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MICROBIOLOGIA APLICADA RESUMO DO ARTIGO “A RESISTÊNCIA BACTERIANA NO CONTEXTO DA INFECÇÃO HOSPITALAR” SANTOS, Neusa de Queiroz. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Texto & Contexto- Enfermagem, v. 13, p. 64-70, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/KrkXBPPt83ZyvMBmxHL8yCf/?lang=pt. Acesso em: 22 jan. 2023. O presente artigo aborda sobre aspectos do impacto da resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar tendo em vista o crescente número de infecções em instituições de saúde provenientes do uso indiscriminado de antibióticos. Ou seja, quando uma bactéria nociva se instala no organismo do ser vivo, ela faz de tudo para sobreviver devido ao seu alto potencial de adaptação ao ambiente, o que faz com que ela ganhe resistência contra a droga que tenta combater ela. Quando o indivíduo utiliza o mesmo antibiótico várias vezes para tratar a mesma doença ou algo mais simples como uma dor de garganta, por exemplo, o organismo também vai se adaptar ao antibiótico e não mais fará efeito quando esse mesmo indivíduo realmente precisar para uma infecção que necessite de maior atenção. Assim, o uso indiscriminado de antibióticos aumenta a pressão seletiva e, também, a oportunidade de a bactéria ser exposta aos mesmos, facilitando, assim, a aquisição de mecanismos de resistência, podendo ela ser irreversível. Essa resistência tornou-se o principal problema de saúde pública no mundo. Para minimizar a resistência bacteriana, é preciso que haja o controle de infecções hospitalares, visto que os hospitais representam um "habitat" para bactérias que podem tornar-se resistentes às drogas. Alguns fatores que influenciam a seleção de mutantes antibióticos resistentes incluem o estado imunológico do paciente, o número de bactérias no sítio de infecção, o mecanismo de ação do antibiótico e o nível da droga que atinge a população bacteriana. Antigamente, as mortes por infecção hospitalar eram muito mais frequentes antes da implementação de medidas para melhorar as condições sanitárias e das práticas de higiene instituídas nos hospitais, além da penicilina, sendo a infecção hospitalar qualquer processo infeccioso que se manifesta devido a permanência do paciente no hospital ou relacionado à hospitalização. Medidas essas como assepsia, antissepsia, higienização, setores individuais para evitar infecção cruzada, uso de luvas e esterilização. Atualmente, a resistência bacteriana adquirida pelos antibióticos engloba três principais forças no eixo hospitalar: uso excessivo e indiscriminado de antimicrobianos nos hospitais; muitos profissionais de saúde falham em não adotar as medidas básicas de controle de infecção hospitalar, tal como a lavagem das mãos; pacientes hospitalizados imunossuprimidos. No Brasil, o panorama da resistência bacteriana também é preocupante, visto o crescente surgimento de novas amostras de bactérias resistentes nos hospitais, o que leva à necessidade de uma vigilância epidemiológica constante e rigorosa e exige também uma atenção redobrada de todos os profissionais de saúde, da administração hospitalar, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e do Governo. Nota-se que os hospitais são verdadeiras fortalezas das bactérias antibiótico-resistentes. O meio ambiente hospitalar alberga uma grande variedade de microrganismos, especialmente bactérias. Muitos destes agentes bacterianos, embora normalmente não patogênicos, são capazes de rapidamente sobrepujarem a baixa resistência dos pacientes imunodeprimidos, podendo causar doenças infecciosas. Haryssa Batista Azevedo (31.01.2023) https://www.scielo.br/j/tce/a/KrkXBPPt83ZyvMBmxHL8yCf/?lang=pt Ao mesmo tempo, o marketing dos antibióticos, promovido principalmente pelas indústrias farmacêuticas, da venda destas drogas como eficazes para combater infecções bacterianas prossegue aceleradamente em todo o mundo. Assim, nos últimos anos, novos antibióticos de amplo espectro têm sido introduzidos na clínica médica, fazendo com que a população tenha como normal tratar algo básico com antibióticos, acarretando a resistência quando for necessário para algo mais grave. Até pouco tempo, a prolongada luta contra as doenças infecciosas parecia estar, em parte, resolvida, pois as vacinas protegiam contra doenças mortais e os antibióticos tratavam eficazmente um grande número dessas infecções. Como efeito, essas medidas criaram na área da saúde uma falsa sensação de segurança. Assim, os médicos passaram a prescrever os antibióticos de modo equivocado. Para o infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, infelizmente, a formação clínica de alguns colegas médicos, de diversas especialidades, no que se refere à prescrição correta do uso de antibióticos, é muito deficiente, sendo eles prescritos de forma excessiva e, muitas vezes, a escolha do grupo de antibióticos para aquela determinada infecção é inadequada. O uso indiscriminado de antibióticos, na área médica, é um fato citado em diversos trabalhos nacionais e internacionais. O meio hospitalar constitui um vasto e excelente habitat para bactérias adquirirem resistência aos antibióticos. De um modo geral, o paciente internado está imunodeprimido e sujeito a diversas terapias, medicamentosas e/ou invasivas, que o torna susceptível a adquirir infecção hospitalar, além de que elas ocorrem, em parte, devido à prolongada prevalência de pacientes doentes. Qualquer falha ou negligência dos profissionais de saúde em relação às medidas de controle de infecção hospitalar (como a lavagem das mãos), aumenta drasticamente as chances de uma infecção hospitalar. Além da emergência de novas doenças infecciosas (Hantavírus, Ebola, AIDS), a saúde da coletividade está ameaçada pelas bactérias que desenvolveram resistência aos antibióticos, mais notadamente à multirresistência às drogas devido também à morosidade no desenvolvimento de novos antibióticos. Conclui-se então que é necessário uma mudança consciente quanto ao comportamento dos profissionais de saúde, pacientes, pesquisadores, industrias farmacêutica, administração hospitalar e Governo, além de medidas conscientizadoras destinadas aos profissionais da saúde quanto às principais medidas básicas de higienização e à prescrição eficaz e eficiente de antibióticos para que haja o do controle da resistência bacteriana e diminua, assim, as infecções hospitalares. Referencia: SANTOS, Neusa de Queiroz. A resistência bacteriana no contexto da infecção hospitalar. Texto & Contexto- Enfermagem, v. 13, p. 64-70, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/KrkXBPPt83ZyvMBmxHL8yCf/?lang=pt. Acesso em: 22 jan. 2023. https://www.scielo.br/j/tce/a/KrkXBPPt83ZyvMBmxHL8yCf/?lang=pt
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