via processo (Radiation Hardening by Process - RHBP) e endurecimento à radiação via projeto (Radiation Hardening by Design - RHPD). O RHBP apresenta desvantagens como baixo rendimento, custos de fabricação mais elevados, e instabilidade do processo [18]. Considerando estas desvantagens, o RHPD é a técnica mais utilizada para a concepção de estruturas tolerantes à radiação. O acúmulo de cargas na interface afeta parâmetros elétricos como a curva de sublimiar (subthreshold slope), a mobilidade (µ0) e a tensão de limiar (VTH ), induzindo a uma elevação 2016 Brazilian Technology Symposium ISSN 2447-8326. V.1. © 2016 BTSYM da corrente de fuga que representa uma fonte de dissipação de energia em processos nanométricos. Desta forma, essa alteração de parâmetros elétricos do dispositivo pode resultar em falha funcional precoce. Com o objetivo de minimizar a corrente de fuga, técnicas de mitigação de TID usualmente empregam transistores de geometria fechada (Enclosed Layout Transistor - ELT), anéis de proteção (guard rings), bem como a manipulação de área (W/L) do transistor. IV. OSCILADOR CONTROLADO POR TENSÃO (VCO) O oscilador controlado por tensão (VCO) consiste em uma estrutura oscilante cuja frequência de saída é controlada por um sinal de entrada através de uma função de correlação adequada ao objetivo da aplicação. Figura 3. VCO: Arquitetura em Anel. Um número de células de atraso conectadas em um loop de realimentação positiva ou regenerativa compõe a base principal para estruturas de oscilador em anel [2]. Células de atraso diferenciais são amplamente utilizadas em função de um nível mais elevado de rejeição de modo comum a distúrbios no barramento de alimentação e de ruído induzido por substrato [19]. Neste contexto, a topologia diferencial pode ser ainda classificada como totalmente diferencial ou pseudo- diferencial, de acordo com a presença ou ausência de uma fonte de corrente [20]. Assim, a implementação do oscilador em anel envolve uma seleção adequada da topologia da célula de atraso, bem como da arquitetura de interconexão. Em geral, um número variável de 2 a 4 estágios são comumente aplicados para um projeto típico em sistemas de comunicação [2]. O projeto descrito nesse trabalho considera uma estrutura em anel composta por 3 células de atraso, conforme a figura 3. A célula de atraso emprega uma topologia diferencial (fully differential topology) com elementos de redundância para a implementação de robustez à ocorrência de TID. O método para controle de frequência envolve injeção de corrente CC a partir de tensão aplicada aos dispositivos pMOS (destacados com contorno em vermelho), conforme indicado através da figura 4. O conjunto de pares diferenciais estão associados ao ca- minho do sinal. Os pares cross-coupled nMOS e pMOS (transistores internos/centrais) fornecem uma estrutura para compensação de variações paramétricas bem como variáveis de projeto complementares para dimensionamento de parâme- tros de desempenho (comportamento dinâmico, nível CC de saída e frequência de oscilação). Através da aplicação de análise linear, o comportamento dinâmico (ganho CC e resposta em frequência) do oscilador em anel com N estágios pode ser representado pela função de Figura 4. VCO: Topologia da célula de atraso. transferência de primeira ordem, considerando o sistema com malha aberta: H(s) AN0 (1 + Sω0 ) N (1) Neste caso, A0 indica o ganho CC de cada célula de atraso, ω0 denota a largura de banda e N indica o número de células de atraso. Considerando o critério de Barkhausen, a partir de (1) a frequência de oscilação do sistema (fosc) pode ser modelada através de (2). fosc = f0 tan( π N ) (2) Considerando células de atraso de primeira ordem, um número ímpar de estágios implica em um número ímpar de inversões, para assegurar o atendimento à condição de oscilação. De uma forma complementar, considerando a operação em regime permanente, a frequência de oscilação pode ser expressa como função do retardo médio de propagação (τ ) de cada estágio, de acordo com (3). fosc = 1 2Nτ (3) V. RESULTADOS Através de análise transiente, o sistema foi caracterizado considerando as formas de onda de saída para 2 valores de tensão de controle. Desta forma, a figura 5 indica a frequência mínima (FMin = 174.5MHz para VC = 0V ) na saída da estrutura em anel (linha azul), bem como na saída do módulo de interconexão (linha vermelha). Como condição complementar, a Figura 6 indica a frequência máxima de operação (FMax = 1.035GHz para tensão de controle VC = 1.5V ), conforme as condições previamente ilustradas através da figura 5. A partir de caracterização da função crescente não-linear de correlação da frequência de saída fOut com a tensão de 2016 Brazilian Technology Symposium ISSN 2447-8326. V.1. © 2016 BTSYM Figura 5. Formas de onda de saída - frequência miníma. Figura 6. Formas de onda de saída - frequência máxima. controle VC de entrada, o KV CO indica a sensibilidade de sintonia do VCO, conforme a figura 7, e pode ser modelado através de (4), considerando uma aproximação linear. KV CO = fMax − fMin VMax − VMin (4) Figura 7. Ganho - Sensibilidade (KV CO). Em um circuito oscilador com arquitetura em anel, qualquer fonte pode contribuir potencialmente para a presença de ruído. Como fonte principal, o ruído térmico é produzido pelo aque- cimento dos condutores e semicondutores do próprio sistema (agitação dos elétrons devido ao estado térmico que gera sinais elétricos aleatórios). Além disso, a presença de cargas armadilhadas na interface entre dielétrico e semicondutor gera uma fonte adicional de ruído que varia inversamente com a