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Análises Financeiras e Tomada de Decisão

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Página inicial 
ANÁLISES 
FINANCEIRAS 
Professor (a) : 
Me. Marcela Gimenes Bera Oshita 
Objetivos de aprendizagem 
• Entender porque analisar as demonstrações, o que incluir no relatório, as metodologias de análises e técnicas. 
• Conhecer como padronizar as demonstrações. 
• Ensinar sobre metodologia de análises verticais e horizontais. 
• Desenvolver no aluno o entendimento das técnicas de análise dos indicadores. 
https://sites.google.com/view/aftd1/p�gina-inicial
https://getfireshot.com
https://sites.google.com/view/aftd1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
https://sites.google.com/view/aftd1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0
Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Análise das Demonstrações Financeiras. 
• Padronização das Demonstrações. 
• Análise Vertical e Horizontal. 
• Análise dos Indicadores. 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), este estudo irá introduzir o processo de entendimento do que é a análise das demonstrações financeiras e de 
como extrair informação para tomada de decisão. A prática que envolve a atividade de análises financeiras é envolta de um 
conjunto de teorias e conceitos vindos de áreas contábeis, econômicas e administrativas. 
Pense que a análise financeira auxilia a visualizar o negócio de forma mais detalhada, dando suporte para tomada de decisões. 
Nesse sentido, as análises das demonstrações financeiras passam a ser compreensíveis, apontando um esboço das prioridades 
para solução dos problemas. Não obstante, é necessária para os usuários da informação, pois permite a visão de estratégias, 
planos, estimar o futuro, as potencialidades e limitações. 
Observe que por usuários das informações entende-se um indivíduo ou organizações que se relacionam com a empresa, como: 
fornecedores que normalmente estão interessados na capacidade de pagamento da empresa; compradores que buscam analisar o 
giro da empresa, produção, entre outros; bancos que visam conhecer a situação atual e futura do negócio; dirigentes, a fim de 
traçar estratégia; e o governo em caso de contratos, o que visa analisar o menor risco de falência, verifica o correto cálculo dos 
impostos, além dos concorrentes. 
Pare e pense que para avaliar o desempenho de uma empresa, não basta apenas conhecer os números destacados nos relatórios 
financeiros. É importante também conhecer a empresa, o seu ramo de atividade e os fatores externos que influenciam no negócio. 
Destaca-se que o gestor financeiro deve buscar gerar relatórios elaborados como se fossem dirigidos a pessoas que não tenham 
amplo conhecimentos da área, traduzindo as demonstrações financeiras em informação. Por exemplo, a empresa tem capacidade 
de pagamento das dívidas a curto prazo, ela está lucrativa ou não, e ainda continuará operando ou tem possibilidade de insolvência 
financeira. 
Agora que já conhecemos o contexto da análise das demonstrações, quero convidá-lo(a) a continuar em nossa jornada de estudos e 
neste tópico proponho a reflexão sobre a análise das demonstrações financeiras e finanças para tomada de decisão. 
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Avançar 
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UNICESUMAR | UNIVERSO EAD 
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https://drive.google.com/file/d/1lwyz2VyJ9aqpyvEqnSHjVCyOhD4HzUqY/view?usp=sharing
Página inicial 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS 
A análise das demonstrações financeiras se desenvolveu dentro do sistema bancário em 1895, iniciou nos Estados Unidos. Na 
época não havia uniformidade nas demonstrações. Contudo, com o decorrer do tempo, houve a necessidade e a possibilidade de 
uniformizar as disposições e metodologias. No Brasil, começou-se a utilizar a partir de 1970 pelo SERASA, que operava como 
central de análise de bancos comerciais. 
Entre as técnicas mais utilizadas estão o índice padrão, que se refere à análise global da empresa em relação ao setor de atuação; a 
análise vertical e horizontal, que está relacionada com a tendência da organização; o capital de giro, que verifica a rotação dos 
prazos médios dos estoques, contas a pagar e a receber; a análise econômica e financeira, que constata a capacidade de pagamento 
e o grau de endividamento do negócio; e o retorno dos investimentos, que está vinculado à rentabilidade da empresa e dos sócios. 
Nesta perspectiva, cabe ao gestor financeiro transformar as demonstrações financeiras em informações que permitam visualizar a 
situação financeira da empresa. 
Conforme apresentado na figura 1. 
Figura 1 – Processo de transformação da informação. 
Fonte: elaborado pela autora. 
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Assim, ao elaborar um relatório, é necessário destacar a situação financeira, econômica e patrimonial da empresa, bem como o 
desempenho, os pontos fortes e fracos, as tendências e perspectivas. Pode ser utilizado um quadro evolutivo mostrando as causas 
de uma alteração financeira e de rentabilidade que tenha ocorrido, as providências que estão sendo tomadas e as perspectivas 
futuras. 
Nesta perspectiva, há uma metodologia de análise das demonstrações financeiras que inicialmente precisa escolher os indicadores 
a serem analisados, em seguida comparar com os indicadores padrões e posteriormente realizar os diagnósticos e conclusões para 
tomada de decisão, conforme apresentado na Figura 2. 
Figura 2 – Metodologia de análise das demonstrações financeiras. 
Figura 2 – Metodologia de análise das demonstrações financeiras. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Ao analisar as demonstrações financeiras da empresa, é necessário que se conheça profundamente a entidade que está sendo 
analisada, como seu histórico, métodos de trabalho, objetivos e metas. Ainda é necessário conhecer o comportamento dos 
concorrentes, a economia e o mercado em que a entidade atua, para que se obtenha, assim, o máximo de informações a respeito da 
gestão do patrimônio desta entidade. 
Desta forma, será possível realizar uma análise em que se consiga avaliar o presente em função do passado e assim, com base em 
situações já ocorridas, projetar o comportamento do negócio no futuro. Nesta perspectiva, a demonstração financeira de uma 
organização contém informações importantes sobre a sua situação patrimonial e financeira. Assim, as demonstrações estudadas 
neste capítulo são o Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração de Resultado (DR). A demonstrações dos fluxos de caixa será 
trabalhada nas próximas unidades. 
Porque ao analisar as demonstrações financeiras da empresa é necessário que se conheça profundamente a 
entidade que está sendo analisada? 
Estrutura e Elaboração das Demonstrações Financeiras 
Este estudo abordará brevemente uma revisão teórica sobre o balanço patrimonial e a demonstração de resultado. Assim, o BP é 
composto por ativo, passivo e patrimônio líquido, apresenta a situação da empresa em uma data específica. E a DR apresenta o 
resultado obtido pela empresa em um dado período de tempo. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
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O Balanço patrimonial deve compor o total de bens, direitos e obrigações de uma empresa num dado momento no tempo. Desta 
forma, o ativo mostra como os recursos estão sendo investidos na empresa e o passivo mostra a obrigação da empresa junto a 
terceiros. Já o patrimônio líquido compila os recursos próprios investidos na empresa e os lucros retidos. Neste sentido, o BP deve 
seguir um padrão conforme apresentado no Quadro 1. 
Quadro 1 – Balanço Patrimonial. 
Fonte: elaborado com base na Lei no 6.404/76 (art. 176 a 182) alterada pela Lei no 11.638/07. 
Ao analisar o Quadro1, pode-se observar que o lado direito do balanço está apresentando como o lado esquerdo é financiado. 
Desta forma, uma organização é financiada por uma composição de capital próprio (Patrimônio Líquido) e capital de terceiros 
(Passivos Circulante e Não Circulante). 
Patrimônio é um conjunto de, bens, direitos e obrigações, elementos necessários para a existência de uma 
empresa. 
(A autora) 
Por ativo circulante, compreende as disponibilidades da empresa, como disponibilidades de caixa ou banco, direitos de crédito 
sobre clientes, estoques e despesas antecipadas, desde que sejam realizados em um prazo de até 360 dias. Já o ativo não 
circulante, entende-se que estão os bens e direitos que são realizáveis após 360 dias. 
Por passivo circulante, compreende todas as obrigações ou dívidas da organização com vencimento até 360 dias. Já por passivo 
não circulante entende-se que são todas as obrigações ou dívidas com vencimento acima de 360 dias. Por fim, o patrimônio líquido 
representa os recursos próprios investidos na empresa. 
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Destaca-se que para se elaborar o balanço, é necessário que a demonstração do resultado tenha sido realizada, ou seja, o resultado 
tenha sido apurado e os eventos devidamente registrados. 
Caro(a) aluno(a), quando há um ATIVO maior que o PASSIVO, temos um Patrimônio Líquido positivo. Neste 
caso, a empresa se encontra em uma situação favorável, em que os bens e direitos (ATIVO) excedem o valor 
das obrigações com terceiros (PASSIVO). 
Quando há um ATIVO menor que o PASSIVO, temos um Patrimônio Líquido negativo . Neste caso, a 
situação para a empresa é desfavorável, ou seja, há um passivo a descoberto que ocorre quando os bens e 
direitos (ATIVO) forem menores que as obrigações com terceiros (PASSIVO). 
