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-São cocos gram positivos (cachos), sendo anaeróbios facultativos, possuindo pigmentos carotenoides e produzem catalase (quebra peróxido de hidrogênio em oxigênio e água); -Podem ser divididos quanto a atividade da enzima coagulase, pois caso seja coagulase positivo, é Staphylococcus aureus, e se for negativo, pode ser Staphylococcus epidemidis ou saprophyticus; -Está presente na microbiota humana, principalmente na pele (15% dos indivíduos) e no nariz (50%); -Seus fatores de virulência são a capsula (polissacarídeo que inibe a fagocitose e facilita a aderência), ácidos teicóicos (facilita a aderência e liga-se a fibronectina), peptideoglicanos (atividade semelhante à endotoxina, ativa o complemento, estimula produção de IL-1 e agregação de PMN - abcessos) e proteína A (liga-se a porção Fc das IgGs, impedindo que sirva de fator de opsonização, e impede a interação com fagócitos e adesinas); -Vão produzir também citotoxinas, como hemolisinas (α, ᵦ, γ) e leucocidina, que vão formar poros na membrana celular das células e estimula a liberação de mediadores inflamatórios, como IL-8, leucotrienos e histamina. Vão ser tóxicas para leucócitos, eritrócitos, fibroblastos, macrófagos e plaquetas; -Também vai possuir as toxinas superantígenos, que são as toxinas da síndrome do choque tóxico (TSST- 1), enterotoxinas e toxinas esfoliativas. São capazes de estimular dois receptores celulares diferentes em células distintas; -A toxina da síndrome do choque tóxico (TSST-1) é associada ao uso de absorventes internos, tampões nasais pós-cirúrgicos, feridas operatórias. As cepas de S. aureus produzem toxinas que penetram na corrente sanguínea, e podem causar náuseas, vomito, febre, diarreia, mialgia, erupção cutânea descamativa, insuficiência renal aguda e trombocitopenia, e pode levar a choque hipovolêmico; -As enterotoxinas possuem 8 tipos sorológicos, sendo termoestáveis, ocorrendo em casos de infecção alimentar. Vão ser produzidas por 30ª 50% das cepas de S. aureus, com atuação sobre receptores neurais intestinais via nervo vago até o centro do vomito, causando vomito e diarreia. Vão promover a ativação de células T e liberação de citocinas; -Já as toxinas esfoliativas que causam a síndrome da pele escaldada ou doença de Ritter. É uma toxina que se espalha a partir de um foco de injeção, ficando na separação da epiderme com a derme, pois vai agir sobre a desmogleina existente na superfície das células epiteliais e que promove a adesão sobre elas. Acomete principalmente lactentes e crianças até 6 anos (contagiosa), algumas complicações são desidratação, inflamação secundária e sepse. Vai apresentar impetigo bolhoso (localizado); -Outras enzimas são a coagulase, que converte fibrinogênio em fibrina, levando os estafilococos a se agruparem, a catalase, que converte o peroxido de hidrogênio em água e oxigênio, já que ele é microbicida, e a hialuronidase, que hidrolisa o ácido hialurônico, facilitando a disseminação da infecção por tecidos mais profundos; -A fibrinolisina vai dissolver os coágulos de fibrina, as lipases vão hidrolisar lipídeos, favorecendo a sobrevivência em áreas sebáceas do corpo, e as beta-lactamases vão hidrolisar os anéis beta- lactâmicos de ATM; -A transmissão ocorre pela microbiota da pele, vias respiratórias e TGI, ambientes contaminados, pode ser por cateteres e suturas contaminadas e pela imunidade baixa; -Apresenta uma lesão típica, que é um abcesso, relacionado muitas vezes ao folículo piloso (foliculite). A partir da ação da coagulase, vai haver a formação de uma parede que isola esse abcesso, que possui células inflamatórias e tecido fibroso de cicatrização. Pode ocorrer propagação da infecção para órgãos internos via vasos linfáticos e sanguíneos; -Vai produzir as toxinas superantígenos (enterotoxinas, toxinas esfoliativas e toxinas da