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RPG - Módulo II

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“Quem é EBOM deixa marcas” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RPG / REPOSTURARSE 
REESTRUTURAÇÃO POSTURAL SENSOPERCEPTIVA 
MÓDULO II 
 
 
 
 
 
Rua Palmira, 26 – Serra 
Belo Horizonte – MG 
Cep: 30.220.110 
Tel: (0xx31) 3227-1662 
Fax: (0xx31) 3227-1172 
e-mail: info@osteopatia.com.br 
Home Page: 
www.osteopatia.com.br 
www.reposturarse.com.br 
www.ebomescola.com.br 
 
http://www.osteopatia.com.br/
http://www.reposturarse.com.br/
http://www.ebomescola.com.br/
 
 
 
 
2 
 “Nesse instante esteja você onde estiver há uma casa com seu nome. Você é o único proprietário, mas faz 
tempo que perdeu as chaves, por isso fica de fora só vendo a fachada, não chega a morar nela. Essa casa, 
teto que abriga suas mais recônditas e reprimidas lembranças é o seu corpo.” 
Thérèse Bertherat 
Professora Laís Cristina Almeida 
 Fisioterapeuta Graduada pela FCMMG; 
 Psicóloga (UFMG); 
 Professora da Graduação em Fisioterapia – FCMMG – 
1981/1998; 
 Professora da Pós Graduação do CPG da FCMMG 
 Pioneira em RPG em Minas Gerais; 
 Coordenadora dos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu em 
RPG/REPOSTURARSE junto ao CPG - Centro de Pesquisa e 
Pós-Graduação da FCMMG, 
 Co-Orientadora de Artigos Científicos e Monografias nas áreas 
de osteopatia e reeducação postural; 
 Fundadora, Diretora e Coordenadora Científica da EBOM; 
 Ministrante do curso RPG/REPOSTURARSE 
 Osteopata (DO) pela EBOM; 
 Especialista em Osteopatia pela FCMMG; 
 Osteopata visceral – Instituto Barrel 
 Mestre em Ciências do Desporto – Portugal 
 Membro da WOHO – World Osteopathic Health Organisation; 
 Cranio Sacral – Therapy Upledger Institute 
 Morfo Anáyse et Rejustament Postural – França; 
 Cadeias Musculares – Léopold Busquet – Belo Horizonte; 
 Reeducation Postural Globale (RPG) – França; 
 Manual Therapy – Fundação Marcel Bienfait – Itália; 
 Pilates Contemporâneo -BH 
 Fundadora e Responsável pelo Serviço de Fisioterapia da 
Clinica CIPOS –Centro Internacional de Postura e 
Osteopatia .BH 
 Autora dos Livros 
 O Tiro da Bruxa - Postura Correta Corpo Saudável - 
Editora Saraiva – SP. 
 Reeducação Postural Sensoperceptiva – Fundamentos 
Teóricos e Práticos 
 - Editora Med Book– RJ. 
Colaboradora do livro: Fisioterapia Aplicada à Obstetrícia , 
Uroginecologia e Aspectos de Mastologia – Elza Baracho 
.Editora Guanabara Koogan.RJ.2007 , nos cap. 3 – Adaptações do 
Sistema Músculo e suas Implicações e 
cap. 15- A Reestruturação Sensoperceptiva e a Osteopatia 
Aplicada á Obstetrícia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EDITORAÇÃO 
PRISCILA ALBUQUERQUE DE ARAÚJO 
REVISÃO E ATUALIZAÇÃO 
PAULA FERNANDA DE SOUSA SILVA 
MATEUS DE ALMEIDA E SILVA 
 
 
 
 
3 
SUMÁRIO 
 
 
I. QUADRIL (ANATOMIA E BIOMECÂNICA) 4 
II. PELVE (ANATOMIA E BIOMECÂNICA) 7 
III. AVALIAÇÃO DA PELVE 13 
IV. TESTE PARA EQUILÍBRIO OSTEOPÁTICO DA 
PELVE 
18 
V. ARCOS REFLEXOS - O CIRCUITO GAMA 22 
VI. TÉCNICAS E MANOBRAS PARA QUADRIL E 
PELVE 
24 
VII. POSTURAS GLOBAIS 41 
A) Postura “DE PÉ NO MEIO” 41 
 B) Postura “RÃ NO AR” 43 
 REFERÊNCIAS 49 
 
 
 
 
 
 
 
4 
I. QUADRIL 
 
1. Generalidades 
A articulação do quadril é uma enartrose de superfícies articulares esféricas. Possui grande 
estabilidade, pois se encontra no interior de grandes massas musculares, as quais fornecem grande 
equilíbrio em posição ortostática e na marcha, sendo a articulação mais difícil de ser luxada. 
Freqüentemente rígido, o quadril provoca compensações no nível lombopélvico, e de joelho e pé. 
O quadril (articulação coxofemoral) é a articulação que orienta o membro inferior no espaço. 
Por isso, esta possui três graus de liberdade: 
 Eixo transversal (no plano frontal): flexo-extensão 
 Eixo ântero-posterior (no plano sagital): abdução-adução 
 Eixo vertical: rotação interna-externa. 
Em visão anterior, o eixo do 
colo femoral forma com o eixo 
diafisário um ângulo chamado 
ângulo de inclinação, que 
corresponde a 125o no adulto. 
(FIGURA 1) Já em visão superior, o 
eixo do colo femoral forma com o 
plano frontal um ângulo chamado de 
declinação ou anteversão (de 10o a 30o). 
 FIGURA 1: Ângulo de inclinação do colo em relação a dicifose 
femoral normal na coxa valga e vara 
 Fonte: MAGEE, 1997. 
O suprimento arterial da cabeça do fêmur é idêntico àquele dos ovários e sistema genital 
feminino, então os problemas ginecológicos podem repercutir na articulação do quadril, e, ao mesmo 
tempo, as mulheres são mais susceptíveis a coxartroses. 
2. Anatomia e biomecânica (FIGURA 2) 
As superfícies articulares do quadril formam uma unidade articular bastante congruente. O 
anel de fibrocartilagem proporciona ainda maior encaixe à articulação. Entretanto, na posição ereta, 
com os pés paralelos (na posição anatômica), a cabeça femoral não está completamente coberta pelo 
 
 
 
 
5 
acetábulo, sendo a cobertura da cabeça femoral máxima na posição de flexão do quadril a 90o, ligeira 
abdução e ligeira rotação externa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 2: Componentes intra-articulares do quadril 
Fonte: www.condomino.com.br/images/QUADRIL.jpg 
Amplitude de movimento da articulação coxofemoral: 
 Flexão do quadril com joelho estendido: 90o 
 Flexão passiva: 145o 
 Flexão ativa: 120o 
 Rotação externa: 60o 
 Rotação interna: 30o 
 Extensão: 20o 
 
Cápsula e ligamentos 
A cápsula é muito espessa e formada por fibras longitudinais, oblíquas, arciformes (em forma 
de arco) e circulares. Em sua extremidade interna, insere-se no ilíaco e tem relação estreita com o 
tendão do músculo reto anterior. A extremidade externa, por sua vez, insere-se no colo do fêmur. 
 
 
 
 
6 
Três ligamentos fornecem reforço à cápsula articular, a saber: 
 Anteriormente: (FIGURA 3) 
- Ligamento iliofemoral – em forma de leque, cujo vértice se insere no ilíaco, abaixo da 
Espinha Ilíaca Ântero-inferior (EIAI) (local de origem do músculo reto anterior), e cuja base se 
fixa em toda a extensão da linha intertrocantérica anterior. 
- Ligamento pubofemoral – insere-se superiormente no púbis, juntamente com o 
músculo pectíneo e inferiormente na fossa pré-trocanteriana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 3: Ligamentos anteriores do quadril 
 Fonte: www. 1.bp.blogspot.com/.../s320/quadril1.jpg 
 Posteriormente, encontra-se o ligamento isquiofemoral. Suas fibras se dirigem para cima 
e para fora cruzando a face posterior do colo femoral e fixando-se sobre o trocânter maior. 
 Durante a ABDUÇÃO 
O feixe superior do ligamento iliofemoral relaxa-se. 
O feixe medial distende-se pouco. 
O ligamento pubofemoral (feixe inferior) tensiona-se. 
O ligamento isquiofemoral tensiona-se. 
 
