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CONFERENTE DE CARGA CONFERENTE DE CARGA 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 3 1- NOÇÕES DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA 5 2- DISTRIBUIÇÃO FÍSICA 14 3- CONFIGURAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DISTRIBUIÇÃO 18 4- DANFE- Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica 22 5- APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE PEDIDO 31 6- CONFERÊNCIA DE MERCADORIA 40 REFERÊNCIAS CONFERENTE DE CARGA 3 INTRODUÇÃO Prezados (as) alunos (as) O presente curso contém material básico e introdutório relacionados ao conferente de carga. Um conferente de carga ou conferente marítimo é um profissional administrativo da marinha mercante responsável pela contagem e identificação de mercadorias a bordo de um navio ou pela recepção e entrega de mercadorias nas instalações portuárias. Funções No âmbito das suas funções, compete a um conferente assistir às operações de carga e descarga das embarcações, nas quais é responsável por identificar e contar as mercadorias, controlar as pesagens, prevenir os derrames, medir os espaços vazios e temperaturas nos porões das embarcações, recolher amostras e outros elementos necessários à realização de exames periciais e de medições. O conferente é responsável por efetuar o relatório final das operações, relativamente à fiscalização, condições de recepção e embarque das mercadorias, eventuais alterações e acondicionamento. Nos portos, o conferente é responsável pelo controle de recepção e de entrega das mercadorias nos cais, entrepostos, armazéns e terminais. Carreira O conferente de carga pode ser um funcionário portuário ou um tripulante de um navio. Dependendo da legislação marítima do país, a carreira de conferente pode ser certificada e regulamentada ou não. Em Portugal, a carreira de conferente de carga (depois designada "escriturário conferente") da marinha mercante foi extinta em 2001. Até então, pertencia ao escalão da mestragem de convés. Desde então, a profissão não é regulamentada, podendo ser exercida por qualquer pessoa com habilitações iguais ou superiores ao 12º ano https://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal CONFERENTE DE CARGA 4 do ensino secundário, que sejam contratadas para tal por uma empresa ou outra entidade do setor marítimo-portuário. No Brasil a carreira de conferente de carga é regulamentada pela Lei Federal 12.815 de 05 de Junho de 2015 (Artigo 40°), e deve ser exercida por trabalhadores avulsos devidamente selecionados e qualificados pelo órgão gestor de mão de obra avulsa, no que diz respeito ao âmbito do porto público, no que diz respeito aos portos privados fica conforme a vontade do empregador. CONFERENTE DE CARGA 5 1- NOÇÕES DE NOTA FISCAL ELETRÔNICA 5 dicas essenciais para emitir nota fiscal eletrônica corretamente Acreditar no projeto é o primeiro passo para que um negócio tenha chances de prosperar. Porém, a gestão de uma empresa envolve diversos fatores e um dos mais desafiadores é saber emitir nota fiscal eletrônica corretamente. É importante que você tenha pelo menos um conhecimento básico sobre legalização empresarial, já que é sua obrigação declarar os seus ganhos e arcar com os devidos impostos. Pensando em facilitar a sua vida, criamos esse post com 5 dicas essenciais sobre a emissão de NF-e. Acompanhe atentamente e evite ter problemas fiscais! 1. Saiba qual é o tipo de nota fiscal que você deve emitir Existem diversos tipos de nota fiscal eletrônica em vigor no Brasil. Por isso, é fundamental que você saiba qual delas é a ideal para o seu negócio. Destacamos aqui as mais utilizadas no mercado: Nota fiscal de produto (NF-e) Esse modelo é voltado para a venda de produtos físicos podendo ser por e- commerces, como Americanas, Submarino, Wine ou lojas físicas. Portanto, quando há a compra de uma mercadoria física, é essa nota que você deve utilizar. A NF-e é gerada na Sefaz de cada estado. Nota fiscal de serviço (NFS-e) A NFS-e é utilizada para a prestação de serviços, seja no ambiente online ou no offline. https://blog.hotmart.com/pt-br/guias-e-tutoriais/e-commerce/ https://blog.hotmart.com/pt-br/guias-e-tutoriais/e-commerce/ https://enotas.com.br/blog/o-que-e-nota-fiscal-eletronica/ https://enotas.com.br/blog/como-emitir-nota-fiscal-de-servico/ CONFERENTE DE CARGA 6 Esse modelo também é muito utilizado por clínicas médicas ou veterinárias, escolas, academias, consultorias em geral e soluções SaaS. A NFS-e deve ser gerada na prefeitura da cidade em que o serviço foi prestado. Nota fiscal de consumidor (NFC-e) A NFCe é o tipo de nota que está substituindo o cupom fiscal amplamente utilizado por lojas físicas e por muitos comerciantes. Ela é emitida pela Sefaz e é uma alternativa prática, já que a emissão é realizada pela internet e diminui a quantidade de papéis utilizados. 2. Fique atento ao seu regime de tributação Para você vender online, é importante saber quais são os limites e obrigações dos regimes de tributação. Vale ressaltar que o seu contador é o profissional que vai auxiliá-lo sobre qual tributação é a mais adequada para o seu negócio. Vamos entender melhor quais são os regimes mais utilizados por produtores digitais e afiliados! Microempreendedor Individual (MEI) O MEI é ideal para quem está começando um projeto e ainda faz poucas vendas. Um dos critérios para ser enquadrado nesse regime é o faturamento anual de até R$ 60 mil, mas esse teto subirá para R$ 81 mil em 2018. Essa limitação se aplica proporcionalmente ao mês de abertura da sua empresa. Portanto, se você abriu em agosto, o seu limite anual será de 25 mil, ou seja, média de R$5 mil por mês. A obrigação da emissão da NF-e para MEI se aplica apenas quando há venda para pessoa jurídica. Portanto, para pessoa física não é necessário gerar o documento, a menos que o cliente solicite. https://enotas.com.br/blog/nota-fiscal-de-consumidor-nfce/ CONFERENTE DE CARGA 7 Dica: o mercado digital está em grande expansão e muitos produtores digitais estão abrindo empresas. Então, se você emitir nota para eles ficará em dia com as obrigações fiscais e terá mais oportunidades de negócio. Microempresa (ME) e Empresa de Pequeno Porte (EPP) Se as suas vendas estão aumentando e o seu limite de faturamento também, você pode se enquadrar na categoria de microempresa (ME). Para isso, a sua receita bruta anual deve ser de até R$360 mil. Por outro lado, uma empresa de pequeno porte (EPP) precisa ter um faturamento anual de até R$3,6 milhões. Atenção: esse limite passará para R$4,8 milhões em 2018. Como esses modelos estão enquadrados no Simples Nacional, um regime compartilhado de arrecadação, o imposto pago geralmente começa em 6% sobre o faturamento e aumenta de acordo com o seu volume de vendas. As MEs e as EPPs também têm, como facilidade, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que unifica todos os encargos. Assim, você praticamente só se preocupa em emitir a nota fiscal eletrônica corretamente e pagar apenas o necessário. Tanto para MEs e EPPs, a regra básica é gerar os documentos para cada venda realizada a fim de justificar todos os recebimentos. Lucro real ou lucro presumido Tanto o lucro real com o lucro presumido são recomendados para empresas que tenham uma receita bruta superior a R$3,6 milhões - em 2018, será acima de R$4,8 milhões - e sigam outros critérios que devem ser verificados com o seu contador. Esses modelos de empresas - assim como qualquer outra - também precisam prestar contas à Receita Federal, pagar os devidos impostos e estar em dia com todas as suas obrigações fiscais. 3. Automatize a emissão de nota fiscal eletrônica CONFERENTE DE CARGA 8 É bem comumque aconteçam erros ao emitir a nota fiscal eletrônica, principalmente quando essa tarefa é executada manualmente. Por ser uma ação repetitiva, mesmo tendo uma pessoa responsável por isso, a margem de erro é grande. Por isso, o mais indicado é automatizar a emissão das notas fiscais eletrônicas. Com um sistema inteligente, como o eNotas, você não precisa se preocupa com essas questões burocráticas e complexas. Vantagens da automação de NF-e com um software eficiente: Integração automática a todas as prefeituras do Brasil e ao seu meio de pagamento preferido; Armazenamento do XML da NF-e, que possui valor jurídico e fiscal; Envio automático da nota fiscal para o seu cliente; Habilidade para lidar com as instabilidades no site da prefeitura ou Sefaz, que são bem comuns, para que as suas notas sejam emitidas corretamente e você não tenha que arcar com juros e multas; Monitoramento das vendas reembolsadas para solicitar o cancelamento das respectivas notas, o que evita que você pague impostos desnecessários; Se você é produtor digital e possui coprodução, ou vende como afiliado, o sistema emissor do eNotas cuida de gerar os documentos fiscais de acordo com o papel de cada um no processo de venda. 