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Realização
Coautores (Equipe Hitt)
Roadmap 
de Planejamento
Tecnológico para
Cidade Inteligente
Taubaté
Autor
Hitt - Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté
Altair Emboava
Joana Ramos Ribeiro
1ª Proposta - Roadmap Técnológico
Nei Grando - Strategius
Patrícia Ortiz Monteiro
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
2 
 
Sumário 
1. Introdução .......................................................................................................................................................... 4 
2. Cidades Inteligentes ............................................................................................................................................ 6 
Cidade Inteligente e sustentável ......................................................................................................................... 6 
Desenvolvimento Sustentável e Transformação Digital ...................................................................................... 8 
Princípios balizadores para Cidades Inteligentes ............................................................................................ 9 
Diretrizes norteadoras para Cidades Inteligentes ......................................................................................... 10 
Cidades Inteligentes ideais ................................................................................................................................ 10 
Seis características de destaque em Cidades Inteligentes ................................................................................ 13 
Quatro fases de evolução de uma cidade ......................................................................................................... 17 
Introdução aos objetivos estratégicos para Cidades Inteligentes ..................................................................... 18 
Startups brasileiras dedicadas a Cidades Inteligentes ....................................................................................... 21 
Alguns casos brasileiros de Cidade Inteligente ................................................................................................. 22 
Centros de pesquisa em Cidades Inteligentes no Brasil .................................................................................... 23 
3. Índices, Rankings e Taubaté .............................................................................................................................. 24 
Índice de Cidades Empreendedoras .................................................................................................................. 24 
Taubaté no Índice de Cidades Empreendedoras de 2020 ............................................................................. 25 
Tabelas com as posições de Taubaté nos pilares, grupos e indicadores ....................................................... 25 
Ranking Connected Smart Cities (CSC) .............................................................................................................. 28 
Taubate no Ranking Connected Smart Cities de 2020 ................................................................................... 29 
4. Tecnologias para Cidades Inteligentes .............................................................................................................. 30 
Internet das Coisas ............................................................................................................................................ 30 
Internet das Coisas nas cidades conectadas ................................................................................................. 33 
Alguns casos de Soluções IoT em Cidades Brasileiras ................................................................................... 35 
A tecnologia 5G e as cidades inteligentes ..................................................................................................... 38 
Inteligência Artificial ......................................................................................................................................... 40 
Blockchain ......................................................................................................................................................... 41 
Contratos Inteligentes................................................................................................................................... 41 
O valor do Blockchain em uma Cidade Inteligente ....................................................................................... 41 
5. Roteiros para o desenvolvimento de uma cidade inteligente ........................................................................... 45 
5.1 Caminho até a Cidade Inteligente ............................................................................................................... 45 
5.2 Roteiro de Planejamento Tecnológico para o desenvolvimento de cidade inteligente .............................. 45 
1. Fase de planejamento ............................................................................................................................... 48 
2. Identificação de demanda ......................................................................................................................... 49 
3. Identificação de serviço ............................................................................................................................ 50 
4. Identificação dos dispositivos ................................................................................................................... 53 
5. Identificação de tecnologia ....................................................................................................................... 55 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
3 
 
6. Elaboração do Roteiro ............................................................................................................................... 57 
7. Ajuste do roteiro ....................................................................................................................................... 62 
8. Estágio de Acompanhamento ................................................................................................................... 63 
Bibliografia Recomendada .................................................................................................................................... 64 
ANEXO I – Dados estatísticos e Informações sobre Taubaté................................................................................. 77 
I.1 Dados Panorâmicos do Município ................................................................................................................ 77 
I.1.1 Dados básicos ........................................................................................................................................ 77 
I.1.2 História .................................................................................................................................................. 77 
I.1.3 Economia .............................................................................................................................................. 77 
I.1.4 Educação ............................................................................................................................................... 78 
I.1.5 População ............................................................................................................................................. 78 
I.1.6 Trabalho e Rendimento ......................................................................................................................... 78 
I.1.7 Saúde .................................................................................................................................................... 79 
I.1.8 Território e Ambiente ...........................................................................................................................79 
I.2 Informações Gerais sobre o Município de Taubaté ..................................................................................... 79 
I.2.1 História .................................................................................................................................................. 80 
I.2.2 Geografia............................................................................................................................................... 81 
I.2.3 Demografia ........................................................................................................................................... 82 
I.2.4 Administração ....................................................................................................................................... 83 
I.2.5 Cidades-irmãs ........................................................................................................................................ 83 
I.2.6 Subdivisão ............................................................................................................................................. 84 
I.2.7 Símbolos ................................................................................................................................................ 84 
I.2.8 Economia .............................................................................................................................................. 84 
I.2.9 Infraestrutura ........................................................................................................................................ 85 
I.2.10 Cultura ................................................................................................................................................ 89 
ANEXO II - Indicadores de cidades empreendedoras e suas fontes de dados ....................................................... 91 
Explicando os determinantes (pilares) .............................................................................................................. 91 
Ambiente Regulatório ................................................................................................................................... 91 
Infraestrutura ................................................................................................................................................ 93 
Mercado ........................................................................................................................................................ 95 
Acesso a Capital ............................................................................................................................................ 96 
Inovação........................................................................................................................................................ 97 
Capital Humano ............................................................................................................................................ 98 
Cultura Empreendedora................................................................................................................................ 99 
ANEXO III - Ranking Connected Smart Cities (CSC).............................................................................................. 101 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
4 
 
1. Introdução 
O Brasil possui 5.570 municípios, dos quais cerca de 70% têm até 20 mil habitantes e menos de 1% tem 
população superior a 500 mil habitantes, podendo ser classificados como grandes cidades. Entre os 
extremos, há um grupo que cidades com tamanhos variados de população que representam menos de 
3% do total de municípios. Tais cidades têm um papel parecido nas diferentes regiões urbanas: são 
referência e fonte de oportunidades, bens e serviços para cidades menos estruturadas ao seu redor. Por 
causa desse papel, são chamadas de “cidades intermediárias”. (Dados do IBGE, CENSO 2010). 
Taubaté é um município brasileiro no interior do estado de São Paulo, localizado na região do Vale do 
Paraíba, a 130 km da capital do estado, São Paulo, e segundo estimativa do IBGE a sua população em 
1.º de julho de 2020, era de 317.915 habitantes. 
Figura 1.1 – Cidade de Taubaté 
 
Fonte: Youtube - Interior de SP, o gigante do comércio brasileiro – Taubaté 
 
Figura 1.2 - Bandeira da Cidade de Taubaté 
 
Assim, Taubaté é uma cidade 
intermediária brasileira, que em 2021, 
no dia 5 de dezembro, completa 376 
anos, desde sua fundação em 1645, e 
nada mais gratificante que presenteá-
la e o seu município com um roteiro de 
planejamento tecnológico, para 
transformá-la em uma Cidade 
Inteligente, o que beneficiará seu 
município e todos os interessados do 
ecossistema de negócios e inovação da 
região do Vale do Paraíba. 
 
Vide detalhes sobre Taubaté no Anexo I – “Dados estatísticos e Informações sobre Taubaté”. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Bandeirataubate.png
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
5 
 
 
O Hub de Inovação Tecnológica de Taubaté (HITT), patrocinador deste relatório, é um programa 
impulsionado pela Prefeitura Municipal de Taubaté que visa contribuir para o desenvolvimento 
científico, tecnológico, social e econômico do município e da região, por meio de ações de apoio à 
criação e ao fortalecimento de empresas de base tecnológica, bem como de estímulo à realização de 
P&D&I em organizações educacionais, institutos de pesquisa e empresas, orientando profissionais para 
aos desafios da inovação tecnológica e do empreendedorismo. O HITT espera que este Roadmap de 
Planejamento tecnológico para a cidade de Taubaté, tenha a continuidade num futuro próximo, para 
que sua execução possa levar Taubaté na direção de uma cidade cada vez mais humana, sustentável e 
inteligente. 
Buscando uma jornada de aprendizagem dividimos este documento em cinco seções, onde a primeira 
seção consiste apenas desta breve introdução; a segunda seção apresenta os conceitos de “cidade 
Inteligente”, “desenvolvimento sustentável” e “transformação digital” seguidos dos princípios 
balizadores, diretrizes norteadoras e principais características de uma Cidade Inteligente, bem como as 
fases de sua evolução e um resumo dos objetivos estratatégicos recomendados; a terceira seção 
apresenta o “Índice de Cidades Empreendedoras”, onde é detalhado a posição de Taubaté, e o “Ranking 
Connected Smart Cities”, com o posicionamento de Taubaté – o objetivo da seção é fornecer uma visão 
panorâmica sobre a situação atual antes de buscar uma visão das amplas possibilidades de transição 
para uma cidade inteligente; a quarta seção apresenta as principais tecnologias relacionadas com 
Cidades Inteligentes; e por fim, na quinta seção, são apresentados um infográfico genérico com o 
caminho para uma cidade inteligente seguido de um roteiro de planejamento tecnológico para a cidade 
de taubaté, que considera os serviços, tecnologias e dispositivos. 
Vale aqui enfatizar que este documento provê apenas uma base para um processo contínuo de 
transformação que precisará contar com a participação de todos os envolvidos, desde a prefeitura e 
suas secretarias, universidades, institutos de ciência e tecnologia, associações de classe, empresários, 
profissionais liberais, enfim todos os que desejam ver uma Taubaté melhor em todos os aspectos, seja 
econômico, social, educacional, tecnológico, industrial, comercial, serviços e agronegócios. 
 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
6 
 