 Durante a ADUÇÃO 
O feixe superior do ligamento iliofemoral tensiona-se. 
O feixe medial tensiona-se pouco. 
 
 
 
 
7 
O ligamento pubofemoral se relaxa. 
O ligamento isquiofemoral relaxa-se. 
 Durante a rotação externa - os ligamentos iliofemoral e pubofemoral estão tensionados e 
o ligamento isquiofemoral relaxado. 
 Durante a rotação interna 
Os ligamentos iliofemoral e pubofemoral estão relaxados. 
O ligamento isquiofemoral está tensionado. 
 Durante a Flexão - Todos os ligamentos estão relaxados. 
 Durante a Extensão - Todos os ligamentos estão tensionados, principalmente o feixe 
superior do ligamento iliofemoral. 
O ligamento redondo, ou ligamento da cabeça do fêmur, situa-se no quarto póstero-inferior da 
cabeça do fêmur (ver FIGURA 2). No meio dele passa a artéria que irriga a cabeça do fêmur.. 
 
Fatores de coaptação da coxofemoral 
Os ligamentos, músculos e o peso do corpo, sob a ação da forçada gravidade, na posição ereta 
possuem um papel essencial na coaptação articular. Nesse sentido, anteriormente, existem poucos 
músculos, mas ligamentos poderosos e, posteriormente, ocorre o inverso. No movimento de extensão 
do quadril, os ligamentos encontram-se tensos, gerando maior coaptação, por sua vez, na flexão, os 
ligamentos estão relaxados, o que confere maior instabilidade à articulação. 
 
II. PELVE 
 
1. Generalidades (FIGURA 4) 
A pelve é um anel ósseo formado, posteriormente, pelo 
osso sacro e cóccix e, lateralmente, pelos ossos ilíacos. O conjunto 
de ossos e músculos que ocupam a base deste anel tem o formato 
de uma bacia, que suporta o peso da parte superior do corpo e 
fornece sustentação ao tronco. A pelve é um elemento de 
transmissão de pressões através das articulações coxofemorais. 
FIGURA 4: Ossos da pelve 
Fonte: www. drsergio.com.br/.../IMGcurso/Anat/pelve1.jpg 
 
 
 
 
8 
 
Quando o indivíduo está na posição ereta, o peso do corpo é transmitido aos membros 
inferiores, como já foi dito, através da articulação do quadril. Na postura sentada, o peso é transmitido 
às tuberosidades isquiáticas. Por esta razão, as áreas dos ossos pélvicos por onde está carga é 
transmitida, isto é, a linha arqueada e o corpo do ísquio, são mais espessas e mais resistentes. A 
articulação sacroilíaca é cruzada por ambas as linhas de carga. 
Além de sustentar o tronco e interligar tronco e MMII, é função da pelve proteger as vísceras 
contidas em seu interior. Assim, a forma dos ossos delimita uma pelve maior (ou falsa) superiormente 
e uma pelve menor (ou verdadeira) inferiormente. 
A estabilidade da pelve se dá pela configuração óssea, disposição dos ligamentos sacroilíacos e 
pelos fortes ligamentos que conectam as vértebras lombares inferiores e ilíacos, os ligamentos 
iliolombares. 
O tamanho, a forma e a aspereza das superfícies articulares variam enormemente entre os 
indivíduos. Nas crianças, estas superfícies são lisas e suaves, no adulto, por sua vez, são depressões e 
elevações irregulares que se encaixam entre si. Estas modificações são uma adaptação às pressões 
sofridas pelo peso do corpo e pela força exercida pelos MMII. 
 
2. Anatomia e biomecânica 
Os ossos que compõem a pelve são sacro, cóccix e ilíaco, este é o resultado da fusão de três 
ossos: ílio, púbis e ísquio. O ilíaco é um osso plano em torção, com uma hélice. Os três ossos que o 
constituem unem-se através de uma cartilagem em forma de Y, centrada no acetábulo. 
Na face lateral do ilíaco, observam-se as seguintes estruturas: 
 Borda superior, ou crista ilíaca; 
 Fossa ilíaca externa, parte superior côncava de baixo para cima; 
 Acetábulo; 
 Forame obturado, delimitado pelo púbis, ramo isquiopúbico e ísquio; 
 Borda anterior, contendo a espinha ilíaca ântero-superior (EIAS) e a espinha ilíaca 
ântero-inferior (EIAI); 
 Borda posterior, contendo a EIPS e a espinha ilíaca póstero-inferior (EIPI). Abaixo, 
encontra-se a incisura isquiática maior, a espinha isquiática e a incisura isquiática menor. Na 
porção final, localiza-se a tuberosidade isquiática. 
 
 
 
 
9 
 Na face medial do ilíaco, encontra-se: 
 Fossa ilíaca interna; 
 Linha arqueada, separando a pelve maior da menor. 
O sacro é o osso mediano e posterior da pelve, situado entre os dois ilíacos. Tem a forma 
aproximadamente triangular e é formado pela fusão de cinco vértebras individualizadas. Sua 
superfície interna é côncava. A parte mais alta salienta-se para dentro da pelve: é o promontório sacral. 
Lateralmente, existem os forames sacrais pélvicos, de onde emergem os ramos anteriores dos nervos 
sacrais. 
A face superior apresenta, no centro, o platô sacral (ou base do sacro), sobre o qual repousa a 
vértebra L5. A face dorsal é convexa. Nela estão os forames sacrais dorsais, de onde emergem os ramos 
posteriores dos nervos sacrais. A face lateral contém a faceta auricular do sacro, que se articula com o 
ilíaco homolateral. O cóccix é um pequeno osso triangular, resultado da fusão de três a cinco vértebras 
não individualizadas; articula-se com o sacro por meio de uma superfície ovalada, sendo mantido por 
uma cápsula e por ligamentos. 
3. Articulações Pélvicas 
Os ilíacos se articulam entre si através da sínfise púbica, e com o sacro, pelas articulações 
sacroilíacas. 
Articulações sacroilíacas 
As articulações sacroilíacas são parcialmente sinoviais e parcialmente sindesmoses (articulação 
fibrosa na qual o tecido conectivo fibroso forma uma membrana interóssea ou um ligamento). A 
porção sinovial assume a forma de um “C”. 
As articulações sacroilíacas põem em contato a face auricular do ilíaco (ligeiramente convexa) 
com a faceta auricular do sacro (ligeiramente côncava). 
Essa forma óssea permite movimentos que envolvem os três ossos ao mesmo tempo: 
Nutação: 
 O platô sacral bascula para a frente e para baixo; 
 As asas ilíacas se aproximam da linha mediana; 
 A ponta do sacro bascula para cima e para trás; 
 Os ísquios afastam-se da linha mediana, aumentando a distância entre eles. 
Contra-nutação: 
 O platô sacral bascula para trás e para cima; 
 
 
 
