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Resumo- D CONSUMIDOR- EXAME


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• TIPOS DE RESPONSABILIDADE NO CDC 
 
➢ No CDC a responsabilidade é OBJETIVA 
➔ Não precisa ter culpa 
➔ Tem que ter conduta danosa (comissiva 
ou omissiva) – DANO 
➔ Precisa comprovar o nexo causal entre a 
CONDUTA e o DANO sofrido pelo 
consumidor 
➢ Em decorrência dos Direitos básicos do 
consumidor, deve ser assegurado o 
funcionamento adequado do 
produto/prestação do serviço 
 
o PELO FATO DO PRODUTO 
➢ Decorre de um acidente de consumo gerado 
por um defeito 
➢ Ex: carro com defeito nos freios, acontece um 
acidente por causa desse defeito – acidente 
de consumo 
 
❖ Art. 12 do CDC 
➢ Será responsabilizado o fabricante, produtor, 
construtor ou importador 
➔ Pode ser nacional ou estrangeiro 
➢ Independe de culpa 
➢ A responsabilidade diz visa atingir aquele que 
projetou, fabricou, construiu, montou, 
formulou, manipulou, modo de apresentação 
e acondicionamento de seus produtos, 
informações insuficientes ou inadequadas 
sobre utilização e riscos 
➢ Aquele que for responsabilizado terá o dever 
de reparar os danos decorrentes dos produtos 
defeituosos 
➢ O fabricante, construtor ou importador não 
serão responsabilizados pelo acidente de 
consumo quando provarem nos autos a 
excludente de responsabilidade – ÔNUS DE 
PROVAR AS EXCLUDENTES DE 
RESPONSABILIDADE 
➔ Excludentes de responsabilidade – devem 
provar: 
- que não colocaram o produtor no 
mercado 
- que o defeito não existe (no caso de 
terem colocado o produto no mercado) 
- Que o defeito é culpa EXCLUSIVA do 
consumidor ou de 3º 
➢ Fornecedor/comerciante não fazem parte 
desse rol 
 
❖ Art. 13 
➢ Trata da responsabilidade do 
comerciante/fornecedor 
➢ Responsabilidade do comerciante é 
SUBSIDIÁRIA 
➔ Somente será responsabilizado quando o 
fabricante, construtor, produtor ou 
importador não puderem ser identificados 
➔ Quando por sua culpa não conservar 
adequadamente os produtos perecíveis 
➢ Se o comerciante for responsabilizado e tiver 
que pagar ao consumidor, poderá entrar 
com ação de regresso contra os verdadeiros 
responsáveis pelo dano 
➢ No CDC não tem denunciação da lide – por 
isso cabe a ação de regresso 
Ana Beatriz de Sousa Gomes – 829803 
Sala: 22B 
 
 
 
o PELO FATO DO SERVIÇO 
❖ Art. 14 
➢ É aplicada a regra geral da solidariedade 
para todos os fornecedores 
➢ Independe de culpa 
➢ Defeitos relativos à prestação de serviços, 
informações insuficientes ou inadequadas 
➢ Serviço não pode ser considerado defeituoso 
pela adoção de novas técnicas 
 
➢ Excludentes de responsabilidade 
➔ Inexistência do defeito 
➔ Culpa exclusiva do consumidor ou de 3º 
 
➢ Responsabilização dos profissionais liberais 
➔ Não possuem organização empresarial 
➔ Ex: médicos, advogados, dentistas – 
serviço técnico pessoal 
➔ No caso destes profissionais aplica-se a 
responsabilidade SUBJETIVA – tem que ser 
comprovada a culpa 
➔ Na ação terá que comprovar 
- conduta – ato cometido 
- dano causado 
- nexo causal da conduta com o dano 
- dolo ou culpa 
➔ Profissionais liberais possuem uma 
obrigação de MEIO e não de resultado – 
garantia de que o serviço será prestado 
da melhor maneira possível 
➔ EX: advogado – deverá defender a causa 
da melhor forma possível, mas não 
poderá garantir ao consumidor que a 
“causa é ganha” 
 
➔ EXCEÇÃO – cirurgia plástica com fim 
estético 
➔ É aplicada a Responsabilidade OBJETIVA 
nestes casos 
➔ O médico tem que entregar o resultado 
esperado e prometido para a 
consumidora 
 
