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Santos IF, Santos MEF, Olivera QHA, Souza RV, Luz TS 1 ARTIGO DE REVISÃO DOI: Fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros: revisão integrativa Factors that caused mental distress among brazilian medical students: integrative review Isnia Ferraz dos Santos1, Marcos Eduardo Ferreira dos Santos1, Queren Hapuque Albuquerque de Oliveira1, Raíssa Vieira de Souza1, Thiago Souza Luz1 1 Universidade Federal do Pará, Faculdade de Medicina, Belém, PA, Brasil. RESUMO Objetivo: Discutir os fatores que causam sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros. Método: Revisão integrativa utilizando PubMed, MEDLINE, LILACS, SciELO e Psicops, como bases de dados, selecionando artigos entre 2006 e 2022. Resultados: Foram selecionados 39 artigos publicados, a maioria entre 2006 e 2022, com produção significativa no Brasil. Estudantes de medicina são mais vulneráveis ao sofrimento mental quando jovens, por estarem sendo expostos de forma precoce à competição, à extensa carga horária, à sobrecarga de conhecimento, ao excesso de responsabilidade, ao alto estresse e à privação de lazer associado a um sentimento de perda de identidade. O risco de suicídio se correlaciona com a presença de sintomas de depressão, altos níveis de exaustão emocional, sentimento de despersonalização e de baixa realização pessoal. Conclusão: O alto índice de sofrimento mental entre estudantes brasi- leiros de medicina está associado a sintomas de depressão e à piora nas questões afetivas, somáticas e cognitivas, as quais podem afetar o desempenho universitário. Portanto, fica evidente a necessidade de traçar estratégias para gerar melhorias na qualidade de vida desses estudantes. PALAVRAS-CHAVE Fatores; Estudantes de Medicina; Brasileiros; Sofrimento Mental; Revisão. ABSTRACT Objective: To discuss the factors that cause mental distress among Brazilian medical students. Method: Integrative review using PubMed, MEDLINE, LILACS, SciELO, and Psicops as databases, selecting articles between 2006 and 2022. Results: A total of 39 published articles were selected, most of them between 2006 and 2022, with significant production in Brazil. Medical students are more vulnerable to mental suffering when young, for being exposed early on to competition, extensive workload, knowledge overload, excessive responsibility, high stress and leisure deprivation associated with a feeling of loss of identity. The risk of suicide correlates with the presence of symptoms of depression, high levels of emotional exhaustion, feelings of depersonalization, and low personal accomplishment. Conclusion: High rates of mental distress among Brazilian medical students are associated with symptoms of depression and with worse- ning affective, somatic, and cognitive issues, which may affect university performance. Therefore, it is evident the need to design strategies to generate improvements in the quality of life of these students. KEYWORDS Factors; Medical Students; Brazilian; Mental Distress; Review. Autor Correspondente: Isnia Ferraz dos Santos Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Saúde, Faculdade de Medicina R. Bernal do Couto, Umarizal, 766. CEP 66055-080 - Belém, PA, Brasil isnia.ferraz@ics.ufpa.br Fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros 2 INTRODUÇÃO A forma como o ser humano lida com suas emoções, como resolve os problemas que os cercam, como se relaciona com os outros, a imagem que tem de si mesmo, o jeito como administra o que pensa, sente e age, tudo isso possui relação direta com a saúde mental. Ainda que tenham consciência das dificuldades, as pessoas nem sempre conseguem resolvê-las sozinhas(1). São comuns situações críticas de vida nas quais ocorre a manifestação de emoções negativas como medo, tristeza, raiva, solidão, ansiedade ou estresse. Mas convém diferenciar a presença de tais emoções e sentimentos doídos do efetivo sofrimento mental causado pela ansiedade, pelo estresse ou mesmo pela depressão(1). Ingressar no campo universitário leva o estudante a vivenciar mudanças que se mostram relevantes e profundas à forma como passa a pensar nas mais diversas áreas da sua vida, levando-o ao desenvolvimento intelectual e pessoal(2), visto que esta é uma fase complexa e multidimensional, em que necessita de o universitário lidar com questões pessoais e acadêmicas(3),(4). Entre essas questões, estão a necessidade de se adaptar à rotina de estudo, o distanciamento do convívio familiar e novos contatos sociais, a transição que há da adolescência