2. Cidades Inteligentes 
Para começar, segue algumas definições e conceitos que nortearão o entendimento deste documento: 
‘Uma Cidade Inteligente fornece a seus cidadãos serviços via infraestrutura baseada em tecnologias da 
informação e comunicação.” (Lee et al. 2013) 
“Uma Cidade Humana, Inteligente, Criativae Sustentável (CHICS) é aquela que faz uma gestão 
integrada, integral, sistêmica e transversal de suas cinco camadas: as pessoas; o subsolo; o solo; a 
infraestrutura tecnológica; e as plataformas: Internet das coisas, Inteligência Artificial e Blockchain, 
construindo uma cidade boa para viver, para estudar, para trabalhar, para investir e para visitar, de 
forma sustentável, criativa e com alta qualidade de vida.” (IBCIHS, 2018 em CHICS, 2020) 
“Uma Cidade Inteligente é aquela que coloca as pessoas no centro do desenvolvimento, incorpora 
tecnologias da informação e comunicação na gestão urbana e utiliza esses elementos como 
ferramentas que estimulam a formação de um governo eficiente, que engloba o planejamento 
colaborativo e a participação cidadã.” (Bouskela et al. 2016) 
Cidades inteligentes favorecem o desenvolvimento integrado e sustentável tornando-se mais 
inovadoras, competitivas, atrativas e resilientes, melhorando vidas. 
Cidade Inteligente e sustentável 
“Compartilhamos uma visão de cidades para todos e todas, aludindo ao uso e ao gozo igualitários de 
cidades e assentamentos humanos, com vistas a promover a inclusão e a assegurar que todos os 
habitantes, das gerações presentes e futuras, sem discriminação de qualquer ordem, possam habitar e 
produzir cidades e assentamentos humanos justos, seguros, saudáveis, acessíveis física e 
economicamente, resilientes e sustentáveis para fomentar a prosperidade e a qualidade de vida para 
todos e todas. Registramos os esforços empenhados por alguns governos nacionais e locais no sentido 
de integrar esta visão, conhecida como “direito à cidade”, em suas legislações, declarações políticas e 
estatutos.” - Nova Agenda Urbana, ONU-HABITAT 
 
Segundo o BID, o fenômeno de urbanização se acelerou na segunda metade do século XX, pois em 1950 
apenas 42% da população da região vivia em centros urbanos, mas atualmente no Brasil já temos cerca 
de 80% da população brasileira vivendo em cidades. 
Com essa concentração da população, transformar “cidades tradicionais” em Smart Cities, ou Cidades 
Inteligentes, é uma demanda cada vez maior, bem como uma oportunidade para governos e cidadãos. 
Porém, o surgimento da tecnologia digital, da Internet das Coisas, da Inteligência Artificial e das 
Tecnologias Móveis, torna essa transformação mais viável a cada dia. 
Uma Cidade Inteligente e sustentável é uma cidade inovadora que utiliza as Tecnologias de Informação 
e Comunicação (TIC) e outros meios para melhorar a qualidade de vida, a eficiência das operações e 
serviços urbanos e sua competitividade, enquanto garante o atendimento das necessidades das 
gerações atuais e futuras com relação aos aspectos econômicos, sociais e ambientais. Além disso, ela é 
atrativa para os cidadãos, empreendedores e trabalhadores, e gera um espaço mais seguro, com 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
7 
 
melhores serviços e com um ambiente de inovação que estimula soluções criativas, gerando empregos 
e reduzindo as desigualdades. Com isso, ela promove um ciclo virtuoso que produz não apenas bem-
estar econômico e social, mas também garante um uso sustentável de seus recursos de maneira a 
garantir a qualidade de vida no longo prazo. 
As Cidades Inteligentes usam conectividade, sensores distribuídos pelo ambiente e sistemas 
computadorizados de gestão inteligente para solucionar problemas imediatos, organizar cenários 
urbanos complexos, e criar respostas inovadoras e alinhadas às necessidades de seus cidadãos. Para 
garantir essa gestão eficiente e sustentável, as tecnologias Smart Cities integram e analisam uma 
quantidade gigantesca de dados gerados, capturados de diversas fontes, para antecipar, mitigar e até 
prevenir crises. Esses mecanismos permitem fornecer, de forma proativa, serviços, alertas e 
informações aos cidadãos. 
Porém, mesmo com a sua importância, a tecnologia é apenas uma ferramenta que deve se aliar ao 
processo de planejamento e de gestão. O uso das TICs deve gerar mudanças nos processos, 
retroalimentar o planejamento, modificar dinâmicas nas prestações de serviços públicos, transformar 
problemas em soluções criativas, agregar valor à infraestrutura instalada, e gerar melhoria em 
indicadores de desempenho. Ou seja, o processo de fazer uma cidade mais inteligente traz resultados 
efetivos e mensuráveis, que podem ser acompanhados pelos moradores e visitantes. Contudo, cidades 
tornam-se inteligentes apenas quando conseguem tratar de seus complexos desafios de maneira 
integral. Nesse sentido, devem ir além da tecnologia, e se valer dos ativos e informações em nível local 
para elaborar uma estratégia de desenvolvimento que contemple aspectos ambientais, urbanos, sociais 
e econômicos. 
A transformação e modernização da gestão da cidade gera uma série de resultados concretos e 
positivos, com ganhos de eficiência por meio da integração de diferentes áreas de atuação, como 
mobilidade, tráfego, segurança, vigilância, água, energia, gestão de riscos etc. Atuando de forma 
colaborativa, os gestores compartilham informações de qualidade para a prestação de melhores 
serviços para a população. Em síntese uma Cidade Inteligente: 
• Gera integração que abastece a administração pública com as informações necessárias e 
transparentes para uma melhor tomada de decisão e gerenciamento orçamentário; 
• Permite melhor atendimento de usuários de serviços e melhora a imagem dos órgãos públicos, 
elevando, assim, o grau de satisfação dos habitantes; 
• Otimiza a alocação de recursos e ajuda a reduzir gastos desnecessários; 
• Gera procedimentos comuns que aumentam a eficiência do governo; 
• Produz indicadores de desempenho que auxiliam na medição, comparação e melhoria das 
políticas públicas; 
• Permite maior envolvimento da sociedade civil organizada e dos cidadãos na administração por 
meio do uso de ferramentas tecnológicas que ajudam a monitorar os serviços públicos, 
apontando problemas, informando e interagindo com a administração municipal para resolver 
problemas. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
8 
 
Desenvolvimento Sustentável e Transformação Digital 
“O Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que atende as necessidades atuais sem 
comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” - 
ONU/Comissão Brundtland, Relatório “Nosso Futuro Comum”. 
Em 2015 a Assembleia Geral da Nações Unidas (ONU) aprovou a Agenda 2030, que é estruturada em 17 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Entre eles, está o Objetivo 11 – “Tornar as cidades e 
os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”. 
Além da Agenda 2030, a Nova Agenda Urbana (NAU) – Declaração de Quito sobre Cidades e 
Assentamentos Urbanos para Todos que foi aprovada em 2016 na Conferência das Nações Unidas para 
Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável (Habitat III), incorpora outros acordos internacionais, 
tais como: Acordo de Paris no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima 
(UNFCCC, sigla em inglês) e Agenda de Ação de Adis Abeba da Terceira Conferência Internacional sobre 
o Financiamento para o Desenvolvimento. 
O Brasil, assim como os demais países que assinam acordos se comprometem a implementar as 
decisões, respeitando as realidades nacionais. Ao assinar a NAU, o Brasil prometeu que adotaria uma 
abordagem de cidade inteligente. 
Na era digital, o direito a cidades sustentáveis também está condicionado ao direito de acesso à internet 
(Marco Civil da Internet no Brasil), porém, muitos fatores prejudicam o pleno direito à conectividade 
digital, como a distribuição da infraestrutura para inclusão digital, custos, diferentes capacidades de 
acesso e interação com dispositivos digitais e diferentes capacidades para compreender como a internet 
funciona. Esses fatores impactam cada vez mais as desigualdades socioeconômicase espaciais. 
Para a Agenda Brasileira para Cidades Inteligentes, o conceito brasileiro de “Cidades Inteligentes” pode 
ser complementado pelos conceitos auxiliares de “Transformação Digital Sustentável” e 
“Desenvolvimento Urbano Sustentável” e apresenta os conceitos, como segue: 
“Cidades Inteligentes são cidades comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação 
digital sustentáveis, em seus aspectos econômico, ambiental e sociocultural, que atuam de forma 
planejada, inovadora, inclusiva e em rede, promovem o letramento digital, a governança e a gestão 
colaborativas e utilizam tecnologias para solucionar problemas concretos, criar oportunidades, 
oferecer serviços com eficiência, reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade 
de vida de todas as pessoas, garantindo o uso seguro e responsável de dados e das tecnologias da 
informação e comunicação.” 
“Transformação Digital Sustentável é o processo de adoção responsável de tecnologias da informação 
e comunicação, baseado na ética digital e orientado para o bem comum, compreendendo a segurança 
cibernética e a transparência na utilização de dados, informações, algoritmos e dispositivos, a 
disponibilização de dados e códigos abertos, acessíveis a todas as pessoas, a proteção geral de dados 
pessoais, o letramento e a inclusão digitais, de forma adequada e respeitosa em relação às 
características socioculturais, econômicas, urbanas, ambientais e político-institucionais específicas de 
cada território, à conservação dos recursos naturais e das condições de saúde das pessoas.” 
“Desenvolvimento Urbano Sustentável é o processo de ocupação urbana orientada para o bem 
comum e para a redução de desigualdades, que equilibra as necessidades sociais, dinamiza a cultura, 
valoriza e fortalece identidades, utiliza de forma responsável os recursos naturais, tecnológicos, 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
9 
 