frequência [21] [22]. Todo oscilador apresenta instabilidade nos parâmetros de oscilação, e esse fenômeno é mensurado através do ruído de fase (PN). Figura 8. Mediçao de Phase Noise. A presença de variações aleatórias na fase de um sinal se manifesta como ruído de fase e, dentro desse contexto, a figura 8 caracteriza o PN em relação à frequência de deslocamento ∆f (considerando uma faixa de frequência predefinida f = 10Hz até 10MHz), onde se obteve o valor de PN@1MHz = −107.8dBc/Hz. A literatura relata que a ionização induzida por TID altera a tensão de limiar (VTH ) do dispositivo [23]. Desta forma, um teste aproximado para verificar a confiabilidade em relação aos efeitos ionizantes foi emulado em ambiente de simulação através da variação de temperatura. Considerando a operação do VCO, este efeito foi verificado através da caracterização da curva de sintonia KV CO para três diferentes condições de temperatura, conforme indicado através da figura 9. A verificação de resultados considera um percentual de 10% a 15% como variação aceitável no entorno da curva padrão de sensibilidade do VCO [24]–[30]. Figura 9. KV CO para diferentes temperaturas simulando efeito TID. Como caracterização complementar, a figura 10 indica a sensibilidade da frequência mínima de saída à variação de tem- peratura, considerando uma faixa ∆T = 110◦ (TMin = 20◦ e TMax = 130◦). Desta forma, a variação verificada para o intervalo considerado de temperatura representa uma emulação dos efeitos de TID. O projeto utiliza componentes de geometria fechada (ELT - Enclosed Layout Transistor) para reduzir a degradação de parâmetros elétricos [31] [32], e o nível de corrente de fuga induzida por TID. De acordo com essa técnica de layout, o terminal de porta é envolvido pelo poli-silício, possibilitando 2016 Brazilian Technology Symposium ISSN 2447-8326. V.1. © 2016 BTSYM Figura10. Limiar tolerável medido através da variação de temperatura. a eliminação das regiões ativas. A característica de geometria fechada permite ainda a manipulação das dimensões do com- ponente segundo uma dimensão de comprimento (L) e duas dimensões de largura (Inner widht (B) e Inner height (H)), o que permite maior flexibilidade no ajuste das dimensões e do desempenho elétrico do dispositivo. A manipulação de área (W/L) permitiu a inserção de mais contatos para assegurar a minimização da resistência em série e a redução da probabilidade de rompimento do metal [33]. Figura 11. Layout da Célula de Atraso. O uso de fingers permite a redução de componentes para- sitas e a consequente aumento de velocidade do dispositivo a partir da redução da resistência série da porta (redução da constante de tempo RC) [34] [35]. O uso de anéis de guarda (guard rings) em grupos de componentes (nMOS e pMOS) evita a criação de caminhos elétricos adicionais a partir do desacoplamento de transistores bipolares parasitas ou tiristores. A disposição simétrica de componentes no layout elimina assimetrias na distribuição de tensão e corrente. O casamento de componentes e elementos dummy reduz problemas inerentes à variação de processo durante a fabricação. Por fim, barramentos de alimentação e terra compartilhados por todos os componentes do oscilador permitem o isolamento do circuito e aumentam a imunidade a ruído. Desta forma, a figura 11 indica a implementação física da célula de atraso e a figura 12 representa a conexão física das 3 células de atraso para a composição da estrutura em anel. Figura 12. Layout do VCO (Oscilador em Anel). Tabela I RESULTADOS FINAIS DO VCO Caracterização Valores Obtidos Unidades Corrente CC 6 mA Frequência Mínima (fMin) 174.5 MHz Frequência Máxima (fMax) 1.035 GHz Capacitância (CIn) 6 pF Ruído de Fase (PN@1MHz) −107.8 dBC/Hz VI. CONCLUSÃO O escalonamento de tecnologia CMOS, que tem resultado em redução de área em função da sua proporcionalidade com os parâmetros de dispositivo, bem como a demanda crescente de aplicações aerespaciais tem conduzido ao desenvolvimento de soluções de robustez para dispositivos e sistemas eletrô- nicos aos efeitos induzidos pela radiação ionizante. Neste contexto, este trabalho descreve as características de imple- mentação de um VCO com arquitetura em anel (a partir de 3 células de atraso diferenciais auto-polarizadas) através de técnicas de mitigação dos efeitos de TID, a partir de métodos 2016 Brazilian Technology Symposium ISSN 2447-8326. V.1. © 2016 BTSYM aplicados em nível de dispositivo (geometria de componente), em nível de bloco (topologia da célula de atraso), bem como em nível de implementação física (técnicas de layout). Considerando o ambiente de desenvolvimento e simulação, um método de emulação dos efeitos de TID foi aplicado a par- tir do deslocamento da tensão de limiar induzido pela variação de temperatura (em substituição aos testes de irradiação). A partir da caracterização da curva de sensibilidade (KV CO), os resultados obtidos indicam uma variação máxima de frequência segundo um limiar de 15% em relação à temperatura, que varia de forma não-linear com o aumento da dose total ionizante (TID), o que demonstra a tolerância da implementação proposta a partir do critério de verificação utilizado como referência. AGRADECIMENTOS Os autores agradecem o apoio financeiro das agências FINEP, CAPES e do CNPq, e em especial ao Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, o qual por inter- médio do projeto CITAR (Circuitos Integrados Tolerantes a Radiação), forneceu recursos e infra-estrutura para a realização deste trabalho. REFERÊNCIAS [1] G. Jovanovic, M. Stojcev, and Z. 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