Pense que quando o ATIVO for igual ao PASSIVO, o Patrimônio Líquido é nulo, essa situação ocorre quando 
os bens e direitos (ATIVO) forem iguais às obrigações com terceiros (PASSIVO). 
Quando o ATIVO for igual ao PATRIMÔNIO LÍQUIDO, a situação é de plena prosperidade, essa situação 
ocorre quando os bens e direitos (ATIVO) forem iguais ao Patrimônio Líquido. Nesta hipótese, as obrigações 
com terceiros (PASSIVO) serão nulas. 
Por fim, quando o PASSIVO EXIGÍVEL for igual ao PATRIMÔNIO LÍQUIDO, a situação é de inexistência de 
ativo, essa situação ocorre quando as obrigações com terceiros (PASSIVO) for igual ao Patrimônio Líquido 
Negativo. Nesta hipótese, o ativo será nulo. 
Fonte: a autora. 
Estrutura da Demonstração do Resultado 
A Demonstração do Resultado evidencia a composição do resultado formado pela confrontação entre o total de receitas 
efetivadas e despesas realizadas em um período de tempo de operações da organização. Nesta perspectiva, a estrutura da DR 
deve ser apresentada com base na Lei no 6.404/1976 (art.187), conforme apresentada no Quadro 2. 
Quadro 2 – Demonstração do Resultado. 
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Fonte: Elaborado com base na Lei no 6.404/1976 (art.187). 
A receita operacional bruta é toda receita obtida pela empresa num dado período de tempo (preço x quantidade). Nas deduções 
estão contidas possíveis devoluções, descontos comerciais e abatimentos de impostos sobre a venda de mercadoria (IPI, ICMS, ISS, 
PIS e COFINS). Ao realizar as deduções, chegaremos na receita operacional líquida de vendas que é a receita real da empresa. Já o 
lucro operacional bruto é a diferença entre a venda da mercadoria e o seu custo, sem considerar as despesas de vendas, 
administrativas e financeiras. 
O Resultado operacional é a resultante da atividade operacional da empresa, obtido por meio da diferença entre o lucro bruto e as 
despesas operacionais, como de vendas, administrativas e despesas e receitas financeiras. 
Por despesas de vendas entende-se como propaganda, salário e comissão dos vendedores, estimativa de perdas com duplicatas a 
receber, despesas de transporte e distribuição de mercadorias. Já as despesas administrativas, são gastos com a administração das 
empresas, como salários e encargos do pessoal da administração, honorários contábeis, aluguel do escritório, taxas sindicais, entre 
outros. 
Por despesas financeiras entende-se que são remunerações a capital de terceiros (financiamentos), como juros, multas, descontos 
sobre o uso do cartão, taxas de cheque especial. Já as receitas financeiras, são provenientes de aplicações financeiras, como juros e 
moras recebidos. 
As outras despesas ou receitas operacionais são as não enquadradas nos grupos mencionados. Como despesas, podemos citar: 
multas fiscais, taxa imobiliária e de bombeiro, IPVA, IPTU, entre outras. E as receitas estão relacionadas às vendas de materiais, 
como sucata, por exemplo. 
Por resultado antes do IR, entende-se que é o lucro operacional mais ou menos o resultado não operacional. As despesas e receitas 
não operacionais são aquelas não relacionadas diretamente com o objetivo do negócio da empresa, como ganhos ou perdas de 
capital, como os lucros ou prejuízos na venda de itens do ativo e também com relação a perdas ou ganhos, como doações, perdas 
com catástrofes, entre outros. Por fim, tem-se o resultado líquido em que se calcula o imposto de renda e deduz-se do lucro antes 
do IR. 
PADRONIZAÇÃO DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
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A padronização das demonstrações incide em uma crítica às contas das demonstrações, bem como sua transcrição para um 
modelo previamente definido (sintetizado) para facilitar as análises. Assim, o processo de padronização, de acordo com Matarazzo 
(1995), se justifica devido à simplificação, comparabilidade, adequação aos objetivos da análise, precisão na classificação das 
contas e descoberta de erros. Desta forma, a primeira etapa da análise das demonstrações financeiras consiste na padronização. 
O processo de simplificação caracteriza-se pela redução no nível de detalhamento das contas, apresentando apenas as mais 
representativas, isto é necessário, pois, por exemplo, um balanço de uma empresa S.A. tem cerca de 60 contas, ao analisá-las, se 
calcula o percentual de evolução da conta de um ano para outro, bem como as análises verticais e horizontais. Considerando que 
normalmente essa análise é de três anos, chega-se a 540 números, o que dificulta a visualização do balanço como um todo, 
complicando o trabalho de um analista. 
O processo de comparabilidade se dá, pois cada empresa tem seu plano de contas, com maior ou menor nível de detalhamento, 
com exceção de bancos, seguradoras etc., em que existe um plano de contas legal obrigatório. Diante disso, como a análise é 
baseada em comparação, é necessário enquadrar num modelo que permita a comparação com outros balanços. 
O procedimento de adequação aos objetivos da análise se dá com as duplicatas descontadas que, por exemplo, do ponto de vista 
contábil, é uma dedução de duplicatas a receber e do ponto de vista de financiamentos, é um recurso tomado pela empresa junto 
aos bancos, devido à insuficiência de recursos próprios. Diante disso, essas duplicatas devem ser reclassificadas no passivo 
circulante, conforme o Quadro 3. 
Quadro 3 - Reclassificação de contas: duplicatas descontadas. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Os processos de precisão nas classificações de contas normalmente são realizados em balanços e demonstrações de resultados, 
com falhas nas classificações de contas, como, por exemplo, despesas do próprio exercício que figuram como despesas do exercício 
seguinte ou empréstimos de curto prazo que aparecem no exigível a longo prazo. Assim, para corrigir isso, exige-se uma 
padronização rigorosa, conforme apresentado no quadro 4. 
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Quadro 4 - Reclassificaçãode contas: despesa do exercício seguinte. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Pense que ao padronizar as demonstrações financeiras, é colocar um “olhar crítico” às contas e verificar se 
há existências de erros, que podem ter sido intencionais ou não e transferi-los quando necessário para 
outros grupos. 
É possível criar subdivisões dentro do grupo circulante como, por exemplo, decompor o Ativo Circulante em Ativo Circulante 
Operacional , em que contempla o investimento que decorre automaticamente das atividades de clientes e estoque e Ativo 
Circulante Financeiro , que são Itens de natureza financeira, conforme descrito no Quadro 5. 
Quadro 5 – Modelo de Padronização do Balanço Patrimonial. 
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Fonte: elaborado pela autora. 
Com relação ao Passivo Circulante , podemos usar a mesma nomenclatura, ou seja, decompondo em Passivo Circulante 
Operacional , que são os recursos que surgem em decorrência de operações da empresa, como: representados por fornecedores, 
salários a pagar, impostos a pagar, encargos sociais etc. e Passivo Circulante Financeiro , que são financiamentos tomados para 
complementar a necessidade de cobertura dos investimentos no Ativo Circulante, sempre que as demais fontes não forem 
suficientes. 
Não podemos esquecer que para facilitar o processo a DR também deve ser padronizada, como pode-se observar no Quadro 6. 
Quadro 6 – Modelo de Padronização da Demonstração de Resultado. 
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Fonte: elaborado pela autora. 
A padronização obriga o analista a pensar em cada conta das demonstrações contábeis enquanto descreve 
o modelo de padronização, o que gera uma intimidade do analista com as demonstrações. 
O processo de descoberta de erros , intencionais ou não, verificados nas demonstrações contábeis, como, por exemplo, os 
estoques finais ou iniciais da demonstração do resultado do exercício, não coincidem com os estoques dos balanços; ou a provisão 
para devedores duvidosos do balanço não coincide com a que foi constituída na Demonstração do Resultado do Exercício. Assim, 
nesses casos, deve-se desconfiar da veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis e suspender a análise até 
que se elucidem as imprecisões. 
Aprendemos que para realizar a análise de balanços é necessário realizar alterações nesse balanço, para 
que a análise se torne mais fidedigna, na conta do caixa (ativo circulante) devemos nos atentar, pois este 
item normalmente é composto por cheques, vales e dinheiro. Assim, é necessário reclassificar os itens desta 
conta, em que os cheques pré-datados sejam alocados para o grupo das contas a receber de clientes. Vimos 
que a conta de duplicatas descontadas é uma conta redutora do ativo, pois representa uma coobrigação da 
empresa, ou seja, uma antecipação de recursos por meio de empréstimos e por isso deve fazer parte do 
passivo circulante. Já a receita antecipada é uma conta do passivo, resultado do exercício futuro, ou seja, é a 
receita que será realizada no próximo exercício, normalmente proveniente de uma venda antecipada e, por 
isso, deve ser alocada para o patrimônio líquido. Vimos também que a conta do ativo circulante, 
denominada de despesa antecipada, indica a despesa a ser realizada no exercício seguinte, logo deve ser 
reduzida no Patrimônio Líquido. 