para a vida adulta, como também para outros, a volta aos estudos após um período longe do ambiente educacional. Outras mudanças que devem ser citadas são a adequação às normas e metodologias de ensino, grupos e pessoas desconhecidas, problemas financeiros, os quais são fatores que podem gerar ansiedade, expectativas, aflições e enfrentamentos(3),(5). A construção social da profissão médica como sendo uma atividade nobre que salva vidas, de uma escolha de doação, de uma carreira de sucesso e bem- sucedida geram pressões e expectativas muitas vezes contraditórias e distantes da realidade, causando frustrações. Existe uma toxicidade na cultura médica provocada por um estresse cronificado no exercício da profissão ao exigir uma excelência nas práticas e uma adoção de conhecimentos infalíveis. Por conta disso, estudantes de medicina têm apresentado taxas mais elevadas de sofrimento mental, esgotamento, doença mental diagnosticada, ideação suicida e tentativa de suicídio em relação à população em geral(6). Os índices entre os estudantes de medicina são maiores do que a população em geral, e configura-se uma questão sobre os estudantes de Medicina que comumente não reconhecem seus próprios adoecimentos, principalmente psíquicos(7). Outras preocupações referentes aos prejuízos no campo cognitivo(8) e funcional, e não apenas no âmbito acadêmico, tem motivado a ampliação de estudos acerca da saúde mental dos acadêmicos de medicina, uma vez que observa-se uma relação entre o baixo rendimento no curso e a condição mental dessa população. Neste cenário, a presente revisão buscou conhecer a produção de conhecimentos sobre o fenômeno do sofrimento mental entre estudantes de medicina das faculdades do Brasil por intermédio da pergunta norteadora: Quais fatores contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros? MÉTODO Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, na qual se agrupou resultados de pesquisas realizadas em bases de dados online, desenvolvida nas seguintes etapas: desenvolvimento da questão norteadora, levantamento dos estudos disponíveis, análise e interpretação dos dados encontrados e apresentação dos fatores que se refetem à temática abordada. Em se tratando do profissional da medicina, em especial, a revisão integrativa permite angariar conhecimentos que servirão de base para tomadas de decisões e melhorias da prática clínica, além de fornecer sínteses de determinados assuntos, como uma forma de apontar possíveis preenchimentos de lacunas presentes na literatura estudada. Para a busca dos artigos, ocorrida no dia 28 de novembro de 2022, utilizou-se a Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS), que apresentou resultados nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE), Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC) e Coleciona SUS. Além disso, foram feitas pesquisas adicionais nas bases de dados National Library of Medicine, EUA (Pub- Med), e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Estas plataformas possuem grandedestaque na busca por literatura científica significante publicada em território nacional e internacionalmente. As estratégias para a busca foram definidas da seguinte forma: utilizaram-se os descritores dos termos "transtornos mentais", “estudantes de medicina”, “Brasil”, com a combinação do booleano “AND”, de acordo com a necessidade de cada plataforma, em duas Santos IF, Santos MEF, Olivera QHA, Souza RV, Luz TS 3 etapas complementares. Inicialmente, realizou-se a busca pelos descritores “estudantes de medicina” AND “sofrimento mental”, e, após, os descritores “estudantes de medicina” AND “sofrimento mental” AND “Brasil”. Dentre as literaturas disponíveis eletronicamente, foi determinado que seriam analisados os trabalhos publicados durante o intervalo de janeiro de 2006 a novembro de 2022, de forma a abranger significativamente o tema. Além disso, foram definidos critérios adicionais para a elegibilidade dos artigos que foram incluídos nesta revisão integrativa: artigos que retratassem a temática proposta, disponíveis na versão on-line, de forma gratuita, e que apresentassem versões em português. Por fim, foram excluídos trabalhos como teses, dissertações, monografias, artigos repetidos e aqueles que fugissem da abordagem requerida. Após definidos os critérios, foi realizada uma seleção dentre os artigos identificados por meio das pesquisas nas bases de dados (n = 112). Primeiramente, foram selecionados os estudos que apresentavam título que indicasse coerência com a proposta de revisão, isto é, um