urbanos e financeiros, e promove o desenvolvimento econômico local, impulsionando a criação de 
oportunidades na diversidade e a inclusão social, produtiva e espacial de todas as pessoas, da presente 
e das futuras gerações, por meio da distribuição equitativa de infraestrutura, espaços públicos, bens e 
serviços urbanos e do adequado ordenamento do uso e da ocupação do solo em diferentes contextos e 
escalas territoriais, com respeito a pactos sociopolíticos estabelecidos em arenas democráticas de 
governança colaborativa.” 
Essas ações de transformação digital e desenvolvimento urbano devem ser realizadas de forma 
adequada e com respeito às características socioculturais, econômicas, urbanas, ambientais e político-
institucionais específicas de cada território. E devem conservar os recursos naturais além de preservar 
as condições de saúde das pessoas. 
A Transformação Digital é um fenômeno histórico de mudança cultural provocada pelo uso disseminado 
das tecnologias de informação e comunicação (TICs) nas práticas sociais, ambientais, políticas e 
econômicas. Esta transformação provoca uma grande mudança cultural, inédita, rápida e difícil de 
entender na sua totalidade. Afeta mentalidades e comportamentos nas organizações, governos, 
empresas e na sociedade de forma geral. 
“Tecnologias da Informação e Comunicação é o conjunto de ferramentas e recursos tecnológicos 
(hardware, software, rede) que permite às pessoas acessar, armazenar, transmitir e manipular 
informações.” - (Baseado no conceito da Unesco). 
A transformação digital pode gerar impactos positivos ou desafios, dependendo do contexto. A 
realidade de cada lugar também influencia no potencial de uso das Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TIC). É preciso, portanto, considerar a ampla diversidade e as profundas desigualdades 
históricas que marcam nosso território ao agir e refletir sobre a transformação digital. 
Princípios balizadores para Cidades Inteligentes 
• Respeito à Diversidade Territorial Brasileira, em seus aspectos Culturais, Sociais, Econômicos 
e Ambientais - O processo de transformação digital precisa ser adequado às realidades locais. 
Essa adequação deve levar em conta as áreas remotas e as diferenças entre áreas rurais e 
urbanas dos municípios. Deve seguir as tipologias da Política Nacional de Desenvolvimento 
Urbano (PNDU). 
• Visão Sistêmica da Cidade e da Transformação Digital - A transformação digital também é uma 
transformação urbana. A cidade é um sistema complexo, dinâmico e vivo, que reflete, reage e 
materializa questões culturais, sociais, ambientais e econômicas. 
• Integração dos Campos Urbano e Digital - A articulação entre setores e disciplinas científicas 
combina tecnologias digitais e sociais, inclusive de forma experimental. O objetivo é desenvolver 
novos processos para melhorar a qualidade de vida nas cidades. 
• Conservação do Meio Ambiente - Inclui: uso sustentável dos recursos naturais; combate e 
reversão de práticas de degradação do meio ambiente; reconhecimento e adoção de soluções 
baseadas natureza, e; reconhecimento e adoção de outras abordagens ambientais inovadoras 
nas matrizes de desenvolvimento. 
• Interesse Público acima de tudo - As ações de cidades inteligentes devem respeitar os princípios 
que a Constituição Federal define para a Administração Pública e para a política urbana. No caso 
da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. No 
caso da política urbana: a cidade e a propriedade devem atender ao bem coletivo e cumprir sua 
função social. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
10 
 
Diretrizes norteadoras para Cidades Inteligentes 
• Promover o Desenvolvimento Urbano Sustentável - Agir conforme a perspectiva de 
desenvolvimento urbano sustentável que está na legislação, nas políticas brasileiras e em 
acordos internacionais. 
• Construir Respostas para os Problemas Locais - Avaliar e promover ações levando em conta o 
potencial que elas têm de responder aos desafios locais, adequando-as ao estágio tecnológico 
do município. 
• Promover Educação e Inclusão Digital - Impulsionar e promover ações que estimulem a 
formação cidadã e o letramento digital, de forma contínua. As ações devem atender pessoas de 
todas as idades, gêneros, raças e classes sociais, fortalecendo a sua autonomia. 
• Estimular o Protagonismo Comunitário - Estimular e garantir o envolvimento de pessoas de 
todas as idades, gêneros, raças e classes sociais e dos coletivos locais, inclusive povos e 
comunidades tradicionais. 
• Colaborar e Estabelecer Parcerias - Realizar ações de cooperação entre setores público, privado, 
organizações da sociedade civil e instituições de ensino e pesquisa. 
• Decidir com Base em Evidências - Usar dados e sistemas de forma responsável, transparente e 
compartilhada. 
Cidades Inteligentes ideais 
A Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, declara que as “cidades inteligentes” ideais são: 
Diversas e Justas 
• Reconhecem os conflitos territoriais e buscam soluções, respeitando a diversidade e atuando 
para reduzir os vários aspectos das desigualdades socioespaciais. 
Vivas, e para as Pessoas 
• Colocam as pessoas no centro do desenvolvimento e proporcionam (melhoria da) qualidade de 
vida a todas e a todos. 
• São agradáveis para viver e facilitam o convívio entre as pessoas. Respeitam a autonomia e as 
escolhas individuais, ao mesmo tempo que respeitam o interesse público, os direitos coletivos e 
difusos (aqueles que se referem à coletividade, a várias pessoas ao mesmo tempo). 
• Equilibram natureza, ambiente construído e ambiente digital. Para isso, usam a tecnologia de 
forma ética, a serviço do bem comum e das pessoas, respeitando a dignidade humana e a 
privacidade. 
Conectadas e Inovadoras 
• Buscam várias formas de aumentar a eficiência das ações feitas no seu território. 
• Usam TICs (tecnologias de comunicação e informação) e soluções inovadoras integradas, com 
uma visãoampla. Ou seja, por um lado, percebem que a tecnologia deve ser usada para oferecer 
governo e serviços públicos eficientes, respeitando costumes e tradições. Mas ao mesmo tempo, 
entendem que há outras formas de conectar e inovar além da tecnologia digital, especialmente 
nas áreas urbanas pouco densas. 
• 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
11 
 
Inclusivas e Acolhedoras 
• Possuem governança ampla, aberta e transparente. Com isso, estimulam o engajamento das 
pessoas e geram inclusão digital e inovação social, por meio de processos participativos e 
colaborativos. 
• Sua sociedade é organizada, autônoma e justa e participa amplamente na decisão de seu próprio 
futuro, por meio de coletivos representativos. 
• Acolhem e são acessíveis a todas as pessoas, respeitando as diversidades. 
Seguras, Resilientes e Autorregenerativas 
• Usam tecnologias que levem em conta a sua realidade e que atendam à solução de conflitos e 
problemas urbanos, ambientais e sociais concretos. 
• Planejam, preparam-se e respondem prontamente a desafios climáticos, demográficos, 
sanitários, políticos e econômicos. Isso é feito com garantia da segurança social, ambiental e 
urbana e com garantia do acesso aos serviços essenciais em todas as circunstâncias. 
Economicamente Férteis 
• Promovem o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável, de acordo com o seu 
estágio tecnológico. 
• Impulsionam a economia local, promovem a conservação e o uso sustentável da biodiversidade 
(variedade e variabilidade da vida existente no planeta, inclui a diversidade dentro de espécies, 
a diversidade entre espécies e a diversidade de ecossistemas). 
• Garantem alternativas de geração de renda para as comunidades, estruturam e fortalecem os 
mercados para os produtos da sociobiodiversidade (relação entre a diversidade biológica e a 
diversidade de sistemas sociais, culturais e econômicos de populações rurais e povos 
tradicionais) local. 
• Fortalecem a organização social e participam da dinamização de regiões no seu entorno. 
Incentivam a economia criativa, circular e compartilhada. 
• Usam a tecnologia para melhorar o bem-estar da sociedade, sem exceções. 
• Ampliam o acesso às oportunidades econômicas com equilíbrio e respeito às relações de pessoas 
de todas as idades, classes sociais, gêneros e raça com o meio ambiente. 
• Possibilitam o aumento da consciência e do interesse por manter a biodiversidade (Variedade e 
variabilidade da vida existente no planeta. Inclui a diversidade genética dentro de espécies, a 
diversidade entre espécies e a diversidade de ecossistemas) e os serviços ecossistêmicos 
(benefícios que as pessoas obtêm da natureza). 
• Compreendem “biodiversidade” e “serviços ecossistêmicos” como um meio de reduzir os riscos 
econômicos pois garantem o fornecimento continuado de recursos essenciais, principalmente 
para as cidades. 
Ambientalmente Responsáveis 
• Praticam padrões sustentáveis de produção e consumo. 
• Têm consciência dos serviços providos pelos ecossistemas (complexo dinâmico de comunidades 
de vegetais, animais e microorganismos e seu ambiente não vivo, interagindo como uma unidade 
funcional) locais. 
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12 
 