 
10 
 As asas ilíacas se afastam da linha mediana; 
 A ponta do sacro bascula para frente e para baixo; 
 Os ísquios aproximam-se da linha mediana. 
Apesar da relativa mobilidade da articulação sacroilíaca em pessoas jovens, esta se torna 
progressivamente rígida com a idade e, em alguns casos, ocorre anquilose. Os movimentos que 
ocorrem nas articulações sacroilíacas e na sínfise púbica são mínimos se comparados aos movimentos 
da coluna vertebral. 
Sínfise púbica 
A sínfise púbica é uma articulação cartilaginosa, na qual existe um disco de fibrocartilagem 
entre as duas superfícies articulares, o disco interpúbico. O conjunto está recoberto por um manguito 
fibroso, reforçado por quatro ligamentos: anterior, posterior, superior e inferior. 
Esta articulação é pouco móvel, só permitindo pequenos movimentos de deslizamento. Os 
movimentos das articulações sacroilíacas e sínfise púbica não são controlados diretamente por 
músculos. Entretanto, são influenciados pela ação dos músculos que movem a coluna lombar e o 
quadril, porque estes se fixam no sacro e na pelve. 
Ligamentos pélvicos (FIGURA 5) 
A pelve é mantida por uma rede muito potente de ligamentos. Enquanto a ação muscular 
oferece um grau de estabilidade dinâmico, o complexo ligamentar oferece estabilização estática. 
Os ligamentos iliolombares têm sua inserção no processo transverso de L5 (ocasionalmente, L4). 
É dividido em múltiplos componentes de feixes, que são denominados pelas suas inserções e sua 
direção. O aspecto multidirecional destas bandas permite ao ligamento controlar os vários 
movimentos de L5 sobre o sacro, tais como movimentos de cisalhamento e torção, bem como as 
inclinações anterior, posterior e lateral. 
As articulações sacroilíacas são reforçadas pela cápsula e pelos ligamentos sacroilíacos anterior 
e posterior. Os ligamentos posteriores são extremamente espessos e fortes e contribuem direta e 
significativamente para a estabilidade das articulações sacroilíacas. Eles unem os processos transversos 
lombares e sacrais à parte posterior da crista ilíaca. Estes ligamentos tendem a frear a contra-nutação. 
Os ligamentos sacrotuberal e sacroespinhal se inserem no sacro e no ísquio. Suas funções 
tornam-se evidentes nas posições de sustentação de peso porque atuam para manter o momento de 
flexão anterior do sacro sobre o osso ilíaco quando as forças do tronco convergem sobre o sacro. Estes 
ligamentos tendem a frear a nutação. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FIGURA 5: Ligamentos sacroespinhal e sacrotuberal 
Fonte: www. 4.bp.blogspot.com/.../ligamento+sacrotuberal.JPG. (Acréscimo de diagramas para fins 
didáticos). 
4.Distribuição sensorial cutânea e reflexa (FIGURA 6)FIGURA 6: Distribuição sensorial cutânea e reflexa da pele 
 
 
Ligamento 
sacroespinhal 
Ligamento 
sacrotuberal 
 
 
 
 
12 
5. Plexos lombar, lombo-sacro e sacral 
 
FIGURA 7: Os plexos lombar, lombo-sacro e sacral 
 
 
 
 
 
 
 
13 
III. AVALIAÇÃO DA PELVE 
 
1. Sacro 
Avalia-se a posição do sacro no espaço em uma radiografia de perfil, em pé. Nesta posição, a 
base do sacro (face superior da 1a vértebra sacra) forma um ângulo de 30 a 350 com a linha horizontal. 
Ângulo maior horizontalização do sacro. 
Ângulo menor verticalização do sacro. 
 
 Horizontalização do sacro 
 Lordose Lombossacra ,aumento do deslizamento anterior de L5 –S1 
 Encurtamento dos espinhais lombares 
 Ligamentos sacrociáticos (sacrotuberal e sacroespinhal) e músculos do assoalho pélvico 
estirados 
 Estiramento dos ligamentos sacrociáticos pode gerar dor tipo ciática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 8: Inclinação da base sacra 
 
Diagnóstico do aumento da inclinação do sacro 
 Queixa de dor lombossacra principalmente na posição de pé 
 Degrau entre L5 – S1, em flexão de tronco convexidade lombossacra 
 
Verticalização do sacro 
 Encurtamento dos músculos do assoalho pélvico: elevador do ânus, coccígeo, piriforme 
 
 
 
 
14 
 Retroversão do ilíaco e retificação lombar 
 Aumento das pressões sobre o assoalho pélvico 
 
1. Palpação 
Os desequilíbrios da pelve não são, em geral, primários, mas conseqüências de uma alteração 
localizada abaixo ou acima desta região. Se a causa localiza-se acima, o desequilíbrio pélvico 
compensa um desequilíbrio lombar, o que caracteriza um processo descendente. Mas, se a causa 
localiza-se abaixo, o desequilíbrio pélvico é conseqüência de um desequilíbrio de um ou de ambos os 
membros inferiores, o que caracteriza um processo ascendente. Então: 
 Processo Descendente A pelve equilibra a coluna lombar. 
 Processo Ascendente A coluna lombar equilibra a pelve. 
 
a) Palpação das cristas ilíacas 
 Posição do paciente: na posição ereta (posição fisiológica); calcanhares afastados de 3 a 
5cm e pés abertos aproximadamente 150. 
 Posição do fisioterapeuta: semi-ajoelhado atrás do paciente, de tal forma que o seu 
olhar esteja no nível das cristas ilíacas. 
 Ação: Com as mãos estendidas horizontalmente, o fisioterapeuta introduz a borda 
ulnar dos indicadores acima das cristas ilíacas 
do paciente e a seguir pressiona para baixo, para 
conseguir um contato firme com as mesmas. Ele 
então compara a altura de ambas as cristas 
ilíacas. 
OBS: Em caso de diferença significativa de 
comprimento dos membros inferiores, coloca-se um 
calço do lado mais curto. 
 FOTO 1: Palpação das cristas ilíacas 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
b) Palpação das EIAS: 
 Posição do paciente: na posição ereta ou em decúbito dorsal. 
 Posição do fisioterapeuta: de pé. 
 
 
 
 
15 
 Ação: O fisioterapeuta segue as cristas ilíacas anteriormente com os polegares, até que 
estes dedos caiam numa depressão. Ele dirige então a polpa dos polegares para cima, e apoia sob 
a EIAS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 2: Palpação da EIAS 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
c) Palpação das EIPS (no nível de S2): 
 Posição do paciente: na posição ereta ou em decúbito ventral. 
 Posição do fisioterapeuta: de pé. 
 Ação: O fisioterapeuta segue as cristas 
ilíacas posteriormente com os polegares, até que 
estes dedos encontrem uma saliência, passem por 
ela e caiam numa depressão. Ele dirige então a 
polpa dos polegares para cima, e apoia sob a 
EIPS. 
 FOTO 3: Palpação da EIPS 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
d) Palpação das EIAS ou EIPS – verificação da rotação pélvica: 
 Posição do paciente: na posição ereta (posição fisiológica). 
 Posição do fisioterapeuta: atrás (EIPS) ou em frente (EIAS) ao paciente. 
 Ação: O fisioterapeuta palpa as EIAS ou EIPS. Olhando por cima (“vista de avião”), 
avalia-se se uma saliência é mais anterior que a outra. A anteriorização de uma EIAS ou de uma 
EIPS indica rotação pélvica para o lado oposto. A coluna lombar permite pequena amplitude de 
rotação (de 50 a 80). Uma rotação pélvica além de 50 sempre será acompanhada de uma rotação 
lombar no mesmo sentido. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 4: Verificação da rotação pélvica 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
e) Palpação das EIPI (no nível de S3): 
Localiza-se três dedos abaixo da EIPS. Deve-
se usar os dedos do paciente como medida. 
 
 
 
 
 FOTO 5: Palpação das EIPI 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
f) Palpação do trocânter maior 
 Posição do paciente: em decúbito ventral. 
 Posição do fisioterapeuta: de pé 
 Ação: O fisioterapeuta flexiona o joelho e faz rotação interna e externa com a mão 
caudal e palpa o trocânter maior com a mão cefálica. 
 
g) Medida dos membros inferiores – pode ser feita em decúbito dorsal 
ou ventral 
 
 
 
 
 
 
 
 FOTO 6: Medida dos membros inferiores 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
17 
 
h) Localização do Músculo Piriforme: 
Paciente em decúbito ventral. 
 Origem: No ângulo ínfero-lateral do sacro. 
 Inserção: Na borda superior do trocânter 
maior do fêmur. 
 Localização entre o ângulo ínfero-lateral do 
sacro e a borda superior do trocânter maior do fêmur. 
FOTO 7: Palpação do piriforme 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
i) Palpação do Músculo Psoas: 
 Paciente em decúbito dorsal. 
 Traçar uma linha imaginária da EIAS até o 
umbigo e dividí-la em três partes iguais. Localiza-se o 
psoas no primeiro um terço, a partir da EIAS. 
 