4. Compreenda qual é o valor da nota fiscal que você deve emitir É importante lembrar que mesmo você sendo produtor digital ou afiliado é sua obrigação emitir nota fiscal eletrônica para justificar os seus ganhos. Um erro comum de muitos empreendedores é deduzir os valores das plataformas de pagamento, do afiliado ou coprodutor no valor do documento fiscal. Para compreender melhor, vamos exemplificar algumas situações: https://enotas.com.br/ CONFERENTE DE CARGA 9 Venda direta com o produtor digital Suponhamos que você vendeu um curso online pelo valor de R$400 por uma plataforma de pagamento, como a Hotmart. Nesse caso, 10% são cobrados sobre o valor de cada venda. Logo, R$30 seriam para a plataforma e sobrariam R$370. É nessa hora que muitos produtores digitais se confundem! O produtor digital deve sempre emitir a NF-e sobre o valor total do produto ou serviço adquirido, portanto, R$400. Afinal, foi esse o preço que o seu cliente pagou, não é mesmo? Venda por meio de afiliado Considerando os mesmos valores do exemplo anterior, se você trabalha com afiliados, os R$370 restantes devem ser divididos proporcionalmente. Pode ser 60% para você - como produtor digital - e 40% para o afiliado, por exemplo. Porém, a regra é a mesma: o documento fiscal tem que ser gerado sempre no valor total do produto ou serviço vendido, ou seja, R$400. Venda por coprodução Quando o trabalho é feito em coprodução, é preciso ficar atento para emitir a sua nota fiscal eletrônica corretamente. Vale ressaltar que houve mudanças nesse processo de venda. Antes, o produtor principal era responsável pela emissão de NFS-e de todas as vendas, o que fazia com que ele assumisse todo o imposto. Já os demais coprodutores geravam a NF-e com o valor que cada um recebia, como se fossem afiliados. Dessa forma, o imposto era pago diversas vezes, algo normal no Brasil, infelizmente, tanto no mercado online quanto no offline. CONFERENTE DE CARGA 10 Porém, como um software de NFS-e inteligente, é possível gerar os documentos de maneira que a emissão seja dividida proporcionalmente entre os coprodutores seguindo o percentual de cada um. 5. Declare os seus ganhos corretamente Qualquer tipo de empresa, seja MEI, microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP), lucro real ou presumido e até mesmo pessoa física tem o dever de declarar os ganhos junto à Receita Federal. Para isso, é fundamental que você tenha um contador para auxiliá-lo, principalmente se considerarmos que o sistema tributário do Brasil é um dos mais complexos e burocráticos do mundo. Mas, esse profissional precisa compreender como o mercado digital funciona, visto que há muita diferença em relação às empresas tradicionais. Assim, você evita ter problemas com o Fisco e ainda ser penalizado com juros e multas. Lembre-se: sonegar imposto é crime! E, mesmo que ocorra apenas em casos extremos, o responsável pode até ser preso! Mesmo se você está começando um negócio digital ou já tem uma certa experiência no mercado, é imprescindível que você saiba como emitir nota fiscal eletrônica corretamente. Essa é uma demanda obrigatória para qualquer tipo de empresa e precisa ser tratada com cuidado, já que qualquer erro pode gerar grandes prejuízos. Ao aplicar esses conselhos que apresentamos, você tem tempo para focar em estratégias de marketing e vendas para fazer o seu empreendimento crescer. CONFERENTE DE CARGA 11 Os principais documentos fiscais para o transporte de cargas A emissão dos documentos fiscais para transporte de cargas foi reformulado ao longo dos anos para atingir o nível de confiabilidade que possui atualmente. Os aspectos referentes à legislação foram revisados, os sistemas foram aprimorados e o processo de envio de informações já possuem versões simplificadas. Assim, o conjunto de documentos referentes ao frete pode ser registrado, editado e consultado com praticidade e segurança. Conheça a seguir as obrigações fiscais para trafegar com tranquilidade. Quais são os documentos fiscais essenciais para o transporte de cargas? Nota Fiscal Eletrônica A Nota Fiscal Eletrônica ou NF-e é um tipo de documento emitido pelo embarcador da mercadoria a ser transportada. Sua principal atribuição é registrar a venda de produtos, identificando a figura do vendedor e do comprador. A existência da NF-e é completamente digital e transmitida pelo emissor para a Receita Federal eletronicamente. Essa é uma vantagem, pois o arquivo em formato XML (formato padrão de Notas Fiscais Eletrônicas), pode ser compartilhado com os destinatários reduzindo, assim, o tempo gasto com a conferência das informações durante o recebimento. Enquanto a NF-e tem a sua distribuição realizada por meio eletrônico, o DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica) tem sua versão em papel. Para as empresas transportadoras o DANFE deve obrigatoriamente acompanhar a carga desde a sua origem até o destinatário. O documento auxiliar deve conter as seguintes informações para consulta da nota fiscal eletrônica: Código de barras; CONFERENTE DE CARGA 12 Valor total das mercadorias; Chave numérica com 44 dígitos; Descrição dos dados do remetente e do destinatário. É importante destacar que o DANFE não deve ser considerado uma substituição da nota fiscal eletrônica. Essa é apenas uma versão simplificada utilizada para fins de fiscalização. Conhecimento de Transporte Eletrônico O CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico), por sua vez, tem o objetivo de documentar a prestação de serviços de movimentação de cargas. Atualmente, a sua emissão, recepção e autorização ocorre eletronicamente para todas as modalidades de transporte. Os fabricantes que possuem frota própria devem ser credenciados na Sefaz (Secretaria da Fazenda) do respectivo estado para receberem autorização para emitir o conhecimento de transporte. No caso do Conhecimento de Transporte Eletrônico, a função do documento auxiliar é acompanhar a mercadoria durante todo o trajeto. Além disso, serve também para comprovar a prestação dos serviços. No momento da entrega, o destinatário deve assinar e carimbar o campo específico para indicar que o serviço foi concluído e os produtos se encontram conforme o pedido. Em caso de pedidos incompletos, quantidade incorreta ou produtos danificados, o cliente pode recusar a entrega e os produtos devem retornar à origem com o DACTE (Documento Auxiliar do Conhecimento de Transporte Eletrônico) original. A sua utilização também contribui para as fiscalizações ocorridas em postos. Com o códigode 44 dígitos e o código de barras, a veracidade das informações pode ser verificada no sistema da Receita Federal com agilidade. Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais https://www.bsoft.com.br/blog/7-passos-para-otimizar-a-emissao-de-ct-e http://conteudo.bsoft.com.br/check-list-como-emitir-cte CONFERENTE DE CARGA 13 O desenvolvimento do MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais) tem como objetivo a simplificação das obrigações fiscais tanto de fornecedores como das prestadoras de serviço. Esse Manifesto deve ser utilizado nos casos em que o veículo está levando mercadorias distintas que requerem a emissão de mais de uma Nota Fiscal e mais de um Conhecimento de Transporte. A finalidade do manifesto é agilizar o processo de registro de documentos em lote e identificar cada uma das cargas em trânsito. Uma das novidades sobre esse documento, vigente desde outubro de 2017, é a exigência de informar o seguro de RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transportador Rodoviário de Carga). Dessa forma, os danos a terceiros decorrentes do transporte rodoviário estão acobertados. Os sinistros que podem ser indenizados são: Colisão; Incêndio; Explosão; Capotagem; Tombamento; Abalroamento. Para o preenchimento do documento devem ser informados o nome da seguradora, CNPJ, número da apólice e número da averbação. A nova regra também determina que os dados devem ser registrados antes do início da viagem para evitar penalizações. A emissão de documentos fiscais para transporte de cargas é uma obrigação que corresponde a transportadoras e fornecedores. Por tanto, essa exigência surge da necessidade de registrar as transações de compra e de distribuição e são vitais para que a empresa opere dentro da legalidade e previna penalizações. CONFERENTE DE CARGA 14 2- DISTRIBUIÇÃO FÍSICA De acordo com Bertaglia (2003), produtos e materiais são movimentados ao longo da cadeia de abastecimento. A matéria-prima é transportada para as fábricas para se transformar em produto final; em seguida, flui dos fornecedores para os centros de distribuição e daí para os clientes, dependendo do modelo estabelecido pela empresa. (NOVAES, 2014) “Distribuição Física: é um termo empregado na manufatura e no comercio para descrever as extensas atividades relacionadas com o movimento eficiente de produtos acabados desde a linha de produção até o consumidor, e alguns casos, inclui a movimentação de matérias-primas desde a fonte de suprimentos até o começo da linha de produção. Esta atividade inclui transporte, fretes, armazenagem, movimentação de materiais, embalagens de proteção, controle de estoques, localização de fabricas e armazéns, processamento de pedidos, previsões de marketing e serviços ao usuário.” A cadeia de distribuição clássica é formada entre o fabricante e o consumidor,existindo um único intermediário , o varejista. Quando definidos os canais de distribuição, torna se necessário detalhar o processo logístico que será realizado, na prática, o projeto mercadológico selecionado. O Objetivo geral da distribuição física, é o de levar os produtos certos, para os lugares certos, no momento certo e com o nível de serviço desejado, pelo menor custo possível. Entretanto existe uma rivalidade em garantir um nível de serviço elevado,ao mesmo tempo em que se pretende reduzir os custos,ambos precisam caminhar juntos. As possíveis melhorias no sistema, de uma forma geral, implicam custos maiores de transporte, de armazenagem e de estoque. Isto está preso ao conceito de valor agregado, quando a forma correta de focalizar o problema é através de cadeia de valor. Os centros de distribuição são fundamentais no sistema de logística de uma empresa, situados geralmente em rodovias ou próxima a elas, em locais de fácil acesso a https://logisticaeomundo.wordpress.com/o-que-e-logistica/ CONFERENTE DE CARGA 15 grandes caminhões e carretas, funcionam como peças estratégicas para o abastecimento de lojas ou entregas de produtos aos consumidores finais. Eles multiplicam pelo país, seguindo a rota de expansão das empresas e a necessidade de estar cada vez mais perto do cliente, encurtando distâncias e reduzindo os custos de transporte das mercadorias até o destino final (CASTRO, 2006). Sendo assim, distribuição física é o ramo da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. O profissional de logística deve preocupar-se em garantir a disponibilidade dos produtos requeridos pelos clientes à medida que eles desejam e se isto pode ser feito a um custo razoável. Resumidamente temos a função da Distribuição Física com o deve de garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos. Estas atividades incluem o fretamento do transporte, armazenagem, movimentação de materiais, empacotamento de proteção, e controle de estoque. Abaixo temos uma imagem que mostra fundamentos e técnicas de Logística, aplicado ao Armazéns e distribuição de mercadorias (distribuição Física) Principais funções da pirâmide administrativa dentro da distribuição física – Logística CONFERENTE DE CARGA 16 A administração da distribuição física é desenvolvida em três níveis; 1- Estratégico: Como deve ser a definição global dos sistemas de distribuição? 