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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA - DEE CURSO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS EM C.A. – TH108 LABORATÓRIO DE CIRCUITOS ELÉTRICOS II POTÊNCIA MONOFÁSICA OBJETIVOS - Determinar a potência complexa de cargas tipicamente indutivas e capacitivas - Determinar o fator de potência de cargas monofásicas EQUIPAMENTOS UTILIZADOS − Variac 0-240VCA. − Banco de Resistores Mod. 111A432 Valor Nominal 125Ω ± 10% Tensão de Alimentação 80V − Banco de Indutores Mod. 111A434 Valor Nominal 1,47H ± 10% Tensão de Alimentação 220V − Banco de Capacitores Mod. 111A433 Valor Nominal 9,22µF ± 10% Tensão de Alimentação 220V − Voltímetro C.A. 0-250V − Amperímetro C.A. − Wattímetro CONCEITO TEÓRICO Considerando uma tensão senoidal v(t) aplicada a um circuito elétrico com corrente resultante i(t), definidas como: v(t) = Vm cos(ωt+θv) i(t) = Im cos(ωt+θi) sendo o ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente igual a: θ = θv - θi A potência média ou ativa entregue ao circuito é P = (1/2)Vm Im cosθ Em valores eficazes, P = Vef Ief cos θ Em circuitos cc, a potência real é simplesmente obtida pelo produto da tensão pela corrente. Por isso, em ca o produto da tensão pela corrente, em seus valores eficazes, recebe o nome de potência aparente, pois “aparentemente” é a potência convertida em trabalho útil por Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 2 uma carga em ca. Portanto, em um circuito ca, a relação entre a potência real, média ou ativa P e a potência aparente VefIef é chamada de fator de potência, simbolizado por FP. FP = P Vef ⋅ Ief Na análise senoidal, o fator de potência é simplesmente cosθ, sendo θ o ângulo de defasagem entre tensão e corrente ou simplesmente o ângulo da impedância da carga. Em sendo o circuito senoidal, a relação entre potência ativa e aparente é denominada de fator de potência de deslocamento, FPD. Quando a carga é tipicamente indutiva, o FPD é dito em atraso; quando a carga é tipicamente capacitiva, o FPD é dito em avanço. Uma nomenclatura complexa pode ser utilizada, com base na fórmula de Euler, para definir um conceito mais abrangente de potência. Considerando os fasores de tensão e corrente como sendo: V = Vef e jθv I = Ief e jθi Então a potência ativa P pode ser definida como P = Re (VI*) = Re [Vef Ief e j(θv - θi)] = Re (Vef Ief e jθ) O produto do fasor de tensão pelo conjugado do fasor de corrente é chamado de potência complexa S. S = VI* Na forma retangular, S = P ± jQ O módulo de potência complexa S é a potência aparente S, em VA. A componente real de S é a potência ativa P, em W, e o módulo da componente imaginária é a potência reativa Q, em var. Se o sinal da componente imaginária de S é positivo, a carga é tipicamente indutiva; se for negativo, a carga é tipicamente capacitiva. A potência complexa entregue a várias cargas interligadas é a soma das potências complexas entregues a cada uma das cargas, individualmente, não importa a forma como as cargas estão interligadas. Potência em Função da Impedância da Carga Considerando um fasor de tensão V=V∠θv alimentando uma impedância Z=Z∠θz , o fasor corrente é expresso por: I = (V/Z)∠(θv - θz) E a potência complexa S será: S = VI*=(V∠θv) [(V/Z) ∠(θv - θz)]* Logo, S = (V2/Z) ∠θz Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 3 O módulo da potência complexa monofásica é a relação entre os módulos do fasor de tensão e da impedância, e o argumento de S é o argumento da própria impedância Z. No caso de um resistor, Z = R e θz = 0o, logo SR = V2/R Em elementos indutivos puros, o módulo de Z é a própria reatância XL, logo SL = (V2/XL) ∠90º = jV2/ωL = jQL sendo QL a potência reativa em um indutor puro. De forma semelhante, em um capacitor, SC = (V2/XC) ∠-90º = -jωCV2 = -jQC sendo QC a potência reativa em um capacitor puro. PROCEDIMENTO 1. Montar o circuito da Figura 1. De acordo com a condição da carga, mostrada na Tabela 1, medir corrente e potência ativa, determinar a potência aparente, o fator de potência de deslocamento FPD, a potência reativa Q e a potência complexa S. Figura 1. Cargas em paralelo para ensaio em laboratório. Tabela 1 – Determinação da Potência Complexa S Condição de Carga (*) V (V) I (A) S (VA) P (W) FPD Q (var) Potência Complexa Simplesmente 3R 80 Simplesmente 6L Simplesmente 6C 3R//6L 3R//6C 3R//6L//6C Ressonância (*) 3R=3 resistores em paralelo; 6L= 6 indutores em paralelo; 6C=6 capacitores em paralelo. Símbolo //: paralelo 80V V A W A1 A2 V2 V1 Banco Capacitivo Banco Indutivo Banco Resistivo 40 40 Profa Ruth P.S. Leão Email: rleao@dee.ufc.br URL: www.dee.ufc.br/~rleao 4 1.1. Comentar os valores de potência ativa P para as condições de carga 6L e 6C. 1.2. Comparar e analisar as diferenças entre as componentes imaginárias da potência complexa S para a condição de carga em paralelo (3R//6L//6C) e as condições individuais 3R, 6L e 6C. 1.3. Com a ajuda da curva de ressonância mostrada na Figura 2, ajustar os valores de L e C na opção 3R//xL//yC para que o fator de potência FPD seja igual a um. Comparar os resultados obtidos para a condição de ressonância e para a condição 3R. OBSERVAÇÃO. A característica puramente resistiva é atingida na condição de ressonância do circuito. Nesta situação, as reatâncias indutiva e capacitiva se anulam e a frequência de ressonância f0 é determinada pela expressão 1/(2π√LC). Considerando que a frequência da tensão de alimentação é mantida constante (60 Hz), a indutância L do circuito RLC paralelo pode ser determinada para cada valor de C especificado. REFERÊNCIAS HAYT, Jr., W.H., KEMMERLY, J.E. Análise de Circuitos em Engenharia. McGraw-Hill do Brasil, São Paulo, 1973. EDMINISTER, J.A. Circuitos Elétricos. São Paulo: Editora McGraw-Hill, 2a Ed. São Paulo, 1991. Figura 2. Característica do circuito RLC paralelo em função de L e C.
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