Para saber mais, acesse o link disponivel em: 
< http://raciociniologicocontabil.weebly.com/uploads/2/9/7/2/297267/adf_especial.pdf >. 
Fonte: a autora. 
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http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fraciociniologicocontabil.weebly.com%2Fuploads%2F2%2F9%2F7%2F2%2F297267%2Fadf_especial.pdf&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFLquw8OPQ4Ppjat0q49bKxutfffA
ANÁLISES VERTICAL E HORIZONTAL 
As análises vertical e horizontal são voltadas para o estudo de tendências, em que se caracteriza por um exame mais detalhado das 
demonstrações, pois possibilita localizar falhas específicas da empresa e ainda explicar os motivos pelos quais a organização está 
em determinada situação. 
É recomendável que as duas análises (vertical e horizontal) sejam realizadas conjuntamente para tirar conclusões, pois se o 
analista concluir sua análise apenas com a horizontal e, por exemplo, tiver um item com uma variação expressiva de 1.000%, ele 
poderá se equivocar, pois esta discrepância pode ter ocorrido em uma conta irrelevante dentro das demonstrações financeiras. 
Análise Vertical no Balanço de Pagamentos 
A análise vertical permite mostrar a participação relativa de cada item da demonstração em relação ao total. Assim, a análise 
vertical é baseada nos valores relativos das contas das demonstrações financeiras, isto é, ela é calculada com o percentual de cada 
conta em relação ao valor base. Por exemplo, uma análise vertical no balanço patrimonial utiliza-se: 
Dessa maneira, ao realizar esta análise você consegue observar a importância das contas em relação ao total de sua categoria, por 
exemplo, permite identificar quanto que o passivo circulante representa do passivo total em percentual ((350/1200) 
x100=29,17%). Desta forma, o passivo circulante representa 29,17% do passivo total no ano de X1, conforme o Quadro 7. 
Assim, para realizar uma boa análise vertical, você terá que identificar qual é o grupo de ativo e passivo que tem maior participação 
percentual no total dessas contas, e qual a evolução desses dados de um ano para outro. 
Quadro 7 - Análise vertical do Ativo. 
Fonte: Elaborado pela autora. 
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Ao analisar o Quadro 7, verifica-se que no ano de X1 e X2 o ativo permanente teve uma maior participação com relação ao ativo 
total. Destaca-se que houve uma evolução de 41,66% permanente em X1 para 53,33% do total do ativo em X2, essa maior 
participação pode estar atrelada, por exemplo, a um aumento de investimento em máquinas, equipamentos ou infraestrutura. 
Verificou-se ainda, no Quadro 7, que houve uma redução do ativo circulante e realizável a longo prazo nos anos de X1 para X2 com 
relação ao ativo total. 
Portanto, a análise vertical permite mostrar a importância de cada conta dentro da demonstração, serve ainda para comparar 
padrões no ramo de atuação e pode ser utilizada para comparar dados da própria empresa em anos anteriores, visando identificar 
se há itens desproporcionais registrados nas demonstrações. 
A Análise de Balanços tem como objetivo buscar informações para a tomada de decisões. 
(Dante Carmine Matarazzo) 
Análise Horizontal no Balanço de Pagamentos 
A análise horizontal permite a comparação de um item, no mesmo período, com relação ao mesmo item de uma empresa do mesmo 
setor. E ainda você poderá verificar a evolução de determinado item no decorrer dos anos, isto é, você pode relacionar cada conta 
da demonstração financeira com a equivalente de exercícios anteriores e medir a evolução ao longo dos exercícios. Destaca-se que 
a análise horizontal pode ser calculada da seguinte forma: 
Ao analisar o Quadro 8, verifica-se que o ano de X1 é o ano base, por isso considera-se 100%, dessa forma, para realizar esta 
análise eu preciso de 2 a 3 anos para efeito de verificar a evolução das contas, por exemplo, de X1 para X2. Assim, o analista 
realizará a seguinte análise: ao verificar o ativo circulante, percebe-se que do ano de X2 houve um aumento de 14,28%. 
Quadro 8 - Análise Horizontal do Ativo. 
Fonte: elaborado pela autora. 
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Ainda ao comparar o ativo realizável a longo prazo, ele foi de -14,28% de X2, e assim por diante. Temos que nos atentar também 
quanto a evolução das contas como, por exemplo, um aumento expressivo dos estoques e nas contas a receber,o que pode 
comprometer a liquidez da empresa. 
Análises Vertical e Horizontal na Demonstração do Resultado 
Caro(a) aluno(a), para ter uma análise completa é necessário que se faça uma análise vertical da demonstração de resultado da 
empresa, calculando o percentual de cada conta com relação à receita líquida de vendas, conforme a seguir: 
Destaca-se que na análise vertical da DR deve ser considerado o aumento das receitas, sobretudo também o controle sobre os 
custos e despesas, descontada a variação de moeda estrangeira ou a inflação do período. 
Não podemos nos esquecer que a análise horizontal é a mais afetada pela inflação. Diante disso, para avaliar 
a evolução real das contas, deve-se aplicar o índice de atualização do poder da moeda às variáveis 
monetárias, pois, por exemplo, ao realizarmos uma análise horizontal nas demonstrações de resultado, é 
necessário tomar cuidado com alguns aspectos, pode ser que você encontre um aumento da receita de 33% 
(sabemos que receita é o preço vezes a quantidade) e pode ser que por causa da inflação o preço tenha se 
elevado em 15%. 
Assim, você analista não pode analisar de forma precipitada, ou seja, esses 33% nada representa, pois nem 
todo esse valor foi causado por um crescimento do negócio devido à ampliação de mercado, aumento no 
volume de vendas, visto que eu não considerei o efeito do preço ao calcular a evolução das receitas. Desta 
forma, é necessário que se analise as questões monetárias, que influenciam tanto nos custos como nas 
receitas. 
Fonte: elaborado pela autora. 
Ao analisar os custos dos produtos vendidos na análise horizontal, temos que identificar se houve a evolução dos custos em 
relação à receita bruta, por exemplo, se houver um aumento do faturamento e uma redução de custos ao longo do período, 
significa que a empresa está tendo uma boa gestão. 
No grupo de despesas operacionais, por exemplo, descobrimos como os administradores se preocupam em lidar com elas, sanando 
possíveis gargalos. Ainda no lucro operacional, vemos o resultado das políticas de vendas, de custos e controle das despesas, como 
esses itens tem se comportado ao longo do tempo. 
Ainda temos a questão das receitas e despesas financeiras, que reflete a política de captação de recursos junto a terceiros e o lucro 
líquido, que é o elemento chave para apurar o retorno (rentabilidade) da empresa. 
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Como as análises são afetadas pela inflação, não podemos esquecer de realizar a atualização monetária de 
cada conta monetária das demonstrações, para não analisar de forma equivocada. Assim, admitindo-se que 
a inflação para os exercícios de 2013 a 2014 e 2015 foram respectivamente, de 8% e 12%: 
• 2013 - 60.000 ÷ 60.000 = 100% 
• 2014 – 80.000 ÷ (60.000 x 1,08) = 80.000 ÷ 64.800 = 1,235 ou 23,5% 
• 2015 – 50.000 ÷ (60.000 x 1,08 x 1,12) = 50.000 ÷ 72.576 = 0,689 ou 68,9% → decrescente. 
Diante disso, verifica-se que o ano de 2013 é a base, visto que a análise parte daquele período, então 
considera-se 100%. Já no ano seguinte, 2014, as receitas da empresa foram de R$ 80.000, mas para que eu 
possa comparar e ver a evolução com relação a 2013 numa análise horizontal, preciso corrigir o ano de 
2013 com base na inflação do período. Assim, verifica-se que ao realizar a correção, chegamos em um valor 
de 64.800. Como na análise horizontal eu divido o valor do ano corrente pelo ano anterior, verifica-se uma 
evolução das receitas em 23,5%. Caso eu quisesse realizar a análise do ano de 2015 com relação a 2013, por 
exemplo, eu teria que trazer o valor de 2013 para o valor de 2015, multiplicando a inflação do período. Para 
saber mais, acesse o link disponível em: 
< http://kantegablog.blogspot.com.br/2010/06/licao-matematica-n7-convencao-e.html > 
Fonte: a autora. 
ANÁLISE DOS INDICADORES 
Os indicadores são a relação entre as contas ou grupos de contas das demonstrações. Permite um diagnóstico mais preciso da 
situação econômico-financeira para tomada de decisão é utilizado como uma forma de comparação com índices de empresas do 
mesmo setor, ou seja, concorrentes no mesmo período no tempo. 
