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AI_22/2 Prova On-line - Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal 1. O leite é um dos alimentos mais completos encontrados na natureza, o que o torna um substrato importante para microrganismos e caracteriza sua alta perecibilidade. Hoje, a legislação brasileira proibe a venda de leite "ïn natura" para a populaçao, sendo que este alimento é obrigado a passar por processamento térmico antes de chegar ao consumidor. O processo pasteurização é um tratamento térmico que tem como função eliminar os microrganismos patogênicos e parte da microbiota deteriorante do leite e é monitorado na industria através das enzimas peroxidade e fosfatase. Um leite corretamente pasteurizado, segundo a legislação vigente, deve apresentar: fosfatase negativa e peroxidase negativa fosfatase negativa e peroxidase positiva fosfatase positiva e redutase negativa fosfatase negativa e redutase positiva fosfatase positiva e peroxidase positiva 2. Sobre o Programa Nacional de Qualidade do leite, o Ministério da Agricultura descreve o seguinte: O Programa Nacional de Qualidade do Leite – PNQL possui como missão promover a melhoria da qualidade do leite no Brasil, garantir a segurança alimentar da população, assim como agregar valor aos produtos lácteos, evitar perdas e aumentar a competitividade em novos mercados. O arcabouço legal do PNQL é constituído pelo Decreto 9.013, de 29 de março de 2017 - Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal – RIISPOA, que estabelece que a inspeção de leite e derivados abrange desde a sanidade do rebanho, obtenção da matéria-prima, sua análise e seleção até a expedição do produto final; e pelas Instruções Normativas nº 76 e nº 77, de 26 de Novembro de 2018. A legislação estabelece a obrigação da análise do leite cru de todos os produtores rurais que fornecem leite a estabelecimentos registrados na inspeção oficial, em frequência mínima mensal, na Rede Brasileira de Laboratórios da Qualidade do Leite - RBQL, credenciada ao MAPA. Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-animal/qualidade-do-leite-pnql>. Acesso: 07 out. 22. Com base nas informações, é correto concluir, a respeito da inspeção realizada nos estabelecimentos fabricantes de derivados lácteos, que: Os estabelecimentos fabricantes de queijos devem ser registrados no serviço de inspeção Estadual (SIE), caso tenham o objetivo de https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos-animal/qualidade-do-leite-pnql comercializar sua produção para outros estados brasileiros, além daquele em que foi produzido e também para o mercado externo. As granjas leiteiras, ou seja, estabelecimentos destinados à produção, pasteurização e envase do leite tipo A, não precisam ser registradas nos serviços de inspeção, por tratar-se de produção artesanal. Os estabelecimentos que realizam o processo de beneficiamento do leite recebido das propriedades leiteiras e que posteriormente irão comercializar este produto para comércios distribuídos dentro do estado onde foram produzidos devem ser registrados no serviço de inspeção Municipal (SIM). Os estabelecimentos que possuem registro no serviço de inspeção estadual (SIE) podem pleitear o selo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção) e, caso sejam aprovados, poderão comercializar seus produtos em todo o território brasileiro. Os estabelecimentos fabricantes de queijos não precisam ser registrados em serviços de inspeção, caso a produção seja direcionada apenas para comercialização dentro do Município onde é produzido. 3. O regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal disciplina a fiscalização e a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. O Art. 84. Estabelece que nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitido o abate de bovinos, bubalinos, equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, aves domésticas, lagomorfos, animais exóticos, animais silvestres, anfíbios e répteis, nos termos do disposto neste Decreto e em normas complementares. *Texto reproduzido do Decreto nº 10.468, de 2020) Considerando a ponderação acima e a importância deste tema na Inspeção de abate avalie as afirmativas abaixo e responda: I-No abate de ovinos, caprinos e equinos, a inspeção das vísceras segue as mesmas linhas de inspeção do abate de Bovinos; II-No Brasil o abate de equinos é liberado, contudo por questões culturais o consumo