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Ponte de Safena Enxerto de pele Transplante de Medula óssea A resposta imunológica do receptor é um grande limitante do sucesso do transplante. 1.Autoenxerto De um indivíduo para si mesmo Não se desenvolve resposta imune - HLA/MHC é igual Exemplos: 2.Isoenxerto: Transplante de órgãos ou tecidos entre indivíduos geneticamente idênticos/ univitelinos Não há desenvolvimento de resposta Em 2006, japoneses, trabalhando com reprogramação celular, conseguiram transformar uma célula de adulto de volta a célula tronco, ou seja, voltaram a célula do adulto ao tempo. Eles injetaram na célula adulta vários fatores de transcrição (C-Myc, KLF4, OCT3/4, Sox2) importantes para a manutenção da célula-tronco. As células-tronco se dividem muito e, a partir do momento que estão formadas, podem originar colônias e estas podem ser separadas, congeladas ou ser usadas para produzir qualquer tecido. Já a reprogramação direta consiste na indução de fatores de transcrição necessários para formação de um tecido em uma célula adulta em que esta não passa pela condição de célula - tronco, ou seja, um fibroblasto, por exemplo, se transforma diretamente em um neurônio. 3.Aloenxerto: Transplantes entre indivíduos da mesma espécie, geneticamente diferentes Enxerto é rejeitado devido a diferença no HLA/MHC Grande maioria dos enxertos 4.Xenoenxerto: Transplantes entre indivíduos de espécies diferentes Enxerto fortemente rejeitado - a imunogenicidade de uma espécie reconhece muito bem o componente de outra espécie e o rejeita. O doador da linhagem A doa um pedaço de pele para o receptor da linhagem B, havendo rejeição um pouco tardia (rejeição primária) - cerca de 10 dias, porque primeiro precisa ter apresentação antigênica, expansão de linfócitos, formação de citocinas e indução de memória. Se usar o mesmo camundongo que teve uma resposta primária, ou seja, que já possui memória, porque foi sensibilizado com o enxerto prévio do doador da linhagem A, a rejeição é mais forte (rejeição Tipos de Transplantes Aceitação e Rejeição de Órgãos e Tecidos Andreinna Ryanne Imunopatologia São genes polimórficos que codificam os alvos da rejeição - começam a ser reconhecidos pelo sistema imune inato que processa e os apresentam como estranhos São moléculas altamente expressas Algumas outras reações de rejeição estão relacionadas com anticorpos já pré-formados, ativação inflamatória do sistema complemento, entre outros. Reconhecimento direto: células T do receptor reconhecem diretamente o MHC (tipo II principalmente) do doador expresso em células apresentadoras de antígenos que ainda estão presentes no órgão transplantado. Reconhecimento indireto: uma célula apresentadora de antígeno do receptor (célula dendrítica ou macrófago - sistema imune inato) pode reconhecer MHC tipo I no tecido do doador, transforma - o em um antígeno e o apresenta para células linfocitárias dele mesmo. O reconhecimento do tecido enxertado ocorre por dois mecanismos principais: secundária) e bem mais rápida, pois já tem uma memória imunológica celular, ocorrendo, então, necrose no tecido de pele mais fortemente. Para provar que isto é verdade, se usa um doador da linhagem A e enxerta um pedaço de pele em um receptor da linhagem B que não possui memória imunológica. Esse receptor recebe linfócitos da linhagem B que rejeitou a pele da linhagem A e ocorre rejeição direta, causando morte bem mais rápida, porque a memória da rejeição está nos linfócitos - hipersensibilidade tipo 4 aguda. Portanto, a memória, a especificidade da reação contra o enxerto que não foi feito com sucesso ou com compatibilidade entre indivíduos é dada pelos linfócitos T. Se um doador da linhagem A doa um pedaço de pele para um receptor que é geneticamente igual a ele, a rejeição ao enxerto não ocorre porque o enxerto é singênico. Porém, se um doador da linhagem B doa um pedaço de pele para um receptor da linhagem A, que são iguais, mas diferem nas moléculas