Destaca-se que é importante a padronização das contas para não ter problemas com as informações devido a alguns critérios 
diferentes utilizados pelas empresas na elaboração das demonstrações. Assim, os índices neste tópico foram agrupados em três 
categorias: liquidez, endividamento (estrutura) e rentabilidade. 
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Índices de Liquidez 
Os índices de liquidez propõem medir a capacidade de pagamento da empresa considerando o prazo imediato, curto prazo e longo 
prazo, isto é, mensuram a capacidade de a empresa cumprir corretamente as obrigações assumidas. Desta forma, os índices de 
liquidez estão divididos em três elementos, corrente, seca e geral. 
A liquidez corrente indica a capacidade da empresa de pagar as contas no curto prazo. Verifica o quanto a empresa possui de ativo 
circulante para cada R$ 1,00 de passivo circulante, relacionando assim o ativo circulante com o passivo circulante: 
Pense que o valor foi de R$ 1,70, isso indica que para cada R$ 1,00 de dívida a empresa detém R$ 1,70 de dinheiro e valores que se 
transformarão em dinheiro. Destaca-se que este índice não revela a quantidade de itens no circulante, por exemplo, os estoques 
obsoletos ou superavaliados, além de títulos a receber efetivamente recebíveis. Não revelando também a sincronização entre os 
recebimentos e pagamentos. 
A liquidez seca considera a capacidade da empresa em pagar dívidas caso os estoques estejam obsoletos ou as vendas tenham se 
paralisadas. Partindo da ideia de que o estoque é difícil de ser realizado, ou seja, transformado em dinheiro, ele deve ser 
desconsiderado no cálculo da liquidez. Verifica-se o quanto a empresa possui de ativo circulante, excluídos os estoques para cada 
R$ 1,00 de passivo circulante, relacionando assim o ativo circulante com o passivo circulante: 
Imagine que o resultado foi de 0,56, assim, para cada R$ 1,00 de passivo circulante (dívida), a empresa dispõe de R$ 0,56 de ativo 
circulante sem os estoques. É importante considerar que nem sempre um indicador de liquidez baixo representa uma situação 
ruim, pois deve-se observar outras empresas do setor, visto que existem setores com peculiaridades como, por exemplo, os 
supermercados, que costumam possuir estoques elevados e apresentam este índice impactado. 
A liquidez geral mostra a capacidade de pagamento da empresa no longo prazo, considerando tudo que será convertido em 
dinheiro em relação à dívida assumida, ou seja, o quanto a empresa possui de ativo circulante e realizável a longo prazo para cada 
R$ 1,00 de capital de terceiros (passivo circulante + exigível a longo prazo): 
Pense que o resultado da conta anterior foi de R$ 1,43, assim, para cada R$ 1,00 de dívida a curto e longo prazo, há R$ 1,43 de 
valores a receber a curto e longo prazo. Destaca-se que as divergências entre as datas de recebimento e pagamento tendem a 
acentuar ao analisar prazos longos. Assim, as datas de recebimento e pagamento podem se diferir, o que torna esse fato um ponto 
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crítico do indicador, embora uma série histórica acerca do desempenho do indicador pode enriquecer as informações, observando 
aspectos quanto ao aumento ou redução do indicador, ou seja, ganho ou perda do poder de pagamento da empresa. 
Como indicadores de liquidez avaliam a capacidade de pagamento da empresa a interpretação dos mesmos 
é quanto maior, melhor. 
Índices de Endividamento 
Ao abordar a relação entre ativos e passivo compreende-se que é do passivo que se originam as fontes de recursos que financiam aempresa, distribuídos em recursos de terceiros que compreende passivo circulante mais o não circulante. Já os recursos próprios 
da empresa se referem ao patrimônio líquido. Os recursos próprios geralmente provêm de integralização dos sócios ou acionistas, 
via aquisição de ações preferenciais ou ordinárias, bem como dos lucros reinvestidos na empresa. 
Sabemos que os sócios e acionistas são considerados investidores de risco, visto que compartilham o lucro por meio de 
distribuição de dividendos e prejuízos, ou seja, a desvalorização do capital investido. Assim, os sócios e acionistas não exigem da 
organização a devolução dos recursos próprios aplicados. 
Para financiar as atividades, a empresa utiliza também os recursos de terceiros, que são fornecedores, dívidas bancárias e títulos 
de dívida emitidos, entre outros. Isso implica a devolução futura do recurso que, na maioria das vezes, incorre em pagamento de 
juros. 
Diante disso, quanto mais empresa se utiliza de recursos de terceiros, maior será o seu compromisso em gerar caixa para honrá- 
los, o que implica em maior risco de ela não conseguir honrar seus compromissos em dia. Neste sentido, os indicadores de 
endividamento demonstram se a empresa se utiliza mais de recursos ou de recursos próprios. Os índices também auxiliam a 
identificar se os vencimentos dos recursos de terceiros ocorrem a curto ou a longo prazo. 
O índices são: participação do capital de terceiros sobre os recursos totais, garantia de capital de giro, composição do 
endividamento e imobilização do patrimônio líquido. Assim, a participação do capital de terceiros sobre os recursos totais (PCTR) 
representa o quanto a empresa tomou de capital de terceiros para cada R$ 1,00 de recursos totais. 
Imagine que o resultado do PCTR foi de 0,56, assim para cada R$ 1,00 de recursos totais, R$ 0,56 originam-se de capital de 
terceiros, o que significa que R$ 0,44 dos recursos aplicados no ativo advém do capital próprio. Já o indicador avalia a garantia de 
capital próprio, identifica o quanto a empresa possui de garantia de capital próprio para cada R$ 1,00 de capital de terceiros. 
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Pense que a garantia de capital próprio foi de R$ 0,80, assim, em X1 para cada R$1,00 de capital de terceiros, a empresa possui R$ 
0,80 de garantia de capital próprio. 
A composição do endividamento indica o quanto a empresa tomou emprestado a curto prazo para cada R$ 1,00 de capital de 
terceiros. 
Imagine que a composição do endividamento seja R$ 0,77, o que significa que para cada R$ 1,00, em X1, de capital de terceiros, R$ 
0,77 têm vencimento a curto prazo, enquanto R$ 0,23 venceram ao longo prazo. 
Por fim, a imobilização do patrimônio líquido indica o quanto do capital próprio está investido no ativo imobilizado. Para este 
indicador, quanto menor do que 1 o resultado, melhor, pois significa que o capital próprio além de financiar os investimentos no 
ativo imobilizado, ainda gera recursos para o capital circulante. 
No entanto, existem setores em que esse índice é superior a 1, como em siderurgias, que há necessidade de recursos de terceiros 
para investimento. 
Como indicadores de endividamento servem para evidenciar o grau de endividamento da empresa, a 
interpretação dos quocientes é quanto menor, melhor. 
Índices de Rentabilidade 
Neste item, apresentamos quatro indicadores de rentabilidade, são eles: rentabilidade do patrimônio líquido, giro do ativo, retorno 
sobre ativos e margem líquida. Assim, a rentabilidade do patrimônio líquido indica quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 
1,00 de capital próprio investido. Neste caso, quanto maior o valor melhor. Destaca-se que para calcular este indicador será 
necessário conhecer o patrimônio líquido (PL) médio do período, para isso é só fazer uma média entre o PL inicial, somando ao final 
e dividindo por dois. 
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Assim, a rentabilidade do patrimônio líquido representa a remuneração do capital próprio, ou seja, quanto que o capital próprio 
está trazendo de remuneração. É importante comparar com outros investimentos e outras empresas do mesmo setor no mercado 
para ver se é viável a permanência no negócio. Claro que essa decisão exige cautela, pois precisa analisar a rentabilidade no longo 
prazo, verificando se o resultado do período não foi por problemas ou sazonalidades momentâneas no mercado. 
Já o giro do ativo indica o retorno dos investimentos realizados, ou seja, ajuda você a identificar o quão bem tem utilizado seu 
ativo. Indicando o quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de investimento total. Destaca-se que quanto maior melhor. 
O retorno sobre ativos (ROA) indica o quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 1,00 investido no ativo. Destaca-se que 
quanto maior o indicador melhor. 
Por fim, o indicador de margem líquida apresenta o grau de eficiência da produção na geração do lucro líquido aos acionistas. 
Ressalta-se que não existe uma margem líquida boa ou ruim, visto que cada negócio tem suas características, devendo ser 
comparada apenas com empresas do mesmo setor ou ramo de atividade. 
O balanço evidencia os recursos tomados, financiamentos e as aplicações desses recursos por meio de 
investimentos. Neste contexto, a Análise Vertical mostra, do lado passivo, a composição detalhada dos 
recursos emprestados pela empresas, qual a participação dos capitais próprios e de terceiros, qual o 
percentual de capitais de terceiros a curto e longo prazo e qual a participação de cada um dos itens de 
capitais de terceiros. Na parte do ativo no balanço patrimonial, a Análise Vertical mostra quanto por cento 
dos recursos totais foi destinado ao Ativo Circulante e quanto ao Ativo Não Circulante. Dentro do Ativo 
Circulante, a Análise Vertical mostra a percentagem de investimentos que foram destinadas a cada um dos 
itens principais, como duplicatas a receber, estoques e investimentos de curto prazo. Assim, a comparação 
da Análise Vertical da empresa com os de concorrentes permite saber se a alocação dos recursos no Ativo 
ou Passivo é típica ou não para aquele ramo de atividade. 