2- Tático: Como o sistema de distribuição pode ser utilizado? 3- Operacional: Tarefas diárias que devem ser desempenhadas; REPORT THIS AD Mercados atendidos pela distribuição Física: 1- Usuários Finais: Compreendem tanto os que usam o produto como os que criam novos produtos; 2- Intermediários: Compreendem os que não consomem os produtos, mas sim que oferecem para revenda; Padrão de demanda do mercado Consumidores finais – normalmente adquirem em pequenas quantidades e são em grande número. Firmas de manufatura, distribuidores e eventualmente varejo – geralmente compram em grandes quantidades. Localização do cliente Próximos à “fábrica” (carga fracionada) – podem ser atendidos diretamente. Distantes da fábrica (carga fracionada) – devem ser atendidos através de depósitos localizados estrategicamente. Estratégias básicas de distribuição, podem ser adotadas muitas configurações de distribuição, normalmente derivadas de três formas básicas: Entrega direta a partir de estoques de fábrica; Entrega direta a partir de vendedores ou da linha de produção; Entrega feita utilizando um sistema de depósitos. Três conceitos importantes que suportam a Distribuição Física: Compensação de custos (trade-off); Custo total; Sistema total. Modais de transporte na distribuição Física A distribuição de produtos pode ser realizada através de diversas modalidades de transporte: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aéreo, e dutos. CONFERENTE DE CARGA 17 Geralmente o embarcador tem uma diversidade de modalidades e combinações de modalidades a sua disposição. Em alguns casos, o embarcador pode escolher entre várias alternativas de modo, de tal forma que o escolhido corresponda, por exemplo, ao menor custo total do transporte, respeitados, no entanto, alguns critérios como os limites mínimo e máximo de tempo. Nesses casos temos uma flexibilidade modal, isto é, existe a possibilidade de escolha do modo de transporte ou combinação a ser utilizado. Em outras situações, pode-se escolher qual o modo de transporte que se adequa melhor às condições de disponibilidade e viabilidade em relação ao tempo da distribuição. Essa possibilidade de escolha em função do tempo é denominada flexibilidade temporal. Dois conceitos relevantes são os termos transporte intermodal e transporte multimodal. O primeiro diz respeito à conjugação da flexibilidade modal com a flexibilidade temporal de uma forma isenta de maiorespreocupações além da simples integração física e operacional. Já o segundo, traz as idéias da integração e inter- relação no aspecto físico, nas responsabilidades, em relação aos conhecimentos, programação e demais aspectos. CONFERENTE DE CARGA 18 3- CONFIGURAÇÕES ESTRATÉGICAS DE DISTRIBUIÇÃO Como definir uma estratégia de distribuição? Uma estratégia de distribuição bem pensada e planejada é um dos pilares para o sucesso de qualquer varejo. Afinal, se não houver uma escolha estratégica dos canais de exposição e de comercialização, além da entrega eficiente das mercadorias ao público, será difícil garantir as vendas e o giro de estoque. Apesar disso, muitos gestores ainda têm dúvidas na hora de definir as estratégias de distribuição e também de usar as ferramentas tecnológicas nesse processo. É o seu caso? Continue lendo este artigo e saiba mais sobre o assunto! O que é uma estratégia de distribuição? As estratégias de distribuição são aquelas que consideram a acessibilidade dos consumidores aos produtos ou serviços comercializados por uma empresa. Ao falarmos sobre as estratégias de distribuição, não podemos deixar de conceituar o canal de distribuição, ou seja, o trajeto que o produto deve fazer até ser comercializado ao cliente. Além de pensar nos canais adequados, é preciso considerar qual tipo de estratégia você usará. Em geral, é possível 3 estratégias: 1. intensiva: massifica a acessibilidade ao produto para todos os tipos de vendas, mas torna difícil controlar a homogeneidade do preço de venda, podendo ocorrer a desvalorização do produto. É incompatível com produtos premium; 2. exclusiva: os produtores limitam, de forma proposital, o número de intermediários que usam os produtos, concedendo o direito exclusivo de distribuição a um número limitado de revendedores. É uma estratégia muito usada no sistema de franchising; 3. seletiva: é possível escolher onde, quando, como e a quem o produto será tornado acessível. Isso permite a redução de custos e a elevação do posicionamento de marca, além de oferecer boa cobertura de mercado aos produtores com custos menores que a distribuição intensiva. CONFERENTE DE CARGA 19 Atualmente, ainda é preciso considerar a questão do online e a possibilidade de realizar vendas e entregas pela internet. Como definir a estratégia de distribuição de forma adequada? A definição adequada da estratégia de distribuição para o varejo vai além da venda de produtos nos canais previamente escolhidos. Ela envolve, também, a abrangência do negócio em uma determinada região, a otimização dos custos e o melhor relacionamento com o público – por isso é um tema tão pertinente. Veja as dicas que separamos para ajudá-lo a definir melhor sua estratégia de distribuição. Conheça o produto que você vende O primeiro ponto é entender profundamente sobre o produto que você comercializa. Caso seja um item produzido em larga escala, pode ser mais interessante vendê-lo em um grande número de canais, permitindo uma distribuição mais ampla, escoando, melhor, o volume fabricado. Se, por outro lado, você tem um comércio varejista focado em itens de maior valor agregado, com níveis altos de especialização e custos, é melhor escolher poucos (e bons) parceiros para a revenda. Afinal, será necessário incluir os custos de treinamento dos vendedores, capacitação das equipes de manutenção e até o tempo de venda (que costuma ser maior). Escolha o canal de distribuição adequado Antes de definir os melhores canais de distribuição, faça pesquisas de mercado. Assim, você conseguirá analisar em quais meios há maior comercialização de produtos e outras questões. Nesse momento, busque entender melhor os desejos e as demandas dos seus clientes. Ao determinar as características, os comportamentos e as necessidades dos clientes, será mais fácil pensar na quantidade, dispersão geográfica e frequência de compra. CONFERENTE DE CARGA 20 Ainda é essencial analisar as características do seu produto. Por exemplo, verificando as necessidades em relação ao transporte, à armazenagem, à tecnologia da informação etc. Se você trabalha com produtos perecíveis, não poderá optar como canal de distribuição um lugar que não ofereça as condições ideais de temperatura ou de umidade, por exemplo. Por fim, lembre-se de fazer as contas. Ou seja, analise a solidez do canal, quanto você terá de investir para oferecer seu produto nele, quais serão os esforços de marketing e de vendas necessário e os custos gerais de distribuição por canal. Atente-se às novidades e inovações O comportamento do consumidor está mudando. E é essencial que você acompanhe essas tendências, para pensar em uma estratégia de distribuição que tenha afinidade com o cliente que deseja atrair. Como dissemos, as vendas online já são realidade na maioria dos setores. E hoje as empresas oferecem uma série de possibilidades, como compra pelo aplicativo ou site e possibilidade de retirada na loja física. Essa é uma tendência forte e que exige um bom esforço em relação à gestão do estoque. Existem outros varejos que apenas estão usando seus espaços físicos como mostruários. Porque muitos clientes pesquisam pelos produtos na internet e vão até a loja apenas para ver e tocar o produto – mas acabam finalizando a compra nos meios digitais. Não existe um caminho único. Tudo dependerá do comportamento dos seus clientes e também das inovações do seu setor. Por isso, acompanhar essas modificações é essencial. Tenha uma boa gestão de estoque É impossível definir uma estratégia de distribuição sem pensar no seu estoque. Afinal, não há nada pior do que um cliente querer comprar de você e a sua loja estar sem o produto ou ainda quando revendedores precisam fazer a entrega, mas a empresa não consegue suprir a demanda. CONFERENTE DE CARGA 21 O encalhe de produtos é igualmente prejudicial, porque atrapalha o orçamento, criando custos adicionais e