• Fazem uso eficiente dos recursos naturais, visando a conservação ambiental, a saúde e o bem-
estar das pessoas. 
• Planejam ações em seu território integrando a abordagem de serviços ecossistêmicos (benefícios 
que a natureza traz para o bem-estar das pessoas e para as atividades econômicas). 
• Encorajam soluções que sejam adequadas às características locais e o uso de soluções baseadas 
na natureza – SbN (soluções ou instalações inspiradas em processos naturais para melhorar o 
bem-estar humano e a economia socialmente inclusiva). 
• Buscam ampliar a resistência e a resiliência (capacidade de resistir e de se recuperar de uma 
situação difícil) dos sistemas socioecológicos (interação entre ecossistemas e pessoas, em que 
os ecossistemas e as pessoas dependem um do outro, se apoiam e evoluem juntos) em relação 
à mudança climática (alterações do clima em todo o planeta) e a eventos extremos (exemplos: 
deslizamentos, inundações, secas, erosões etc.), usando soluções e tecnologias adequadas ao 
seu contexto. 
• Antecipam, monitoram e avaliam os impactos ambientais das inovações tecnológicas para 
equilibrar a relação entre meio ambiente, tecnologia e sociedade. 
Articuladoras de Diferentes Noções de Tempo 
• Entendem e levam em conta o ritmo da transformação digital que seja mais adequado para cada 
pessoa, realidade e localidade. 
• Transformam-se, adequam-se e evoluem, preservando e promovendo seu patrimônio histórico 
e cultural, material e imaterial, bem como considerando as necessidades das gerações atuais e 
futuras. Inovam mantendo-se vinculadas às identidades, às raízes e às conexões existentes entre 
as diferentes gerações que formam a cultura. 
• Respeitam o tempo para o ócio e a aprendizagem lúdica. 
• Promovem o encontro e os convívios social e comunitário. 
Articuladoras de Diferentes Noções de Espaço 
• Compreendem seu território, são integradas localmente e, ao mesmo tempo, são multiescalares 
(conectam-se em diferentes níveis: com cada área interna à cidade, com outras cidades, com 
outras regiões e com outros países). 
• Suas estratégias consideram o urbano, o intraurbano (dentro da mancha urbana), o rural, o 
natural e o regional. 
• Consideram também as várias relações existentes entre cada um desses territórios. 
• Usam conhecimento local. Aprendem com sua população, independentemente da idade, classe 
social, gênero e raça, mas também educam e se abrem para o conhecimento externo. 
• Promovem o desenvolvimento local integrado e usam dados digitais adequados à sua realidade 
e ao seu estágio tecnológico para novas formas de cooperação e coordenação. 
• Reconhecem o seu papel como parte de um sistema complexo e dinâmico, que atua em rede 
com outras cidades. 
Conscientes, atuam com Reflexão e são Independentes no Uso de Tecnologias 
• Conscientes, atuam com reflexão e são independentes no uso de tecnologias. 
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13 
 
• Planejam, organizam-se e agem com uso responsável e integrado de dados e informações 
produzidos e geridos conforme o contexto e as capacidades locais, pelas pessoas e para as 
pessoas. 
• Garantem a independência de tecnologias proprietárias e criam mecanismos de desarticulação 
da concentração de poder gerada pelo domínio da tecnologia. 
• Constroem indicadores, pesquisas, diagnósticos, capacitação, monitoramento e avaliação 
baseados em evidências. 
• Essas ações incluem os aspectos sociocultural, urbano-ambiental, econômico-financeiro e 
político-institucional. 
Atentas e Responsáveis com seus Princípios 
• Entendem que a inteligência também se manifesta na forma como se faz a gestão do 
desenvolvimento urbano e ambiental. 
• Instituem processos dinâmicos de gestão e de governança da cidade. Usam circuitos 
colaborativos de experimentação. Exemplos: abordagens de avaliação e aprendizagem; 
promoção de mudanças organizacionais. 
Seis características de destaque em Cidades Inteligentes 
Segundo Nam & Pardo (2011), o discurso inicial sobre Cidades Inteligentes foi centralizado em temas 
relacionados à tecnologia da informação e comunicação, mas evoluiu para novos conceitos que tendem 
progressivamente a uma visão holística, considerando três fatores principais: tecnologia (infraestrutura 
de hardware e software), pessoas (criatividade, diversidade, educação) e instituições (política e 
governança). 
Tabela 2.1 - Fatores-chave e componentes de uma Cidade Inteligente 
Fatores Tecnológicos Fatores Humanos Fatores Institucionais 
Conceitos próximos: 
Digital city; Intelligent city; 
Ubiquitous city; Wired city; 
Hybridcity; Information city 
Conceitos próximos: 
Creative city; Learning city; 
Humane city; Knowledge city 
Conceitos próximos: 
Smart community; Smart 
growth 
Componentes-chave: 
▪ Infraestrutura física 
▪ Tecnologias inteligentes 
▪ Tecnologias móveis 
▪ Tecnologias virtuais 
▪ Redes digitais 
Componentes-chave: 
▪ Infraestrutura humana 
▪ Capital social 
 
Componentes-chave: 
▪ Governança 
▪ Política 
▪ Regulações e Diretivas 
Direção estratégica: 
Integração dos fatores 
tecnológicos em uma rede de 
serviços integrados 
Direção estratégica: 
Educação e aprendizado social 
como base para desenvolver o 
capital humano 
Direção estratégica: 
Governança dos fatores 
institucionais, o que 
compreende colaboração, 
cooperação, parceria, 
engajamento do cidadão e 
participação 
Fonte: Nam & Pardo (2011) 
Conforme Giffinger et al. (2007) e Cunha (2016) a União Europeia decompõe visão de Cidade Inteligente 
em seis áreas ou características principais: Economia Inteligente, Mobilidade Inteligente, Ambiente 
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14 
 
Inteligente, Modo de Vida Inteligente, Pessoas Inteligentes (educação), Governança Inteligente, 
conforme a Figura 2.1. 
Figura 2.1 - Seis características de destaque em Cidades Inteligentes 
 
Fonte: traduzido e adaptado de Giffinger et al. (2007) 
Economia Inteligente 
Reúne inovação e produtividade para adaptar mercado e trabalhadores e desenvolve novos modelos de 
negócios para cooperar e competir (coopetir) local e globalmente. 
Nesse item incluem-se e-business e e-commerce em escala urbana, mas também novas formas de 
produção e entrega de serviços, em que as TICs desempenham papel-chave, assim como os novos 
modelos de negócio necessários para sua implementação. 
Além disso, incluem-se o incentivo e a criação de clusters urbanos e ecossistemas empresariais em torno 
de negócios digitais e empreendedorismo, baseados na interconexão local e global com os fluxos de 
bens, serviços e conhecimentos globais. 
Como oportunidades para uma economia inteligente os espaços (cartazes e painéis) digitais, que 
oferecem informação de interesse ao cidadão e ao visitante; as ofertas comerciais nas proximidades em 
tempo real; os serviços de apoio para que empreendedores e empresas locais maximizem as 
possibilidades quando vendem pela Internet; a disponibilização de acesso a Internet proporcionados 
por comércios que ao mesmo tempo são ferramentas de marketing ao conectarem esses negócios com 
as mídias sociais; as aplicações que permitem fazer ofertas comerciais personalizadas online ou por 
telefones celulares; e as informações sobre fluxo de tráfego de cidadãos na cidade com o fim de adaptar 
os serviços urbanos às suas necessidades, tomar decisões com base nos hábitos e costumes da 
cidadania, assim como promover o comércio da cidade. 
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15 
 