 
 
FOTO 8: Palpação do músculo psoas 
 Fonte:ALMEIDA, 2006. 
 
2. Equilíbrio sagital da pelve 
Em uma pelve bem equilibrada: 
 EIAS encontra-se na mesma linha vertical que passa pelo tubérculo pubiano. 
 EIPI encontra-se na mesma linha vertical que passa pela face posterior da tuberosidade 
isquiática. 
Essas duas comparações são difíceis. Em contrapartida, a EIAS e a EIPI estão na mesma linha 
horizontal, o que é fácil de constatar. Os músculos glúteo máximo, isquiotibiais e porção superficial do 
adutor magno controlam a anteversão pélvica. Os músculos psoasilíaco e adutores controlam a 
retroversão pélvica. 
 O desequilíbrio em anteversão e retroversão: 
 Se a EIAS estiver mais baixa que a EIPI, a pelve estará em anteversão. 
 Se a EIAS estiver mais alta que a EIPI, a pelve estará em retroversão. 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO9: Verificação do equilíbrio sagital da pelve 
 Fonte:ALMEIDA, 2006. 
 
Tolerância para a avaliação palpatória 
 Anteversão na mulher, cuja pelve é mais larga, poderá ser considerada normal que a EIAS 
esteja em até 1cm mais baixa que a EIPI. 
 Retroversão no homem, cuja pelve é mais alta, poderá ser considerada normal uma pelve 
em que a EIAS esteja até 1cm mais alta que a EIPI. 
 Até 13 anos não há tolerância: as duas saliências ósseas devem estar no mesmo plano, tanto 
para meninos quanto para meninas. 
 
 
 
IV. TESTES PARA O EQUILÍBRIO OSTEOPÁTICO DA PELVE 
1. Generalidades sobre os músculos do equilíbrio da pelve 
Para o equilíbrio postural da pelve, os músculos mais relevantes são o psoas, o piriforme, os 
isquiotibiais e o quadrado lombar. O primeiro, ou psoasilíaco, é chamado por alguns autores de 
“brincalhão escondido”, pois pode ser responsável por dores, sendo, ao mesmo tempo, relativamente 
inacessível. 
 
Psoas ilíaco 
Ação 
 Flexão de quadril é a função principal Psoasilíaco 
 Papel na manutenção da postura ereta Psoas maior 
 
 
 
 
19 
 Diminuição da lordose lombar (no ortostatismo) Psoas maior 
 Acessório da adução e rotação externa Psoasilíaco 
 Atividade na posição assentada, de pé e na marcha Psoas (principalmente) e ilíaco 
 Atividade na corrida lenta, média ou rápida, durante Ilíaco 
 a flexão do quadril 
 Grande atividade durante os últimos 600, quando se 
passa da posição deitada para a posição assentada.. Ilíaco 
 
Teste de encurtamento 
A) O membro inferior direito em linha contínua mostra 
uma posição normal de estiramento em tensão máxima. O 
membro inferior pontilhado mostra o encurtamento 
acentuado do iliopsoas com um reto femoral de comprimento 
aparentemente normal. O quadril fica em flexão e a perna 
pende livremente com o joelho flexionado. 
B) O membro inferior pontilhado mostra a tensão dos 
flexores do quadril e dos extensores do joelho devido ao 
encurtamento do iliopsoas e do reto femoral, ou somente do 
reto femoral. 
FIGURA 9: O teste do psoas 
 Fonte: TRAVELL, 1993. 
 
 
Piriforme 
É responsável por uma síndrome dolorosa, a síndrome do piriforme, caracterizada pelo 
espasmo deste músculo que provoca compressão nervosa e dores referidas e, algumas vezes, é 
confundida com a dor ciática. 
Ação 
Quando o membro inferior não está em carga e o quadril está em extensão, o piriforme é, 
sobretudo rotador externo. Mas realiza também abdução e flexão. Com o quadril em 900 de flexão, age 
como abdutor. Em posição de flexão acentuada, ocorre a inversão de ação muscular, na qual o 
piriforme se torna rotador interno. Com o membro inferior em carga, o piriforme controla a rotação 
 
 
 
 
20 
interna violenta ou rápida – no início da fase de apoio, na marcha, ou na corrida, por exemplo. O 
piriforme ainda estabiliza o quadril e participa da manutenção da cabeça femoral no acetábulo. 
 
Quadrado Lombar 
O músculo quadrado lombar é o músculo chave das lombalgias, nas quais o paciente 
apresenta dificuldades para mudar de decúbito no leito e pode sentir dores insuportáveis na posição 
ereta ou na marcha. Para aliviar a dor no decúbito dorsal ou lateral, o indivíduo procura inclinar o 
dorso para frente ou para trás ou através da pressão sobre a última costela ou sobre a pelve. A tosse ou 
o espirro podem provocar dor, que pode ser confundida com uma dor radicular de origem lombar. 
As áreas de dor referida são projetadas atrás da articulação sacroilíaca e na parte baixa da 
nádega, podem ainda atingir a região ao longo da crista ilíaca, o quadrante inferior do abdômen, a 
região inguinal e na direção do trocânter maior. A sensibilidade referida ao trocânter maior pode ser 
muito intensa, chegando a perturbar o sono. 
Causas de alterações: 
 Movimento combinado de anteflexão e lateroflexão (levantar um objeto) 
 Traumatismo importante (queda ou acidente automobilístico) 
Ação 
Contração unilateral estabiliza a coluna lombar, eleva a pelve e realiza a lateroflexão da coluna 
lombar. A contração bilateral leva a coluna lombar à extensão e participa da expiração forçada. 
 
Isquiotibiais 
Ação 
A musculatura posterior da coxa corresponde a um grupo muscular composto pelos músculos 
bíceps femoral, semimembranoso e semitendinoso de ação biarticular: atuando na extensão do quadril 
e na flexão do joelho. Por esse motivo, a efetividade dos isquiotibiais como extensores do quadril está 
relacionada ao posicionamento da articulação do joelho, com essa articulação estendida, esses 
músculos são alongados otimamente para agir no quadril. A flexão da coxa, por sua vez, ocorre 
livremente com os joelhos flexionados, sendo limitada pelos isquiotibiais quando ocorre a extensão do 
joelho. 
 
 
 
 
 
 
 
21 
2.Testes de mobilidade 
 
 Teste do psoas através da comparação do comprimento dos membros superiores 
 Paciente: decúbito dorsal 
 Fisioterapeuta: De pé, atrás da cabeça do paciente 
 Teste: O examinador segura os membros superiores do paciente, que devem estar bem 
relaxados. Ele então traciona os membros superiores acima da cabeça do paciente, no grau 
máximo de flexão anterior dos mesmos. Através do contato dos dedos do paciente, pode-se 
perceber se há ou não uma diferença de comprimento. O lado em que o membro superior 
parece mais curto terá um psoas espasmado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 10: Teste de comprimento dos MMSS 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Teste de mobilidade do piriforme 
 Paciente: Em decúbito ventral. 
 Fisioterapeuta: De pé, ao final da mesa. 
 Teste: O examinador flete os joelhos do paciente até 900 e roda 
internamente ambos os quadris. Observa-se se existe ou não 
limitação do movimento de rotação interna do quadril. 
 
 
 
FOTO 11: Teste de mobilidade para o piriforme 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 Teste de mobilidade de quadrado lombar 
 Paciente: em decúbito dorsal 
 Fisioterapeuta: de pé, aos pés do paciente 
 Teste: fisioterapeuta empalma os tornozelos do paciente e 
elevando os MMII estendidos até a barreira motora. Caso exista 
um encurtamento maior do quadrado lombar de um lado, a pelve 
do paciente tenderá a girar para este lado. 
 