síndrome do choque toxico), citotoxinas (hemolisinas e leucocidinas) e enzimas (coagulase, fibrinolisina, hialuronidase, proteases, nucleases e lipases); As S. epidermidis e S. saprophyticus não produzem toxinas. A S. epidermidis aparece em infecções em cateteres, próteses (válvulas cardíacas e articulações de quadril). Já a S. saprophyticus em infecções urinárias em mulheres jovens e sexualmente ativas, apresentando disúria, piúria e hematúria. -As manifestações causadas pelos Staphylococcus podem ser infecções cutâneas superficiais e profundas, como foliculite, furúnculo, carbúnculo, celulite, panarício, infecções de ferimentos cirúrgicos, infecções da pálpebra (blefarite) e mastites, ou infecções de órgão internos. Pode ocorrer sepse a partir de qualquer lesão localizada, com características similares a de bactérias Gram negativas; -Também apresenta celulite peri-orbital e orbital, ocorrendo principalmente em crianças. Pode causar também infecções cirúrgica e osteomielite; -As manifestações inflamatórias nos órgãos internos são endocardite, que é uma infecção graves, afetando válvulas cardíacas, sendo essas naturais ou protéticas; -Pode apresentar pneumonia em pacientes de pós- operatório ou após infecção respiratória viral. Também pode aparecer abcessos metastáticos, que ocorrem a partir da disseminação da bactéria de um foco localizado, via sanguínea ou linfática, para órgãos internos; -O diagnóstico laboratorial pode ser feito por meio de cultura em ágar sangue (37ºC), com colônias circulares, convexas, amarelo-ouro ou acinzentadas, beta-hemolíticas; -Também há a prova de catalase, que vai diferenciar Staphylococcus (+) de Streptococcus (-), colocando peroxido de hidrogenia à 3% com crescimento bacteriano, há a formação de bolhas; -Já a prova da coagulase em lâmina é usada para diferenciar as espécies de Staphylococcus, caso der positivo é S. aureus e se for negativo é S. epidermidis ou S. saprophyticus. É feita emulsificando a colônia em plasma de coelho; -Se o resultado da coagulase der negativo, usa-se o de resistência a novobiocina, tentando diferenciar a S. epidermidis (sensível) e S. saprophyticus (resistente); -Há também métodos automatizados e semi- automatizados, como Vitek e API ID 32 Staph; -O diagnóstico de intoxicação alimentar é mais clinico, pois se for laboratorial seria pela pesquisa da enterotoxina no alimento ou vomito do paciente, sendo possível apenas em laboratórios de referência, sendo mais caros; -A sensibilidade do S. aureus é muito variável, apresentando muita resistência aos antimicrobianos, é necessário que se faça a identificação e a cultura; -Mais de 90% das cepas são resistentes à penicilina G. A maioria dos casos de resistência é porque produzem as beta-lactamases; -O tratamento tem que ser feito com penicilinas resistentes à beta-lactamases, meticilina (oxacilina), vancomicina, linezolida, quinupristina/dalfopristina e daptomicina; -O tratamento da síndrome do choque tóxico é feita pela administração de fluidos, vasopressores e inotrópicos, penicilinas resistentes a beta- lactamases e remoção do tampão ou debridamento do sitio infectado; -Em relação aos abcessos, é feito a drenagem (espontânea ou cirúrgica), remoção do cateter ou dispositivo implicado e uso de antimicrobiano local ou sistêmico; -O tratamento da infecção alimentar é auto-limitada, e para suporte é utilizado antieméticos, ingestão de líquidos, reposição hidroeletrolítico, não necessitando de antimicrobianos; -É feito por limpeza, lavagem frequente das mãos, assepsia das lesões, remoção de disseminadores das áreas de alto risco, como centros cirúrgicos, berçários e UTIs; -O uso de antimicrobianos ou pré-operatórios também é recomendado; -São cocos gram positivos dispostos em cadeias. São da família Streptococcaceae, sendo catalase negativos. São nutricionalmente exigentes (ágar sangue) e crescem