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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA AVALIAÇÃO MOTORA

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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA 
ANAMNESE 
A parte da anamnese é global e 
básico, assim como todos os outros. 
Seus componentes essenciais são: 
1. Identificação 
2. Queixa principal 
3. História da Moléstia Atual 
- queixas associadas 
- Dor  que tipo de dor que é 
latejante, em queimação, pontadas, 
em peso, tipo ferruada, se possui 
características neuropáticas ou NÃO... 
Perguntar quanto tempo que dura a 
dor e se há sintomas associados OU 
NÃO. 
- Há limitação funcional? (Déficit 
motor ou sensorial, se foi de forma 
súbito ou piorando conforme o tempo, 
além de definir a localização). 
4. Sinais e sintomas gerais e dos 
diversos aparelhos 
(interrogatório complementar) 
 Isso porque muitas doenças 
neurológicas possuem 
repercussões sistêmicas. 
5. Antecedentes pessoais e 
familiares  (EX: cefaleia ou 
convulsão na infância ou 
família, AVC...) 
6. Exame Físico: 
- Ectoscopia (avaliação global do 
doente). 
- Sinais vitais 
- Exame do sistema respiratório 
- Exame do sistema cardiovascular 
- Exame do sistema digestivo 
- Exame neurológico 
 
COMPONENTES ESSECIAIS – 
DIAGNÓSTICOS 
 Na neurologia a gente trabalha 
com alguns diagnósticos diferentes 
do que vemos em outras 
especialidades  Dentro da 
neurologia possuímos a questão do 
diagnóstico topográfico, ou seja, eu 
tentar localizar a lesão de acordo 
com a característica clínica (Ex: 
lesão de lobo frontal  ocasiona 
repercussões motoras). – por isso 
devemos saber de um conhecimento 
básico de neuroanatomia. 
 Devemos ter noção de alguns tratos 
principais que leva a sensibilidade 
 
térmica e dolorosa, o que há de 
importante em cada lobo cerebral. 
 
Nós seguiremos a ordem dos 
diagnósticos: 
1- Diagnóstico Sindrômico  Qual o 
problema 
- Síndrome do primeiro neurônio  
Irá gerar paralisia ou paresia/ 
hiperreflexia/ hipertonia/ sinais de 
liberação piramidal (Babinski)/ 
clônus. 
- Síndrome do segundo neurônio  
Irá gerar paralisia ou plegia/ 
hipotonia/ hiporreflexia/ atonia/ 
fasciculação. 
- Extrapiramidal  Distúrbios de 
movimentos. 
- Cerebelar 
- Cognitiva 
- Cortical 
- Álgica 
- Entre outros... 
 
2- Diagnóstico topográfico  Qual o 
local que está ocorrendo? Avaliação 
do nível da lesão: 
- Lobo frontal 
- Lobo temporal 
- Lobo occipital 
- Lobo parietal 
- Insula 
- Mesencéfalo 
- Ponte 
- Bulbo 
- Medula espinhal 
 
3- Diagnóstico etiológico  Qual a 
causa? 
- AVC 
- Migrânea 
- Epilepsia 
- Tumor 
- Doença de Alzheimer 
- Doença de Parkinson 
- Outros... 
Com essa “ordem de diagnostico” 
criamos um mapa em nossa cabeça – 
para assim melhor pensar no que 
investigar no exame físico. 
 
EXAME NEUROLÓGICO 
 Nós possuímos algumas etapas de 
avaliação do exame neurológico. 
 E acerca da ordem do exame 
neurológico é pessoal e varia de 
médico para médico  Mas na 
 
grande maioria das vezes fazemos 
no sentido crânio-caudal: 
- Nível Consciência  Avaliaremos se 
o paciente está em alerta e qual seu 
grau de alerta, se obedece comando, 
falando, levantar membros. 
A escala de coma de Glasgow para 
testar nível de consciência 
principalmente no trauma. 
Mas com Glasgow tomar alguns 
cuidados, como por exemplo, paciente 
com AVC e não consegue falar (nesse 
quesito a pontuação dele cai) mas o 
paciente está alerta e obedecendo 
comandos. 
- Estado de Consciência  Avaliar se 
o paciente está confuso ou NÃO // Se 
está orientado em tempo e espaço. 
- Avaliação de nervos cranianos 
- Força (MMSS e MMII)  Pela 
escala de mensuração de força. 
- Sensibilidade  Com avaliação 
superficial e profunda. 
- Reflexos 
- Sinais cerebelares 
- Sinais Meníngeos 
 
 
 
ESCALA DE MENSURAÇÃO DE 
FORÇA 
 Essa escala avalia em uma 
pontuação de 0 a 5: 
 0  É o paciente com ausência 
completa de contração muscular 
(plegia). Não se percebe 
movimento 
 1  Traço de contração sem 
produção de movimento. Palpação 
da musculatura e o paciente 
consegue produzir contração, mas 
nenhum tipo de movimento. 
 2  Contração fraca, produzindo 
movimento com a eliminação da 
gravidade. É uma contração 
somente na horizontal, mas não na 
vertical – ou seja, o paciente NÃO 
consegue levantar o membro. 
 3 Realiza movimento contra a 
gravidade, porém sem resistencia 
adicional. Nesse o paciente 
consegue levantar o braço, mas 
qualquer resistencia que ele tente 
levantar, ele não consegue. 
 4  Realiza movimento contra a 
resistencia externa moderada e 
gravidade. Conseguimos visualizar 
 
a redução da força quando 
comparo com a força do outro lado 
OU quando comparamos o grau de 
força da população. 
- Em alguns locais, nessa categoria 
subdivide-se em: 
 4 (-)  Paciente que possui 
força um pouco maior do que a 
tipo 3, vence uma resistencia 
LEVE, mas mesmo assim é 
muito fraco. 
 4 (+)  Paciente que vence a 
resistencia muito próximo a 
força normal, porém observamos 
que a força está reduzida. 
 5  É a força normal do paciente. 
 