Fonte: Matarazzo (1998). 
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ATIVIDADES 
1. Índice é a relação que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa, no caso dos de 
endividamento, verificam se a empresa se utiliza mais de recursos próprios ou de terceiros para manter suas atividades. Sobre o 
Índice de Endividamento, assinale a alternativa correta. 
a) Quanto menor for o índice de endividamento, pior será o quadro da dívida de empresa. 
b) O índice de composição do endividamento apresenta qual o percentual de obrigações de longo prazo em relação às obrigações 
parciais da empresa. 
c) O índice de composição do endividamento indica o quanto a empresa tomou emprestado a longo prazo para cada R$ 1,00 de 
capital de terceiros. 
d) A imobilização do patrimônio líquido indica o quanto do capital próprio está investido no ativo circulante. 
e) Quanto menor for o índice de endividamento, melhor será para a empresa. 
2. A análise de índices financeiros é dividida em três áreas: liquidez, atividade e endividamento, que mostram a base da situação 
financeira da empresa e devem ser analisadas confrontando com o resultado dos índices de imobilização de capital e de 
endividamento. Leia as afirmações e assinale a alternativa correta. 
I) O índice de liquidez seca permite analisar o risco associado à incerteza da venda dos estoques. 
II) A Liquidez imediata mostra o dinheiroque a empresa dispõe de imediato. 
III) O índice de liquidez corrente mostra a capacidade de pagamento da empresa no curto prazo. 
IV) O índice de liquidez geral mostra a saúde financeira da empresa no longo prazo. 
a) Somente a alternativa I está correta. 
b) Somente as alternativas I, II e III estão corretas. 
c) Somente as alternativas III e IV estão corretas. 
d) Somente as alternativas I, III e IV estão corretas. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
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3. A análise dos indicadores de rentabilidade analisa os retornos do capital investido na empresa, visto que mostra o resultado das 
operações da empresa em relação aos investimentos realizados. Assim, para haver rentabilidade, a empresa envolve todos os 
elementos do empreendimento, sejam eles econômicos, operacionais e financeiros. 
Assinale a alternativa correta. 
a) A rentabilidade do patrimônio líquido indica quanto a empresa obteve de lucro para cada R$ 1,00 de capital de terceiros 
investido. 
b) A rentabilidade do patrimônio líquido representa a remuneração do capital de terceiros. 
c) O giro do ativo indica o retorno dos investimentos realizados, ou seja, quanto a empresa vendeu para cada R$ 1,00 de 
investimento total. 
d) Quanto menor o giro do ativo melhor. 
e) Quanto menor o retorno sobre o ativo melhor. 
Resolução das atividades 
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RESUMO 
Neste estudo, conseguimos revisar fundamentos que talvez você já tenha conhecido durante a sua formação. Tivemos uma visão 
geral sobre a análise das demonstrações financeiras e de como extrair informação para tomada de decisão. Vimos que na prática a 
atividade de análises financeiras é envolta de um conjunto de conceitos vindos de áreas contábeis, econômicas e administrativas. 
Na verdade, a análise financeira proporciona uma visão detalhada de todos os aspectos da empresa, por meio da transformação de 
informação em indicadores que possibilitam visualizar o passado, o presente e assim tomar decisões futuras sobre o negócio. 
Aprendemos que não podemos realizar análises isoladas como, por exemplo, verificar somente a evolução das contas por meio da 
análise horizontal, sem ao menos realizar a vertical. Vimos que a análise de cada item do ativo permite identificar a política de 
investimento da empresa em relação a duplicatas, estoques e imobilizado. E, no passivo, permite visualizar a política financeira de 
obtenção de recursos. Já na análise horizontal, aprendemos que conseguimos identificar quais itens do Ativo a empresa vem 
dando ênfase na alocação de seus recursos e, comparativamente, de quais recursos adicionais se vêm valendo. 
Estudamos, ainda, que um indicador não deve ser analisado isoladamente sem comparação com empresas de outros setores, pois, 
por exemplo, a liquidez seca pode ser diferente de uma empresa para outra, dependendo do ramo ou setor de atividade. 
Portanto, esta unidade proporcionou uma visão sobre as demonstrações, bem como a importância da padronização para fins de 
comparação com outras empresas do mesmo setor. Permitiu também revisar os conceitos de análises vertical e horizontal e a 
necessidade de ter cautela ao analisar as demonstrações em um cenário de inflação ou variação monetária. Foi possível também 
resgatar as peculiaridades dos índices financeiros. 
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Material Complementar 
Leitura 
Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico e financeiro 
Autor: Alexandre Assaf Neto 
Editora: Atlas 
Sinopse : o livro aborda a análise de balanços de empresas comerciais, 
industriais, serviços e bancos comerciais e múltiplos, permitindo melhor 
compreensão da posição atual e tendências futuras. Diante da destacada 
importância desse segmento de negócios na atual conjuntura, 
considerou- se relevante sua inclusão no livro, permitindo maior 
capacitação no processo de análise de empresas. Livro-texto para a 
disciplina Análise de Balanços dos cursos de graduação em Economia, 
Administração e Ciências Contábeis. Leitura complementar para as 
disciplinas de Administração Financeira e Controladoria. Leitura de 
relevante interesse profissional. 
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Na Web 
Para a elaboração de relatórios das demonstrações contábeis, é 
importante que se utilize de uma etapa anterior que é a padronização, 
para efeito de comparação. Neste sentido, o link a seguir é um material 
que mostra como realizar um relatório de análise das demonstrações 
contábeis, bem como traz um maior detalhamento da forma de 
padronização. 
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REFERÊNCIAS 
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços . 9. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
______. Estrutura e análise de balanços : um enfoque econômico financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000. 
JUNIOR, J. H. P. Elaboração das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 1999. 
IUDÍCIBUS, S. de. Análise de Balanços. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
IUDÍCIBUS, S. de. Análise de balanços. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1988. 
MARTINS, E. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras : implicação no lucro e na alavancagem financeira. 2. 
ed. São Paulo: Atlas, 1984. 
MATARAZZO, D. C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998. 
MARION, J. C. Análise das Demonstrações Contábeis . 3. Ed. São Paulo: Atlas,2006. 
SILVA, J. P. de. Análise financeira das empresas. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. 
WALTER, M. A. Introdução à análise de balanços. São Paulo: Saraiva, 1982. 
REFERÊNCIAS ON-LINE 
BRASIL. Lei 6.404/76 (art. 176 a 182) alterada pela Lei 11.638/07 . Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: 
< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6404compilada.htm >.Acesso em: 10 out. 2017 
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APROFUNDANDO 
Balanço Patrimonial e Demonstração de resultado 
O balanço patrimonial tem uma posição estática, visto que tem como objetivo apresentar a posição financeira e patrimonial na 
sociedade em determinada data. O balanço patrimonial é divido em dois lados, em um temos os Bens e os Direitos, que formam o 
grupo dos elementos positivos e do outro lado as Obrigações, que formam o grupo dos elementos negativos.O correto nas 
empresas é que o ativo seja maior ou igual ao passivo. Assim, a situação líquida da empresa é negativa quando o ativo total é menor 
que o passivo exigível. 
O capital social da empresa representa as obrigações da empresa com os sócios, que entregou recursos da empresa para formação 
do capital da entidade. Já o capital de terceiros (Passivo e/ou Passivo Exigível) representa recursos que têm origem de terceiros 
utilizados na aquisição de ativos para a entidade. Entende-se por capital realizado o valor de recursos entregues pelos sócios e que 
ainda se encontram á disposição da empresa como, por exemplo, dinheiro em caixa ou no banco, imóveis, entre outros. 
O capital próprio é a soma do capital social e suas variações, como os lucros e as reservas. O capital a realizar é o capital que os 
sócios se comprometeram a colocar na empresa e já foi registrado nas demonstrações, mas que por algum motivo ainda não foi 
colocado totalmente á disposição da empresa. Por fim, temos o capital total á disposição da empresa, que correspondem á soma do 
capital próprio com o capital de terceiros, ou seja, é igual ao total do ativo da empresa. 
Vamos começar falando sobre o termo '' globalização '', podemos considera-la como fenômeno que acabou com as fronteiras entre 
países. 
O capital são os recursos que o sócio da empresa possui e coloca na entidade para começar suas atividades. Exemplo: Marcela vai 
abrir uma loja de doces e possui para esse fim R$20.000,00 em dinheiro. Assim, esses R$20.000,00 constituem o seu capital social. 