melhor em atmosfera enriquecia com 5% de CO2; -Essas bactérias vão apresentar 3 padrões de hemólise: α é a zona esverdeada ao redor das colônias,resultado de uma lise incompleta das hemácias no ágar; ᵦ zona clara ao redor das colônias, mostrando a ocorrência de lise completa das hemácias no ágar. Devido às enzimas estreptolisina S e estreptolisina O; γ ausência de hemólise; -Os Streptococcus beta hemolíticos vão ser classificados de acordo com os antígenos da parede celular, que é o carboidrato grupo específico. Vai ser composto por uma parede de bactéria gram positiva, uma cápsula de ácido hialurônico, com alguns antígenos proteicos presentes na parede celular, como as proteínas M, I e R, o carboidrato grupo específico (que diferencia as espécies); -Os S. beta hemolíticos são divididos em 20 grupos, os grupos de Lancefield, com o grupo A sendo composto pelo Streptococcus pyogenes, e o grupo B pelo Streptococcus agalactiae (GBS); -Já os S. alfa hemolíticos são o Streptococcus pneumoniae e Streptococcus viridans (S. mutans, S. mitis, S. salivarius); -É do grupo A de Lancefield, sendo o principal representante dos beta hemolíticos, sendo causador de faringoamigdalites, piodermites, fascite mecrosante e erisipela. Pode apresentar manifestações devido as reações cruzadas antígeno-anticorpo, como febre reumática e glomerulonefrite aguda; -Alguns fatores de virulência do S. pyogenes são a cápsula que é formada de ácido hialurônico e protege a bactéria da fagocitose, a proteína M, que adere à fibronectina, funcionando como adesina e fixa-se à porção FC do anticorpo (impedindo a opsonização), e a proteína F, que vai promover a adesão à mucosa da faringe; -Outros fatores são a peptidase de C5a, que degrada o componente C5a do complemento, diminuindo o recrutamento de leucócitos para o local da infecção, a proteína inibidora do complemento, que inativa o MAC do complemento, anulando sua função lítica, a estreptoquinase ou fibrinolisina, que dissolve coágulos, e a hialuronidase, que dissolve ác. Hialurônico; -Também apresenta estreptolisina S e estreptolisina O, que são as responsáveis pela hemólise em torno das colônias, pois são responsáveis pela lise de hemácias e leucócitos. E vai apresentar exotoxinas pirogênicas, como SpeA, SpeB e SpeC, que são superantígenos, que vão causar choque tóxico e escarlatina; -Uma das principais manifestações clinicas do S. pyogenes é faringoamigdalites, causando cerca de 90% das faringites bacterianas, com transmissão sendo por gotículas infectadas, a adesão ao epitélio da faringe é feita pelas proteínas F e M, e podem ser acompanhadas ou não de escarlatina que aparece 1 a 2 dias após a infecção (tox. eritrogênica); -É frequente na infância e juventude, pois não há imunidade, já que há inúmeros sorotipos, com o pico sendo nos primeiros anos de frequência à escola. A transmissão é por contato direto, pessoa-pessoa, por gotículas de saliva ou secreção nasal; -Outra manifestação é a piodermites (impetigo) que é uma Infecção purulenta da epiderme e derme, sendo contagiosa. Vai afetar principalmente a face e extremidades (braços e pernas), sendo facilitada pela presença de traumas, picadas de insetos e cirurgias (lesões na pele). Cerca de 50% casos apresenta infecção mista com S. aureus; -As piodermites são mais frequentes em crianças, ocorrendo em casos de más condições de higiene, com transmissão sendo por contato direto, contaminação ambiente e vetores (moscas). Podem ser superficiais e profundas (bacteremia e sepse); -Já a erisipela é uma infecção aguda da pele, apresentando vermelhidão, dor e edema. Vai apresentar bordos elevados com lesão bem delimitada, afetando face e membros inferiores. Penetra através de um pequeno ferimento (picada de inseto, frieiras, micoses de unha etc.) na pele ou na mucosa, dissemina-se pelos vasos linfáticos e pode atingir o tecido subcutâneo e o