 
 
 
FOTO 12: Teste de mobilidade de quadrado lombar 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 Teste de mobilidade de isquiotibiais 
 Paciente: em decúbito dorsal, com a coxofemoral em 90o 
 Fisioterapeuta: com a mão caudal empalma o tornozelo do 
paciente e com a mão cefálica estabiliza o joelho 
 Teste: alonga-se o joelho D e E, e observa-se o lado da restrição da 
extensão do joelho 
 
 
 
FOTO 13: Teste de mobilidade de isquiotibiais 
 Fonte: ALMEIDA, 2006 
 
 
 
. 
V. ARCOS REFLEXOS - O CIRCUITO GAMA 
 
Arco reflexo miotático – terminações anuloespirais 
O fuso muscular recebe fibras nervosas sensitivas e motoras. As primeiras enrolam-se em 
torno da região equatorial das fibras intrafusais, constituindo as terminações anuloespirais. Quando há 
tração do músculo, ocorre também o estiramento das fibras intrafusais, o que excita as terminações 
anuloespirais, originando um impulso nervoso em direção à medula. Este impulso chega aos 
 
 
 
 
23 
motoneurônios alfa situados na coluna anterior da medula, cujos axônios o levam de volta ao músculo, 
determinando a contração das fibras extrafusais. Esta contração se opõe à tração do músculo, sendo 
este reflexo fundamental na manutenção do tônus muscular. 
 
Circuito gama 
As fibras motoras dos fusos neuromusculares originam-se nos chamados motoneurônios gama 
da coluna anterior da medula. São denominadas fibras eferentes gama e terminam nas duas regiões 
polares das fibras intrafusais. Os impulsos nervosos que seguem pelas fibras gama causam a contração 
simultânea das duas regiões polares das fibras intrafusais e,consequentemente, o estiramento da 
região equatorial, não contrátil. Isto excita as terminações anuloespirais, resultando em contração das 
fibras extrafusais, como já descrito. Como os motoneurônios gama estão sob controle dos centros 
encefálicos, este mecanismo permite que o Sistema Nervoso Central participe da regulação do tônus 
muscular. 
 
 
 
 
24 
 
FIGURA 9: O reflexo miotático e o circuito-gama 
 
VI. TÉCNICAS E MANOBRAS PARA QUADRIL E PELVE 
 
1. Técnicas sensoperceptivas 
 Mapeamento de pé 
 Coloque-se de pé, com os pés paralelos. 
 Tente visualizar o sacro com todos os detalhes, bem como as articulações sacroilíacas, os 
ilíacos, o púbis, os ísquios. 
 Procure estabelecer uma relação entre os ossos. 
 Tente localizar a sínfise púbica e o cóccix. 
 Trace uma linha horizontal e procure perceber a distância entre os ísquios. 
 
 
 
 
25 
 Procure imaginar a distância entre os ísquios e o cóccix e entre o cóccix e a sínfise púbica. 
 Tente perceber as linhas de força que atuam na bacia vindo de cima e de baixo. 
 Observe a relação da pelve com os membros inferiores e com a coluna. 
 Perceba o caminho que o peso do corpo percorre: vem da coluna, se distribui na bacia e desce 
pelas articulações coxofemorais. No solo, ocorre uma força oposta, reacional. 
 
 Mapeamento sentado 
 Procure perceber a distância entre os ísquios. 
 Trace uma linha imaginária dos ísquios até o púbis. 
 Imagine a distância de uma sacroilíaca à outra. 
 Imagine a distância de uma EIAS e de uma EIPS à outra. 
 
 Percepção dos ísquios através da pressão 
 Puxe a massa glútea e sente exatamente em cima dos ísquios. 
 Flexione os joelhos e coloque as plantas dos pés unidas. 
 Distribua o peso igualmente nos ísquios. 
 Perceba a suave pressão dos dois ísquios no chão. 
 Expire, abra e “sorria” com as clavículas. 
 Exerça uma pressão maior nos ísquios contra o chão e perceba se ocorre uma reação para 
cima. 
 Deixe essa força para cima levar você em direção ao teto. O seu peso está nos ísquios. 
 Se você perceber que um ísquio não está tocando o solo, faça uma pressão maior deste lado 
com um movimento de abertura da asa do ilíaco. 
 Repita este último movimento algumas vezes. 
 Perceba se houve alguma mudança. 
 Depois pressione os dois lados ao mesmo tempo. 
 Percepção dos ísquios com bolas 
 Coloque-se assentado, com as pernas cruzadas, em abdução simétrica dos quadris. 
 Perceba os contatos dos ísquios com o chão. 
 Coloque as bolas (de espuma ou de tênis) sob os ísquios. 
 Perceba os contatos dos ísquios com as bolas. 
 
 
 
 
26 
 Após algum tempo, retire as bolas. 
 Perceba novamente as sensações dos ísquios. 
OBS: É importante trabalhar as curvas fisiológicas da coluna 
durante a consciência dos ísquios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 14: Percepção dos ísquios com bolas 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 Percepção dos ísquios com deslizamento dos tecidos moles 
 Coloque-se assentado, com as pernas cruzadas, em abdução simétrica dos quadris. 
 Coloque as palmas das mãos sob os ísquios e sente sobre as mãos. 
 Puxe as mãos lentamente, deslocando os tecidos moles e obtendo um contato mais direto 
dos ísquios com o chão. Pode-se realizar a manobra de um lado de cada vez. 
 Perceba novamente as sensações dos ísquios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 15: Percepção dos ísquios com deslizamento do tecidos moles 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
27 
 
 Bolinhas nas sacroilíacas (preliminar de Thérèse Bertherat) 
 Deite em decúbito dorsal com as pernas estendidas e encontre a linha média. 
 Procure perceber se todas as partes do seu corpo se entregam ao chão. 
 Solte o maxilar, os músculos do rosto, as axilas, as virilhas. 
 Encaixe as escápulas no chão e deixe a nuca livre. 
 Inspire pelo nariz e solte o ar pela boca. 
 Leve sua respiração até o períneo, fazendo um esforço de imaginação. 
 Flexione os joelhos e apóie os pés no chão. 
 Posicione as bolinhas sobre as articulações sacroilíacas. 
 Trace uma linha imaginária que una o tornozelo à bola de cada lado. 
 Flexione os membros inferiores totalmente, deixando todo o peso sobre as bolas. 
 Após algum tempo, retire as bolas e perceba as sensações desta região. 
 
 Mostrador de relógio na pelve (Moshe Feldenkrais) 
 Deite-se com os membros inferiores flexionados e os pés apoiados no chão. 
 Deixe a respiração livre e tranqüila. 
 Imagine um mostrador de relógio pintado no dorso da pelve. 
 O número seis está no ápice do sacro e o doze na base. 
 O número três está no ilíaco à direita e o nove à esquerda. 
 Coloque pressão no ponto das seis horas 
 Depois, coloque pressão no ponto das doze horas. As vértebras lombares estarão 
descansando no chão. 
 Retorne às seis horas e depois às doze horas. 
 Repita algumas vezes, realizando os movimentos de forma suave. 
 Colocar pressão no ponto 9 e no ponto 3 
 Repita algumas vezes. 
 
 Ao redor do relógio em movimento contínuo 
 O mesmo que o exercício anterior, só que agora a pressão passa das doze para as seis horas, 
acrescentando uma hora a cada movimento num arco contínuo e realize o trajeto inverso. Repetir 
algumas vezes. 
 
 
 
 
28 
 Realize o trajeto de seis às doze e vice-versa. Repetir algumas vezes 
 Faça o círculo completo no sentido horário e no sentido anti-horário algumas vezes. 
 Descanse e observe. 
 