Contudo, o capital inicial pode ser composto também por móveis, imóveis, veículos e duplicatas a receber. 
O patrimônio é o conjunto que compreende os bens da entidade, seus direitos e obrigações para com terceiros. Por bens entende- 
se o caixa, os veículos, imóveis, investimentos, estoques, entre outros. Por direitos compreende-se as contas a receber. Por fim, por 
obrigações com terceiros as contas a pagar. 
Vamos conhecer um pouco sobre a escrituração contábil? 
A escrituração contábil é um conjunto de lançamentos contábeis, composta por lançamentos e pelas demonstrações financeiras 
desenvolvidas no final de cada exercício social. Nesta perspectiva, a escrituração contábil deve ser executada em idioma e moeda 
corrente do país em questão, ter a forma contábil com ordem cronológica de dia, mês e ano, e com base em documentos que 
evidenciam os fatos. Para entendermos um pouco mais, vamos conhecer os conceitos de débito e crédito. 
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Atenção, o débito na linguagem comum significa dívida, situação negativa, estar devendo para alguma pessoa ou banco, ou seja, 
estar em débito com alguém. Assim, aqui, quando falarmos de débito, procure não ligar com o que ela representa na linguagem 
comum, pois na técnica ela quer dizer outra coisa. No ponto de vista da contabilidade (Balanço Patrimonial) ''débito'' representa 
elementos positivos. Já o crédito na linguagem comum representa situação positiva, ter crédito com alguém, bem como de compra 
a prazo, entre outros. Entretanto, na terminologia contábil (Balanço Patrimonial), representa o contrário, ou seja, ter dívidas com 
alguém, ou seja, estar devendo. 
Contudo, nas contas de resultado (Demonstração de Resultado - DR) funciona um pouco diferente. A DR é a representação das 
operações realizadas pela empresa durante o exercício social, de forma a apresentar se houve lucro ou prejuízo no período. Na DR, 
débito significa uma situação de dívida ou responsabilidade da conta para com a empresa e crédito é a situação de direito da conta 
com relação á empresa. Já o saldo é diferente entre o total de débitos menos o total de créditos efetuados na conta. Assim, na DR o 
saldo devedor é quando as somas dos débitos forem maior que as dos créditos e credor quando os débitos forem menores que os 
créditos. 
Referências 
Fonte: a autora com base em Assaf Neto (2007), Marion (2006) e Perez Junior (1999). 
PARABÉNS! 
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EDITORIAL 
DIREÇÃO UNICESUMAR 
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Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação 
a Distância; OSHITA, Marcela Gimenes Bera. 
Análises financeiras e tomada de decisão. Marcela Gimenes 
Bera Oshita; 
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
39 p. 
“Pós-graduação Universo - EaD”. 
1. Análise. 2.Financeira. 3. EaD. I. Título. 
CDD - 22 ed. 657 
CIP - NBR 12899 - AACR/2 
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Equipe Produção de Materiais 
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GESTÃO FINANCEIRA 
Professor (a) : 
Me. Marcela Gimenes Bera Oshita 
Objetivos de aprendizagem 
• Entender a Gestão Financeira e qual o seu papel, suas tarefas e finalidades. 
• Conhecer o papel das Finanças no contexto da Gestão Empresarial e ensinar sobre Finanças e suas principais funções. 
• Desenvolver no aluno o entendimento sobre como estabelecer a Gestão Financeira de um negócio. 
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Plano de estudo 
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: 
• Gestão do Fluxo de Caixa. 
• Gestão do Capital de Giro. 
• Estratégia de Gestão do Ciclo de Conversão de Caixa. 
Introdução 
Caro(a) aluno(a), esta unidade irá introduzir o processo de entendimento da importância da gestão financeira no contexto da 
gestão empresarial e, também, entender o papel do gestor financeiro na tomada de decisões para a condução dos negócios. 
O gestor financeiro tem como atividades-chaves as decisões de investimento e de financiamento, tendo em vista a maximização de 
riqueza dos proprietários. Para isso, uma boa gestão financeira orientará a direção no sentido de estabelecer os arranjos para a 
utilização dos recursos do negócio, de modo que possa evitar o fracasso e alcançar um bom êxito. 
Observe que um bom gestor financeiro buscará evitar um excessivo investimento em ativos fixos, mantendo o ativo realizável 
acima do passivo em uma proporção adequada às vendas, prevenindo também o excesso de estoques. Assim, para que um gestor 
financeiro alcance os objetivos da empresa, ele precisa ter uma visão marcada pela responsabilidade, clareza, simplicidade e 
transparência, fazendo do departamento financeiro um parceiro de confiança do restante da empresa. 
Pare e pense, o gestor financeiro trabalhará o tempo todo com decisões que envolvem o caixa da empresa. Diante disso, deverá 
preservar a capacidade de pagamento dos compromissos assumidos pela empresa para que ela consiga sobreviver de forma 
sustentável no mercado. 
Imagine que para isso, muitas vezes, o gestorfinanceiro terá que trabalhar com a gestão de estoques, clientes, limitação de 
recursos para gastos excessivos, o chamado corte de recursos, evitando desperdícios e visando maximizar ao valor do acionista. 
Agora que já conhecemos o contexto da gestão financeira dentro de uma empresa, quero convidá-lo(a) a continuar em nossa 
jornada de estudos e, neste tópico, proponho a reflexão sobre a gestão de caixa, maximização de lucros, decisões de investimentos 
e financiamentos. 
Avançar 
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GESTÃO DE FLUXO DE CAIXA 
Todas as operações financeiras, realizadas por indivíduos comuns ou empresas, necessitam de um controle. O fluxo de caixa é um 
relatório gerencial que serve como instrumento de controle e auxilia o empresário a tomar decisões na organização, pois informa 
todas as entradas e saídas, ou seja, toda movimentação de dinheiro, por um período determinado, seja ele dia, semana, mês ou ano. 
Nesta perspectiva, o fluxo de caixa é imprescindível para a direção dos caminhos financeiros das empresas, pois proporciona a 
interpretação financeira por meio dos valores existentes, o que se constitui um instrumento fundamental para que a empresa 
possa ter rapidez e segurança em suas atividades financeiras. 
De acordo com Zdanowicz (1998), o controle de caixa de curto prazo é o controle detalhado de entradas e saídas geradas durante 
o tempo projetado, o que influencia também a necessidade ou não de crédito de curto prazo. Já o de longo prazo, envolve a 
projeção das entradas provocadas pela venda e saída por custos operacionais e de capital, que são projetados para que se 
estabeleçam linhas de créditos adequadas no longo prazo. 
Assim, em virtude de o fluxo de caixa mostrar de forma transparente como a empresa está sendo gerenciada, ele se torna um 
poderoso instrumento de administração financeira. Dessa forma, é importante que as informações gerenciais sejam de qualidade, 
para que as empresas avaliem suas decisões embasadas em informações consistentes. Por isso, a ferramenta fluxo de caixa 
proporciona a interpretação dos dados por meio da definição de valores existentes. 
Nesse sentido, o presente item aborda a gestão de fluxo de caixa que envolve a gestão de créditos, estoques, compras, 
investimentos permanentes, financiamentos entre outros. Além disso, será tratado o fluxo de caixa como conceitos e 
instrumentos. 
Existem algumas regras para as empresas administrarem eficientemente o caixa. Primeiramente, os 
gestores devem aproveitar os descontos favoráveis oferecidos pelos credores, uma vez que seu 
aproveitamento diminui o tempo dos valores pagos aos credores. Além disso, devem incentivar a aceleração 
do giro dos estoques de matérias-primas e produtos acabados, por meio de programas de produção bem 
elaborados e também coordenadas, com previsões corretas de vendas, o que contribui para a utilização 
racional da matéria-prima. O administrador deve incentivar também a redução do ciclo de produção, por 
meio da introdução de novas máquinas, desenvolvimento de produtos mais simples e layouts de produção 
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adequados, visando encurtar a distância entre o pagamento dos insumos e o recebimento da venda do 
produto acabado. 
É importante acelerar o recebimento das vendas e retardar os pagamentos das compras, utilizando as 
melhores formas de cobranças, realizando aplicações financeiras de curto prazo, com o dinheiro disponível 
em caixa, por meio de títulos negociáveis que são facilmente convertidos em dinheiro. 
Para saber mais, acesse o link disponível em: < http://www.cliqueapostilas.com.br/autor/marcos-antonio- 
serpa-coelho >. 
Gestão de Créditos 
Com a concorrência cada vez mais acirrada, o administrador deve maximizar os recursos escassos, de tal forma que obtenha ativos 
de maior rentabilidade e de menor risco. Nesse sentido, a política de crédito na empresa para os clientes também deve permanecer 
em conformidade com este objetivo. 
O crédito indica a cessão de algo a outra pessoa para receber após um período de tempo determinado, conforme Silva (2002). 