gorduroso. Vai causar febre alta, tremores, mal-estar, náuseas, vômitos, podendo formar bolhas ou feridas. Pessoas com excesso de peso, portadoras de diabetes não compensado, de insuficiência venosa nos membros inferiores, cardiopatas e nefropatas com problemas de circulação nas pernas, pessoas com baixa imunidade ou com doenças crônicas debilitantes são mais vulneráveis; -A fasciite necrosante é uma infecção profunda do tecido subcutâneo, com a bactéria introduzida através de traumas da epiderme. Vai promover a destruição dos tecidos gorduroso, muscular e disseminação ao longo da fáscia. É conhecida como “Bactéria carnívora”, sendo uma doença grave com elevados índices de mortalidade; - Levando a uma fasciite com necrose, miosite, e sepse, promovendo uma destruição intensa de tecidoa. O quadro clínico é semelhante à síndrome do choque tóxico estafilocócico, causando hipotensão e choque, até falência múltipla de órgãos; -As síndromes tóxicas são advindas da escarlatina e do choque tóxico, com a escarlatina sendo uma complicação das faringites por cepas produtoras das toxinas pirogênicas SpeA e SpeC (toxinas eritrogênicas), podendo coçar ou não; -Já no choque tóxico os pacientes apresentam febre, calafrios, mal-estar, náuseas, púrpura, hipotensão e choque, levando a falência múltipla de órgãos. A maioria dos pacientes vão apresentar fasciite e vai ter bacteremia (liberação de bactéria na corrente sanguínea); -A febre reumática é uma dessas sequelas, sendo uma doença aguda, inflamatória e recidivante - sequela tardia de faringoamigdalite por S. pyogenes, surgindo de 1 a 4 semanas após faringite. Vai acometer principalmente jovens e populações geneticamente suscetíveis; -Na febre reumática vai apresentar lesões inflamatórias não supurativas envolvendo o coração, as articulações, o tecido subcutâneo (nódulos) e o SNC. Apresentando febre, poliartrite migratória (joelhos, tornozelos, cotovelos, punhos), inchaço, vermelhidão, calor, dor, cardite (pericárdio, miocárdio, válvulas): dor torácica, cansaço, sopro, que pode evoluir para insuficiência cardíaca; -É uma doença autoimune, ocorrendo devido às reações cruzadas entre Ag estreptocócicos e Ag de articulações e tecidos cardíacos. Se as infecções são tratadas até 8 dias após o início da doença, a febre reumática normalmente é prevenida. A profilaxia é feita com antibióticos após 1ª crise; -Na glomerulonefrite difusa aguda é outra sequela, podendo aparecer 2 a 3 semanas após a infecção cutânea ou faringoamigdalite por S. pyogenes (cepas nefritogênicas); -Antígenos comuns ao tecido renal e ao microrganismo, com os anticorpos contra S. pyogenes se depositando nos glomérulos. Vai apresentar edema da face (periorbital), hematúria, oligúria, hipertensão arterial. O tratamento é feito com antibióticos (eliminar cepas nefritogênicas) e o sintomático (como injeção de fluidos). A maioria dos pacientes têm recuperação completa; -Pode ser feito pelo bacteriológico, com o isolamento sendo colher material da orofaringe /cutâneo. A identificação usando placas de ágar sangue para β- hemólise. A identificação presuntiva é feita olhando a sensibilidade à bacitracina. Verificar se bactéria isolada possui o antígeno do grupo A (kits comerciais); -As sequelas imunológicas são por meio dos exames sorológicos, como a pesquisa de anticorpos contra estreptolisina 0 (ASLO), sendo positiva em cerca de 85% dos pacientes, ou por pesquisa de Ac contra hialuronidase e anti DNAse B – positiva em 95% dos pacientes; -É feito com uso de antibióticos, como penicilina G, amoxixilina e cefalexina, com poucas cepas apresentando resistência; -Caso o paciente seja alérgico à penicilina, é utilizado azitromicina; -O objetivo do tratamento é erradicar a bactéria e fazer a profilaxia da febre reumática ou glomerulonefrite; -Não há vacinas nesse caso; -Os pneumococos são diplococos gram positivos (chama