de MHC, ocorre rejeição primária ao enxerto alogênico. Isso indica que a rejeição existe, mesmo havendo diferença somente nos MHCs. Se um doador da linhagem B doa um pedaço de pele para um receptor resultante do cruzamento entre a linhagem A e B, não haverá rejeição pelo híbrido ao enxerto de linhagem parental consanguínea. Entretanto, se o doador linhagem A x B doa um pedaço de pele para um receptor da linhagem A, haverá rejeição ao enxerto do híbrido pela linhagem parental consanguínea. O Reconhecimento de células transplantadas como próprias ou não se deve à presença de genes polimórficos herdados de ambos os pais. As moléculas do complexo principal de histocompatibilidade são responsáveis por quase todas as reações de rejeição rápida. Mecanismos do Reconhecimento do Enxerto Deposição de anticorpos Ativação do complemento - anticorpos encontram antígenos no endotélio, ativam o sistema complemento, causando inflamação, atração de células e neutrófilos para o local, resultando em lesão tecidual. Destruição vascular Minutos, horas ou poucos dias após a intervenção cirúrgica - muito rápidas. Isso, atualmente, não ocorre mais, pois antes de se fazer um transplante, faz-se pesquisas para saber se o indivíduo possui anticorpos pré formados anti os MHC incompatíveis. Pode ocorrer também com mães de múltiplos bebês. Reação de anticorpos pré-formados - causam problemas de citotoxicidade, ativação do sistema complemento. Não há participação de células T Sedimentação de eritrócitos/microtrombos nos glomérulos Função do órgão afetada pela: Transplantes renais são mais susceptíveis Prevenção: detecção do Ac (Cross-Matching - detecção de reação cruzada) - para saber a probabilidade deles reagirem com locais específicos do HLA. Hiperaguda Aguda Crônica Haverá uma fase de sensibilização - contato com as células apresentadoras de antígeno de modo indireto ou direto, que se destinam aos linfonodos para apresentar as células, principalmente para os linfócitos T e estes sofrem expansão, havendo, então, o retorno das células T ativadas para o órgão. Elas auxiliam na secreção de citocinas de Th17 e Th1, induzindo inflamação e morte das células do órgão transplantado. Podem ocorrer três tipos principais de rejeição: Sinais de perigo: febre,hipertensão,edema, aumento súbito de peso,mudança de ritmo cardíaco e dor no local do transplante. Mecanismos Efetores da Rejeição de Aloenxertos Rejeição Hiperaguda Devido a rejeição ser lenta e haver proliferação de linfócitos e recrutamento de macrófagos para o local, as células da musculatura lisa dos vasos começam a crescer. Essas camadas ao começarem a crescer e se expandir, devido as citocinas que são liberadas lentamente durante vários períodos, tendem a ocluir o vaso, não diretamente com destruição dele, mas por diminuição da passagem de sangue. Com isso, o suprimento de oxigênio para o tecido é comprometido, ocasionando uma série de problemas depois de anos. Coração ⇒ Doença arterial coronariana Rins ⇒ Fibrose intersticial Fígado ⇒ Destruição do Epitélio biliar É a mais comum Primeiros seis meses após o transplante - hipersensibilidade tipo 4 Mediada por linfócitos T - proliferação lenta e contínua de células T, que vão vagarosamente ao encontro do órgão, induzindo a secreção de citocinas e inflamação Infiltração do tecido e destruição das células que o compõe Drogas imunossupressoras: eficazes em conter essa rejeição - inibição da proliferação celular Se dá por reconhecimento das células do parênquima do órgão por linfócitos e reconhecimento das células do MHC do próprio endotélio pelos linfócitos. Pode ter formação de anticorpos anti MHC. Ocorre lesão parenquimatosa e endotelite de forma lenta. Função lentamente perdida - hipersensibilidade tipo 4 Ocorre fibrose/Hipertrofia provocada por fatores de crescimento e citocinas pró-inflamatórias: Etiologia não muito clara Não há tratamentopadrão Rejeição Crônica Rejeição Aguda
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