aumentando a chance de vencimento (em caso de perecíveis) ou do comércio de bens obsoletos (novas tecnologias, moda etc.), tornando inviável a venda desses itens. Por que usar um sistema de gestão para varejos? A tecnologia é uma grande aliada quando o assunto é definir e coordenar a sua estratégia de distribuição. Um sistema de gestão para varejos, ou ERP, consegue otimizar o gerenciamento dos processos na cadeia de suprimentos, automatizando os fluxos de trabalho e fornecendo dados estratégicos para que os gestores consigam tomar melhores decisões. Com um ERP para varejo, será possível: integrar diferentes informações do PDV; precificar de forma acertada; gerenciar aquisições de produtos; acompanhar devoluções de mercadorias; obter indicadores de vendas; gerenciar melhor seu estoque; entre outros. CONFERENTE DE CARGA 22 4- DANFE- Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica Tudo que você precisa saber sobre como emitir DANFE Online O Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica é fundamental para a sua empresa. Saiba o que é o DANFE e para que ele serve. O Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica, também conhecido como DANFE, é uma versão simplificada da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) — embora não a substitua, ainda que contenha as principais informações inseridas nela. Você sabe como emitir DANFE online? Antes de executar esse processo, é importante compreender para que serve esse documento. O DANFE acompanha as mercadorias em trânsito e fornece todas as informações do curso a ser percorrido, desde o emitente até o destinatário. Por meio dele é possível consultar e acompanhar a NF-e, uma vez que o DANFE contém uma chave numérica de 44 posições que permite acessar diretamente o Portal da SEFAZ, sejamanualmente ou através de leitor de código de barras. O documento também auxilia na escrituração das operações discriminadas na NF-e e, também, no caso de o destinatário não ser contribuinte credenciado para emiti-la. Com tantos detalhes e regras, é muito importante que se compreenda tudo sobre o DANFE para tornar-se um profissional contábil ainda mais preparado. Listamos as CONFERENTE DE CARGA 23 principais dúvidas que surgem nas transações de mercadorias entre emitente e destinatário sobre o DANFE. Para que serve o DANFE? O DANFE é uma representação simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, mas apesar de conter as principais informações da NF-e, não pode substituí-la. Entre as funções do DANFE, está a de facilitar o acesso e a conferência de dados por meio da chave numérica de acesso e do código de barras. Ele é também um documento obrigatório para a circulação de mercadorias e auxilia na escrituração das documentações documentadas pela Nota Fiscal Eletrônica, caso o destinatário não seja contribuinte credenciado para a emissão de NF-e, funcionando como um comprovante da operação. Quais são as principais características do DANFE? O DANFE é impresso pelo vendedor da mercadoria a ser comercializada antes do início da circulação das mesmas, mas poderá ser reimpresso para atender às obrigações tributárias dos contribuintes envolvidos na operação. Além do código de barras que permite a leitura por leitor óptico e da chave de numérica com 44 posições, que dá acesso à consulta da NF-e, o documento apresentam informações básicas sobre as operações em curso, como por exemplo, remetente, data e horário de saída da mercadoria, informações de transporte, tipo de operação, descrição das mercadorias e destinatário. Como emitir um DANFE? Há um sistema individual? É recomendado que o DANFE seja emitido no mesmo sistema gerador da NF-e, uma vez que não poderá haver divergência entre os dois. Por essa razão, recomendamos CONFERENTE DE CARGA 24 sempre a utilização de um sistema de emissão de NF-e completo, como o Sage Business Cloud NF-e. Por meio dele, é possível emitir notas fiscais de produto, serviço e ao consumidor, além de documentos de transporte. O sistema é completamente online, permite a emissão ilimitada de notas fiscais e tem valor de mensalidade acessível inclusive para pequenas empresas. Quais informações são obrigatórias no DANFE? A inserção de informações como data, horário de saída, placa do veículo e transportadora são de caráter obrigatório na NF-e, no caso de a empresa emitente ter acesso a essas informações antes da emissão do documento. Porém, caso essas informações não constem no arquivo da NF-e, e valendo-se de não terem sido impressas no DANFE, subentende-se que a mercadoria saiu do estabelecimento emitente no dia da emissão da NF-e. Há um layout obrigatório para o DANFE? O layout do DANFE deve seguir um padrão determinado pelo Ministério da Fazenda disponível no Manual de Integração dentro da página sobre a Nota Fiscal Eletrônica. Entre as recomendações estão o tipo e o tamanho de papel no qual o documento precisa ser impresso. Se as informações obrigatórias (dados do emissor, número de série da NF-e e destinatário) ultrapassarem uma página, por exemplo, o documento pode ser emitido em folhas numeradas. E, caso a legislação tributária exija a utilização de vias adicionais, é permitida a impressão do DANFE na quantidade necessária para atender à exigência fiscal, sendo que todas elas serão consideradas originais. Para que serve o código de barras unidimensional impresso no DANFE? https://br.sageone.com/?utm_source=Blog&utm_medium=Other&utm_campaign=BannerBlogPostNPSSageNFe&utm_term=&utm_content=&__hstc=88516804.4001fa2f414145abd10d8c87f65cc520.1599583364215.1599583364215.1599591575509.2&__hssc=88516804.1.1599591575509&__hsfp=3236911515 https://br.sageone.com/?utm_source=Blog&utm_medium=Other&utm_campaign=BannerBlogPostNPSSageNFe&utm_term=&utm_content=&__hstc=88516804.4001fa2f414145abd10d8c87f65cc520.1599583364215.1599583364215.1599591575509.2&__hssc=88516804.1.1599591575509&__hsfp=3236911515 http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/listaConteudo.aspx?tipoConteudo=33ol5hhSYZk= CONFERENTE DE CARGA 25 Todo DANFE possui o código de barras unidimensional que contém a chave de acesso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), permitindo que o contribuinte possa consultar a situação da NF-e no Portal da Fazenda e nos sistemas de controle do contribuinte. A ideia, portanto, é simplificar o acesso às informações e permitir a checagem dos dados online. Vale destacar que esse código de barras unidimensional é uma chave de 44 posições que representa o Código de Acesso da NF-e. É preciso lembrar que todo DANFE deve conter as duas representações, tanto o código numérico da Chave de Acesso quanto o código de barras subsequente. Quem pode imprimir o DANFE e em que momento ele deve ser impresso? Antes da circulação da mercadoria, o DANFE correspondente deverá ser impresso e sempre acompanhar a NF-e. Obedecendo a essa condição, o DANFE poderá ser impresso, reimpresso ou copiado sempre que houver a necessidade de cumprir as exigências das obrigações tributárias dos contribuintes envolvidos. Como deverá ser impresso o DANFE? A impressão deverá seguir as especificações do Manual de Integração do Contribuinte, o qual estipula: papel de no mínimo 210 X 297 mm (A4) e no máximo 230 X 330 mm (Ofício 2), em folhas de papel comum, não podendo ser utilizado papel jornal. Poderão ser utilizados também Formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA), além de formulário pré- impresso ou formulário contínuo, como também folhas soltas. É imprescindível que o contribuinte verifique a qualidade da impressão para que a leitura das informações não seja prejudicada. É seguro imprimir em papel comum? CONFERENTE DE CARGA 26 É preciso levar em consideração que a segurança do sistema não é do DANFE em si, mas da NF-e atrelada a ele. Ou seja, é a chave de segurança presente no DANFE que permitirá que o contribuinte possa verificar no ambiente do SEFAZ se determinada operação está ou não regularmente documentada pela NF-e, e a operação a que esse documento está vinculado. É possível a impressão dos produtos em mais de um DANFE? Não, deverá existir apenas um DANFE por NF-e, contudo, este poderá ser emitido em mais de uma folha, ou seja, para a discriminação das mercadorias poderá ter quantas folhas forem necessárias. Outro ponto importante é que o contribuinte poderá utilizar 50% da área disponível no verso do DANFE. Como o DANFE é único, o código de barras da NF-e deverá ser o mesmo em todas as folhas da discriminação das mercadorias. No caso de extravio do DANFE durante o transporte da mercadoria pela transportadora, qual o procedimento que o contribuinte emitente deverá realizar? Caso a mercadoria já tenha sido entregue, o contribuinte emitente deverá reimprimi- la e encaminhá-la para a transportadora ou para o destinatário. Durante todo o trânsito da mercadoria, esta deverá estar documentada com a NF-e e sempre acompanhada do DANFE correspondente. Se o destinatário já recebeu a mercadoria e não manteve o DANFE em substituição ao arquivo digital da NF-e, a reimpressão poderá ser dispensada. Há obrigatoriedade da guarda do DANFE (emitente e destinatário)? A legislação tributária mantém definido o prazo de guarda dos documentos fiscais, sendo assim, tanto emitente quanto destinatário deverão manter em arquivo digital as NF-e pelo prazo estabelecido na norma. Isso garante que, na situação de solicitação CONFERENTE DE CARGA 27 da administração tributária, o documento esteja na guarda tanto do emitente quanto do destinatário. Porém, há algumas ressalvas. No caso de o destinatário ser o emitentedas NF-e, a guarda do DANFE não precisará ser realizada, uma vez que ele foi obrigado a