é inespressivo; III-Na rotulagem de produtos com carne de equinos, na Rotulagem é obrigatório: “Carne de equídeo”, “Preparado com carne de equídeo”, “Contém carne de equídeo”; IV-No abate de equinos, na Linha A todas as carcaças deverão passar pelo teste para Trichinella spirallis. As afirmativas II e IV estão corretas As afirmativas I e II estão corretas As afirmativas II, III e IV estão corretas As afirmativas I, II e III estão corretas As afirmativas I, III e IV estão corretas https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10468.htm#art1 4. De acordo com o regulamento baixado pelo Decreto Federal nº 9013/2017, em seu artigo 88: “O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus tratos aos animais e aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar animal, desde o embarque na origem até o momento do abate.” Em um abatedouro frigorífico de bovinos foram identificadas na inspeção “post- mortem” várias contusões no quarto traseiro e três perfurações na cabeça causadas pela pistola de insensibilização. Na calha de sangria o bovino apresentava respiração rítmica, intenção de restabelecer a posição corporal e vocalização. Algumas operações devem ser revisadas no abatedouro frigorífico descrito acima para evitar o sofrimento desnecessário dos bovinos e reduzir perdas econômicas provenientes da condenação de carcaças ou partes de carcaça. Quais são elas? Condução de animais impossibilitados de locomoção através de carrinhos, treinamento do colaborador responsável pela insensibilização dos bovinos e manutenção do box de insensibilização de bovinos. Manejo dos animais durante o transporte, manutenção da pistola de insensibilização e disponibilização de água de qualidade para dieta hídrica nos currais. Desembarque dos animais apenas no momento do abate, monitoramento da utilização da pistola de insensibilização e manutenção do box de insensibilização. Agrupamento de animais provenientes de lotes diferentes, treinamento do colaborador responsável pela insensibilização e revisão dos programas de autocontrole sobre bem-estar animal. Manejo dos animais desde o desembarque até o box de insensibilização, manutenção da pistola de insensibilização e revisão dos programas de autocontrole sobre bem-estar animal. 5. "BRF de Concórdia é referência em práticas de Bem estar animal" A BRF mantém destaque com as boas práticas de bem-estar animal. Exemplos desse cuidado são as plantas da Companhia em Campos Novos e Concórdia, em Santa Catarina, onde o abate dos suínos segue premissas estabelecidas pela North America Meat Institute (NAMI), importante organização dos Estados Unidos. Tanto que ambas as unidades são certificadas desde 2019 em bem- estar animal através de auditores PAACO (Professional Animal Auditor Certification Organization), que compreende uma série de requisitos de padrões de transporte e abate humanitário de suínos. Neste mês, as duas unidades voltaram a ser auditadas e conquistaram a recertificação. "A BRF está inserida em uma cadeia de produção que começa no campo com a criação dos animais, englobando também o transporte até o abate. Portanto, o bem-estar animal é naturalmente uma das grandes causas da Companhia. Essa certificação internacional reforçou a robustez dos nossos processos e demonstra que acertamos nas escolhas que fizemos e, também, na forma como conduzimos o tema, com seriedade", ressalta Mariana Modesto,gerente executiva de Sustentabilidade da BRF. Entre as exigências para obter tais certificações, destacam-se as instalações e equipamentos que promovam conforto aos animais, o acompanhamento de indicadores de bem-estar animal e sua evolução, bem como o treinamento e a capacitação dos funcionários no manejo rotineiro e condução dos animais. “A prática do bem-estar animal é uma relação muito estreita entre estrutura e atitude”, afirma o diretor de Agropecuária da BRF, Guilherme Brandt. Aos 31 anos, o produtor integrado da BRF do interior do município de Itá, próximo a Concórdia, Adriano Vortmann faz parte de uma família que começou a criação de leitões em 1975, sob a liderança do pai dele. Desde 2010, Adriano e o pai administram uma unidade produtora de leitões desmamados, que conta com oito trabalhadores. A granja possui 1,5 mil matrizes produtivas. “A cada 21 dias a granja entrega cerca de 2,5 mil leitões que são destinados a outros criadores”, destaca, ao ressaltar a importância do programa bem-estar e as suas