 Bolinha na sacroilíaca unilateralmente - preliminar de Thérèse Bertherat 
 Deite-se de costas, pernas flexionadas atento ao modo como estão encostadas a parte inferior 
das costas, cintura e escápulas 
 Procure sentir onde se acham as articulações de cada lado do sacro e os dois ossos da pelve 
(ilíacos). 
 Coloque a bola à direita embaixo da articulação direita. 
 Deixe também a nádega esquerda apoiar-se no chão e faça o possível para que a cintura se 
aproxime do chão. 
 Talvez o contato com a bola seja doloroso – tente relaxar e não procure defender-se. 
 Com cuidado, levante o joelho direito sobre o peito - arrume a bola se for preciso - depois 
coloque a mão sobre esse joelho e puxe-o um pouco para você com pequenos movimentos sem 
contrair os ombros. 
 Com cuidado estique então a perna esquerda e continue a puxar o joelho direito para você, 
prestando atenção ao que acontece no interior das coxas. 
 Procure ver como se comportam entre elas nesse ligeiro movimento. 
 Com a mão direita faça o joelho direito executar pequenos círculos bem redondos. 
 Preste atenção aos círculos que você sente serem executados com a região da pelve encostada 
na bola. 
 Mude de direção e faça, ainda, alguns círculos. 
 Depois flexione a perna esquerda e, suavemente coloque o pé direito no chão. 
 Retire a bola e, imediatamente, perceberá uma diferença na pelve. 
 Agora, vire de lado para sentar-se. 
 Depois, levante devagar e passeie um pouco pela sala. Preste atenção no modo (diferente?) 
como sente os pés pisarem, no modo como a perna direita sai do quadril, na abertura da dobra das 
virilhas, no ombro direito e na parte direita do rosto. 
 
2. Técnicas de pompages e outras manobras 
 Pompage do quadril 
 
 
 
 
29 
 Paciente: DD na borda da mesa, com o quadril e o joelho flexionados a 900. 
 Objetivo: sobretudo para o relaxamento dos músculos pelvitrocanterianos 
 Fisioterapeuta: De pé, do lado a ser tratado em finta 
anterior, com os pés separados e os joelhos flexionados. O 
ombro interno do fisioterapeuta se coloca abaixo da fossa 
poplítea do paciente. O contato das mãos o mais próximo 
possível da virilha do mesmo. 
 Ação: A tensão é obtida através de uma ligeira extensão 
dos joelhos do fisioterapeuta. 
FOTO 16: Pompage de quadril 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Pompage da Sacroilíaca 
 Paciente: em decúbito lateral, com os MMII em flexão de quadril e joelho 
 Fisioterapeuta: atrás do paciente, com a eminência 
hipotênar em contato com a EIASposteriormente, com os cotovelos 
estendidos. 
 Ação: realiza-se a pompage utilizando o peso do corpo no 
sentido da mesa. 
FOTO 17: Pompage da articulação sacroilíaca 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Técnica de inibição para os músculos adutores 
 Paciente: DD, com o quadril a ser tratado em rotação externa e o joelho em flexão. 
 Fisioterapeuta: De pé, do lado a ser tratado em fina posterior. 
 Posicionamento: A mão cefálica apóia sobre a crista ilíaca. A 
mão caudal aumenta a rotação externa. 
 Ação: Manter a posição até a obtenção do relaxamento 
muscular. 
 
 
FOTO 18:Técnica de inibição para os músculos adutores 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 Técnica de inibição do piriforme 
 Paciente: decúbito dorsal, inicialmente com os joelhos flexionados. 
 Busque o ponto de dor no trajeto do músculo e coloque uma bola de tênis sob este ponto. 
 Estenda o joelho desse lado e deixe o outro 
flexionado. 
 Permaneça com a bola posicionada até que a dor 
diminua ou desapareça. 
 Pode-se usar a bolinha dos dois lados ao mesmo 
tempo. 
 Pode-se colocar a bolinha em vários locais. 
FOTO 19: Técnica de inibição do piriforme 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 Pompage do piriforme 
 Paciente: em decúbito ventral 
 Fisioterapeuta do lado oposto a ser tratado, ao nível da pelve do paciente. MI do lado 
lesado com o joelho flexionado a 90o e mão caudal segura o tornozelo do paciente\Mão 
cefálica apóia sobre a face posterior do trocânter maior do fêmur. O fisioterapeuta 
bloqueia a pelve do paciente com o corpo ou com o MI caudal e realiza uma pressão no 
trocânter maior na direção da mesa 
 Ação: a tensão é obtida empurrando a perna 
em rotação interna. Ganhar progressivamente 
na rotação interna 
 
 
 
 
 FOTO 20: Pompage do piriforme 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Ponçage do piriforme 
 Paciente: em decúbito lateral, lado D para cima, MID fletido e 
MIE estendido. 
 Ação: massagear circularmente o ponto gatilho do piriforme 
 
 FOTO 21: Ponçage do piriforme 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
31 
 
 Músculo energia para o piriforme 
 Paciente: Em decúbito ventral. 
 Fisioterapeuta: De pé, do lado oposto a ser tratado. O fisioterapeuta flete o joelho do lado lesado 
a 900 e roda internamente o quadril deste lado. A mão cefálica fixa a pelve e a mão caudal 
empurra a perna no sentido da rotação interna do quadril até encontrar uma barreira motriz. 
 Ação: Solicita-se ao paciente três ciclos de três contrações isométricas de três a cinco segundos 
de duração => o paciente tenta levar o quadril em rotação externa e o fisioterapeuta resiste. Após 
cada ciclo de três contrações o fisioterapeuta ganha uma nova barreira motriz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 22: Músculo-energia para o piriforme 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Ponçage do músculo psoas 
 Paciente: Em decúbito dorsal, com flexão do quadril a 
90o, adução e rotação externa de quadril. Realiza-se uma 
pressão para baixo no eixo do fêmur 
 Fisioterapeuta localiza o psoas e realiza uma massagem 
profunda e suave em circundução. 
 
 FOTO 23: Ponçage do músculo psoas 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Músculo energia para o psoas 
 Paciente: Em decúbito dorsal na borda da mesa. 
 Fisioterapeuta: em finta posterior do lado a ser tratado. O MI em disfunção posiciona-se fora da 
mesa em extensão do quadril com discreto apoio na coxa do paciente. O fisioterapeuta apóia sua 
 
 
 
 
32 
mão externa sobre a parte distal da coxa do paciente. Sua mão interna sobre o joelho flexionado do 
mesmo. 
 Ação: pede-se contrações isométricas no sentido de flexão do quadril e ganha-se em extensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 24: Músculo-energia para o psoas 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 Stretching do músculo quadrado lombar 
 Paciente: Em decúbito lateral, do lado oposto a ser tratado. O membro inferior que está 
embaixo permanece fletido, e o que está em cima, estendido. O membro superior que está em cima 
deve estar em abdução e flexão anterior acima da cabeça. Coloca-se uma almofada sob a cabeça do 
paciente. Para aumentar a convexidade do lado 
espasmado, pode-se puxar obliquamente para baixo o membro superior que está apoiado na 
mesa. 
 Fisioterapeuta: De pé, à frente do paciente. O antebraço caudal apóia-se no ilíaco e o 
antebraço cranial nas costelas baixas. As mãos juntas no nível do músculo quadrado lombar. 
 Ação: Para alongar, deixa-se cair o peso do corpo e afasta-se os antebraços, abduzindo os 
braços, sem afastar as mãos. Pode-se trabalhar diferentes feixes: 
- Feixe oblíquo ântero-posterior (anterior): 
- O membro inferior fica atrás do corpo e o membro superior fica à frente. 
- Feixe oblíquo póstero-anterior (posterior): 
- O membro inferior fica à frente do corpo e o membro superior fica atrás. 
- Feixe sagital (médio): 
 
 
 
 
33 
- O membro inferior e o membro superior ficam em posição neutra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 25: Stretching do músculo quadrado lombar 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Músculo-energia para isquiotibiais 
 Paciente: em decúbito dorsal, com membro inferior a ser tratado em flexão de quadril 90º. O 
outro membro inferior repousa em extensão sobre as mesas. 
 Fisioterapeuta: de pé, do lado a ser tratado. O fisioterapeuta leva o joelho do paciente em 
extensão até encontrar uma barreira motriz, antes que o paciente tente compensar pela elevação 
da pelve da mesa e extensão do quadril. Para maior estabilização, o fisioterapeuta apóia o 
tornozelo do paciente em seu ombro e fixa a região distal da coxa com ambas as mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 26: Músculo-energia para isquiotibiais 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
3. Auto-posturas 
 Auto-postura para o músculo quadrado lombar em decúbito lateral 
 
 
 
 
 
 
 FOTO 27: Auto-postura para o músculo quadrado lombar em DL 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Auto-postura sentada para o quadrado lombar 
 Paciente: sentado, joelhos flexionados lateralmente 
 Faz-se lateroflexão com abdução máxima da glenoumeral 
 
FOTO 28: Auto-postura sentado para quadrado lombar 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Auto-postura de pé para o quadrado lombar 
 Paciente: de pé lateralmente à parede, tocar a mão na parede, descarregando o mínimo 
de peso possível 
 Cruzar o MI sobre o contralateral, soltar a pelve do lado alongado 
 Faz-se lateroflexão com abdução máxima da glenoumeral para o feixe médio 
 Para o feixe anterior, realizar discreta rotação do tronco posterior 
 Para o feixe posterior, realizar discreta rotação de tronco anterior. 
 