Dessa forma, uma das prioridades da organização deve ser uma gestão eficiente de créditos, já que ela torna viável para a empresa 
estabelecer o seu ciclo financeiro. 
Assim, é importante que a organização aja com o objetivo de diminuir ao máximo o prazo dos créditos a receber, pois ela deixa de 
investir o dinheiro, aplicado em seus clientes, em outros ativos. Ademais, a empresa necessita de capital de giro para aplicar em 
estoques e prosseguir com as vendas. 
Destaca-se que quando o prazo de recebimento é maior do que o de pagamento, a empresa pode ficar em uma situação financeira 
delicada se não tiver recursos suficientes para manter o giro. O prazo médio de recebimento das vendas (PMRV) aponta a equação 
de duplicatas a receber dividido por vendas anuais vezes os trezentos e sessenta dias do ano, sendo assim: 
Ele representa o tempo médio que a empresa demora para receber as suas vendas realizadas a prazo. Desta forma, o ideal para 
organização é que esse prazo médio de recebimento seja o menor possível, em virtude da possibilidade de concentrar seus 
recursos em outras aplicações. Isso aumenta o giro de seus ativos e gera maior rentabilidade. Destaca-se que na medida do 
possível a situação ideal para a empresa seria realizar vendas à vista, pois quanto maior os prazos, maior as despesas com 
cobranças e com os custos de provisão para devedores duvidosos. 
Gestão de Estoques 
A determinação ideal dos níveis de estoques é uma forma de garantir a continuidade das operações de uma empresa por causa das 
incertezas da demanda, ou seja, quando há um nível elevado de estoques, surgem custos que reduzem a rentabilidade da empresa. 
O custo de capital é de interesse das empresas, devido aos altos valores envolvidos (ASSAF NETO, 2003). Assim, uma das formas 
de diminuir esse custo e gerar o aumento da rentabilidade e manutenção de sua liquidez é realizada com uma rápida rotação dos 
estoques. Assaf Neto (2003) salienta que o prazo médio de renovação dos estoques é o tempo em que ele é mantido pela empresa, 
desde a sua chegada até o momento da venda: 
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Dessa forma, podemos analisar que quanto menor for este prazo, melhor para a empresa, pois um baixo prazo médio de renovação 
dos estoques significa pouco investimento em estoques e maior rotatividade deles. Podemos verificar também quantas vezes o 
estoque girou em um determinado período de tempo com base no giro do estoque. 
Gestão de Compras 
Portanto, a manutenção de estoques implica uma mobilização de capital, gerando um custo de oportunidade entre aplicar os 
recursos financeiros em estoques ou em outra fonte de rendimentos que apresentam maior liquidez. 
A gestão de compras de uma empresa é um instrumento muito relevante para o desempenho da organização e se relaciona com o 
montante de recursos, sobretudo financeiros. Ballou (2001) destaca que a gestão de compras corresponde a uma grande 
quantidade de fatores, como previsão de preços, qualificação dos serviços, determinação dos prazos de vendas, mudança na 
demanda, entreoutros. 
A gestão de compras possui um papel estratégico nas empresas por causa do volume de recursos envolvidos, acabando cada vez 
mais com a visão de uma atividade burocrática (MORAES, 2005). O departamento de compras exerce uma função fundamental na 
realização dos objetivos da empresa, pois sua missão é reconhecer as necessidades competitivas dos produtos e serviços, ficando 
responsável pela entrega, custos, qualidade, entre outros (GAITHER E FRAZIER, 2001). 
Assim, se houver uma gestão do processo de compras, isso pode implicar a redução de custos. Desse modo, compete aos 
administradores estarem atentos ao prazo, preço, volume e à qualidade, para desta forma beneficiar a instituição com diminuição 
de despesas. 
Na realização das compras, o gestor deve considerar o prazo de rotação dos estoques e o ritmo das vendas, pois representam 
previsões futuras para o reabastecimento dos estoques. Assim, o tempo de manutenção dos estoques gera custos em função do 
tempo. 
Por isso, a empresa deve estar atenta aos índices de prazos médios, como o prazo médio de recebimento das vendas, prazo médio 
de pagamento das compras e o prazo médio de renovação dos estoques, uma vez que a junção desses três indicadores induz à 
análise dos ciclos operacional e de caixa, que são fundamentais para tomada de decisões estratégicas e a determinação do sucesso 
ou fracasso de uma instituição. 
Em relação ao prazo médio de pagamento das compras, Assaf Neto (2003) define que este prazo mostra o tempo que a empresa 
demora para pagar suas dívidas com fornecedores. Ele é calculado da seguinte forma: 
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Assim, quanto maior o prazo, melhor para a empresa, pois os fornecedores constituem a principal fonte de financiamento no curto 
prazo, sendo ideal para a organização. Dessa forma, uma gestão de compras competente pode ocasionar maior rapidez nas 
operações realizadas pelas empresas. 
Investimento Permanente 
Todo investimento indica um comprometimento dos recursos atuais disponíveis para conseguir rentabilidades futuras. Dessa 
maneira, olhando pelo lado empresarial, para uma organização realizar suas atividades é imprescindível a realização de gastos, 
sejam de investimentos não circulantes, os imobilizados, ou investimentos circulantes, como disponibilidades a clientes e estoques 
e de consumo, ou seja, gastos com aluguéis salários etc. 
Segundo Coelho e Monteiro (2004), a assertividade na hora da decisão se relaciona com as deliberações operacionais de 
investimento e financiamento. Assim, são por meio delas que a organização faz o direcionamento estratégico operacional do 
negócio, pretendendo o diferencial corporativo. Por conseguinte, os investimentos apontam os ativos de uma empresa, os 
circulantes e os não circulantes. 
De acordo com Pereira Filho (1998), o ciclo das operações financeiras corresponde ao conjunto de decisões referentes à definição 
da composição de recursos necessários ao financiamento dos investimentos de capital e do ciclo de exploração, ou seja, 
representam as operações de capital de longo prazo e operações de tesouraria de curto prazo. 
Para isso, é necessário a obtenção de recursos monetários para o desenvolvimento das atividades operacionais da organização. 
Desse modo, os investimentos custeiam os ativos da organização, que são sustentados pelos financiamentos e que, por sua vez, 
envolvem a obtenção de recursos que podem ser de origem própria e/ou de terceiros. 
Desta forma, os fluxos dos investimentos se relacionam aos desembolsos referentes às aquisições de ativos imobilizados e de 
investimentos em outras sociedades. Além disso, compreende também os desembolsos referentes à concessão de empréstimos a 
terceiros e aos recebimentos na amortização desses empréstimos. 
Segundo Casarotto e Koppitke (2000), há várias etapas a serem seguidas na análise de investimentos, como: 
1. Projeção dos fluxos de caixa: definição do horizonte de análise a ser utilizado e projeção dos fluxos de caixa futuros. 
2. Escolha da melhor alternativa de investimento através do uso de técnicas (PAYBACK, VPL e TIR): 
• O Payback (prazo de retorno de um projeto) é a extensão de tempo necessária para que seus fluxos de caixa nominais cubram o 
investimento inicial; 
• O VPL é o cálculo para determinar o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros, menos o custo do 
investimento inicial; 
• A TIR é o cálculo que determina a taxa de retorno de um projeto. 
Segundo Lapponi (2000), os projetos de investimentos têm seus fluxos de caixa construídos com base em estimativas futuras. 
Quanto maior for a complexidade do projeto, maiores são as dificuldades de implementá-lo, portanto maiores poderão ser os 
erros. 
Um equilíbrio financeiro é fundamental, pois a insuficiência de recursos pode gerar grandes problemas nas 
empresas. Por isso, o gasto de investimentos tem que ser bem dimensionado, visto que necessita de 
recursos para o seu financiamento. 
Gestão de Financiamentos 
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Toda decisão em uma gestão deve ser analisada minuciosamente para conservar a saúde financeira das empresas. Dessa forma, a 
preocupação é a escolha das melhores ofertas de recursos nas decisões de financiamento, sejam capitais próprios ou de terceiros, 
pois elas demandam recursos para cubrir déficit de caixa. 
Assim, os financiamentos podem acontecer por meio de capitais próprios, que podem ser por aporte de novo capital do empresário 
ou de aporte de capital pela empresa. Já a capitalização por meio de recursos de terceiros se atrela com o endividamento da 
instituição ou com investimento de risco em ativos mobiliários de empresas de capital fechado. Neste sentido, os fluxos deles são 
denotados por empréstimos e financiamentos realizados pela empresa. 
Nas empresas de pequeno porte, são realizados na maioria das vezes para ampliação do nível de produção, venda. Em virtude 
disso, necessitam-se recursos para investir em infraestrutura e estoques. Assim, os estoques podem ser custeados pelos 
fornecedores ou pela empresa com recursos próprios ou de terceiros. 