vantagens. “O programa é muito importante. Hoje, na granja, tem tudo o que o animal precisa, desde a parte da climatização e até brinquedos, que são cordas com correntes”. Adriano Vortmann explica que no verão a temperatura externa gira em torno de 40°C, enquanto na área climatizada dos suínos é mantida em até 23°C. “As baias são grandes, e os animais podem caminhar e estar mais à vontade. É só você olhar dentro dos nossos galpões e verificar que os suínos se sentem bem, e isso, com certeza, vai trazer mais produtividade”, observa. Fonte: Rádio Rural Disponível em https://www.portalconcordia.com.br/noticias/detalhes/23866-brf- de-concordia-e-referencia-em-praticas-de-bem-estar-animal Avaliando a notícia acima, é possível constatar que a preocupação com o bem-estar animal cada dia mais faz parte da rotina dos estabelecimentos de produção e abate dos animais. Do ponto de vista do manejo pré-abate de aves, suínos e bovinos, assinale a alternativa que apresenta um exemplo de conduta/condição que garante o bem-estar animal relacionado CORRETAMENTE à etapa e espécie: Na etapa de condução ao abate de suínos, deve-se utilizar o bastão elétrico quantas vezes forem necessárias, a fim de fazer os animais avançarem até o setor de insensibilização. Na etapa de condução ao abate das aves, deve-se explorar a zona de fuga e visão monocular dos animais para que este avancem até a insensibilização. Na etapa de transporte das aves, o procedimento deve ser realizado nas horas mais quentes do dia. Na etapa de pendura das aves, deve-se encaixar as patas dos animais nos ganchos sem exercer pressão excessiva. Na etapa de descarregamento, deve-se conduzir os bovinos até o box de insensibilização, explorando a área cega. 6. Procedimentos humanitários de manejo pré-abate e abate são definidos como um conjunto de operações baseadas em critérios técnicos que asseguram o bem-estar dos animais desde o embarque na propriedade de https://www.portalconcordia.com.br/noticias/detalhes/23866-brf-de-concordia-e-referencia-em-praticas-de-bem-estar-animal https://www.portalconcordia.com.br/noticias/detalhes/23866-brf-de-concordia-e-referencia-em-praticas-de-bem-estar-animal origem até o momento do abate, evitando dor e sofrimento desnecessários. Nesse contexto a operação de insensibilização visa promover um estado de inconsciência e insensibilidade. Considerando o texto acima, avalie as afirmações com relação aos procedimentos de bem-estar de suíno no momento do abate: I. Os métodos mais utilizados para a insensibilização de suínos são o método elétrico e o método da atmosfera modificada. II. O procedimento adotado pelo estabelecimento e o equipamento utilizado para insensibilização devem garantir o estado de inconsciência até a morte do animal. III. Os animais, após insensibilização, devem permanecer inconscientes e insensíveis até a sua morte por choque hipovolêmico consequente da sangria IV. Animais considerados insensibilizados devem apresentar ausência de respiração rítmica, ausência de reflexo córneo/piscar espontâneo, porém podem vocalizar. É correto o que se afirma em: I, II e III, apenas. I, III e IV apenas. I e II, apenas. II e IV, apenas. III e IV, apenas. 7. Na produção queijeira há muitos processos que podem levar à contaminação do alimento, tornando-o impróprio para consumo. Considerando estas etapas, algumas delas são indispensáveis, e outras desejáveis no intuito de garantir o cumprimento das Boas Práticas Agrícolas de Fabricação deste alimento. Qual das alternativas a seguir apresenta medidas que reduzem tais riscos? Ordenha mecânica, Higiene pessoal, Pasteurização, transporte em caminhão refrigerado. Registros de vacinação e estado de saúde do animal, pasteurização, uso de luvas na manipulação do queijo, cabelos soltos. Ordenha manual, pasteurização do leite, transporte em caminhão ventilado e manipulação do queijo em bancadas de madeira. Análise periódica de controle microbiológico do leite, transporte de leite cru em caminhão ventilado, uso de acessórios pessoais na manipulação do queijo. Ordenha mecânica, transporte em caminhão ventilado, higiene pessoal e uso de uniforme completo. 