total de 39 artigos. Porteriormente, a seleção ocorreu a partir da leitura dos resumos, restando 25 elegíveis, que tinham relação com o objetivo deste estudo, atendiam aos critérios de inclusão determinados anteriormente, e respondiam à pergunta norteadora. Finalmente, ao realizar a leitura completa dos artigos elegidos, foram selecionados 16 autores para serem incluídos nesta revisão. As publicações repetidas em mais de uma base de dados totalizaram 22 artigos, os quais foram contabilizados uma única vez, e os que se repetiam excluídos, conforme esquematizado no fluxograma apresentado na Figura 1. Os estudos selecionados foram fichados, com o intuito de melhorar a observação das ideias de cada autor, e, ainda, otimizar as consultas realizadas ao decorrer do desenvolvimento desta pesquisa. Seguindo, foi realizada uma coleta de informações para a elaboração de uma tabela, com o fito de identificação de fatores que se assemelham, se complementam ou divergem. Resultante a isso, foi utilizada a tabela sinóptica, Tabela 2, contendo as variáveis de interesse presentes nos estudos incluídos nesta revisão integrativa (n = 16). Os tópicos de interesse foram: identificação/instituição sede do estudo, amostra contendo a quantidade de estudantes de medicina pesquisados ou números de artigos, características metodológicas dos estudos, fatores contribuintes para o sofrimento mental, e as recomendações dos autores. Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção dos estudos primários – Belém, PA, Brasil, 2022. Fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros 4 Lilacs/Sc iELO RESULTADOS Com a realização da leitura completa dos artigos de interesse, buscou-se agrupar os resultados extraídos dos próprios estudos fichados, para uma melhor interpretação das diversidades de ideias relacionadas aos fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros. O país de realização dos artigos que integram a Tabela 2 é majoritariamente o Brasil, na figura de faculdades e pesquisadores residentes em território nacional. Por conseguinte, todos os estudos foram divulgados no idioma português (PT-BR) e seis possuem versões em inglês (EN). Publicados entre janeiro de 2006 e novembro de 2022, prevalecem estudos realizados nos últimos dez anos (13 artigos publicados na última década), consoante quantitativo correspondente ao ano de publicação do estudo, apresentado na Tabela 1, revelando um aumento considerável na publicação de estudos relacionados à problemática em questão. Tabela 1 - Distribuição da amostra por ano de publicação – Belém, PA, Brasil, 2022. Ano de publicação Nº de estudos 2006 1 2008 1 2010 1 2014 1 2016 3 2019 4 2020 1 2021 2 2022 2 Total 16 O Tabela 2 consiste em uma síntese dos estudos que compõem essa revisão integrativa, com destaque para a identificação (título, base de dados, autor, país, ano de publicação), instituição sede do estudo, amostra, características metodológicas, fatores e recomendações que visam à reversão do quadro atual. Tabela 2 - Síntese dos estudos e seus desfechos - Belém, PA, Brasil, 2022. IDENTIFICAÇÃO / INSTITUIÇÃO SEDE DO ESTUDO AMOSTRA CARACTERÍSTI- CAS METODO- LÓGICAS FATORES RECOMENDAÇÕES Saúde mental dos estudantes de medicina brasileiros: um revisão sistemática da literatura. PUBMed, SciELO e MedLine. CONCEIÇÃO, L.S. et al., Brasil, 2019. Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), São João del Rei, MG. 47 artigos analisa- dos. Revisão sistemática da Literatura de ca- ráter descritivo- analítico Sobrecarga de conhecimento, dificuldade na administração do tempo, grande número de afazeres e pouco tempo para atividades de lazer, responsabilidade e expectativas sociais no papel do mé- dico, momento instável de transição para a vida acadêmica ao in- gressar no ambiente universitário, o contraste entre a euforia de êxito no vestibular seguida de frustração causada pela mudança de hábitos do cotidiano, podem acionar a dissociação ou isolamento afetivo. O contato com a morte e o sofrimento, a competitividade e a exigência pela excelência em avaliações, o pouco tempo para outras atividades devido à sobrecarga, a falta de “incentivo” dos professores a respeito da saúde mental dos estudantes, a dificul- dade em fazer amigos, a baixa auto avaliação de desempenho aca- dêmico, transtornos de sono e viver longe da família. Alta fre- quência de burnout ao ajustar o conceito para os estudantes consi- derando então o esgotamento emocional, o cinismo e o baixo de- sempenho acadêmico, além da diminuição das horas de sono(9). A valorização dos