Pode-se acrescentar ainda, os serviços de informação turística, as reservas online, as recomendações, o 
gerenciamento de incidentes, as sugestões, queixas, reclamações etc. e as redes de dados seguras e de 
alta capacidade e confiabilidade para empresas e serviços municipais com muita demanda por 
segurança. 
Mobilidade Inteligente 
Recursos tecnológicos podem fornecer informações aos usuários e planejadores, facilitando a 
reformulação dos padrões de mobilidade urbana e aprimorando a multimodalidade através da 
integração de diferentes meios de transporte. 
Aqui, a tecnologia coloca-se a serviço de um sistema logístico e de transporte integrado para a cidade, 
eficaz e de baixo impacto ambiental. 
Mobilidade inteligente consiste em sistemas de transporte sustentáveis, seguros e interconectados que 
integram ônibus, bondes, trens, metrôs, bicicletas e pedestres, permitindo aos cidadãos mudar 
facilmente de modalidade de transporte e priorizando as opções limpas e não motorizadas. É preciso 
proporcionar informação útil e em tempo real aos usuários para que possam economizar tempo, fazer 
as conexões mais rapidamente e reduzir a emissão de carbono. Incluem-se também as infraestruturas 
urbanas correspondentes à exploração e ao funcionamento desses sistemas de transporte, assim como 
um conjunto de serviços urbanos como estacionamentos, estações de serviço e dispositivos de carga de 
carros elétricos, entre outros. Os gestores desses sistemas usam a tecnologia para proporcionar um 
melhor serviço e receber o retorno de informações dos cidadãos que alimentam o sistema com 
informações em tempo real, o que permite, por sua vez, um melhor planejamento dos serviços. 
Ambiente Inteligente 
Utiliza a coleta de dados de diversos serviços oferecidos na cidade, a fim de estabelecer as principais 
áreas de ação em planejamento e infraestrutura urbana. 
Nesse item, constitui-se como objetivo a sustentabilidade ambiental das cidades, grandes geradoras de 
impactos tanto pelo seu consumo de água, energia e matérias primas como pela geração de resíduos e 
contaminação. 
Incluem-se em ambiente inteligente as possibilidades das energias renováveis, os sistemas de medição 
inteligente de consumos de energia e água (smart metering), as redes inteligentes de gestão de 
fornecimento de utilities (smart grids), monitoramento e controle da poluição, renovação de edifícios e 
equipamentos urbanos, edificação e planejamento urbano sustentável assim como a eficiência, 
reutilização e reciclagem de recursos. Além disso, pode-se incluir a prestação inteligente dos serviços 
de iluminação pública, a gestão de resíduos sólidos urbanos e a gestão integral do ciclo da água. 
Modo de Vida Inteligente (Segurança e Saúde) 
Compreende vários aspectos da qualidade de vida como cultura, saúde, segurança, habitação entre 
outros, além de gerenciamento inteligente de instalações, espaços públicos e serviços usando 
tecnologias de TIC. 
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16 
 
Aqui, inclui-se aspectos relativos à forma como as TICs afetam o modo de vida, consumo e 
comportamento nas cidades, assim como essas produzem um estilo de vida saudável e seguro. 
As cidades inteligentes devem gerar espaços seguros, proteger de ameaças as infraestruturas e zonas 
sensíveis, e devem ser capazes de reagir com eficácia e rapidez em caso de emergência. Acrescenta-se 
ainda a preocupação com a segurança social, dos cidadãos, contra violências de toda ordem, embora 
essa seja uma responsabilidade do governo estadual. 
O qualidade de vida incorpora serviços de vigilância por vídeo - sistemas de segurança baseados em uso 
de câmeras -, cibersegurança frente a ataques a serviços públicos essenciais, segurança em transporte, 
centros de comando e controle para gestão de emergências, alertas públicos de desaparecidos, sistemas 
tecnológicos de localização mediante GPS e soluções de videovigilância aplicados à proteção do 
patrimônio e das infraestruturas. 
Os serviços de saúde tratam das campanhas de prevenção, gestão de emergências de saúde, assistência 
a idosos, doentes crônicos e a outros grupos vulneráveis. 
A tecnologia abre oportunidade para uma gestão inteligente da demanda assistencial (informação e 
gestão de tempos máximos de espera, oferta de centros assistenciais, consulta de agendamento 
cirúrgico, gerenciamento de incidentes, sugestões, queixas e reclamações), podendo oferecer serviços 
de tele assistência, programas de saúde e autoatendimento para doentes crônicos, prevenção e alertas 
de saúde e acesso online a registros, histórico e informes clínicos, com disponibilidade em todo o 
sistema de saúde. 
Pessoas Inteligentes (Educação) 
Este item incentiva o cidadão a participar de iniciativas. Nesse sentido, a educação é um condutor 
importante dessa dimensão, assim como providências para reter perfis criativos. 
As cidades, em cooperação com outras esferas governamentais, são atores importantesna educação 
dos cidadãos. Além da educação infantil e do ensino fundamental, há em diversos municípios a oferta 
de escolas ou cursos de música, dança ou teatro, informática, língua estrangeira, cursos para 
empreendedores etc. 
Educação inteligente inclui a formação em habilidades digitais e sobre a educação para o 
desenvolvimento de criatividade e inovação urbana: uso de ferramentas digitais para a educação em 
centros de educação infantil mediante a utilização de tablets e computadores, plataformas digitais para 
oferecer formação e educação por meio de cursos online massivos e abertos (Massive Open Online 
Courses - MOOCS) em plataformas educativas. 
Governo Inteligente 
Um governo inteligente envolve a utilização de tecnologia para potencializar a participação política, 
serviços aos cidadãos e o funcionamento da administração. 
A gestão das cidades está mudando e os cidadãos exigem mais informações em tempo real, pois querem 
participar da gestão de sua cidade e querem que os processos e serviços sejam prestados da maneira 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
17 
 
mais rápida e cômoda possível. Demanda-se uma maior transparência e os dados que os municípios 
possuem devem ser acessíveis a todos. 
Para isso é necessário um governo inteligente e integrado que possa oferecer os serviços que a cidade 
necessita, interagindo com todos os agentes públicos e privados. Nesse sentido, é necessário que haja 
uso de tecnologia (infraestruturas, hardware e software) no contexto de processos inteligentes, com 
dados e interoperabilidade. Uma cidade inteligente assim se faz porque é um nó da rede urbana global. 
Um governo inteligente implica em colaboração entre governos, colaboração público-privada e ainda 
colaboração com todos os diferentes atores locais na busca de objetivos compartilhados. 
São necessários ainda transparência e dados abertos, mediante o uso das tecnologias digitais e do e-
government em processos participativos para “cocriar” serviços digitais por meio, por exemplo, de apps. 
Nesse sentido, é transversal, à medida que pode orquestrar e integrar várias áreas (ou todas, 
idealmente), das seis aqui destacadas. 
Para alcançar tal governo inteligente, as cidades contam com diferentes sistemas e aplicações 
tecnológicas, entre os quais, a gestão digital para a conservação e valorização do patrimônio histórico e 
cultural e a implementação de formatos abertos e interoperáveis para a comunicação municipal com o 
objetivo de fomentar a transparência da gestão e a comunicação mais direta com os cidadãos. Isso inclui 
o uso de plataformas integradoras de todos os produtos e serviços para seu monitoramento e gestão. 
Tabela 2.2 - Seis características de destaque em Cidades Inteligentes 
Economia Inteligente Mobilidade Inteligente Ambiente Inteligente 
● Espírito inovador 
● Empreendedorismo 
● Imagem econômica e marcas 
registradas 
● Produtividade 
● Flexibilidade do mercado de 
trabalho 
● Incorporação internacional 
● Capacidade de transformar 
● Acessibilidade local 
● Acessibilidade (internacional) 
● Disponibilidade de 
infraestrutura de TIC 
● Sustentável, inovador e com 
sistemas de transporte seguro 
● Atratividade das condições 
naturais 
● Controle da Poluição 
● Proteção ambiental 
● Gestão sustentável de 
recursos 
 
Modo de Vida Inteligente Pessoas Inteligentes Governo Inteligente 
● Instalações culturais 
● Condições de saúde 
● Segurança individual 
● Qualidade da habitação 
● Instalações de educação 
● Atratividade turística 
● Coesão social 
● Nível de qualificação 
● Afinidade com a 
aprendizagem ao longo da vida 
● Pluralidade social e étnica 
● Flexibilidade 
● Criatividade 
● Cosmopolitismo / mente 
aberta 
● Participação na vida pública 
● Participação na tomada de 
decisões 
● Serviços públicos e sociais 
● Governança transparente 
● Estratégias políticas e 
perspectivas 
Fonte: traduzido e adaptado de Giffinger et al. (2007) 
Quatro fases de evolução de uma cidade 
Cada cidade tem necessidades específicas, o que torna a forma de implementação da Cidades 
Inteligente igualmente específica, de acordo com as características do município. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
18 
 
Para os especialistas, existem quatro etapas essenciais para que qualquer cidade alcance o estágio de 
inteligente. 
A primeira fase é a vertical, em que as soluções tecnológicas são aplicadas aos serviços urbanos. O 
objetivo maior é melhorar a gestão e o atendimento à população. Na segunda etapa, a horizontal, a 
coordenação dos serviços acontecem de forma intersetorial, e, para isso, é preciso que se desenvolva 
uma plataforma inteligente de integração transversal. A terceira fase é a conectada, em que se 
estabelece uma interconexão entre os serviços urbanos já digitalizados, os cidadãos, universidades e 
redes urbanas, com o uso da informação compartilhada. Na quarta e última etapa, a efetivamente 
inteligente, forma-se um ecossistema de inovação, com bases em dados estatísticos. Para alcançar esse 
estágio, é preciso implementar uma tecnologia avançada em escala em toda a cidade. Nessa fase, a 
inteligência compartilhada será fundamental a todos os envolvidos no processo de evolução, facilitando 
o desenvolvimento de novos negócios e de soluções colaborativas. Vide figura 4. 
Figura 2.2 - Níveis de maturidade de uma cidade inteligente 
 