8. “Tratamento térmico aplicado ao leite com objetivo de evitar perigos à saúde pública decorrentes de micro-organismos patogênicos eventualmente presentes, e que promove mínimas modificações químicas, físicas, sensoriais e nutricionais”. A técnica surgiu em 1862, na tentativa de descobrir porque o vinho e a cerveja ficavam com um gosto ruim ao longo do tempo. Descobriu-se então que a decomposição e fermentação eram provocadas por micro-organismos, e que era possível eliminá-los modificando a temperatura do alimento. O texto acima apresenta a definição de: Aquecimento por contato Pasteurização Salmoura Criogenização Rescaldo 9. A atividade de Inspeção Sanitária em Produtos de Origem Animal é a fiscalização da produção de alimentos, incluindo a autorização para o funcionamento das agroindústrias (abatedouros frigoríficos, laticínios, entrepostos..), a avaliação das condições de higiene e das Boas Práticas de Fabricação, o registro de rótulos e de produtos e a inspeção, propriamente dita que é permanente nos estabelecimentos de abate (frigorificos) e periódica nas demais agroindústrias.Os Serviços de inspeção tem como objetivo principal a saúde publica, fiscalizando, registrando e inspecionando os produtos de origem animal. Considerando o texto apresentado, um laticínio registrado no Serviço de Inspeção Estadual do Amazonas, que não está aderido ao SISBI, poderá: I- Comercializar seu produto entre todos os estados do país II- Comercializar seu produto no estado do Amazonas III- Comercializar seu produto apenas em estados com mais de 100.000 habitantes IV- Exportar seus produtos V- Comercializar seus produtos dentro do país desde que a Anvisa tenha um posto de fiscalização permanente dentro do laticínio Alternativa IV está correta Alternativa II está correta Alternativa III está correta Alternativas III e IV estão correta 10. As Boas Práticas de Fabricação (BPF) são medidas que devem ser aplicadas em toda a cadeia produtiva de alimentos com o intuito de garantir a segurança e a qualidade do alimento. Em relação ao assunto é correto afirmar que: I- Todo equipamento e utensílio usados na produção e que possa entrar em contato com os alimentos, deve ser de material inodoro, resistente, de fácil limpeza, como a madeira. II- Para evitar a contaminação cruzada dos alimentos, deve-se evitar o contato direto ou indireto entre alimentos crus, semi-preparados e prontos para o consumo. III- A lavagem de mãos deve ocorrer obrigatoriamente apenas no começo e final do turno de trabalho. Apenas a II está correta Apenas a I está correta I e II corretas Apenas a III está correta II e IIIcorretas 11. O RIISPOA determina como se deve proceder à inspeção de origem animal à inspeção em estabelecimentos que processam produtos de origem animal, através de matança ou simplesmente transformação, tais como as que produzem salsicha, por exemplo. Desta foram de acordo com o RIISPOA, a inspeção post-mortem de rotina em um matadouro de bovinos deve seguir uma ordem. Assinale a alternativa que apresenta uma linha de inspeção correta: Linha A - Exame do útero Linha C - Cronologia dentária Linha H - inspeção de cérebro Linha B - Exame do trato gastrointestinal e do baço, do pâncreas, do fígado, da vesícula urinária e do útero. Linha D - Exame do conjunto cabeça-língua 12. As Instruções Normativas 76 e 77 de 2018 trouxeram novidades para a cadeia produtiva do leite, desde a produção até os critérios finais de qualidade dos leites pasteurizados. A IN 77/2018 define, de forma detalhada, os programas de autocontrole nas propriedades leiteiras, enquanto a IN 76/2018 traz os regulamentos técnicos para identidade e qualidade do leite cru, do leite pasteurizado e do leite pasteurizado tipo A. As novas normas são uma continuidade na melhoria da qualidade de leite e na evolução para a cadeia produtiva de leite, que vem ocorrendo desde 2002 com a publicação da IN 51. Considerando as mudanças ocorridas na qualidade do leite, analise as alternativas e assinale aquela que traz a informação correta. A redução na carga microbiana do leite cru, que vem ocorrendo desde 2002, é desejável, entretanto não é essencial, considerando que a pasteurização do leite eliminará todos os micro-organismos do leite, garantindo segurança alimentar, independente da carga microbiana inicial. O controle sistemático de mastite em vacas é um requisito necessário a ser atendido para adequações de questões relacionadas ao bem-estar animal, entretanto não reflete na qualidade do produto final e não interfere nos parâmetros estabelecidos pela IN 76/2018. Melhorias nas instalações e equipamentos são desejáveis mas não obrigatórios nem essenciais, considerando que as instalações e equipamentos para ordenha não têm interferência direta na qualidade do produto. A obrigatoriedade da refrigeração do leite é essencial para a garantia da qualidade considerando que o frio é um método de conservação excelente na eliminação de micro-organismos e seus metabólitos. As boas práticas de produção, que englobam a organização da propriedade, suas instalações e equipamentos, formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, controle sistemático de mastite, entre outros, refletem diretamente na Contagem Padrão em Placas e na Contagem de Células Somáticas. 