❖ Art. 17 
➢ Todas as vítimas do evento danoso 
decorrente de fato de produto/serviço são 
equiparadas (tratadas iguais) as vítimas 
 
 
 
 
o PELO VÍCIO DO PRODUTO 
➢ Não tem acidente de consumo 
➢ Está ligado à quantidade ou qualidade 
➢ Torna o produto impróprio ou inadequado ao 
consumo – diminui seu valor 
FATO DO PRODUTO
> Defeito
> Acidente de consumo
> Lesão à integridade física-
psíquica do consumidor = DANO
> violação do dever de segurança
RESPONSABILIDADE
•Gera o dever de reparar o dano advindo 
do defeito
•Responsabilidade OBJETIVA (regra)
•Consumidor deve comprovar:
•FATO/CONDUTA
•DANO
•NEXO CAUSAL 
•Do fornecedor
•Fabricante
•Produtor
•Construtor
•Importador
•Do comerciante - SUBSIDIÁRIA
•Dificuldade de identificar o fornecedor
•Conservação inadequada dos produtos 
perecíveis
EXCLUDENTES DE 
RESPONSABILIDADE
•Desconstitui o NEXO CAUSAL
•Ônus da prova = Fornecedor
•Hipóteses:
•Não colocação do produto 
no merecado
•inexistência do defeito
•Culpa EXCLUSIVA do 
consumidor ou de 3º
FATO DO 
SERVIÇO
> Acidente de consumo -
defeito
> Lesão à integridade física-
psíquica do consumidor = DANO
> violação do dever de 
segurança
RESPONSABILIDADE
•REGRA -> Resp. OBJETIVA
•Do fornecedor:
•EXCEÇÃO -> 
Proofissionais liberais = 
responsabilidade 
SUBJETIVA
EXCLUDENTE DE 
RESPONSABILIDADE
•Inexistência de defeito
•Culpa EXCLUSIVA do 
consumidor ou 3º
➢ Ex: carro com defeito nos freios, mas não 
chega a causar um acidente pois o 
consumidor consegue parar ele – não tem 
acidente de consumo, mas o valor do carro 
diminuirá em decorrência de um vício 
impróprio. 
 
❖ Art. 18 – VÍCIO DE QUALIDADE 
➢ Pode haver má funcionalidade do produto 
➢ Responsabilidade SOLIDÁRIA entre TODOS os 
fornecedores, até mesmo os comerciantes, 
quando o vício for de qualidade ou 
quantidade 
➢ Tem que tornam os produtos impróprios para 
consumo ou diminuir seu valor 
➢ Ex: comprou uma TV com o controle remoto 
que não funciona – vício de qualidade, deve 
ir até o fornecedor e pedir a resolução do 
vício 
➔ Pode ser pedida até mesmo a 
substituição das partes do produto que 
estiverem viciadas 
➢ Prazo de 30 dias para sanar o vício 
➔ As partes podem acordarem prazo 
diverso, mas esse tem que estar entre 7 e 
180 dias 
➢ Após os 30 dias o consumidor poderá 
escolher uma das 3 alternativas: 
1- que o produto seja substituído por outro 
igual 
2- ter seu dinheiro de volta 
3- abatimento proporcional do preço 
➢ Consumidor poderá utilizar essas alternativas 
quando a extensão do dano for tão grande 
que a substituição das partes viciadas 
comprometeria a qualidade, suas 
características ou diminuir seu valor 
 
➢ Optando o consumidor pela substituição do 
produto, e for o caso dessa não ser possível, 
poderá o consumidor escolher outro produto 
de outra espécie, modelo ou marca 
➔ No caso desse produto ser mais caro ou 
mais barato do comprado originalmente, 
deverá haver a complementação do 
valor ou o consumidor receber de volta a 
diferença 
➔ Ex: consumidor compra o último 
computador do estoque da loja, 
apresentou defeito, mas dentro dos 30 
dias o fornecedor não conseguiu 
solucionar → o fornecedor opta pela 
substituição, mas essa não poderá ocorrer 
por que era o último da loja → 
consumidor pode escolher outro produto 
➢ No caso de produtos in natura, o fornecedor 
imediato perante o consumidor que será o 
responsável quando o produto tiver vício 
➔ Só não será responsabilizado quando for 
possível identificar o produtor 
 
➢ Produtos impróprios ao uso e consumo: 
I - os produtos cujos prazos de validade 
estejam vencidos; 
 II - os produtos deteriorados, 
alterados, adulterados, avariados, 
falsificados, corrompidos, fraudados, 
nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, 
ainda, aqueles em desacordo com as 
normas regulamentares de fabricação, 
distribuição ou apresentação; 
 III - os produtos que, por qualquer 
motivo, se revelem inadequados ao fim a 
que se destinam. 
 