Fonte: Adaptado de Cunha (2016) 
Introdução aos objetivos estratégicos para Cidades Inteligentes 
A Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, de leitura recomendável a líderes, gestores e demais 
interessados no tema, nos apresenta oito objetivos estratégicos para cidades inteligentes, resumidos 
no segue: 
1: Integrar a transformação digital nas políticas, programas e ações de desenvolvimento urbano 
sustentável, respeitando as diversidades e considerando as desigualdades presentes nas cidades 
brasileiras 
Contexto › Para reduzir desigualdades socioespaciais, é preciso considerar o desenvolvimento territorial 
a partir de uma visão ampla. Essa visão deve levar em conta vários aspectos, especialmente a 
localização, a disponibilização e o acesso a recursos, infraestruturas, bens e serviços essenciais, 
educação, cultura e informação. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
19 
 
A transformação digital traz oportunidades para compreender melhor e enfrentar os problemas urbanos 
brasileiros, que são históricos. Mas ações de tecnologia sem direcionamento podem até aumentar 
desigualdades antigas, como a falta ou deficiência no acesso a serviços urbanos básicos. 
Governos e sociedade precisam agir para que a tecnologia atenda às necessidades reais das cidades. 
Iniciativas e soluções digitais devem estar alinhadas com uma visão estratégica de desenvolvimento 
urbano sustentável e de qualidade de vida. Além disso devem estar sintonizadas com a grande 
diversidade brasileira. 
Esse processo requer que a sociedade e as instituições locais se fortaleçam para assumir o protagonismo 
na adaptação da transformação digital às suas realidades. Para isso, elas devem adequar políticas, 
programas e ações de desenvolvimento urbano ao novo contexto da transformação digital. Devem 
aperfeiçoar infraestruturas, ferramentas e sistemas digitais para a prestação de serviços públicos de 
qualidade. 
2: Prover acesso equitativo à internet de qualidade para todas as pessoas 
Integrar o urbano e o digital nas políticas públicas e nos instrumentos de ordenamento territorial é 
importante, mas essa ação deve vir acompanhada de conectividade. O desenvolvimento sustentável 
depende de todas as pessoas acessarem internet e ferramentas digitais de qualidade. Uma boa 
conectividade digital determina a inclusão social e produtiva e a justa distribuição de oportunidades. 
Em função disso, governos e iniciativa privada devem conhecer os territóriosonde o acesso é precário 
e corrigir essa distorção. 
3: Estabelecer sistemas de governança de dados e de tecnologias, com transparência, segurança e 
privacidade 
Políticas públicas e conectividade são elementos básicos, mas insuficientes para equidade (distribuição 
justa, capaz de atender necessidades diferentes de todas as pessoas) de oportunidades no contexto da 
transformação digital. É preciso estruturar sistemas de governança de dados e de TICs (tecnologias de 
informação e comunicação) adequados a cada realidade. Somente a partir desses sistemas será possível 
integrar infraestrutura, sistemas, ferramentas e soluções digitais no desenvolvimento urbano de todas 
as cidades. 
Diferentes governos e setores da sociedade devem cooperar para os sistemas funcionarem de forma 
integrada, responsável e inovadora. Com segurança cibernética e garantia de privacidade pessoal. 
Devem cooperar para oferecer um ambiente de ética digital que assegure dados compartilhados e 
abertos, sempre que possível, e que garanta proteção jurídica às pessoas. 
4: Adotar modelos inovadores e inclusivos de governança urbana e fortalecer o papel do poder 
público como gestor de impactos da transformação digital nas cidades 
A governança de informação tratada no objetivo anterior faz parte de uma governança urbana mais 
ampla, que estimula a colaboração e cria inteligência territorial (baseada em sistemas e informações 
que orientam decisões estratégicas baseadas em evidências para planejar, executar, gerenciar e 
monitorar ações no território). Pessoas e instituições precisam conversar, discutir os problemas e 
construir soluções que atendam à coletividade. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
20 
 
Nesse sentido, a transformação digital pode melhorar os tradicionais modelos de participação, 
tornando-os mais inovadores e inclusivos. Pode-se criar ambientes que aproximem e reconfigurem a 
relação entre Estado, setores da sociedade. Ou que aproximem e reconfigurem a relação entre setores 
urbanos (como habitação, saneamento e mobilidade) e entre os entes da federação (União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios). Uma governança inovadora e inclusiva estimula a colaboração, pois esta 
é uma forma de identificar problemas urbanos reais com base em evidências e desenvolver soluções. 
O poder público municipal é protagonista da execução da política urbana, um dos guardiões do interesse 
coletivo. Daí o seu papel estratégico para promover e facilitar as ações de governança urbana. E deve 
coordenar os processos que decidem sobre promoção, regulamentação ou desestímulo de 
instrumentos surgidos com a transformação digital, tais como dados, sistemas de informação e modelos 
de negócios. 
5: Fomentar o desenvolvimento econômico local no contexto da transformação digital 
Uma governança bem estruturada, colaborativa e inclusiva torna as cidades mais habitáveis e fortalece 
a economia local. O mesmo ocorre quando as decisões são tomadas com base em dados e evidências 
científicas. 
Atransformação digital pode gerar valor, emprego e renda para as pessoas das cidades. A economia do 
compartilhamento, a economia criativa e a economia circular podem potencializar essas oportunidades. 
Mas é indispensável que diferentes setores e pessoas se articulem para evitar que uma transformação 
digital mal conduzida cause mais desigualdade social. 
6: Estimular modelos e instrumentos de financiamento do desenvolvimento urbano sustentável no 
contexto da transformação digital 
Recursos financeiros viabilizam, aceleram e potencializam os processos de desenvolvimento econômico 
e urbano sustentáveis. Os recursos são necessários para implementar ambientes de estímulo à 
inovação, à pesquisa e à implantação de infraestruturas. 
Estado e sociedade devem trabalhar juntos, seguindo na mesma direção. A ação conjunta deve incluir 
bancos públicos, investidores privados, instituições financeiras e de fomento, agências de apoio à 
pesquisa e inovação. O trabalho em colaboração irá identificar, sistematizar, criar e disponibilizar 
instrumentos, linhas diversificadas de financiamento e soluções de autofinanciamento da 
transformação digital. Todas as ações devem estar associadas ao desenvolvimento urbano sustentável. 
7: Fomentar um movimento massivo e inovador de educação e comunicação públicas para maior 
engajamento da sociedade no processo de transformação digital e de desenvolvimento urbano 
sustentáveis 
Pessoas, coletivos e organizações devem fazer a transição de usuários passivos para agentes da 
transformação. Devem ser agentes conscientes e criadores das próprias realidades. Isso requer novas 
capacidades, habilidades e atitudes. 
Trata-se de uma tarefa coletiva e desafiadora. Logo, ela deve ser apoiada por um movimento educativo 
massivo sobre a transformação digital nas cidades. 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
21 
 
Essa tarefa também requer um processo de comunicação qualificado para engajar, sincronizar, 
coordenar e articular distintos agentes públicos e privados em torno dos objetivos da Carta. Entre os 
agentes, devem constar organizações da sociedade civil, veículos de comunicação, instituições de ensino 
e pesquisa. 
8: Construir meios para compreender e avaliar, de forma contínua e sistêmica, os impactos da 
transformação digital nas cidades 
Finalmente, precisamos assimilar e aprender com as transformações enquanto elas acontecem, pois são 
fatos novos, dinâmicos, inéditos e ainda pouco estudados. É necessário compreender e avaliar os 
impactos sistêmicos (impactos no nosso sistema social, ambiental, econômico, político) que o processo 
de transformação digital causa nas cidades. Isso deve ser feito de forma contínua e estruturada, a partir 
de uma abordagem complexa e sistêmica. 
A avaliação dos impactos é uma tarefa essencial para identificar novos desafios e corrigir os rumos desta 
agenda ao longo da sua implementação. Tamanha tarefa só será possível com a união de diferentes 
pessoas e com a valorização dos saberes locais e comunitários. 
Recomendação: os interessados no detalhamento destas estratégias podem obtê-los na “Carta 
Brasileira para Cidades Inteligentes”, acessando o documento indicado na Bibliografia Recomendada. 
Startups brasileiras dedicadas a Cidades Inteligentes 
O Relatório Distrito (2020), apresenta um estudo de 166 Startups brasileiras envolvidas com o tema 
Cidades Inteligentes, 66,7% surgiram nos últimos cinco anos. Elas empregam mais de 4 mil pessoas e 
estão classificadas em oito categorias: Mobilidade, Infraestrutura Urbana, Soluções Ecológicas, 
Planejamento e Gestão, Gestão de Resíduos, Operações Municipais, Segurança, e Qualidade de Vida. A 
Tabela 2.3 e a Figura 2.3, apresentam um resumo. 
Tabela 2.3 – Soluções das Startups por categoria de Cidade Inteligente 
Categoria Soluções % do total 
Mobilidade 54 32,5% 
Infraestrutura Urbana 20 12,0% 
Soluções Ecológicas 18 10,8% 
Planejamento e Gestão 16 16 9,6% 
Gestão de Resíduos 16 16 9,6% 
Operações Municipais 16 16 9,6% 
Segurança 14 8,4% 
Qualidade de Vida 12 7,2% 
Fonte: Distrito (2020) 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
22 
 
Figura 2.3 – Startups brasileiras por categoria de Cidade Inteligente 
 
Fonte: Distrito (2020) 
Alguns casos brasileiros de Cidade Inteligente 
Conforme relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Bouskela (2016) nos apresenta 
vários casos de cidades do mundo todo, onde desta-se aqui apenas alguns exemplos brasileiros. 
 