receber a NF-e e, portanto, apenas o arquivo digital recebido deverá ser guardado. O DANFE poderá ser mantido em arquivo pelo prazo estabelecido pela legislação tributária no caso de o contribuinte não ser credenciado para a emissão da NF-e, substituindo, assim, o arquivo eletrônico da NF-e. Isso vale também para o caso de a administração tributária solicitar a comprovação das informações. É extremamente importante que o destinatário verifique a validade da assinatura digital, a autenticidade do arquivo digital da NF-e e se a Autorização de Uso da NF-e foi concedida. É obrigatório que o emitente da NF-e disponibilize o download ou encaminhe para o destinatário o arquivo eletrônico da NF-e e o respectivo protocolo de autorização, conforme disposições contidas no §6º do artigo 9º da Portaria CAT 104/07. Quando é usado o formulário de segurança do DANFE? A emissão em contingência ocorre quando há a ocorrência de problemas técnicos durante a obtenção da prévia autorização da NF-e. Nesses casos, o DANFE deverá ser impresso em um papel que contenha dispositivos de segurança, como gramatura especial e número sequencial, em duas vias, sendo que uma delas acompanhar a mercadoria, e a outra fica arquivada junto ao emissor para posterior apresentação ao fisco. Quais são as diferenças entre CF-e SAT, ECF, NFC-e e NF-e? Não fique confuso e tire todas as suas dúvidas com relação ao significado dessas importantes siglas da contabilidade brasileira. CONFERENTE DE CARGA 28 O mundo contábil revela uma infinidade de siglas que para os especialistas de cada área podem parecer simples, mas para os empresários sempre é motivo de confusão. Saber quais as diferenças entre CF-e SAT, ECF, NFC-e e NF-e, por exemplo, não é uma resposta que todos têm na ponta da língua. É justamente por isso que estamos aqui para explicar cada uma delas. Todas essas siglas têm relação direta com as obrigações fiscais da sua empresa e por mais que essa tarefa possa ser responsabilidade do seu departamento financeiro ou de um profissional de contabilidade, entender o que é exatamente cada uma delas ajuda no planejamento em diversas ocasiões e pode fazer com que o trabalho flua de maneira mais ágil. O que é CF-e SAT? Vamos começar a explicar todo esse jogo de letrinhas. SAT ou CF-e SAT é uma sigla para Sistema Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos. Operando no Brasil desde novembro de 2014, ele permite a documentação de forma eletrônica de todas as operações e arquivos do varejista no seu estado de origem. A ideia por traz desse mecanismo é substituir a necessidade das ECFs, simplificando as operações. Além disso, ele dispensa a necessidade de conexão ininterrupta com a internet, uma vez que a transmissão das informações à Secretaria da Fazenda pode CONFERENTE DE CARGA 29 ser feita de forma periódica. Mais barato, um único aparelho, por exemplo, pode atender várias lojas. O que é ECF? Aqui é importante que você preste atenção ao contexto no qual a sigla aparece, pois há dois ECF. O termo pode ser referir a Escrituração Contábil Fiscal, mas nesse caso aqui falamos do sistema Emissor de Cupom Fiscal (ECF). É ele que, ligado a uma impressora e por meio de um certificado digital próprio, “valida” os cupons fiscais impressos. Por ser considerado uma opção de baixa segurança fiscal, é por essa razão que a modalidade NFC-e vem ocupando o seu espaço, dispensando que os empresários precisem ter uma impressora específica para essa finalidade. O que é a NFC-e? Trata-se da Nota Fiscal ao Consumidor eletrônica, que substitui a nota fiscal de venda ao consumidor modelo 2 e o cupom fiscal emitido pelo Emissor de Cupom Fiscal (ECF). Essa modalidade surgiu como parte do SPED fiscal, sistema que visa informatizar e agilizar todas as transações entre empresas e consumidores e entre empresas e a Receita Federal. A boa notícia é que a adoção da NFC-e elimina de uma vez por todas a necessidade da nota fiscal de venda ao consumidor, modelo 2, e o cupom fiscal. A principal vantagem disso é que o com o DANFE impresso o documento pode ser emitido por impressoras comuns, dispensando assim a necessidade de equipamentos certificados (e mais caros). O que é a NF-e? https://blog.sage.com.br/como-deve-ser-a-ecf-no-sped/ CONFERENTE DE CARGA 30 Já a NF-e é a tradicional Nota Fiscal Eletrônica, emitida e armazenada em arquivo eletrônico e que serve como documento oficial para comprovar as operações de circulação de mercadoria. Apesar de acompanhar a compra, o documento que tem validade jurídica é o DANFE (Documento Auxiliar de Nota Fiscal eletrônica). O item mais importante a ser observado pelo empresário é o XML da NF-e, item que só pode ser identificado com o uso da chave de acesso por meio do portal da Secretaria da Fazenda. Se a sua empresa não tem uma chave de acesso, existe a possibilidade de conexão direta à Sefaz por meio de plataformas inteligentes. É importante ficar atento Viu como não é difícil? No começo, pode ser complicado decorar todos esses nomes de uma só vez, mas basta ver a aplicação de cada um deles na prática para que as coisas se tornem mais acessíveis. Em caso de dúvida, consulte sempre o seu contador, pois muitos desses itens ainda são uma novidade e acabam pegando muita gente desprevenida. Vale lembrar ainda que os documentos fiscais e tributários devem obrigatoriamente ser armazenados por pelo menos cinco anos, caso contrário, a sua empresa pode até ser multada durante uma fiscalização. Ter um programa ou serviço especializado em centralizar todos esses dados em um só lugar também facilita bastante as coisas, pois com eles você pode automatizar uma série de tarefas. CONFERENTE DE CARGA 31 5- APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO AO LONGO DO CICLO DE PEDIDO O Ciclo de Pedido é o elo que conecta fornecedores e clientes em uma operação logística. É o processo elementar que produz o Nível de Serviço de um fornecedor para seu cliente. Ciclo de Pedido O serviço percebido pelo cliente depende da eficiência com que o Ciclo de Pedido é executado. Sua duração indica a rapidez do serviço logístico; sua variância afeta o nível de confiabilidade do serviço, enquanto a visibilidade garante a agilidade na eventual remediação de falhas. Para o fornecedor, a construção e operação dos inúmeros ciclos-de-pedidos, um para cada um dos seus clientes, consomem recursos físicos e humanos que impactam os custos e a rentabilidade do negócio. A Tecnologia de Informação oferece imenso potencial para aumentar a eficiência operacional do Ciclo de Pedido. Automação, visibilidade, conformidade e suporte à decisão são alguns dos aspectos relevantes em que a TI faz a diferença. As vantagens de aplicar a TI ao longo do Ciclo de Pedido são inúmeras: redução de tempos, diminuição da variância, aumento da conformidade às regras de negócio, redução de mão-de-obra, redução de custos com remediação de falhas, etc. Contudo, a velocidade com que a TI vem se desenvolvendo é muito maior do que a sua CONFERENTE DE CARGA 32 aplicação e disseminação nas empresas. Perto de tudo que a TI pode oferecer para a competitividade de uma empresa, as companhias brasileiras ainda têm muito para evoluir. Para ampliar as oportunidades, é necessário primeiro conhecer melhor as tecnologias disponíveis: estar atento às inovações e entender as vantagens e limitações das soluções lançadas no mercado. Além disso, é fundamental desenvolver um modelo de análise que compare custos e benefícios de forma exaustiva e completa, e estime de forma consistente o retorno sobre investimento (ROI). O objetivo deste artigo é descrever as tecnologias mais relevantes disponíveis paraaplicar ao longo do Ciclo de Pedido e apresentar algumas práticas essenciais para conduzir uma análise de viabilidade técnica e econômica. Tecnologias aplicadas ao Ciclo de Pedido Order Management Systems (OMS) é a referência no mercado provedor de software para os sistemas de gerenciamento integrado de pedidos. São aplicativos que servem de “guarda-chuva”, sob o qual o passo-a-passo no processamento de pedidos é integrado e controlado. É o ponto de partida para entender a configuração de tecnologias da informação aplicadas ao Ciclo de Pedido. O escopo de um OMS deve abranger desde a emissão de pedidos até o fechamento dos mesmos. É a implantação da abordagem ponta-a-ponta (end-to-end) no gerenciamento do ciclo de vida de um pedido, ou seja, do processo integrado da emissão ao pagamento dos pedidos (from order to cash). Alguns provedores de tecnologia oferecem soluções de OMS que vão além de apenas controlar o fluxo de processamento de pedidos. Existem soluções chamadas de VMI (Vendor Managed Inventory) – gerenciamento de estoque pelo fornecedor –, nas quais o sistema monitora o nível de estoque do cliente e gera pedidos de reposição automática, baseado em regras colaborativas. A partir daí, o pedido é processado até sua entrega e pagamento. CONFERENTE DE CARGA 33 A implantação de um software de OMS oferece muitas vantagens. Uma delas é a automação do processamento do pedido, ou seja, a eliminação de tarefas manuais, demoradas e com risco de erros e retrabalhos. A automação reduz a duração e a variância do tempo de processamento. Outra grande vantagem é a visibilidade que o sistema cria ao longo de cada etapa do processamento de pedidos. Essa visibilidade permite um gerenciamento da rotina de trabalho (workflow) e garante a máxima conformidade com as regras de negócio e política de serviço ao cliente. Além disso, monitorar o fluxo do pedido passo-a-passo permite uma atuação contínua no sentido de “desencalhar” os pedidos retidos em uma etapa, como, por exemplo, pedidos retidos