 
 
 
35 
 
FOTO 29: Auto-postura em pé para quadrado lombar 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 Auto-postura na postura ereta 
 Posição ereta, pés unidos 
 Mapeamento inicial 
 Trabalho analítico (imprescindível) com os pés 
 Posicionamento da pelve, sem bloqueio da articulação do quadril 
 Posicionamento e trabalho corretivo sobre os joelhos 
 Abertura e abaixamento do ombro com encaixe escapular 
 Realiza-se duas ou três vezes a auto-postura 
- Inicia-se com os pés no chão 
- Pode-se utilizar sacos de areia e toquinho nos pés ou prancheta para aumentar 
o alongamento da panturrilha 
- O antebraço permanece em posição neutra, ou supinação (dependendo da 
necessidade de se insistir em uma das duas posições) 
- Pode-se aumentar o alongamento do membro superior com lateroflexão 
cervical 
 
 Auto-posturas rã no ar 
Alongamento alternado de membrosinferiores 
 Paciente em decúbito dorsal, com flexão do quadril, colocando o membro inferior a 
ser alongado sobre o abdômen. 
 
 
 
 
36 
 Estender o joelho sem tirar o sacro do chão (importante). 
 Manter o quadril a 90o de flexão e o tornozelo em dorsiflexão 
 Pressionar o sacro contra o chão enquanto leva 
o calcanhar para o teto 
 Alinhar o membro inferior: 
- Calcanhar, 2o artelho, centro do joelho e quadril 
 Contar 10 segundos e relaxar lentamente 
 Alternar o alongamento dos membros 
inferiores. 
FOTO 30: Alongamento alternado dos membros inferiores 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
37 
Auto-postura Rã no Ar 
 Paciente: em decúbito dorsal, com flexão dos quadris, colocando os membros sobre o 
abdômen. 
 Estender os joelhos empurrando os calcanhares em direção ao teto, sem tirar o sacro do 
chão (importante) 
 Manter os quadris a 90o de flexão e os tornozelos em dorsiflexão 
 Alinhar os membros inferiores: calcanhar, 2o artelho, centro do joelho e quadril 
 Manter o contato dos maléolos mediais, dos côndilos femorais mediais e do hálux 
 Pode-se realizar com abdução ou adução de MMSS 
 
 
 
FOTO 31: Auto-postura rã no ar 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
38 
Auto-postura em adução/rotação externa e abdução/rotação externa 
 Paciente: em decúbito dorsal, com flexão dos quadris, colocando os membros inferiores 
sobre o abdômen. 
 Manter a pressão do sacro no chão (importante). 
 Levar os tornozelos em dorsiflexão e os quadris em rotação externa 
 
 
 
 
 
 
 
FOTO 32: Acima: auto-postura em adução/rotação externa; Abaixo: abdução/rotação externa 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
1o Tempo 
 Alongar os membros inferiores juntos em rotação externa, côndilo contra côndilo, 
lentamente, enquanto o calcanhar é empurrado para o teto. 
 Manter o alongamento máximo por 10 segundos 
 Colocar planta do pé contra planta do pé e descer lentamente 
2o Tempo 
 Subir lentamente, planta do pé contra planta do pé 
1 
1 
2 
2 
 
 
 
 
39 
 Manter alongamento máximo por 10 segundos 
 Descer lentamente em rotação externa do quadril, mas côndilo contra côndilo. 
 
Auto-postura rã no ar segurando a bola com as plantas dos pés 
 Paciente: em decúbito dorsal, alongar progressivamente os MMII, pressionando o sacro 
no chão e segurando uma bola entre as plantas dos pés 
 Não apertar a bola, formando o arco do pé 
 Retornar dirigindo o calcanhar na direção do púbis 
 
FOTO 33: Auto-postura rã no ar com bola na planta dos pés 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
Auto- postura com abertura e fechamento do ângulo coxofemoral 
 Paciente: em decúbito dorsal 
 Um MI estendido no chão com abertura do ângulo da coxofemoral e dorsoflexão do 
tornozelo 
 O outro MI estendido com fechamento do ângulo da coxofemoral e dorsoflexão do 
tornozelo. 
 
FOTO 34: Auto-postura com abertura e fechamento da coxofemoral 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
40 
 
Auto-postura com bola na borda medial do pé 
 
FOTO 35: Auto-postura com bola na borda medial dos pés 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
Auto-postura com pés paralelos 
 
FOTO 36: Auto-postura com pés paralelos 
Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
NOTA: As auto-posturas rã no ar podem ser feitas utilizando bolas e rolos na coluna 
 
 
 
 
 
41 
VII. POSTURAS GLOBAIS 
 
A) Postura “DE PÉ NO MEIO” 
1) Preparação 
 Mapeamento principalmente na posição ereta 
 Mapeamento integrativo final na posição ereta 
 Trabalho analítico imprescindível com os pés e joelho 
 
2) Objetivos 
 Alongamento da Cadeia Anterior 
 Posicionamento da pelve sem bloqueio da articulação do quadril por contração muscular 
acentuada. 
 Consciência e propriocepção dos apoios dos pés, distribuição do peso. 
 Consciência postural na posição ereta 
 Desenvolver o equilíbrio 
 Consciência dos encaixes articulares 
 Abertura e abaixamento do ombro com encaixe escapular 
 Posicionamento correto dos joelhos observando a necessidade do trabalho com valgo ou 
varo dos joelhos e pés 
 Trabalho do alongamento das cadeias dos MMSS 
 Alongamento dos MMSS e cervical 
 
3)Bases para a realização da postura 
 
1. Mapeamento Inicial e Final 
 
2. Respiração 
 
3. Correção das compensações 
 Cuidado especial com os pés e joelhos 
 Manutenção do eixo do tronco 
 Observação da delordose sem bloqueio do quadril 
 
 
 
 
42 
 
4. Manutenção da boa posição da cabeça, cervical, ombros, escápulas, membros superiores 
 
5. Progressão lenta 
 Evoluir estendendo progressivamente os quadris e joelhos mantendo a boa posição dos 
mesmos, e encaixe de todo corpo 
 Colocação de prancheta para alongar os músculos da panturrilha, inicia – se com os pés no 
chão. 
 Em caso de calços para correção do joelho varo, a evolução consiste também na retirada 
progressiva dos calços. 
 
6. Retornar à respiração após cada correção, cada manobra 
 
7. Repetir aproximadamente três vezes 
 
8. Final da postura: obtenção dos apoios dos pés em seus três pontos, e com curvas fisiológicas da 
coluna. 
 
Evidências científicas 
 
ARTIGO 1) TEODORI, RM, GUIRRO, ECO, SANTOS, RM. Distribuição da pressão plantar e 
localização do centro de força após intervenção pelométodo de reeducação postural global: 
um estudo de caso. Fisioterapia em Movimento, Curitiba, v.18, n.1, p. 27-35, jan./mar., 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
B) Postura “RÃ NO AR” 
 
1. Cadeia miofascial posterior (CMP) 
 Espinhais plano profundo 
 Glúteo máximo 
 Pelvitrocanterianos 
 Isquiotibiais 
 Tríceps sural 
 Músculos flexores plantares, adutor e abdutor do hálux 
 
2. Exame das retrações e testes diagnósticos para a CMP 
a) Retrações da CMP 
 Pé cavo 
 Joelho varo 
 Retroversão pélvica 
 Retificação torácica 
 Retificação lombar 
 Hiperlordose cervical 
b) Testes da cadeia posterior 
Paciente de pé - Faz-se flexão anterior do tronco com joelhos estendidos e pés unidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FOTO 37: Teste de cadeia posterior em pé 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
 
 
 
 
44 
Compensações 
 Abertura da tibiotársica, deslocamento da pelve para trás 
 Abertura da coxofemoral 
 Curva desarmônica da coluna 
 Desequilíbrio 
 Zonas planas 
 Dificuldade de alongar a nuca 
 Gibosidades 
 Rotação interna dos joelhos 
 Compensações nos pés 
 Sintomatologia: dores, formigamentos, dormências, câimbras 
 Impossibilidade de realizar a postura de teste 
 
B) Alinhamento do sacro, escápulas e occipital, a partir da posição de flexão anterior do 
tronco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FOTO 38: Alinhamento de sacro, escápulas e occipital 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
Observar 
 Possibilidade de alinhar os três pontos acima. 
 Sintomatologia: dores, formigamentos, dormências, câimbras. 
 Impossibilidade de realizar a postura de teste. 
 