relaci- onamentos interpessoais e de fenômenos do cotidi- ano, a organização do tempo, os cuidados com a saúde como alimentação e sono, interesses religio- sos, bem como trabalhar a própria personalidade para lidar com situações adversas e a procura pela assistência psicológica, realização de atividades de esporte e lazer, rede de apoio para os casos de so- frimento mental(9). A saúde mental dos estudantes de medicina: uma revisão de literatura. Pepsic. OTTERO, C.L.S. et al., Brasil, 2019. Universidade de Vassouras, RJ. Estudo bibliográ- fico a fim de anali- sar a saúde mental dos estudantes de medicina Revisão bibliográ- fica. Ausência de tempo para atividades sociais e prática de atividades físicas, perda da liberdade pessoal, diminuição da autoestima, sen- timento de inutilidade, problemas em gerir o tempo de estudos e de lazer, expectativas sociais da pratica médica, medo de cometer erros, morar longe da família e o individualismo(10). Criação de serviços de apoio psicopedagógico aos alunos(10). É muita pressão! Percepções sobre o desgaste mental entre estudantes de medicina. Pepsic. DÂMASO. J.G.B. et al., Brasil., 2019. Universidade Federal de São, MG. Realizada através dos grupos focais, um com oito e ou- tro com nove parti- cipantes. Pesquisa qualita- tiva. Sentimento de culpa e insegurança, aliado a pressões sociais para um alto desempenho escolar e profissional(11). Realização de atividades recreativas, o apoio de colegas e familiares(11). Santos IF, Santos MEF, OliveraQHA, Souza RV, Luz TS 5 Prevalência e fatores de risco para transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina. SciELO. LIMA, M.C.P. et al., Brasil, 2006. Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP. 551 universitários de um curso de me- dicina de Botucatu, SP. Estudo transversal. Percepção de uma rede de apoio ausente ou insuficiente por parte do aluno e autoavaliação ruim do desempenho escolar, individua- lismo e competitividade, próprios do sistema capitalista, exigên- cias de mercado e expectativas sociais depositadas sobre o papel médico podem funcionar como potentes estressores ainda durante a formação profissional(12). Sugere-se que institui- ções formadoras intervi- nham, acolhendo e cui- dando do sofrimento dos estudantes(12). A angústia na formação do estudante de medicina. SciELO. QUINTANA, A.M. et al., Brasil, 2008. Universidade Federal de Santa Maria, RS. 11 entrevistas: sete estudantes do sexo feminino e quatro do sexo masculino, de diversos semes- tres do curso. Abordagem qualita- tiva, empregando- se a pesquisa etno- gráfica. Estrutura densa do ciclo básico, contato com paciente, conflitos internos e frustrações devido ao sentimento de impotência diante de pacientes terminais(13). Criação de espaços de discussão nos quais as emoções decorrentes da formação possam ser compartilhadas(13). Transtornos mentais comuns entre os estudantes do curso de medicina: prevalência e fatores associados. SciELO. FIOROTTI, K.P. et al., Brasil., 2010. Universidade Federal do Espírito Santo, ES. 229 alunos do curso de medicina da UFES. Estudo transversal. Frustração causada pela mudança de hábitos do cotidiano, dificul- dade na administração do tempo entre uma excessiva carga de es- tudos e pouco tempo para atividades de lazer. Sentir-se sobrecar- regado, presença de situações especiais durante a infância e ado- lescência que indiquem sofrimento mental preexistente, alterações no padrão de sono, avaliação ruim sobre desempenho escolar, di- ficuldade para fazer amigos, pensar em abandonar o curso e não receber o apoio emocional de que necessita(14). Auxiliar o estudante a en- frentar as dificuldades do cotidiano. Espaço para reflexão sobre sentimen- tos e emoções, mediante debate aberto e franco so- bre as vulnerabilidades, limitações e patologias dos estudantes(14). Suicídio entre Médicos e Estudantes de Medicina: Revisão de Literatura. SciELO. CANTILINO, N.D.S.A., Brasil, 2016. Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE. Foram seleciona- dos 14 artigos ori- ginais (Pubmed) e 3 artigos de revisão (1 Lilacs e 2 Sci- ELO). Revisão de Litera- tura A patologia é frequentemente associada ao fenômeno do suicídio. Os principais fatores de risco para esse transtorno encontrados nesta população são grande carga de trabalho, privação do sono, dificuldade com pacientes, ambientes insalubres, preocupações fi- nanceiras e sobrecarga de informações(15). Identificar o problema e a diferença comportamen- tal das pessoas para poder intervir(15). Trancamentos de Matrícula no Curso de Medicina da UFMG: Sintomas de Sofrimento Psíquico. SciELO. RIBEIRO, M.G.S. et al, Brasil, 2016. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG. Análise das justifi- cativas fornecidas pelos alunos para os trancamentos semestrais de ma- trícula. Estudo retrospec- tivo e transversal, qualitativo e quanti- tativo. Quantidade de conteúdos a estudar e a competitividade existente nessa formação. Entre os 84 trancamentos justificados pelo sofri- mento psíquico. Ciclo básico se concentrou a maior parte do tran- camento das matrículas, 78 (55,3%), dos quais 49 pedidos (62,8%) foram por sofrimento psíquico. É um momento de angús- tia, que pode estar sendo experimentado em meio a conflitos nas relações familiares e pessoais, e que se evidencia muito nos pedi- dos de trancamento(16). Maior atenção institucio- nal prioritariamente a alunos do ciclo básico. Falta de tratamento e de apoio familiar. Investi- mento da instituição nos serviços de cuidado e atenção com seu aluno(16). Saúde mental e quali- dade de vida de estu- dantes brasileiros de medicina: incidência, prevalência e fatores associados em dois anos de seguimento. Medline. MOUTI- NHO, I.L.D. et al., Brasil, 2019. Universi- dade Federal de Juiz de Fora, MG. 312 estudantes de medicina. Estudo observacio- nal longitudinal Fatores basais como depressão, ansiedade, estresse, baixa renda, ser do sexo feminino, estar em estágio inicial de formação médica e não ser branco foram associados a pior saúde mental e qualidade de vida no seguimento(17). Sem recomendações. Fluxo do esgotamento: interrogando o pro- cesso de produção do tempo/cansaço no in- ternato médico. PubMed. OLIVEIRA, S.M.D. et al., Brasil, 2021. Universidade 22 estudantes de Medicina: sete do nono período, dez do 11° e cinco do 12°. Pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso Percepções dos estudantes sobre como suas atribuições durante o ciclo profissionalizante produzem um sujeito, ora médico, ora es- tudante, resultando em incertezas, inseguranças e sentimentos de exploração. A banalização de queixas ou sintomas que podem in- tegrar o burnout. Aprendizado baseado no sofrimento é causa e resultado da sua naturalização(18). O processo de ensino- aprendizagem adotado no estágio supervisionado necessita ser reavaliado pelos envolvidos(18). Fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros 6 Federal de Uberlândia, MG. Prevalência e fatores associados à depressão em estudantes de me- dicina. Pepsic. DE PAULA, J.A. et al., Brasil, 2022. Faculdade Fe- deral de Medicina do ABC, Santo André, SP. 1024 estudantes de medicina, sendo 356 alunos da Uni- versidade Federal do Cariri (UFCa) e 668 alunos da Fa- culdade de Medi- cina Estácio de Ju- azeiro do Norte - Estácio/FMJ. Estudo qualitativo Mudança da rotina dos estudantes que ingressam no curso médico e que passam a receber uma grande quantidade de informações, aumento da carga horária exigida de estudos e mudança abrupta no método de estudo. Verificou-se um aumento significativo de sintomas depressivos em estudantes que cursavam oitavo semes- tre (quarto ano) do curso médico, tal fato foi associado ao início do internato. Internato: fatores como contato com a doença e a morte, agressividade inerente a muitas intervenções, dificuldades em comunicar más notícias, além da necessidade de uma especia- lização ao final do curso seriam responsáveis pela sintomatolo- gia(19). Repensar o papel da ins- tituição e do currículo médico no desencadea- mento, manutenção e prevenção dos sintomas detectados poderia ser uma solução com a fina- lidade de minimizar os efeitos sobre a saúde mental dos estudantes de medicina(19). Prevalência e fatores associados à depressão em estudantes de me- dicina. SciELO. OLIVEIRA, S.M.D. et al., Brasil, 2014. Faculdade de Medicina do ABC, Santo André, SP, Bra- sil Faculdade de Medi- cina de Juazeiro do Norte – Estácio, CE. 1024 estudantes do primeiro ao dé- cimo segundo perí- odos. Estudo observacio- nal do tipo transver- sal. Incerteza em relação ao futuro profissional, desejo de mudar de curso, dificuldades de relacionamento, participação de atividades sociais ou de lazer podem também ser interpretadas como resul- tantes do estado depressivo em função de sintomas como pessi- mismo, baixa autoestima, prejuízo da capacidade de decisão, iso- lamento, desanimo correspondendo talvez ao momento da depres- são(20). Desenvolvimento de es- tratégias de ensino cen- tradas no aluno capazes de estimularem uma par- ticipação mais ativa e de propiciarem maior intera- ção entre os estudan-tes(20). Saúde mental de Estu- dantes de Escolas Mé- dicas com diferentes Modelos de Ensino. SciELO. TENÓRIO, P.L. et al., Brasil, 2016. Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE. 38 alunos do curso tradicional e 40 alunos do modelo Aprendizado Base- ado em Problemas (ABP) Estudo qualitativo e transversal Falta de tempo para lazer, diminutas horas de sono, conteúdo ex- tenso, notas baixas, escolha da especialidade, ritmo dos plantões, conteúdo extenso para as provas, contato diário com o sofrimento e timidez para os acadêmicos em geral. Em relação aos adeptos do método tradicional: falta de prática no início do curso, distancia- mento das aulas teóricas em relação a aplicação prática e o não estímulo a uma busca ativa do conhecimento. Para os ligados ao (ABP): insegurança quanto ao método(21). Criação de serviços de apoio psicopedagógico ao estudante de Medi- cina(21). O estudante de medi- cina e seu percurso acadêmico: uma aná- lise de postagens sobre sofrimentos. SciELO. SANTOS, F.S.A. et al., Brasil, 2021. Universidade Federal do Delta do Parnaíba, PI. Postagens no modo público da rede so- cial on-line Insta- gram de outubro de 2018 a abril de 2019. Pesquisa documen- tal Indisponibilidade de tempo, falta de sono, mudança na imunidade, sentimento de insegurança, carga horária exaustiva, cobrança por desempenho, enfrentamento da morte, situações que trazem medo, insegurança, raiva, tristeza, sentimento de necessidade do saber total, desorganização pessoal, precária assistência da facul- dade, ambiente competitivo, novo ritmo de vida, distância da fa- mília, privação de lazer, medo de não ser um bom médico, vontade de desistir do curso(22). Continuidade das obser- vações, indagações e pes- quisas sobre os muitos caminhos possíveis de produção e partilha das afetações entre os estu- dantes, a fim de tecer es- tratégias de prevenção e intervenção(22). Qualidade de Vida e Graduação em Medi- cina. SciELO. MIRANDA, I.M.M. et al., Brasil, 2020. Universidade de Rio Verde, Aparecida de Goiânia, GO. 419 estudantes do segundo ao oitavo período. Estudo transversal Carga horária extensa, impedimento de conciliação entre vida aca- dêmica pessoal, exposição a situações de dor e sofrimento, tempo mínimo para lazer, ambiente de competitividade, ausência de rea- lização pessoal e uso de substâncias psicoestimulantes(23). Criação de ações volta- das para o bem-estar dos estudantes como estraté- gias que previnam o es- tresse(23). Uso de psicotrópicos prescritos entre estu- dantes de medicina e fatores associados: um estudo transversal. SciELO; MEDLINE. FASANELLA, N.A. et al., Brasil, 2022. Fa- culdade de Ciências Médicas e da Saúde da Pontifícia Universi- dade Católica de São Paulo, Sorocaba, SP. 263 estudantes de medicina. Estudo transversal analítico observaci- onal Insônia, ausência de atividade física regular e avanço do curso(24). Atividade física regular e bom padrão de sono(24). DISCUSSÃO Ao analisar e classificar os artigos que estão Santos IF, Santos MEF, Olivera QHA, Souza RV, Luz TS 7 relacionados aos fatores que contribuem para o sofrimento mental entre os estudantes de medicina no Brasil, evidenciou-se que os estudos selecionados que totalizaram os critérios de classificação, foram divulgados entre os anos de 2006 e 2022, em diferentes estados e regiões do país em instituições públicas e privadas nas áreas biomédicas e da saúde, sobretudo, na última década, sugerindo que os pesquisadores apresentam interesse em compreender as implicações no contexto da saúde mental dos estudantes em pauta. O mundo acadêmico do curso de medicina é suscetível ao sofrimento mental pelo fato de lidar com a administração de uma carga horária extensa que permite pouco tempo livre para lazer, alta cobrança interna e externa e a competitividade oriunda desde o período pré-vestibular(9,10,11,15,16,17,18,20,21,24) entre outros fatores. A depressão é uma das doenças que mais atinge esses discentes e produz danos ao desempenho e à vida pessoal(9,14,17). A realização de um Estudo na Universidade Federal de Sergipe promoveu uma comparação entre diferentes metodologias de ensino, o Tradicional e o Aprendizado Baseado em Problemas (ABP), realizadas dentro da presente Universidade. Nesse estudo, os resultados da pesquisa apontaram semelhança com os estudos da literatura sobre o tema ao apontarem a falta de tempo para lazer, diminutas horas de sono ,conteúdo extenso e notas baixas. Os discentes ligados ao modelo ABP relataram aos pesquisadores que o fato de serem a primeira turma de medicina a realizarem o ABP na