❖ Art. 19 – VÍCIO DE QUANTIDADE 
➢ Consumidor recebe menor quantidade do 
que aquela que ele pagou para ter 
➢ Todos os fornecedores responderam 
solidariamente pelos vícios de quantidade 
➢ NÃO precisa esperar 30 dias para escolher 
entre 
- abatimento proporcional do preço 
- complementação do peso ou medida 
- substituição do produto 
- restituição do dinheiro 
➢ No caso de o fornecedor vender produtoque 
necessite de pesagem, e a balança estiver 
com defeito, ele será o responsável em sanar 
o vício 
➢ Quando a substituição não for possível, 
ocorrerá o mesmo procedimento do vício de 
qualidade 
➔ Consumidor poderá escolher produto 
com espécie, modelo e marca diferentes 
do original 
 
o PELO VÍCIO DO SERVIÇO 
❖ Art. 20 – VÍCIO DE QUALIDADE 
➢ Vício na qualidade dos serviços 
➢ O Serviço prestado não atinge sua finalidade 
➢ Vicio o torna impróprio ao consumo ou 
diminui seu valor 
➢ Serviço impróprio 
➔ Que não atendem a regulamentação 
➔ Que se mostrem inadequados 
 
➢ IMEDIATAMENTE o consumidor poderá exigir: 
- Reexecução do serviço 
➔ Não terá custo ao consumidor 
➔ Somente quando for cabível 
➔ Pode ser feito por 3º - fornecedor que 
paga 
- Restituição do valor pago 
- abatimento proporcional do preço 
 
❖ Art. 21 
➢ O prestador de serviços quando nos consertos 
e reparos DEVE substituir a peça defeituosa 
por outra original, a não ser quando o 
consumidor autorizar que não seja 
 
❖ VÍCIO DE QUANTIDADE 
➢ Diz respeito a tudo que retire minimamente 
algum direito do consumidor 
➢ Tem que ter a quantidade de serviço 
contratado 
 
❖ Art. 22 – RESPONSABILIDADE DO P. 
PÚBLICO 
➢ Trata da responsabilidade que o P. público 
tem que ter com os seus serviços prestados 
➢ CDC considera o Estado como fornecedor 
➢ P. Público como fornecedor diz respeito as 
pessoas jurídicas de direito público – 
centralizados ou não 
➢ São obrigados a fornecer serviços 
adequados, eficientes, seguros, te quando 
tratar de serviços essenciais, esses TÊM que ser 
contínuos 
➢ Serviços públicos aqui tratados, remete 
aqueles nos quais há uma contraprestação – 
consumidor paga pelo que vai receber e na 
medida que recebe 
➢ Estado responde pelo VÍCIO e DEFEITO de um 
serviço ou produto 
➢ Ex: CPFL não pode cortar do nada o 
fornecimento de energia, já que esse é um 
serviço essencial 
➢ Sobre a continuidade dos serviços 
considerados essenciais (fornecimento de 
água, energia elétrica, etc), em REGRA não 
poderá ter sua interrupção, mas quando 
houver INADIMPLEMENTO esse poderá ser 
interrompido mediante aviso prévio 
➔ Desligamento deve ocorrer mediante 
aviso prévio ao consumidor, em dia útil, 
durante horário comercial 
➔ A concessionária poderá cobrar taxa 
para religação do serviço, desde que 
tenha avisado previamente do 
desligamento, caso não tenha avisado, 
essa taxa não será devida 
➔ No caso de não ter avisado previamente 
o consumidor, a concessionária terá que 
pagar multa e não poderá cobrar a taxa 
de religamento. 
➔ Essa suspensão/interrupção não viola o 
princípio da continuidade dos serviços 
públicos 
 
❖ Art. 23 
➢ O fato de o fornecedor não saber sobre a 
existência do vício em seu produto ou 
serviços, NÃO retira dele sua responsabilidade 
– NÃO É CAUSA DE EXTINTIVA DE 
RESPONSABILDIADE 
➢ O desconhecimento do vício independe se 
foi de boa-fé ou má-fé 
➢ Continua tendo o dever de reparar o dano 
causado ao consumidor 
➢ Esse artigo pode ser considerado como algo 
NATURAL, algo óbvio, já que as relações de 
consumo são amparadas pela 
Responsabilidade OBJETIVA (independe de 
comprovar culpa), com fundamento na 
Teoria do Risco. 
 