OBS: Paresia é a diminuição da força 
 Então “paresia de grau 1”. 
 
Quando vamos avaliar a força 
muscular, é importante avaliarmos 
tanto a musculatura proximal: 
- MMSS: Elevação de ombro, elevação 
de braço, abdução ou adução – 
analisar com a história, se houver 
algum problema nesse quesito o 
paciente possuirá algum problema em 
pentear cabelo, escovar os dentes, 
fazer barba. 
- MMII: paciente possuirá 
dificuldade em levantar da cadeira, 
subir em escada. 
 
Quanto avaliar também a 
musculatura distal: 
- MMSS: Testar movimentos, pedir 
para o paciente fazer movimento de 
pinça com as mãos – analisar com a 
história, se houver algum problema 
nesse quesito o paciente possuirá 
algum problema em abrir tampa em 
rosca, virar a chave, pegar algum 
objeto com a mão. 
- MMII: Paciente possuirá 
dificuldade em levantar o pé, tentar 
fazer a movimentação dos dedos. 
 
Devemos quantificar o grau de força 
da musculatura proximal e distal, dos 
MMSS e MMII, dos dois lados. 
 
Durante a avaliação da força 
muscular acabamos avaliando outras 
coisas como: 
 Trofismo – como que está o volume 
da massa do músculo, se está 
 
eutrófico, hipertrófico, 
hipotrófico, atrófico. 
 Tônus – é o grau de contração em 
que há na musculatura – se ele está 
tônico, hipertônico, hipotônico, 
eutônico. 
 
OBS: Acima de perda de mais de 30% 
de massa muscular – já entra para 
classificar como atrofia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: Escala de Ashworth  mais 
utilizada pelos fisioterapeutas, para 
avaliar hipertonia. 
 
AVALIAÇÃO DA FORÇA 
MUSCULAR 
Para a avaliação da força muscular, 
podemos fazer uma avaliação: 
 Ativa 
 Manobras deficitárias. 
 
AVALIAÇÃO ATIVA) Seria nós 
mesmos testarmos e pedirmos para o 
paciente realizar o movimento: 
- Movimento de flexão e extensão do 
membro 
- Movimento de abdução e adução do 
membro 
- Elevação do membro 
- Pedir para empurrar o membro 
contra a sua mão 
- Na musculatura distal – fazer o 
movimento de pinça com as mãos e 
tentar abrir a pinça contra uma 
resistência: 
 Movimento de pinça com o 
polegar e o indicador – testamos 
o nervo mediano. 
 Movimento de pinça com o 
polegar e o dedo mínimo – 
testamos o nervo ulnar. 
 Levantar o polegar – testamos o 
radial. 
- MMII – Levantar a coxa, Extender 
a perna, Flexionar a perna, fazer a 
dorsiflexão do pé, extensão do pé, 
inversão e eversão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANOBRAS DEFICITÁRIAS) 
 Manobra dos braços estendidos: 
Pedir para o paciente estender os 
dois braços + palma da mão para 
cima e fechar os olhos + contamos 
até 10 segundo  E com isso 
observamos o paciente e se ele 
consegue manter o membro 
estendido. 
- A tendência quando positivo, é que o 
paciente faça uma leve pronação do 
braço e deixe ele cair um pouco. 
- Nos pacientes em queestendemos os 
braços e eles já deixam cair  Podem 
estar falseando o exame. 
 
 
 
 
 
 
 Prova de Raimiste: Fazemos para 
pacientes acamados, nele 
colocamos os cotovelos do paciente 
próximos ao corpo, flexionado e 
pedimos para o paciente manter: 
- Depois de certo tempo o paciente vai 
caindo para o lado em que ele possua 
a redução de força. 
 
 
 
 
 
 
 
 Manobra de Mingazzini: 
colocamos o paciente em decúbito 
dorsal, e pedimos para o paciente 
elevar as duas pernas, flexionando 
o joelho e o quadril e pedimos para 
ele segurar durante 5 a 10 
segundos. 
- Se houver queda do membro – 
possuímos algum grau de déficit 
motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manobra de barré: colocamos o 
paciente em decúbito ventral, com 
as pernas e os joelhos flexionadas 
e pedimos para o paciente segurar 
por 5 a 10 segundos. 
- Se houver queda do membro – 
possuímos algum grau de déficit 
motor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Queda do MMII em abdução: 
Iremos realizar muito para 
pacientes em coma. Colocaremos o 
paciente fletindo a perna, e iremos 
segurar a ponta de seu pé – o 
paciente que possui déficit motor, 
ele irá deixar cair para o lado de 
maior fraqueza muscular – isso 
fará com que seus joelhos abram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manobra de Wartenberg  É um 
teste para a verificação do nervo 
ulnar. É solicitado que o paciente 
coloque as duas mãos sobre a mesa. 
- Pedimos para o paciente realizar 
primeiro a abdução do dedo mínimo 
(abrir o dedo mínimo) + E depois que 
ele retorne em adução o quinto dedo. 
Se o paciente NÃO conseguir, teremos 
um teste de Wartenberg POSITIVO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Manobra de Froment  
Utilizamos mais para MMSS, 
nesse pedimos para o paciente fazer 
o movimento de 4 com a mão 
fechada, colocamos um papel na 
mão do paciente e tentamos puxar. 
Se o paciente possuir alguma 
fraqueza de nervo mediano – ele 
NÃO conseguirá segurar o papel. 
Testamos com as duas mãos.

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