na verificação de cadastros, crédito ou estoque. A tendência dos OMS é oferecer funcionalidades que permitem configurar e parametrizar regras de negócio, além de facilitar a integração com outras tecnologias. Vejamos as tendências mais relevantes: Entrada de Pedidos Os avanços na tecnologia da informação permitem automatizar a emissão, captura e transmissão de pedidos. O EDI (Eletronic Data Interchange) é a tecnologia mais usual para automatizar a entrada de pedidos e ser integrada aos OMS. O EDI usa um formato de dados estruturado e padronizado que permite que os dados sejam transformados e processados nos OMS, sem serem reintroduzidos (ou digitados manualmente). O EDI filtra pedidos fora de conformidade e gera protocolo de entrada de pedido, formalizando o início do Ciclo de Pedido. Muitos provedores de EDI oferecem também o web-EDI, uma solução que aproveita as conveniências da internet para reduzir complexidade e custos com o uso de um EDI. Outras soluções menos estruturadas têm sido desenvolvidas a partir de práticas mais simples, como o uso de e-mail ou SMS (Short Message Service) para entrada de pedidos. A grande diferença é que o conteúdo de uma mensagem de e-mail ou SMS dificilmente será processado pelo sistema receptor, enquanto mensagens de EDI são estruturadas para um processamento automático. CONFERENTE DE CARGA 34 Rapidez e conformidade na entrada de pedidos (menos erros e retrabalhos) são algumas das muitas vantagens de implantar as tecnologias da informação, como o EDI, nesta etapa do Ciclo de Pedido. Liberação de Pedidos Uma vez que os pedidos são recebidos, uma série de verificações é essencial para filtrar os pedidos fora de especificação e que podem gerar retrabalhos ou outras formas de desperdício. A tendência dos OMS é oferecer funcionalidades com a quais se pode parametrizar regras de negócio e requerimentos de serviço e criar verificações automáticas que filtrem pedidos fora de especificação. As verificações mais comuns incluem: cadastros de clientes (nomes, códigos, endereços, etc.); condições comerciais (preços e formas de pagamento); condições de crédito (limites e regras de liberação); e requerimentos de serviço (prazo de entrega, pedido mínimo, condições de entrega, etc.). Essas verificações requerem uma integração com outros sistemas, como, por exemplo, a integração do OMS com os cadastros corporativos de clientes e produtos; ou a integração com o sistema de contas a receber para verificação de condições de crédito. É comum, entretanto, haver um alto nível de “customização” dessas funcionalidades, devido à flexibilidade muitas vezes exigida para tratar as regras de negócio e requerimentos de serviço ao cliente. Para tanto, os OMS são escritos para oferecerem os chamados “exit points” em seus programas, ou seja, pontos de saída, nos quais uma rotina ou programa “customizado” podem ser incluídos justamente para permitir configurações especiais, sem necessariamente alterar a estrutura padrão do software. Consistência na aplicação das regras de negócio e a eliminação de tarefas manuais são os benefícios potenciais com o desenvolvimento do módulo de Liberação de um OMS. Promessa de Disponibilidade CONFERENTE DE CARGA 35 Após a etapa de Liberação, pedidos liberados (também chamados de clean orders) são passados para a etapa que verifica a disponibilidade de produto para atendimento.Essa etapa depende da estratégia de atendimento do fornecedor. Duas estratégias são típicas: atendimento do estoque (make-to-stock) ou atendimento sob encomenda (make-to-order). No primeiro caso, a verificação de disponibilidade consiste em confrontar a quantidade pedida contra a disponibilidade de estoque. Para aquelas empresas que já adotam o conceito ATP (available to promise), essa verificação determina a primeira data em que o pedido poderá ser atendido, considerando a projeção de estoque ao longo do tempo. A tendência aqui é construir o OMS integrado com os sistemas de planejamento e controle da cadeia de suprimentos (supply chain planning systems). “Enxergar” os estoques ao longo da cadeia, ao longo do tempo, é essencial. Para as empresas que ainda não evoluíram para o ATP, a verificação de estoque é contra a posição fisicamente armazenada e disponível nos armazéns ou Centros de Distribuição (CD). Aqui o OMS deve ser integrado com o sistema WMS (Warehouse Management System), que controla entradas, saídas e inventário de mercadoria nos armazéns e CDs. Neste caso ainda é comum encontrar no OMS funcionalidade para administrar os pedidos pendentes (back orders) e integrar essa informação com os sistemas de gerenciamento de estoques, produção ou compras. No caso de atendimento sob encomenda, a verificação de disponibilidade deve levar em consideração a fila de pedidos programados e outras restrições de capacidade. Neste modelo de atendimento, o tempo de produção passa a fazer parte do tempo do Ciclo de Pedido. A administração da fila de pedidos é a questão mais crítica para garantir consistência na data prometida de entrega. Nesses casos, verifica-se que os OMS vêm sendo integrados a sistemas que gerenciam a programação de produção, como, por exemplo, os Finite Capacity Scheduling Systems. Para todos os casos acima, uma funcionalidade importante que deve aparecer nos OMS é a aplicação de regras de priorização no atendimento de pedidos. Nem sempre o fornecedor tem estoque e/ou capacidade para atender a todos os pedidos, conforme requisição. Uma priorização se faz necessária. Um aplicativo que permite configurar CONFERENTE DE CARGA 36 regras e aplicá-las de forma automática é fundamental para garantir o gerenciamento adequado no nível de serviço ao cliente. Esta é outra funcionalidade importante dos OMS e que deve comportar flexibilidadepara diferentes configurações. O módulo de promessa de disponibilidade é essencial para melhor administrar o nível de serviço ao cliente e alinhar decisões de atendimento com a política de estoque, produção ou compras. Programação de Transportes Uma vez estabelecida a data para atendimento, é necessário providenciar o transporte para entrega. Para tanto, o pedido deve ser integrado a sistemas conhecidos como TMS (Transportation Management Systems), onde será realizada a formação de carga e otimização de rotas, programação de carga e descarga nas origens e destinos, e escolha e agendamento com transportadoras. Os provedores de TMS têm evoluído para também se integrarem com tecnologias de rastreamento e monitoramento. Estas ferramentas de rastreamento e monitoramento incluem avanços em tecnologia satelital (GPS), telefonia móvel (GPRS) e até radiofrequência (RFID). A tecnologia de rastreamento, integrada ao TMS, permite obter uma visibilidade de veículos, cargas e pedidos ao longo do ciclo de transporte, desde o carregamento na origem até a entrega no destino. Essa visibilidade ajuda na gestão de risco e na remediação de falhas. Muitos aplicativos de TMS ainda concluem o processo com funcionalidades de auditoria de frete, automatizando o processo de contas a pagar dos serviços de transporte. Reduzir custos de transporte, melhorar nível de serviço e criar visibilidade de entregas são as principais vantagens de implantar um TMS integrado ao OMS de uma empresa. Expedição Programado o transporte, é necessário preparar a mercadoria para embarque. Aqui a tendência é facilitar a integração do OMS com os sistemas de WMS (Warehouse CONFERENTE DE CARGA 37 Management System), cujas funcionalidades têm evoluído para obter máxima produtividade das operações de separação, conferência e carregamento. Os WMS são sistemas que têm aproveitado o desenvolvimento de outras tecnologias, como código de barras e radiofrequência (RFID). Estas tecnologias permitem capturar dados da movimentação física de produtos, desde o recebimento até a expedição, passando pelo armazenamento. A evolução dessas tecnologias permite automatizar operações de movimentação e armazenagem, além de criar visibilidade e capacidade de rastreamento de cargas, pedidos e materiais nos armazéns. Redução de custos, redução de tempos, redução de erros na expedição, redução de mão-de-obra são algumas das muitas vantagens de implantar a tecnologia de informação da expedição de mercadoria. Controle de Entregas Aproveitar a visibilidade das tecnologias de rastreamento e monitoramento vem sendo um desafio para assegurar disponibilidade de informação para controlar o processo de entrega de pedidos. Uma funcionalidade ainda em desenvolvimento é a obtenção de comprovante eletrônico de entrega. A visibilidade também suporta os centros de atendimento a clientes (contact centers), que atendem aos chamados de clientes (internos e externos) que questionam o status dos pedidos e buscam suporte para remediação de falhas. Sistemas de análise e geração de relatórios têm sido desenvolvidos e integrados aos OMS para aproveitar a base de dados formada pelas transações com as entregas. Estes sistemas permitem que fornecedores gerem indicadores de desempenho para promover melhoria contínua no Ciclo de Pedido. Análise de viabilidade técnica e econômica Um princípio básico para avaliar a viabilidade de investimentos em tecnologia é o de que TI segue processos. Isto significa que, antes de qualquer iniciativa de prospecção, seleção e aquisição de tecnologia, a empresa deve fazer um mapeamento completo, CONFERENTE DE CARGA 38 amplo e integrado de seus processos de negócio. Uma abordagem abrangente permite identificar, de forma exaustiva, as oportunidades de redução de custos e melhoria de serviço necessários para justificar os investimentos em tecnologia. Além disso, uma visão integrada também permite