NITERÓI, BRASIL 
Destaque: Alertas para as forças de segurança por meio do uso de botões de pânico 
Mesmo considerando que no Brasil a segurança pública é atribuição dos governos estaduais, alguns governos 
municipais entendem que precisam colaborar. Por isso, em maio de 2015, Niterói, cidade que faz parte da 
Região Metropolitana do Rio de Janeiro,inaugurou o seu Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), que 
integra todas as forças de segurança estaduais, federais e municipais, além do Corpo de Bombeiros, 
Departamento de Trânsito (NitTrans) e Defesa Civil. O CISP recebe dados de 600 câmeras de monitoramento, 
50 delas com alcance de 360 graus e de botões de pânico móveis e fixos (80 deles, instalados em locais de 
grande concentração como terminais rodoviários, escolas públicas, conjuntos habitacionais do programa 
federal Minha Casa Minha Vida, universidades etc.). 
Esses botões de pânico fixos são atrelados a dispositivos de vídeo. Ao serem acionados por um agente 
treinado, enviam o sinal para o sistema que soa um alerta georreferenciado dentro do CISP, apontando o 
local exato da ocorrência, já com imagens disponíveis do local. Os botões móveis são aplicativos instalados 
nos smartphones dos agentes. Após descobrir um fato de relevância, o policial pode enviar um pedido de 
socorro pressionando um botão. Em quatro segundos um alarme dispara no CISP, que também começa a 
receber imagens, em tempo real, gravadas pela câmera do smartphone e com isso aciona o despacho de uma 
viatura ao local. As imagens captadas são armazenadas em um banco de dados e podem ser requisitadas 
pelas polícias Civil e Federal para facilitar as investigações. O uso de smartphones com georreferenciamento 
aumenta significativamente a produtividade nos dois extremos: para recolher informações tanto preventivas 
quanto de ocorrências, e como instrumento de apoio à decisão. 
 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
23 
 
RIO DE JANEIRO, BRASIL - Destaque: Sistema integrado de gestão de riscos 
Eventos extremos ocorridos nos últimos cinco anos geraram recordes de impactos negativos sobre a 
população do Rio de Janeiro, desabrigando milhares e levando centenas de pessoas a óbito. A cidade poderá 
registrar um aumento de até 3,4 graus Celsius em sua temperatura média nos próximos 65 anos, e em 2080, 
o nível do mar pode aumentar entre 37 e 82 centímetros. Preparar a cidade para enfrentar esses desafios 
não é uma tarefa simples, mas algumas ações já foram colocadas em prática. A prefeitura está atenta às 
cinco prioridades definidas no Protocolo de Kyoto (fazer da redução de desastres uma prioridade; conhecer o 
risco e tomar ações; construir entendimento e consciência; reduzir o risco; e estar preparado e pronto para 
agir), e tem promovido ações que atendem a esses requisitos, como o investimento em um radar 
meteorológico e em uma rede de pluviômetros instalados em torres de telefonia móvel, que auxiliam a 
Defesa Civil no monitoramento das chuvas. 
A Defesa Civil é um dos órgãos que integra o Centro de Operações do Rio de Janeiro (COR-Rio), que também 
conta com um sistema de prevenção de deslizamentos de terra alimentado com dados coletados por 
sensores instalados nas encostas de áreas de risco mapeadas pela Geo-Rio. O COR-Rio é capaz de alertar, 
com altíssima precisão e antecipação, sobre os riscos de temporais, inundações e deslizamentos. Por contar 
com sistema de câmeras de monitoramento, também coordena a ação dos órgãos competentes em casos de 
alagamentos e obstrução de ruas. Um dos principais vetores desse sistema integrado de resposta a 
emergências é a interatividade com a sociedade. Por SMS, Web, ou por meio das redes sociais (em especial o 
Twitter @operacoesrio) a administração pública mantém a população informada nos momentos de crise. 
Além disso, um sistema de alarme por sirenes foi instalado em comunidades com residências em áreas de 
alto risco. 
 
ITU, BRASIL - Destaque: Sistema de coleta seletiva 
Itu, no interior de São Paulo, recorreu a uma parceria público/privada com vigência até 2041 para implantar 
um sistema de coleta seletiva usando 3.300 contêineres distribuídos por toda a cidade. Em vez de a 
prefeitura fazer a coleta porta a porta, é a população que leva os resíduos para os contêineres, devidamente 
separados entre resíduos úmidos e recicláveis. 
Essa estratégia reforça o efeito educativo dos programas de sensibilização da Secretaria de Meio Ambiente 
para que a população saiba separar corretamente o que pode ser reciclado. Itu já recolhe 10 toneladas de 
lixo reciclável por dia. E a meta da administração pública é converter 70% das 3,6 mil toneladas/mês de 
resíduos úmidos em energia elétrica ou gases. 
A localização dos contêineres de resíduos orgânicos, recicláveis ou subterrâneos (com sensores que avisam 
quando está chegando ao seu limite) é definida após estudos que levam em conta a existência de 
estabelecimentos geradores de resíduos. Cada um deles está conectado a um sistema de monitoramento 
capaz de indicar a necessidade de reparos ou substituição por meio de um software desenvolvido 
especificamente com esta finalidade. A roteirização da coleta, de acordo com a carga de cada contêiner, 
diminui o número de ruas onde o caminhão precisa passar, assim como o tempo de coleta e os gastos com 
combustível. 
Além disso, como a coleta é mecanizada, reduz o número de acidentes de trabalho. 
A questão sanitária também foi levada em conta. A contenção evita que o lixo fique na rua, exposto à chuva e 
aos animais, correndo o risco de espalhar, entupir bueiros e atrair vetores. 
 
Centros de pesquisa em Cidades Inteligentes no Brasil 
• Living Labs (Natal): Projeto Smart City promovido pela IEEE e BID. 
• Porto Digital (Recife): Laboratório de Objetos Urbanos Conectados (L.O.U.Co). 
• Tecnopuc (Porto Alegre): Centro de referência em Smart City, da PUCRS. 
• Facens (Sorocaba): Smart Campus de cidades inteligentes. 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
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3. Índices, Rankings e Taubaté 
Esta seção apresenta o “Índice de Cidades Empreendedoras”, onde é detalhado a posição de Taubaté, e 
o “Ranking Connected Smart Cities”, com o posicionamento de Taubaté – o objetivo da seção é fornecer 
uma visão panorâmica sobre a situação atual antes de buscar uma visão das amplas possibilidades de 
transição para uma cidade inteligente. 
Índice de Cidades Empreendedoras 
O Índice de Cidades Empreendedoras de 2020 abrange as 100 cidades mais populosas do país. Foi obtido 
como resultado de pesquisas sobre a situação dos ecossistemas empreendedores em nível municipal. 
Todos os estados foram representados, ao menos por suas capitais, e o estado mais representativo na 
amostra é São Paulo, com 28 cidades. Seu desenvolvimento foi feito em parceria entre a Endeavor, uma 
organização global sem fins lucrativos com a missão de apoiar empreendedores que aceleram o 
crescimento do país, e a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP). 
 
Tal índice indica quais as cidades que têm um ambiente mais adequado para o desenvolvimento do 
ecossistema empreendedor. A pesquisa se baseou em sete pilares, ou determinantes e classificou as 
cidades investigadas permitindo entender pontos fortes e pontos fracos de cada ecossistema 
empreendedor. Suas informações e análise são muito uteis para os formuladores de políticas públicas 
de empreendedorismo, pois aponta os pilares que demandam atenção e esforços de melhorias. Os 
empreendedores, por sua vez, podem usar tais informações para identificar oportunidades de 
desenvolver seus negócios em ecossistemas empreendedores mais favoráveis. 
 
Estrutura utilizada, seus determinantes e temas 
Para a construção da quinta edição do índice, os especialistas da Endeavor e da Enap elaboraram uma 
estrutura (framework) adequada à realidade do país e em sintonia com as ferramentas utilizadas por 
organizações internacionais, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico 
(OCDE) e consultorias especializadas. A seleção dos critérios considerou o universo de empresas como 
um todo, sem se restringir a análise a nenhum setor ou porte específico. Portanto, é um índice que se 
propõe a analisar os determinantes gerais do empreendedorismo. Tal framework está estruturado a 
partir desete pilares, ou determinantes, que formam os rankings temáticos do relatório e são a base do 
índice final de cidades. 
 