Dessa forma, quando os estoques passam a ser financiados pela empresa, esta deve ter recursos, próprios ou de terceiros, para 
garantir a capacidade de pagamento do custo de sustentação dos estoques. Segundo Carvalho, Giachero e Ribeiro (2007), o prazo 
médio de financiamento dos estoques indica a diferença entre o prazo médio de recebimento e o prazo médio de pagamento das 
compras: 
Desse modo, quando o prazo médio de pagamento das compras é maior que o prazo médio de recebimento, os estoques são 
integralmente financiados pelos fornecedores. Já quando o PMPC é menor que o PMRE, os estoques são afiançados pela 
organização. Portanto, é importante que os estoques sejam financiados pelos fornecedores, ou seja, que o PMPC seja maior que o 
PMRE, de tal forma que haja um prazo em que a empresa pode obter ganhos financeiros. 
Um dos elementos mais importantes para uma efetiva administração de caixa é ter um forte 
relacionamento bancário, é estabelecer e manter relações com os bancos, visto que eles têm interesse pela 
rentabilidade das contas das empresas e, por isso, dispõem de diversos serviços inovadores para atrair 
clientes. Destaca-se que os bancos não são mais aqueles lugares onde se abria uma conta corrente, se 
obtinha empréstimos e nada mais. Atualmente, eles oferecem uma ampla gama de serviços de 
administração de caixa, desde programas sofisticados de informática, até os mais simples relacionados à 
contabilidade básica. Nesta perspectiva, os bancos têm interesse pela expansão dos depósitos e fornece 
uma base para geração de lucros futuros. Contudo, não podemos esquecer que os serviços bancários devem 
ser utilizados apenas quando os benefícios obtidos são maiores que os custos. Para sabermais, acesse o link 
disponível em: < http://www.cliqueapostilas.com.br/autor/marcos-antonio-serpa-coelho >. 
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GESTÃO DO CAPITAL DE GIRO 
Caro(a) aluno(a), vimos que o balanço patrimonial fornece informações a respeito da estrutura de seus investimentos (ativo) e 
fontes de financiamentos (passivo). Assim, a empresa precisa decidir qual a estrutura (de investimento e financiamento) que 
maximiza o valor da empresa. 
Destaca-se que a gestão de ativos e passivos circulantes é um dos desafios do gestor financeiro, pois precisa gerir cada um dos 
ativos circulantes, como estoques, contas a receber, caixa ou banco e aplicações financeiras. Isso também se aplica para cada 
passivo circulante, como contas a pagar, financiamento, entre outros. 
O desafio está em chegar em um equilíbrio entre rentabilidade e risco que maximize o valor do negócio. Para isso, é necessário 
gerenciar o capital de giro, de forma que a empresa consiga honrar seus compromissos e maximizar o valor do acionista. Destaca- 
se que o capital de giro são recursos necessários para financiar as atividades da empresa, ou seja, é por meio do fluxo operacional 
que são desenvolvidas as políticas de crédito, venda, produção, estoques, compra de materiais, entre outros. 
Assim, quanto maior o capital de giro da empresa, menor será sua lucratividade e menor o risco, pois quando os ativos circulantes 
aumentam e a rentabilidade diminui, visto que esses ativos são menos rentáveis do que os ativos permanentes que adicionam 
valor aos produtos, conforme apresentado no Quadro 1. 
Quadro 1 - Capital de giro líquido positivo. 
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Fonte: Elaborado pela autora. 
Assim, conforme o Quadro 1, um capital de giro líquido positivo é a diferença entre o ativo circulante e passivo circulante, 
representa uma folga financeira da empresa. Por outro lado, verifica-se que quanto menor o capital de giro, maior será a 
lucratividade e maior o risco da empresa não conseguir honrar seus compromissos, ou seja, pode levar à insolvência. Ressalta-se 
que ambas as decisões levam à redução do valor do negócio, conforme apresentado no Quadro 2. 
Quadro 2 - Capital de giro líquido negativo. 
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Fonte: Elaborado pela autora. 
Portanto, os ativos circulantes, usualmente chamados de capital de giro, representam o total de investimento da empresa que 
circulam, na condição normal de operação na empresa, uma transição repetida de caixa para estoques para contas a receber e de 
volta para o caixa (GITMAN, 2008). 
O passivo circulante representa o financiamento a curto prazo, utilizado para financiar as atividades da empresa, como contas a 
pagar, governo, funcionários, bancos, entre outros. Destaca-se que os ativos da empresa são financiados por recursos financiados 
no passivo. Diante disto, o objetivo da gestão do capital de giro é pagar funcionários, comprar e pagar fornecedores, vender e 
receber de clientes, pagar tributos, pagar os gastos com produção. 
Desta forma, à diferença entre o ativo circulante e o passivo circulante dá-se o nome de capital de giro líquido, pois este representa 
em que medida o passivo circulante financia o ativo circulante. Assim, ativo circulante maior que passivo circulante é igual ao 
capital de giro líquido. Não obstante, o contrário é verdadeiro, isto é, se o ativo circulante for menor que o passivo circulante, a 
empresa terá um capital de giro líquido negativo. 
Diante disso, para a empresa honrar os compromissos assumidos a curto prazo, o passivo circulante deve ter capacidade de 
converter os ativos circulantes em estoques e clientes conciliando com as datas de pagamento. Para isso, a empresa precisa ter 
uma previsão de entrada de caixa. 
No entanto, como as empresas normalmente têm dificuldades de igualar com certeza as entradas e saídas de caixa, é necessário 
ter um volume superior de ativos circulantes para que possam manter sua capacidade de pagar as contas quando vencerem. Isto é, 
um ativo circulante maior que o passivo circulante dá uma margem para o gestor financeiro lidar com o descasamento e as 
incertezas das entradas de caixa. 
A situação mais comum de falta de capital de giro é a redução nas vendas?. 
Ciclo de Conversão de Caixa 
Percebemos que o objetivo da gestão financeira de curto prazo é administrar cada um dos ativos e passivos circulantes, a fim de 
alcançar um ponto de equilíbrio entre rentabilidade e risco que contribua para maximizar o valor da organização. Assim, uma boa 
gestão do capital de giro é fundamental para manter o valor do negócio e, para isso, é necessário um acompanhamento por 
processos identificados como ciclo operacional, financeiro e econômico, conforme o exemplo na Figura 1. 
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Figura 1 – Exemplo da linha do Tempo do Ciclo de Caixa. 
Fonte: Photobucket ([2017], on-line)1 
O ciclo operacional da empresa indica o espaço de tempo decorrido entre o período em que o empreendimento gasta para 
executar todas as suas atividades operacionais e o momento do recebimento do valor referente à venda. Dessa forma, o ciclo 
operacional (CO) é igual ao prazo médio de renovação dos estoques (PMRE) mais o prazo médio de recebimento das vendas 
(PMRV): 
O capital de giro precisa de acompanhamento constante, visto que a empresa está continuamente em 
mudanças. 
O ciclo financeiro, igualmente conhecido como ciclo de caixa, é o tempo entre o pagamento do fornecedor e o recebimento das 
vendas. Ele é o período em que a empresa necessita ou não de financiamento complementar do seu ciclo operacional. A apuração 
do ciclo financeiro ou de caixa é importante para a empresa, pois demonstra o prazo que a empresa financia seus clientes, com 
recursos próprios ou de terceiros. 
Neste sentido, quanto maior for este ciclo, maior será a necessidade de financiamento de capital de giro para as atividades 
operacionais da organização. Assim, o ciclo financeiro (CF) é igual ao ciclo operacional (CO) menos o prazo médio de pagamento 
das compras (PMPC): 
Dessa forma, podemos utilizar o ciclo financeiro (conversão de caixa) para tomar decisão de como a empresa subsidia os 
investimentos em ativos operacionais. Por exemplo, se as vendas forem constantes, a empresa enfrentará apenas exigências de 
financiamento permanente, mas se as vendas forem sazonais, a empresa terá que investir em ativos permanentes e operacionais. 
Nesta perspectiva, a empresa terá que tomar a decisão entre financiar fundos de curto ou longo prazo. Destaca-se que utilizar 
fundos de curto prazo faz parte de uma estratégia agressiva de financiamento das atividades operacionais que dependem da 
sazonalidade da taxa de juros e longo prazo ativos permanentes. Já uma estratégia mais conservadora, utiliza recursos de longo 
prazo tanto para financiar as operações da empresa quanto para financiar o ativo permanente, por meio de taxa de juros garantida. 
Quanto menor o ciclo financeiro, maior o giro de negócios, menor a necessidade de capital de giro e mais 
rentável é o negócio. 
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ESTRATÉGIA DE GESTÃO DO CICLO DE 
CONVERSÃO DE CAIXA 
Pare e pense, o que devemos fazer para manter um ciclo financeiro positivo? A resposta está em girar o estoque mais rápido 
possível (realizar uma administração de estoques), cobrar contas a receber o mais rápido possível (administrar as contas a receber) 
e efetuar contas a pagar com maior lentidão possível. 
Ferramentas de Gestão de Estoques

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