❖ Art. 24 
➢ É dever do fornecedor dispor produtos e 
serviços de boa qualidade, sem vícios ou 
defeitos 
➢ Garante que os produtos e serviços serão 
próprios e adequados ao consumo 
➢ Fornecedor não pode tentar se eximir dessa 
garantia através de cláusula contratual 
❖ Art. 25 
➢ Qualquer cláusula contratual que vise 
impossibilitar, excluir ou limitar/diminuir a 
responsabilidade do fornecedor será nula 
➢ REGRA = quando os causadores do dano 
forem muitos, a responsabilidade será 
solidária 
➔ O consumidor pode reivindicar seus 
direitos a qualquer um dos fornecedores 
do produto ou serviço 
➢ Ex: estacionamento que adverte que não se 
responsabiliza pelos valores ou objetos 
deixados no interior do veículo – tal cláusula 
deve ser desconsideradas, não tem validade 
 
 
 
 
 
• PRAZO DECADENCIAL PARA RECLAMAR O 
VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO 
 
❖ Art. 26 
o VÍCIO APARENTE 
➢ fácil constatação 
➢ Notado com o uso normal do produto ou 
serviço 
 
➢ Prazo de Garantia 
➔ Produtos e serviços NÃO duráveis = 30 dias 
➔ Produtos e serviços DURÁVEIS = 90 dias 
 
➢ Início do prazo DECADENCIAL 
➔ Entrega efetiva do produto 
➔ Término da execução do serviço 
 
o VÍCIO OCULTO 
➢ Só aparece depois de muito tempo após o 
uso do produto 
➢ No momento da entrega do produto ou do 
término da prestação do serviço já existia, 
mas não era possível visualizá-lo no momento 
➢ É diferente dos vícios redibitórios 
➔ Mecanismo reparatórios mais restritos 
➢ Vicio de produto tem que decorrer da própria 
fabricação e não do desgaste natural 
 
➢ Prazo de Garantia 
➔ Produtos e serviços NÃO duráveis 
(produtos perecíveis) = 30 dias 
➔ Produtos e serviços DURÁVEIS (carro, 
eletrodomésticos) = 90 dias 
 
➢ Início do Prazo DECADENCIAL 
➔ A partir do momento que o consumidor 
toma conhecimento do defeito 
 
• PRAZO PRESCRIONAL PARA RECLAMAR DO 
FATO 
 
❖ Art. 27 
➢ Prazo = 5 anos 
➢ Pretende reparar o dano causado pelo 
defeito do produto ou serviço 
➢ O prazo começa a contar a partir do 
conhecimento do DANO e da sua AUTORIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
VÍCIO DO 
PRODUTO OU 
SERVIÇO
> Não tem acidente de consumo
> Lesão à integridade econômica 
do consumidor
> violação do dever de adequação 
- adequado para uso ou consumo
> ligado à QUALIDADE ou 
QUANTIDADE
> Torna impróprio ou inadequado 
ao consumo/uso
RESPONSABILIDADE - OBJETIVA
•SOLIDÁRIA
• todos os fornecedores são responsáveis
•Consumidor pode responsabilizar 
qualquer dos fornecedores
•Prazo p/ reparação do dano:
•30 dias
•Salvo produto essencial
•APÓS 30 dias poderá escolher entre:
•Reexecução do serviço/Substituição 
do Produto
•Restituição do valor pago
•Abatimento proporcional do preço
PRESCRIÇÃO
Defeito
5 anos
inicia do 
conhecimento do 
DANO e da AUTORIA
DECADÊNCIA
Vício
•APARENTE
•contagem do prazo 
inicia com a entrega 
do produto ou término 
do Serviço
•OCULTO
•Quando tomar 
conhecimento do vício
30 dias - Produtos NÃO 
duráveis
90 dias - Produtos 
duráveis
FATO = defeito 
VÍCIO = Qualidade ou 
quantidade → torna os 
produtos/serviços impróprios ou 
inadequados