Figura 3.1 – Pilares ou determinantes de uma Cidade Empreendedora 
 
Fonte: ICE (2020) 
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25 
 
Como pilares ou determinantes utilizados na pesquisa temos: Ambiente Regulatório, Infraestrutura, 
Mercado, Acesso à Capital, inovação, Capital Humano e Cultura Empreendedora. 
Taubaté no Índice de Cidades Empreendedoras de 2020 
No índice geral, Taubaté se posiciona na posição 42 entre as 100 maiores empresas brasileiras 
analisadas, com pontuação de 6,222765. Veja a Tabela 3.1 com a posição de Taubaté nos sete 
determinantes apresentados no resultado desta pesquisa. 
Tabela 3.1 - Posição de Taubaté-SP nos pilares determinantes 
Pilar ou Determinante Posição Pontuação 
Ambiente Regulatório 62 5,7726 
Infraestrutura 45 5,9736 
Mercado 33 6,4595 
Acesso a Capital 53 5,6926 
Inovação 42 5,9665 
Capital Humano 29 6,6058 
Cultura Empreendedora 72 5,5082 
Fonte: ICE (2020) 
Conforme comentado anteriormente, este relatório tem como principal objetivo traçar um roteiro 
tecnológico para a cidade de Taubaté, considerando os conceitos e práticas de uma cidade inteligente. 
Assim, buscando identificar melhor a situação atual da cidade, não poderíamos deixar de considerar 
este índice de comparação com outras cidades brasileiras de destaque, principalmente porque os pilares 
utilizados na pesquisa de cidades empreendedoras têm uma relação quase direta com parte do que se 
busca para uma cidade inteligente. 
Por essa razão, considerou-se não apenas a posição geral de Taubaté no índice, mas também a posição 
em cada um dos pilares conforme conta na Tabela 3.2, e nos subtotais apresentados nos grupos e nos 
valores dos indicadores destes pilares, conforme apresentados nas tabelas 3.3 a 3.8. 
Tabelas com as posições de Taubaté nos pilares, grupos e indicadores 
 
Tabela 3.2 - Informações sobre o Ambiente Regulatório de Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
TEMPO DE PROCESSOS 
5,3871 
TRIBUTAÇÃO 
6,5222 
COMPLEXIDADE BUROCRÁTICA 
5,7291 
Indicador Indicador 
Tempo de 
Viabilidade 
de 
Localização 
Tempo de 
Registro, 
Cadastro e 
Viabilidade 
de Nome 
Taxa de 
Congestion
amento em 
Tribunais 
Alíquota 
Interna do 
ICMS 
Alíquota 
Interna 
do IPTU 
Alíquota 
Interna 
do ISS 
Qualidade 
da 
Gestão 
Fiscal 
Simplicidad
e 
Tributária 
CNDs 
Municipais 
 
Atualização 
de 
Zoneamento 
Fonte REDESIM REDESIM CNJ Siconfi e 
IBGE 
Siconfi e 
IBGE 
Siconfi e 
IBGE 
Firjan Siconfi Sítios das 
prefeituras 
IBGE 
Métrica Horas Horas % 
processos 
% alíquota % alíquota % alíquota sem und. 
(índice) 
sem und. 
(índice) 
sem und. 
(binária) 
anos 
Ano 2019 2019 2019 2018 e 
2017 
2018 e 
2017 
2018 e 
2017 
2018 2018 2020 2018 
Valor 12,73 75,71 81,28% 6,56% 0,56% 0,62% 0,53 0,03 1 0 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
26 
 
Tabela 3.3 - Informações sobre a Infraestrutura de Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
TRANSPORTE INTERURBANO 
5,3692 
CONDIÇÕES URBANAS 
6,5925 
Indicador Conectividade 
via Rodovias 
Número de 
Decolagens por Ano 
Distância ao 
Porto Mais 
Próximo 
Acesso à 
Internet 
Rápida 
Preço Médio 
do m2 
Custo da 
Energia 
Elétrica 
Taxa de 
Homicídios 
Fonte Google Maps ANAC e Google 
Maps 
Receita Federal 
e Google Maps 
Anatel e IBGE ZapImóveis Aneel DATASUS 
Métrica rodovias decolagens km acessos /hab. R$/m2 R$/kwh ocorrências 
/100 mil hab. 
Ano 2020 2019 2020 2019 2020 2020 208 e 2020 
Valor 4 469 142,0 1,80 R$ 3.604,75 R$ 0,53 13,65 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
Tabela 3.4 - Informações sobre o Mercado em Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO 
6,6341 
CLIENTES POTENCIAIS 
6,1066 
Indicador Indicador Índice 
de 
Desenvolvimento 
Humano 
Crescimento 
Médio Real do 
PIB 
 
Número de 
Empresas 
Exportadoras 
com Sede na 
Cidade 
PIB per 
capita 
Proporção entre 
Grandes/Médias 
e 
Médias/Pequena
s Empresas 
 
Compras Públicas 
 
Fonte Atlas do 
Desenvolvimento 
Humano no Brasil 
IBGE Ministério da 
Economia / 
Ministério do 
Trabalho 
IBGE Ministério do 
Trabalho 
Tesouro Nacional 
 
Métrica sem und. (índice) % cresc. % empresas R$ % empresas R$/empresas 
Ano 2010 2014 a 2017 2018 2017 2018 2018 
Valor 0,800 -2,60% 0,99% R$ 54.552,88 73,44% R$ 631.153,10 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
Tabela 3.5 - Informações sobre o Acesso ao Capital em Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
CAPITAL DISPONÍVEL 
5,6926 
Indicador Operações de Crédito por 
Município 
Proporção Relativa de 
Capital de Risco 
Capital Poupado 
Fonte BACEN Crunchbase BACEN 
Métrica % crédito % crédito R$/hab. 
Ano 2019 mar/19 - mar/20 2019 
Valor 15,30% 0,0000% R$ 9.780,85 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
Tabela 3.6 - Informações sobre a Inovação em Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
INPUTS 
6,2100 
Indicador Indicador Proporção de 
Mestres e Doutores em C&T 
Proporção de 
Funcionários em C&T 
Média de Investimentos 
do BNDES e da FINEP 
Infraestrutura 
Tecnológica 
Contratos de 
Concessão 
Fonte CAPES RAIS/MT BNDES, FINEP MCTIC INPI 
Métrica titulados /mil empresas % funcionários valor investimento / 
empresa 
sem und. 
(binária) 
contratos / mil 
empresas 
Ano 2018 2018 2018/2019 2018 2016/2017 
Valor 7,06 13,96% 0 0 126,93 
 
 
 
HITT - Roadmap de Planejamento Tecnológico para Cidade Inteligente de Taubaté 
 
27 
 
Grupo / 
Pontuação 
OUTPUTS 
5,7293 
Indicador Patentes Tamanho da 
Indústria Inovadora 
Tamanho da 
Economia Criativa 
Tamanho das 
Empresas TIC 
Fonte INPI RAIS RAIS RAIS 
Métrica patentes /mil empresas % empresas % empresas % empresas 
Ano 2016/2017 2018 2018 2018 
Valor 5,43 1,22% 1,66% 1,20% 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
Tabela 3.7 - Informações sobre o Capital Humano de Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
ACESSO E QUALIDADE DA MÃO DE OBRA BÁSICA 
7,2736 
Indicador Nota do Ideb Proporção de Adultos 
com Pelo Menos o 
Ensino Médio Completo 
Taxa Líquida de 
Matrícula no Ensino 
Médio 
Nota Média no 
Enem 
Proporção de 
Matriculados no Ensino 
Técnico e 
Profissionalizante 
Fonte INEP INEP INEP INEP INEP 
Métrica sem und. (índice) % pessoas % jovens sem 
und.(score) 
% jovens 
Ano 2017 2018 2019 2018 2019 
Valor 5,3 68,39% 57,24% 556,44 1,57% 
 
 
Grupo / 
Pontuação 
ACESSO E QUALIDADE DA MÃO DE OBRA QUALIFICADA 
5,7535 
Indicador Proporção de Adultos com 
Pelo Menos o Ensino Superior 
Completo 
Proporção de Alunos 
Concluintes em Cursos 
de Alta Qualidade 
Custo Médio de Salários de 
Dirigentes 
Fonte INEP INEP RAIS 
Métrica % pessoas % alunos R$ 
Ano 2018 2016 a 2018 2018 
Valor 25,28% 12,59% R$ 6.324,60 
Fonte: Concebido pelo autor com base em ICE (2020) 
Tabela 3.8 - Informações sobre a Cultura Empreendedora de Taubaté-SP 
Grupo / 
Pontuação 
IMAGEM DO EMPREENDEDORISMO 
5,5082 
Indicador Satisfação 
em 
Empreender 
Apoio 
Familiar ao 
Empreende
dorismo 
Probabilidade de 
Abertura de 
Negócios dados 
Oportunidade e 
Recursos 
Facilidade 
Pessoal para 
Abertura e 
Manutenção 
de Negócios 
Conheciment
o sobre 
Processos de 
Abertura de 
Negócios 
Conhecimento 
de Riscos na 
Abertura de 
Novos Negócios 
Grau de 
Esforço para 
se Tornar 
Empreended
or 
Pesquisas sobre 
Empreendedori
smo 
Fonte Mind Miners Mind 
Miners 
Mind Miners Mind Miners Mind Miners Mind Miners Mind Miners Google Trends 
Métrica % pessoas % pessoas % pessoas % pessoas % pessoas % pessoas % pessoas pesquisas /100 
mil hab. 
Ano 2019 2019 2019 2018 e 2017 2018 e 2017 2018 e 2017 2018 2018 
Valor 75,82% 85,41% 83,11% 41,27% 54,89% 29,37% 46,64% 0,00 
Fonte:

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