identificar os esforços requeridos para implantação e definir a melhor estratégia de mudança. Outro ponto importante a considerar é o modelo de aquisição, que determina os custos de ter e manter a tecnologia. No caso da tecnologia de informação, a tendência é haver mais ênfase no uso e menos na posse da tecnologia. Na prática, vemos provedores de software oferecendo soluções hospedadas em seus próprios “Data Centers”, em um modelo de negócio conhecido por SaaS (software as a service). Neste caso, o comprador paga uma tarifa proporcional ao uso. Evita-se, assim, o desembolso inicial do investimento presente no modelo tradicional de licenças permanentes. Indo além, outros provedores oferecem serviços de terceirização, em que, além do acesso ao software, são incorporados outros serviços de processamento, contando com pessoas em organização especializada. Este modelo é conhecido como BPO (business process outsourcing). Por fim, uma análise de viabilidade deve ser suportada por um modelo quantitativo, no qual o retorno sobre investimentos (ROI) deve ser calculado e aprovado pela alta administração da empresa. Modelos clássicos de engenharia econômica podem ser suficientes. Outras oportunidades Vale destacar que tudo o que foi apresentado até agora neste texto pode ser aplicado a qualquer tipo de pedido ao longo de uma cadeia de suprimentos. Pedidos de compra, pedidos de transferência de estoque, pedidos de logística reversa, etc. Todos estes tipos de pedidos têm seu respectivo Ciclo de Pedido e, portanto, podem se beneficiar com a aplicação das tecnologias da informação para melhorar seus processos e gestão. Também vale destacar a tendência de se construir modelos colaborativos entre fornecedores e clientes, nos quais o compartilhamento de processos e sistemas é CONFERENTE DE CARGA 39 essencial para capturar sinergia operacional. Existem provedores de tecnologia que já oferecem serviços de gerenciamento da troca de dados, informações e pedidos entre fornecedores e clientes. A ideia vem evoluindo no sentido de criar-se uma rede desses fornecedores e seus respectivos clientes, todos se beneficiando das vantagens de compartilhamento, padronização e integração. É o movimento sem volta de avançar os sistemas de informação para além das fronteiras de uma empresa, para abranger múltiplas organizações. Por fim, vale lembrar que a eficiência do Ciclo de Pedido não depende apenas da aplicação da tecnologia da informação no nível operacional. Fundamental também é a integração dos processos do Ciclo de Pedido com os processos de planejamento tático e estratégico da empresa. Os dados gerados pelas transações do Ciclo de Pedido são essenciais para suprir os modelos analíticos de planejamento que, por sua vez, geram as decisões que dimensionam as capacidades requeridas para atender à demanda. Esse ciclo integrado de planejamento, execução e controle é que faz o processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos atingir os resultados esperados, sendo que a TI é um elemento viabilizador indispensável. CONFERENTE DE CARGA 40 6- CONFERÊNCIA DE MERCADORIA Para conseguir tocar um negócio de maneira eficiente é imprescindível que os gestores estejam bastante atentos ao gerenciamento de tempo, à produtividade e à contenção de desperdícios. Logo, a conferência de mercadorias é um bom exemplo de processo que envolve todas essas variáveis. Por isso, dedicamos esse conteúdo para tratar desse assunto, tão rotineiro quanto importante dentro do seu negócio. Continue conosco e se tiver alguma dúvida, deixe um comentário pra gente. Prepare a logística da conferência de mercadorias Para conseguir evitar perda de tempo com o processo de recebimento e conferência de mercadorias, é bom que o espaço esteja liberado com antecedência. Mantenha as áreas de descarga livres e cuide para que o processode entrada e saída ocorra sem problemas. Lembre-se, também, de conseguir um local específico para a conferência, pois pode ser necessário que a contagem e a avaliação dos produtos seja feita em um espaço maior. Se você já descarrega todo o material dentro do seu estoque, corre sérios riscos de assumir prejuízos por uma conferência pouco efetiva ou, até mesmo, inexistente. Nesse caso, é preciso mudar essa rotina. A entrada de materiais e produtos que vão abastecer o seu supermercado precisam ser cuidadas com atenção, uma vez que todos os desdobramentos desses itens serão percebidos nos resultados do seu fechamento de mês. Evite fazer o procedimento de descarga e conferência perto da área de passagem ou atendimento a clientes. Portanto, tenha cuidado também para não atrapalhar o trânsito. Isso pode depreciar sua imagem, além de causar acidentes. Se tiver uma empresa não muito grande, com poucos funcionários ou instalações com espaço reduzido, combine com seus fornecedores para que tragam material para CONFERENTE DE CARGA 41 descarregar em horários mais tranquilos. Assim, você também consegue prestar mais atenção ao processo, sem descuidar dos seus clientes. Faça uma conferência de mercadorias bem-feita Pode parecer preciosismo, mas existem algumas etapas que devem ser observadas com cuidado na hora de receber e armazenar produtos dentro de uma empresa. Confira! 1. Avaliação quantitativa Tudo começa com a chegada dos produtos ao seu estabelecimento. Nessa hora, é bom ter um ambiente iluminado, protegido de chuvas e outras ameaças naturais, que ofereça boas condições para a contagem de todos os itens. Verifique quantos lotes são e se todos têm o mesmo número de unidades. Dessa forma, à medida que faz a conferência, separe tudo para não correr o risco de uma contagem duplicada. 2. Avaliação qualitativa Depois dessa fase quantitativa, a próxima etapa é a qualitativa, que precisa ser feita com muita atenção. Por amostragem, confira alguns itens aleatórios de cada produto. Sendo assim, veja se as especificações estão de acordo com o que foi pedido. Nesse momento, estamos avaliando a conformidade de cada produto. Devem ser avaliadas cores, tamanhos, medidas, formatos, modelos e versões do que você está recebendo. Ainda dentro da conferência qualitativa, outro aspecto a ser verificado com muito cuidado diz respeito à integridade dos produtos. Veja se estão: dentro do prazo de validade; bem acondicionados; com aspectos que possam trazer algum problema. Nesse momento, devem ser separados itens que estejam: CONFERENTE DE CARGA 42 amassados; vencidos; fora do peso; com qualquer outra forma de avaria potencialmente prejudicial ao consumo/utilização; em desacordo com o pedido. 3. Conferência da nota A nota de entrada das mercadorias também precisa estar de acordo com o que foi comprado. Afinal, olhar direto para o valor total é uma boa ideia para identificar algumas inconformidades de maneira rápida. De toda forma, não confie somente nesses números. Veja se os itens estão batendo com o que você encomendou. Com relação aos documentos, existe a possibilidade de essa avaliação ser feita antes das análises quantitativa e qualitativa. Mas, depois de conhecer mais sobre a Conferência Cega, sobre a qual falaremos mais à frente, pode ser que você também deixe isso para um segundo momento. 4. Armazenamento e registro Conferido o que vai definitivamente entrar para o seu estoque, é hora de etiquetar o que não estiver com as informações importantes à vista e passar esses dados para o seu sistema de controle. Indique: quantidades; lotes; fabricante; validade. Isso vai facilitar muito no seu controle e manejo de estoque. CONFERENTE DE CARGA 43 Quanto à sua gestão de informações, caso ainda não tenha uma solução de automação comercial , como por exemplo, leitores de códigos de barras ou mesmo um sistema para comércio, tenha a certeza de alimentar suas planilhas corretamente. Utilize a Conferência Cega Como já falamos, existe um modelo de conferência de mercadorias utilizado por algumas empresas que leva o nome de Conferência Cega. Nessa modalidade de verificação, não há como o responsável pelo recebimento das mercadorias fazer corpo mole ou ser displicente em seu trabalho. Isso porque, ao receber todos os itens, o estoquista não tem a nota que indica a quantidade e os tipos de produtos recebidos. Por isso, o nome da metodologia. Dessa maneira, não há outra opção que não fazer o serviço de maneira apurada e detalhista. Aliás, isso proporciona resultados muito mais seguros quanto ao volume de mercadorias e também reflete em uma análise um pouco mais cuidadosa quanto à parte qualitativa. A conferência cega é um recurso que lhe permite monitorar a etapa de recebimento de mercadorias em seu estoque físico. Realizando uma comparação entre quantidade de itens comprados e quantidades contadas pelo funcionário que recebe a mercadoria. Aplique a gestão estratégica para a conferência de mercadorias Alguns empresários acreditam que otimizar os seus processos significa somente fazer com que se tornem mais rápidos. Contudo, conseguir otimizar qualquer atividade ou rotina nos negócios quer dizer torná-las mais produtivas frente ao investimento feito. No caso da sua conferência de mercadorias, é preciso focar tanto em velocidade como na eliminação de possíveis perdas. Seguindo as orientações para melhorar a sua logística, dadas logo no início deste conteúdo, você garante um tempo mais bem utilizado. CONFERENTE DE CARGA 44 Quanto às dicas do processo de conferência, avaliando a qualidade e a integridade do que está sendo recebido, e até na adoção da Conferência Cega, você está prevenindo desperdícios e conseguindo trabalhar melhor seu fornecedor. Conferência cega do recebimento das mercadorias A conferência cega permite que você tenha a