de vela), sendo encontrados na microbiota das vias aéreas superiores. Vão causar pneumonia, sinusite, otite media e meningite; -Os riscos são maiores em crianças pequenas, idosos, fumantes e pessoas com doenças crônicas; -A cápsulapossui a propriedade antifagocítica e promove a diversidade antigênica, apresentando cerca de 90 sorotipos diferentes (adultos: 1 a 8; crianças: 6, 14, 19, 23). É utilizada para preparo de vacinas, e a imunidade é específica para o sorotipo; -Outros fatores de virulência são a pneumolisina, que é uma citotoxina, que vai formar poros em membrana celular, e estimula produção de citocinas inflamatórias, a hialuronidase, que cliva o ác. hialurônico, promovendo a invasão bacteriana, a neuraminidase, que vai clivar moléculas de ác. Siálico, reduzindo a viscosidade do muco, expõe receptores e aumenta a capacidade de aderência, e a IgA protease, que degrada IgA mucosas; -A transmissão pode ser por gotículas de saliva ou muco (tosse ou espirro). As pessoas podem ser portadoras do pneumococo sem apresentar sinais ou sintomas da doença, mas podem infectar outras pessoas; -Os grupos de risco são portadores de doenças crônicas (tais como distúrbios cardíacos e pulmonares, diabetes e doença hepática), alcoolismo, distúrbios que enfraquecem o sistema imunológico, como infecção pelo HIV, uso de corticosteroides ou quimioterápicos, ausência de baço funcional e tabagismo; -Corresponde a cerca de 60% dos casos de pneumonia bacteriana, sendo normalmente aguda, podendo ocorrer após gripes; -Vai afetar os lóbulos inferiores, resiste à fagocitose dos macrófagos alveolares, e é a mais frequente em crianças e idosos; -Vai apresentar tremores, calafrios, febre, tosse com expectoração, dispnéia, dores no tórax ao respirar, náuseas, vômitos, cansaço, dores musculares. A expectoração possui aspecto de ferrugem ou amarelada, e pode ocorrer empiema ou derrame pleural seroso; -É uma inflamação das meninges, pode estar associada a otite, sinusite e pneumonia pneumocócica, apresenta elevada mortalidade; -Os paciente cão apresentar febre alta, mialgia, cefaléia, vômitos e náuseas, fotofobia, confusão mental, convulsões, manchas vermelhas no corpo, pescoço rígido. Nos bebês é comum moleira elevada, recusa para comer, irritabilidade excessiva, pernas e braços muito rígidos ou flácidos; -Vai possuir uma resposta inflamatória acentuada, promovendo um aumento da pressão intracraniana e edema; -O diagnóstico é clinico e por punção lombar. Com tratamento sendo o início imediato do uso de antibiótico; -Algumas sequelas são perda auditiva, paralisia cerebral, problemas de fala, epilepsia ou perda de visão; -Ocorre após gripes, resfriados, alergias, devido à passagem de microrganismos das vias aéreas para o ouvido médio; -É necessário limpar secreções com frequência; -Ocorre uma inflamação e secreção purulenta na tuba auditiva, apresentando febre, dor de ouvido, perda de apetite, secreção local. Em crianças apresenta choro, agitação, perturbação do sono, tocar a orelha; -Em casos graves há ruptura da membrana do tímpano e eliminação de secreção purulenta com sangue; -O diagnóstico é principalmente clínico; -Vai afetar os seios paranasais, como os frontais, etmoidais, esfenoidais, maxilares. Apresentando inflamação e secreção, febre, cefaleia, fadiga, mal- estar, tosse, dor em pressão, sensibilidade facial; -Ocorre após quadros virais, podendo ser aguda ou crônica; -Ocorre por meio da coleta de líquor, sangue, secreção ouvido médio, sendo semeado em ágar sangue (observar α-hemólise); -Na meningite: Gram do líquor e cultura, e pesquisa de antígenos capsulares; -PCR de amostras clínicas (sangue, líquor e secreções em geral); -É feito com uso de penicilina G, ampicilina, amoxicilina, sendo que muitas bactérias são resistentes; -Em casos de pneumonias, sinusite, otite usa-se Amoxicilina + ac. clavulânico, macrolídeos, cefalosporinas, doxiciclina, quinolonas (levofloxacina); -Já em casos de meningite usa-se penicilina G cristalina, ceftriaxona, vancomicina; -Pode ser por meio de vacina contra o polissacarídeo capsular, promovendo a proteção contra infecções invasivas por pneumococos; -Vacina 23-valente (proteção contra 23 sorotipos): adultos e crianças maiores de 2 anos. Vacina 13- valente (proteção contra 13 sorotipos): qualquer idade. Vacina 10-valente (proteção contra 10 sorotipos): crianças menores 5 anos; -É um coco gram positivo, pertencente ao grupo B de Lancefield. Vai estar presente na microbiota normal (vias aéreas superiores, intestino e vagina); -Vai causar sepse, meningite e pneumonia - crianças até 3 meses; -Implantação de profilaxia antibiótica no parto (“exame do cotonete”), já que afeta essa faixa etária específica de recém-nascidos; -As infecções em adultos (homens e mulheres) ocorre com pessoas com sistema imune debilitado; -A sua estrutura é composta por citoplasma bacteriano, membrana celular, peptideoglicanos (parede celular), ácido lipoteicóico, polissacarídeo do grupo B, proteínas tipo-específicas e polissacarídeo capsular; -Alguns fatores de virulência são cápsula polissacarídica, que inibe a fagocitose, o ácido lipoteicóico, que funciona como adesinas e induz liberação de citocinas, o antígeno C, que se liga à porção Fc de IgAs séricas, o fator CAMP, liga-se à porção Fc de IgM e IgG, e algumas enzimas, como hemolisinas, proteases, nucleases, hialuronidases; -Os recém-nascidos podem apresentar a síndrome precoce, que é a mais frequente (80%), aparecendo na 1ª semana de vida (primeiras 24h), sendo adquirida no útero, pela aspiração do líquido amniótico contaminado, ou, durante passagem no canal do parto. Pode levar a pneumonia, sepse e meningite, apresentando febre, dificuldade de mamar, dispnéia, convulsões; -Eles podem também a presentar a síndrome tardia, que aparece cerca de 7 a 90 dias após o nascimento, podendo causar sepse, meningite, pneumonia, artrite séptica. Em casos raros apresenta onfalite, osteomielite. As fontes de infecção são mão, crianças doentes e nasocomial; -As gestantes podem apresentar infecção urinária, sepse, meningite, infecção intra-amniótica, endometrite (dor abdominal, febre, sangramento uterino), e infecção de ferida cirúrgica; -Alguns fatores de risco para infecção, são infecção urinária por GBS durante a gestação, gestante colonizada por GBS (35-37 sem), história pregressa de filho com doença pelo GBS, bolsa rota > 18 horas e trabalho de parto prematuro; -Está presente no TGI e trato genitourinário, com cerca de 15 a 35% das mulheres grávidas apresentam colonização por S. agalactiae na vagina ou reto; -É necessário o uso profilático de antibióticos durante o parto para reduzir incidência das infecções precoces. As infecções tardias são frequentemente nosocomiais; -É feito o isolamento e identificação microbiológica, usando espécimes clínicos como swabs vagina, cérvix, anorretal. Em RN usa-se cordão umbilical, garganta e reto, sangue, líquor e urina; -Sendo utilizado placas de ágar sangue, pois são beta hemolítico e resistente à bacitracina; -A identificação presuntiva é feita pelo teste de CAMP, observando a produção de fator CAMP por S. agalactiae, que vai potencializar a ação hemolítica de β-hemolisina do Staphylococcus aureus, apresentando uma área de hemólise sinérgica em forma de seta; -Uma forma de diagnostico rápido é a pesquisa de antígenos grupo B nas culturas secreções e líquor; -Gestante: exame do cotonete (amostra vaginal e anorretal) com 35 a 37 semanas de gestação - Administração de penicilina cristalina, ampicilina, cefazolina ou clindamicina durante o parto, de acordo com a possibilidade de infecção da parturiente (fatores risco); -Usa-se penicilina ou ampicilina no tratamento do RN doente;
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