 
 
 
 
 
 
45 
C) Sentado 
Observar 
 Possibilidade de alinhar os mesmos três pontos acima. 
 Capacidade de alongar os membros inferiores. 
 Sintomatologia: dores, formigamentos, dormências, câimbras. 
 Impossibilidade de realizar a postura de teste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 FOTO 39: Teste sentado 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
3. Objetivos 
 Alongamento dos músculos espinhais e decoaptação articular, realizada através de 
liberação sacra e cervical. Esta última é realizada com 90% de alongamento axial cervical e 10% de 
flexão da dobradiça C0 - C1. 
 Realizar a liberação de sacro e manter o apoio do sacro no chão. Em caso de lordose 
torácica, utiliza-se a expiração, posturas especiais demembros superiores e técnicas 
proprioceptivas, para recriá-la. 
 Alongamento progressivo dos músculos posteriores dos membros inferiores. 
 Manter o ângulo da coxofemoral entre 90 e 1100 de fechamento. 
 Manter o sacro apoiado e com pressão no chão para produzir alongamento dos 
espinhais lombares, posteriores de membros inferiores, e para evitar a cifose lombar. 
 Pede-se apoio do sacro no chão. 
 Realiza-se dorsiflexão do tornozelo e eversão dos pés e, mantendo o sacro no solo, 
fechar ângulo da coxofemoral entre 90 e 1100 e estender progressivamente os joelhos. 
 Os joelhos devem estar em rotação neutra e os côndilos mediais unidos. 
 
 
 
 
46 
 Consciência postural e mudança de esquema corporal, utilizando o mapeamento 
inicial e final, e participação ativa durante todo o atendimento. 
 Correção dos desequilíbrios posturais da cadeia posterior. 
 
 
4. Preparação de postura 
1. Mapeamento integrativo inicial e final. Deve-se pedir a participação ativa e despertar as 
sensações corporais, promovendo assim a reestruturação do esquema corporal. Através de uma 
manualidade suave e firme, levar o paciente a entregar-se conscientemente. 
 
2. Restabelecer uma respiração livre, solta, através de manobras mobilizadoras das costelas, 
músculos intercostais, diafragma e manobras proprioceptivas, entre outras. 
 
3. O alongamento do sacro e da cervical, decoaptando a região lombar e cervical. 
 
4. O alongamento das escápulas e colocação dos MMSS. Alongar o elevador da escápula e 
trapézio superior, dando propriocepção encaixando a escápula e abaixando o ombro. Alongar o MS e 
colocar o cotovelo em posição anatômica, deve-se observar o rigoroso posicionamento do cotovelo, em 
caso de valgo acentuado. Nesta condição, pode-se utilizar manobras preparatórias ou posturas com 
correção do valgo. 
 
5. Correção das compensações 
 Assimetrias da cintura escapular e do tórax 
 Assimetrias pélvicas 
 Assimetrias dos joelhos (rotação interna, diferença no grau de extensão dos dois 
joelhos) 
 Assimetrias dos pés, fazer inversão dos pés, uso excessivo da extensão 
metacarpofalângica 
 Elevar a pelve do chão 
 Cifosar a região lombar 
 Abrir o ângulo do quadril 
 Abrir o ângulo tibiotársico 
 
 
 
 
47 
 Lordoses e retificações. 
OBS.: Uma nuca muito lordosada necessitará de apoio sob a cabeça. Uma nuca retificada poderá 
necessitar de uma meia bola sob o pescoço. 
6. Retornar à respiração após cada correção, cada manobra. 
 
7. Trabalho ativo 
 Insistir no apoio do sacro sobre o solo e no fechamento do ângulo coxofemoral a cada 
vez que for solicitada a extensão do joelho. 
 Impulsionar o calcanhar na direção do teto 
e manter ativamente a pressão do sacro no solo. 
 Regularizar o segmento que estiver em 
atraso. 
 Contração concêntrica de quadríceps, e não 
dos abdominais. 
 
 FOTO 40: Postura rã no ar 
 Fonte: ALMEIDA, 2006. 
 
8. Progressão lenta. Quando o paciente refere sintomas durante o atendimento, só se deve 
continuar a progredir após a diminuição ou término do mesmo através da respiração solta e 
proprioceptiva. A dor é o sinal de que alguma coisa importante foi tocada, nesse sentido deve-se correlacionar a 
dor com a correção que a iniciou. 
 
9. Especificidades 
 Trabalhar cervical, cintura escapular, respiração, sacro horizontalizado, cadeia 
posterior. 
 Pode-se dar discreto apoio para os membros inferiores. 
 Não progredir nos membros superiores quando estiver nos membros inferiores. 
 No caso de flexão do quadril com adução (joelhos valgos), em que há muita tensão dos 
adutores, acentuar a abertura e rotação externa. 
 No caso de flexão do quadril com rotação externa (joelhos varos), em que há muita 
tensão dos glúteos, acentuar o fechamento e a adução. 
 
 
 
 
 
48 
Evidências científicas 
 
ARTIGO 2) GIL, VFB. O efeito da reeducação postural global no tratamento da lombalgia 
durante a gestação. Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências para obtenção do título de 
Mestre em Tocoginecologia, área de Ciências Biomédicas. Campinas, 2009. 
 
ARTIGO 3) HEREDIA, EP, RODRIGUES, FF. O Tratamento de Pacientes com Fibrose Epidural 
pela Reeducação Postural Global – RPG. Revista Brasileira de Neurologia. Volume 44, N 19, jul - 
ago - set, 2008. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, L. Reeducação postural e sensoperceptiva: fundamentos teóricos e práticos. Rio de 
Janeiro: MedBook , 2006. 
GIL, VFB. O efeito da reeducação postural global no tratamento da lombalgia durante a gestação. 
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências da UNICAMP para obtenção do título de 
Mestre em Tocoginecologia, área de Ciências Biomédicas. Campinas, 2009. 
HEREDIA, EP; RODRIGUES, FF. O tratamento de pacientes com fibrose epidural pela 
reeducação postural global – RPG. Revista Brasileira de Neurologia. Volume 44, n.19, jul-ago-set, 
2008. 
MAGEE, David J. Orthopedic Physical Assessment. 3ª Edição. Philadelphia: W. B. Saunders 
Company, 1997. 
POLACHINI, L. O., FUSAZAKI, L., TAMASO, M., TELLINI, G. G. e Masiero, D. Rev. bras. 
fisioter. São Carlos. Vol. 9, No. 2, 2005, 187-193, 2005. 
TEODORI, RM; GUIRO, ECO; SANTOS, RM. Distribuição da pressão plantar e localização do 
centro de força após intervenção pelo método de reeducação postural global: um estudo de 
caso. Fisioterapia em movimento, Curitiba, v.18, n.1, p.27-35, jan/mar, 2005. 
TRAVEL, Janet; SIMONS, David. Douleurs et troubles fonctionnels myofasciaux. Editious Haug 
Internacional, 1993. 
www.condomino.com.br/images/QUADRIL.jpg 
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