13. Avalie as afirmações a seguir: I. A segurança alimentar abrange desde a produção animal, relação aos cuidados com a saúde e bem-estar dos animais, o uso e manejo da água, o manuseio dos produtos, a questão da higiene pessoal, saúde e segurança dos trabalhadores, inclusive a questão da preservação ambiental. II. A segurança na produção agrícola de alimentos dentro do programa de Boas Práticas Agrícolas (BPA), são pré-requisitos fundamentais de programas de gestão de segurança dos alimentos nas agroindústrias. III. Medidas preventivas devem ser aplicadas em relação ao sistema de manejo e estrutura infra sanitária das propriedades em áreas de maior prevalência da cisticercose, juntamente com a inspeção sanitária das carnes, reduzindo a possibilidade do consumo de carne de animais infectados e garantindo a segurança alimentar. É correto o que se afirma em: I, II, III. I, apenas. I e II, apenas. II e III, apenas. III, apenas. 14. O transporte dos animais, um dos segmentos do manejo racional pré-abate, é considerado relevante quando se trata em bem-estar animal. Vários estudos mostraram que o transporte pode provocar estresse, perda de peso e contusões, podendo inclusive levar animais à morte quando realizado em condições muito desfavoráveis. Havendo assim perdas quantitativas e qualitativas da carne, com prejuízos diretos ou indiretos para produtores, frigoríficos e consumidores finais, deteriorando o produto final e consequentemente depreciando seu valor comercial. Perdas qualitativas, decorrentes de estresse durante o manejo pré-abate, resultam em alterações metabólicas que comprometem a qualidade da carne. Baseado no texto acima, é correto afirmar que: Frente à um período de descanso insuficiente, a recuperação dos níveis de Glicogênio muscular é baixa e após o abate, durante o processo de conversão do músculo em carne, onde há formação de ácido lático como subproduto do metabolismo anaeróbio, teremos um esgotamento prematuro das reservas de Glicogênio e consequente queda incompleta do pH da carne, possibilitando maior incidência de carne DFD. Carnes de animais que sofreram stress pré abate são caracterizadas pelo excesso de tecido conjuntivo e consequente força de cisalhamento alta A maciez da carne é uma característica exclusivamente relacionada as características genéticas do animal, e não está relacionada ao manejo pré abate Uma das consequências desse manejo pré abate é o desenvolvimento da carne DFD (dark, firm and dry) que é resultado de uma deficiência de mioglobina Apesar do stress pré abate dificultar a instalação do rigor mortis nas carnes, conseguimos agilizar esse processo oferecendo alimento aos animais antes do abate 15. Sabe-se que as características de qualidade da carne são determinadas da por propriedades físico-químicas deste produto, e que estás são determinadas por muitos fatores inerentes ao indivíduo (genética, idade, sexo), contudo ao manejo que os animais estão submissos nas fazendas e criatórios, podem influenciar no produto final. Desta forma assinale a alternativa correta, sobre conceitos relacionados ao bem estar animal, destinados ao animais de produção. Lesões como contusão, ocorrerem de forma exclusiva no momento do embarque. Uma vez que deve-se ser priorizado o transporte de animais em alta densidade, evitando assim que os animais se lesionem no trajeto de viagem. As normas de bem-estar animal consideram apenas o ambiente e o manejo dos animais. O descanso dos animais que chegam ao frigorifico é destinado, somente aos animais que viajam mais de 24 horas. O conjunto de diretrizes técnicas e científicas que garantam o bem-estar dos animais é restrito a recepção dos animais. O manejo pré-abate é composto de diversos procedimentos e normas a serem aplicadas para evitar o sofrimento desnecessário durante o processo.
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