faculdade, associado à insegurança quanto a eficácia do método, consideravelmente novo, são fatores geradores de grande estresse. Em contrapartida, os discentes relacionados ao método tradicional manifestaram queixas como a falta de prática no início do curso, distanciamento das aulas teóricas em relação a aplicação prática e o não estímulo a uma busca ativa do conhecimento, tendo em vista o modelo passivo de aula. Sendo assim, a partir do estudo foi possível identificar que o aprendizado da medicina é permeado por sofrimentos comuns entre os estudantes ,assim como é perpassado por estressores típicos , a depender da metodologia desenvolvida(21). Na Tabela 3 foram sintetizados os fatores com maior prevalência entre os estudos selecionados. Estes fatores mostram-se fortemente associados ao sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros, visto que são mencionados na maior parte dos estudos tomados como base para a realização desta revisão integrativa, os quais discutem a realidade de estudantes de medicina de variadas partes do Brasil. Tabela 3 - Principais fatores - Belém, PA, Brasil, 2022. FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O SOFRIMENTO MENTAL Competição e exigência do excelente Sobrecarga de conhecimento Responsabilidade médica Contato com morte, dor e sofrimento Banalização e estigmatização do sofrimento Ausência ou ineficiência de assistência psicológica Sedentarismo, ausência de hábitos saudáveis e privação de lazer A produção de artigos referente à pergunta norteadora apresentou uma quantidade considerável de resultados, e as publicações identificadas evidenciaram fatores presentes em boa parte dos estudantes de medicina do Brasil (Tabela 3), e, dessa forma, devem ser enfatizados na continuidade desta discussão. Competição e exigência do excelente Durante a formação médica, a exigência por altos níveis de desempenho ocorre com frequência, o que agrava a competição entre os discentes. O capitalismo exige comportamento alinhado com o imperativo atual de autonomia e gestão de si de uma sociedade que tanto constrói quanto se submete a moldes performativos. A quantificação do bem-estar é acompanhada da sensação de insuficiência constante e da competição: é preciso ser mais e melhor (22). Desse modo, a relação professor- aluno, em muitos casos, baseia-se em relações conflituosas que concernem na comparação constante entre os discentes, fazendo com que o estudante meça o seu desempenho baseado na vida do outro, aumentando a pressão emocional e, consequentemente, demais sintomas característicos de sofrimento mental. Sobrecarga de conhecimento e cansaço extremo É fato que a carreira médica exige uma grande quantidade de conhecimentos a serem adquiridos ao longo dos anos de formação para que haja a profissionalização. Entretanto, a atual grade curricular dos cursos de medicina e a forma como se organizam são fatores que culminam na exaustão mental, física e psicológica dos discentes. As pesquisas revelam que os alunos com exaustão, que estão submetidos à sobrecarga devido às demandas acadêmicas, costumam utilizar mecanismosde enfrentamento impróprios, como a privação do sono, a fim de aumentar o tempo de estudo. A qualidade do sono é um fator importante da qualidade de vida e distúrbios deste estão associados a ansiedade, depressão e não comparecimento às aulas(9). Responsabilidade profissional Fatores que contribuem para o sofrimento mental entre estudantes de medicina brasileiros 8 Exigências de mercado e expectativas sociais depositadas sobre o papel médico podem funcionar como potentes estressores ainda durante a formação profissional(12). O sofrimento como parte do processo de tornar-se médico é um discurso reafirmado constantemente pela escola médica e pela sociedade que contribui para a naturalização do adoecimento psíquico dos acadêmicos. Esse sofrimento naturalizado é percebido entre estudantes de medicina que tendem a desenvolver estratégias individuais como a negação, o isolamento, a culpa, a racionalização e o silêncio sobre o acometimento, proporcionando um ciclo que fomenta ainda mais o processo de depreciação psíquica do indivíduo e dificulta rupturas, cuidados e mudanças na produção deste(9). Contato com morte, dor e sofrimento Os estudos revelaram que um preditivo para sofrimento mental é o contato com a morte, dor e sofrimento dos pacientes, sobretudo nos últimos anos do curso (9,13,15,19). A prevalência de ansiedade e depressão não é diretamente proporcional à progressão na formação acadêmica. Os autores afirmam que, nos dois últimos