certeza que a quantidade de itens da nota fiscal esteja de acordo com o que foi recebido fisicamente. O conferente que recebe a mercadoria deve digitar a quantidade de itens que está recebendo e, se der divergências, tal divergência deverá passar por uma liberação de inconsistências permitindo ao responsável tomar a decisão de acatar ou devolver a mercadoria. Somente se liberado ou se consistente o armazenamento da mercadoria será realizado. Como o próprio nome diz, esta conferência é "cega", isso por que o conferente não sabe do conteúdo das notas fiscais, sendo obrigado a realmente contar todos os itens que estão sendo entregues. Como principais benefícios desse processo temos: Aumento da acuracidade do estoque, ou seja, da consistência entre o saldo informado pelo sistema e o saldo físico. Diminuição das perdas identificadas nos inventários. Bloqueio de manobras dos fornecedores para "empurrar" outro tipo de produto no lugar do que foi pedido. Gerenciando a conferência cega A ferramenta mais importante nesse processo será a consulta das cargas, é por meio dela que as conferências serão gerenciadas. Para ter acesso a esta consulta, basta ir ao menu "Estoque -> Entradas -> Carga recebimento" ou se estiver na consulta das entradas usar a opção "[F7] Cargas". CONFERENTE DE CARGA 45 Note alguns pontos importantes da imagem acima: 1. A situação da conferência pode ser acompanhada por observar a descrição da coluna "Situação". 2. A situação da contagem pode ser observada nas colunas com quantidade da aba "ÍTENS DA CONFERÊNCIA" 3. Caso a conferência for concluída com diferenças, se for necessário, utilize a opção "[F3] Recontar itens com diferença". 4. Caso for necessário aceitar uma carga mesmo com diferenças, utilize a opção "[F4] Liberar carga com diferenças" 5. Na aba "NOTAS FISCAIS DA CARGA" é possível conferir todas asnotas fiscais que estão vinculadas a carga, se necessário é possível excluir o vínculo. Realizando a conferência CONFERENTE DE CARGA 46 Para encaminhar as notas fiscais de entrada para a conferência cega, siga os passos a seguir: 1. Na consulta das notas fiscais de entrada, que pode ser acessada pelo menu "Estoque -> Entradas -> Confirmar entrada", selecione as notas fiscais de entrada que fazem parte da carga do fornecedor e clique na opção "[F5] Vinc.Nova Carga", conforme imagem abaixo: 2. Após isso aguarde a conferência da carga pelo coletor. Acompanhe a situação da conferência pela coluna "Situação da carga" ou pela consulta das cargas, para abrir esta consulta clique no botão "[F7] Cargas". Caso tenha diferença entre o que foi contato e o que consta nas notas fiscais Nesse caso siga os passos a seguir: 1. Abra a consulta das cargas, isso pode ser feito utilizando a opção "[F7] Cargas" ou o menu "Estoque -> Entradas -> Carga recebimento". 2. Confira se todas as notas fiscais da carga foram adicionadas, conforme indica a imagem abaixo: CONFERENTE DE CARGA 47 1. 3. Analise a situação dos itens com diferença e se for necessário clique em "[F3] Recontar itens com diferença", conforme imagem abaixo: 1. 4. Aguarde a recontagem dos itens com diferença. 5. Se ficar comprovando que está faltando os itens que foram informados nas notas fiscais, entre em contato com o comprador responsável. Se a decisão for de liberar a entrega mesmo com as diferenças, selecione a carga e clique na CONFERENTE DE CARGA 48 opção "[F4] Liberar carga com diferenças". Ao fazer isso o sistema irá gerar uma devolução para o fornecedor após a entrada ser confirmada. NOTA: Será possível consultar como foi realizado as conferências sempre pelo menu "Estoque -> Entradas -> Carga recebimento", para consultar cargas antigas desmarque a opção "Somente cargas em aberto". DICA: Caso tenha necessidade de alterar as notas fiscais que fazem parte da carga, isso pode ser feito sem problemas mesmo durante o processo de conferência. As notas fiscais podem ser excluídas ou adicionadas na carga, mesmo durante o processo de conferência. Para isso entre na consulta das cargas, na aba "NOTAS FISCAIS DA CARGA" e faça as alterações necessárias. Algo que pode dificultar a conferência durante estas alterações é o fato do parâmetro "Durante a conferência, bloquear produtos que não estejam nas notas fiscais da carga" estar habilitado, caso queira desabilitar entre nos parâmetros de "Confirmação" das entradas. Como otimizar seu processo de conferência de carga logística? O primeiro passo para conseguir obter melhor desempenho na conferência de carga logística é termos em mente que esse é um processo recorrente ao longo da cadeia de suprimento. Isso nos leva a perceber dois pontos fucrais para o sucesso de todos os atores envolvidos no processo de supply chain: o política colaborativa de logística; o – ênfase do fabricante em organização, controle, tecnologia e processos ágeis. Do ponto de vista da política colaborativa, devemos enfatizar que o processo de conferência de carga logística começa no próprio armazém do fabricante. Ao longo do percurso, a conferência se repete nos processos de carga e descarga, abrangendo distribuidores, armazéns de logística, atacadistas e, para concluir, na rede varejista. Sendo assim, é fator-chave para a melhor organização e controle do processo que todos os atores envolvidos busquem criar mecanismos que tornem a conferência ágil e eficaz. Num ambiente de negócios em que se trabalha com grandes https://www.marshipping.com.br/?p=362 CONFERENTE DE CARGA 49 volumes, transporte intermodal e foco em prazo, é impossível pensar em uma rotina manual de conferência. Da mesma forma que o surgimento dos containers agilizou os processos de carga e descarga, reduzindo custos e viabilizando a expansão acelerada do comércio internacional, a tecnologia é o motor da eficiência na gestão da logística. Do ponto de vista do fabricante, a geração de modelos de organização e controle avançados, com ênfase em tecnologia da informação e automação de processos servirá para reduzir o custo e aumentar a eficiência em toda a cadeia de suprimentos. Como otimizar a conferência de carga na logística? Ao mesmo tempo em que a conferência de carga na logística individual de itens só deve acontecer no final da cadeia, quando vai para o estoque do varejista, é necessário que as empresas invistam em organização, de modo a cumprir com rigor as especificações do pedido. Isso significa dizer que seus processos de armazenagem devem obedecer a critérios rigorosos. Porém, ainda que a eliminação total de falhas seja um tanto quanto utópica, é possível que se crie uma rede de confiança, com rápido atendimento às reclamações e políticas claras para a solução de problemas. Passando à conferência, que é o nosso tema, uma tecnologia bastante eficaz é a RFID (Radio Frequency Identification). Esse sistema é composto de etiquetagem, um sistema de gerenciamento de dados e o posicionamento estratégico de antenas e leitores. A utilização do QR Code, com leitores de códigos de barra, permite a conferência automática. Em ambos os casos, produtos, lotes e até containers podem ser etiquetados, gerando visões diferentes dos operadores de acordo com a necessidade. A leitura dos códigos QR permite que sejam acessadas todas as informações importantes sobre o produto, como: o especificações; o data de fabricação; CONFERENTE DE CARGA 50 o data de validade; o composição dos lotes e containers, com visão de todos os produtos. A importância do fabricante no processo de conferência de carga logística Para que tudo isso aconteça de forma satisfatória na conferência de carga logística, o papel do fabricante é fundamental. Ter um bom software e um sistema de impressão de etiquetas é fundamental. As etiquetas devem ser produzidas para cada produto individualmente e o sistema deve permitir que sejam agrupadas por lote. Se for o caso, os lotes podem ser agrupados por container, gerando um módulo de controle no sistema nas três fases. No mundo ideal, que para muitas empresas já é real, a compra ocorre automaticamente, com consequente baixa no estoque. O processo de conferência no despacho da carga já é feito via leitores, tornando o processo extremamente ágil, com pouca manipulação da mercadoria. Esse processo deve se repetir a cada conferência ao longo da cadeia de suprimentos, gerando controle inteligente e rastreabilidade da carga. Para concluir, é fundamental que os processos de armazenagem contribuam para que a conferência das mercadorias seja satisfatória. Sendo assim, distribuição organizada do espaço, com facilidade de trânsito e um módulo do galpão exclusivo para a conferência são os itens complementares para que a conferência de carga logística seja um sucesso. CONFERENTE DE CARGA 51 REFERÊNCIAS https://pt.wikipedia.org/wiki/Conferente_de_carga>acesso em 08/09/2020 https://enotas.com.br/blog/emitir-nota-fiscal-eletronica-corretamente/>acesso em 08/09/2020 https://www.truckpad.com.br/blog/documentos-fiscais/>acesso em 08/09/2020 https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/07/20/distribuicao-fisica/>acesso em 08/09/2020 https://www.sankhya.com.br/blog/estrategia-de- distribuicao/#:~:text=As%20estrat%C3%A9gias%20de%20distribui%C3%A7%C3%A 3o%20s%C3%A3o,servi%C3%A7os%20comercializados%20por%20uma%20empre sa.&text=Al%C3%A9m%20de%20pensar%20nos%20canais,tipo%20de%20estrat% C3%A9gia%20voc%C3%AA%20usar%C3%A1>acesso em 08/09/2020 https://blog.sage.com.br/danfe-para-que-serve/>acesso em 08/09/2020 https://blog.sage.com.br/quais-as-diferencas-entre-cfe-sat-ecf-nfc-nfe/>acesso em 08/09/2020 https://www.tecnologistica.com.br/portal/artigos/54403/aplicacoes-da-tecnologia-da-
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