Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FUNDAÇÃO BENEFICENTE RIO DOCE PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL ATENÇÃO AO CÂNCER MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE PERIGOSOS (MPP) Francelli Ramos Nascimento Farmacêutica Residente Paciente L. F. A. J., 32 anos, sexo masculino, casado, não possui filhos, mecânico, em prisão domiciliar, morador de Aracruz-ES, possui histórico familiar positivo com a mãe (neoplasia de colón de útero), ex-tabagista (40cigarros/dia) e ex-etilista. Possui diagnóstico de neoplasia maligna de colón metastático e interna no dia 07 de outubro de 2022 devido a inapetência, adinamia, êmese e dor intensa onde foi prescrito 1 ampola de morfina 10mg/mL/mL de 04/04h onde houve a necessidade de fazer resgates e com o passar dos dias a dose foi aumentando. No dia 12 de outubro de 2022, foram prescritas 6 ampolas de morfina 10mg/mL/mL de 04/04h e ainda assim sendo necessário administrar ampolas de resgate. ANAMNESE DOR “Uma experiência sensitiva e emocional desagradável associada, ou semelhante àquela associada, a uma lesão tecidual real ou potencial” Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), 2020 DOR 1. A dor é sempre uma experiência pessoal que é influenciada, em graus variáveis, por fatores biológicos, psicológicos e sociais 3. Através das suas experiências de vida, as pessoas aprendem o conceito de dor. 2. Dor e nocicepção são fenômenos diferentes. A dor não pode ser determinada exclusivamente pela atividade dos neurônios sensitivos. 4. O relato de uma pessoa sobre uma experiência de dor deve ser respeitado. 5. Embora a dor geralmente cumpra um papel adaptativo, ela pode ter efeitos adversos na função e no bem-estar social e psicológico. 6. A descrição verbal é apenas um dos vários comportamentos para expressar a dor; a incapacidade de comunicação não invalida a possibilidade de um ser humano ou um animal sentir dor FISIOPATOLOGIA Lesão tecidual Crescimento tumoral Invasão DOR ONCOLÓGICA Provocada pelo tumor Metástase Tratamento Exames realizados DOR ONCOLÓGICA Dor Crônica Dor Aguda Tempo curto Leve a severa Mais de 3 meses Dor Disruptiva Intensa Mais intensa 1 hora ESCALA DE DOR Sem dor Dor suave Dor moderada Dor forte Dor muito forte Dor máxima Fonte: Imagem da internet ESCALA ANALGÉSICA Fonte: Ministério da saúde, 2015 (Adaptada) MORFINA Opióide forte dose sem limite Dor moderada a severa Dose certa Dose certa é a que alivia a dor do paciente. Aumento de dose sem limite, desde que respeite a tolerancia e efeitos adversos 10 MPP Alta vigilância Risco grande Danos ao paciente Falhas no processo 11 MORFINA Dose incorreta: pode causar dependência, depressão respiratória, convulsões e morte. Administração incorreta: depressão respiratória grave, hipotensão arterial, apneia, colapso circulatório periférico, parada cardíaca e reações anafiláticas. Paciente incorreto: pode causar depressão respiratória, hipotensão, sedação profunda ou coma. CLORETO DE POTÁSSIO Dose incorreta: pode causar náusea, vômito, diarreia, disfunção muscular com sintomas de fraqueza, câimbras e paralisia, disritmia cardíaca, parada cardíaca e óbito. Administração incorreta: causa parada cardíaca e morte súbita, se administração intravenosa direta (bolus). Via incorreta: pode ocorrer arritmias ou levar a uma parada cardíaca, se administrado via intramuscular ou subcutânea. Paciente incorreto: pode haver complicações em clientes com hipercalemia podendo levar a morte. MPP Fonte: ISMP, 2022. MPP Fonte: ISMP, 2022. MPP Fonte: ISMP, 2022. ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA Identificação dos MPP Prescrição legível – digitada Forma farmacêutica Via de administração Alerta nas prescrições Etiqueta vermelha Armazenamento Treinamento LISTA Cloreto de potássio Cloreto de sódio 20% Enoxaparina Gluconato de cálcio Heparina Norepinefrina Sulfato de magnésio NOVA PADRONIZAÇÃO Agua de 100 mL acima Anfotericina B lipossomal Alfentanila Amiodarona Bupivacaína Cisatracurio Clonidina Clopidogrel Codeína Cloreto de potássio Cloreto de sódio 20% Dextrocetamina Diazepam – IV Dobutamina Dopamina Efedrina Enoxaparina Epinefrina Fenilefrina Fenitoína Fenobarbital – IV Fentanil Glicose 25% e 50% Gluconato de cálcio Insulinas Isoflurano Heparina Levobupivacaina Lidocaína Metadona Metoprolol Midazolam Milrinona Misoprostol Morfina Nalbufina Naloxona Nitroprussiato de sódio Norepinefrina Ocitocina Pancuronio Petidina Prometazina - IV Propofol Remifentanila Ropivacaína Roncuronio Sevoflurano Sufentanila Sulfato de magnésio Suxametonio Tramadol Terlipressina Varfarina MEDICAMENTOS Fonte: Arquivo do autor ARMÁRIOS Fonte: Arquivo do autor RECEITUÁRIO TREINAMENTO Fonte: Arquivo do autor CAF TREINAMENTO Fonte: Imagem própria FARMÁCIA CENTRAL TREINAMENTO Fonte: Imagem própria FARMÁCIA CENTRO CIRURGICO/PS TREINAMENTO Fonte: Imagem própria FARMÁCIA UNACON ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA Conferência no recebimento Manter nas embalagens que emite alerta Dupla checagem – preparação e administração Não preparar vários medicamentos de uma só vez Identificação dos medicamentos preparados Higienização de mãos ao manipular Proibido a estocagem desses medicamentos no setor ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA 1- Medicamento certo 2- Dose certa 3- Cliente certo 4- Orientação certa 5- Via certa 6- Hora certa 7- Forma certa 8- Anotação certa 9- Resposta certa TREINAMENTO TREINAMENTO Fonte: Imagem própria ENFERMARIAS 01, 02, 03 E 04 E PRONTO SOCORRO TREINAMENTO Fonte: Imagem própria 2° PAVIMENTO TREINAMENTO Fonte: Imagem própria SALA DE ESTABILIZAÇÃO REFERÊNCIAS BASILE, L. C. et al. Análise das ocorrências de incidentes relacionados aos medicamentos potencialmente perigosos dispensados em hospital de ensino. Revista Gaúcha de Enfermagem [online]. 2019, v. 40, n. spe, e20180220. ISSN 1983-1447. BATISTA, A. H. D. Elaboração de manual para manejo de medicamentos potencialmente perigosos no Hospital do Seridó. Caicó, 2021. CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Dupla checagem de medicamentos. Câmara Técnica. Parecer Coren-SP n° 018/2020. FAGUNDES, L. C. et al.. Uso de medicamentos potencialmente perigosos em uma Unidade de Terapia Intensiva. Care Unit. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 8, p. e499985831, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5831. INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS. Medicamentos potencialmente perigosos de uso ambulatorial e de Instituições de Longa Permanência. Boletim IMSP Brasil. 2022 8(3):1-9. REFERÊNCIAS INSTITUTO PARA PRÁTICAS SEGURAS NO USO DE MEDICAMENTOS. Medicamentos potencialmente perigosos de uso hospitalar e ambulatorial. Boletim IMSP Brasil. 2019; 8(3):1-9. MAIA, J.L.B. et al. Identificação de riscos e práticas na utilização de medicamentos potencialmente perigosos em hospital universitário. REME ., Belo Horizonte, v. 24, e1311, 2020. Mauro, E. A. C., Carreiro, M. A. Erros na Administração de Medicamentos. Revista Pró-UniverSUS. (2019), 10 (1), 51-54. REIS, M.A.S. et al. Medicamentos potencialmente perigosos: identificação de riscos e barreiras de prevenção de erros em terapia intensiva. Florianópolis , v. 27, n. 2, e5710016, 2018. SANTANA, J. M. et al. Definição de dor revisada após quatro décadas. BrJP 3. v. 3, n. 3, pp. 197-198. ISSN 2595-3192. Brasil, 2020. RECK, M.S.M et al. A importância da orientação farmacêutica no manejo da dor oncológica com uso de opióides: relato de experiência. Anais do I Simpósio Sul Brasileiro de Oncologia Clínica e Cirúrgica, v. 1 n. 1, 2020. REIS, M. A. S. et al. Medicamentos potencialmente perigosos: identificação de riscos e barreiras de prevenção de erros em terapia intensiva. - Enfermagem [online]. São Paulo , 2018.
Compartilhar