anos da graduação, a possibilidade de sofrimento se intensifica, pois o curso de Medicina proporciona aos estudantes o seu nível de maior intimidade com serviços – e, consequentemente, com pacientes –, experiência mais próxima do universo dos trabalhadores de saúde(18). Banalização do sofrimento Outro fator que indicou contribuição para o adoecimento mental diz respeito à normalização e estigmatização do sofrimento durante a formação acadêmica. Os estudantes trazem questões referentes à desvalorização do sofrimento e trata-se de fenômeno notadamente percebido no cenário social que também repercute nas atitudes dos profissionais de saúde e contribui, implicitamente, para consolidar um imaginário de banalização de queixas ou sintomas que podem integrar o burnout. Dessa maneira há uma invisibilização do sofrimento. A síndrome é marcada como uma (não) possibilidade, interditada como algo que não deve ser desvelado – inclusive para o estudante de Medicina. Consequentemente, esse suposto silenciamento se estende para a vida profissional do médico(18). Ausência ou ineficiência de assistência psicológica Estudo mostrou que a depressão nos estudantes de medicina também foi associada a ausência ou ineficiência em assistência psicológica seja pela faculdade, instituições públicas ou apoio familiar. A pesquisa demonstrou que “não receber o apoio emocional necessário” foi um fator de risco para os casos suspeitos de transtornos mentais comuns, assim como relatar “dificuldade para tirar dúvidas em sala de aula, por timidez” durante a infância ou adolescência(14). Afastamento de atividades físicas, hábitos saudáveis e hobbies Vale ressaltar que como consequência da carga horária integral, atividades que faziam parte do cotidiano deixam de ser frequentes, o que impacta na qualidade de vida dos estudantes. Nesta revisão, os estudos mostraram que é comum observar nos estudantes com o processo de depreciação psíquica, a piora nas questões afetivas, somática e cognitiva, bem como redução da participação em atividades sociais(10). Esse processo implica, de forma significativa, a falta de tempo para o lazer e para contato com os amigos, família e parceiros(as) amorosos(as), grande número de perdas durante o curso, desconstrução da idealização da onipotência médica, crescente consciência dos problemas existentes na profissão. Todos esses fatores podem influenciar negativamente a saúde mental do educando(15). CONCLUSÃO Os estudos relacionados a respeito dessa temática evidenciaram os fatores que contribuem para o sofrimento mental em estudantes de medicina brasileiros, tais como uma extensa carga horária de estudos - que contribui para o tempo de lazer reduzido - a ausência de atividade física na vida da maioria dos discentes, o contato com a morte e com a dor de muitos pacientes e a falta de assistência psicológica fornecida pelas Faculdades de Medicina. Essas causas, correlacionadas com o distanciamento familiar (em casos em que as pessoas precisam mudar de cidade para estudar), com a competição e a exigência do excelente e com a autocobrança, em se tratando da responsabilidade do estudante, colaboram para o aumento da angústia, do estresse e da ansiedade na vida pessoal e acadêmica dessas pessoas. De todo modo, o fenômeno do sofrimento mental entre estudantes de medicina aponta disparadores, manifestações e formas de enfrentamentos similares entre componentes deste mesmo grupo social – ainda que de diferentes universidades, o que evidencia que os casos de sofrimento não são isolados. Dessa maneira, cabe às instituições de Ensino Superior refletirem criticamente sobre esse contexto, conhecerem as particularidades de seus alunos e os processos de formação, articulando estratégias para auxiliar os estudantes a enfrentar as dificuldades do Santos IF, Santos MEF, Olivera QHA, Souza RV, Luz TS 9 cotidiano, por meio do aprimoramento da assistência psicológica para os discentes, tendo como consequência a melhoria da saúde mental dos alunos e, com isso, os estigmas relacionados à vida pessoal e profissional dessas pessoas em pauta serão solucionados. Ademais, cabe também às instituições de ensino superior modificarem o cronograma de ensino, com a ampliação das áreas verdes destinadas aos discentes de medicina, tendo a redução da carga horária e o aumento do tempo destinado ao lazer e às atividades físicas como alguns de seus efeitos, visando a melhoria da qualidade de vida e a redução de sofrimento psíquico presente nessa população. REFERÊNCIAS 1. 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