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Psicologia da Aprendizagem 03

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Aula 03
Processos e 
Constituição do 
Psiquismo 
Humano
Raquel Elisabeth Dumaszak
Psicologia 
da Aprendizagem
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autor 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
Autor 
RAQUEL ELISABETH DUMASZAK
Olá. Meu nome é Raquel. Sou formada em Psicologia, nas 
modalidades bacharelado e licenciatura, e atuo com Psicologia, Educação 
e Aprendizagem. Tenho interesse em assuntos que envolvem neurociências, 
comportamento e cognição, os quais segui na pós-graduação. Fui convidada 
pela Editora Telesapiens para integrar seu elenco de autores independentes. 
Espero contribuir bastante com seu aprendizado teórico e profissional! 
Conte comigo!
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimen-
to de uma nova 
competência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar 
um novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram 
que ser prioriza-
das para você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado 
ou detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e 
links para aprofun-
damento do seu 
conhecimento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma ativi-
dade de autoapren-
dizagem for aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
Iconográficos
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
SUMÁRIO
O que é Psiquismo Humano? ......................................................... 12
Fatores que impactam o desenvolvimento do Psiquismo ....18
Aspectos Biológicos .................................................................................................. 18
Aspectos Individuais, Sociais e Histórico-Culturais .......................25
Processos e Constituição do Psiquismo Humano .................31
Atividade .............................................................................................................................. 31
Identidade ...........................................................................................................................34
Processos e constituição do psiquismo humano: consciência, 
emoções, pensamento e linguagem do desenvolvimento 
humano..........................................................................................................38
Pensamento e Linguagem do Desenvolvimento Humano ....44
Bibliografia .............................................................................................48
Psicologia da Aprendizagem 9
UNIDADE
PROCESSOS E CONSTITUIÇÃO DO PSIQUISMO HUMANO
03
Psicologia da Aprendizagem10
No âmbito das Ciências Humanas, diversas linhas teóricas buscam 
compreender fenômenos humanos, explicando-os de diferentes 
maneiras (que podem ser complementares ou até contraditórias). Dessa 
forma, a compreensão do Psiquismo Humano, fenômeno estudado 
nesta unidade, pode ser obtida a partir da relevância que se dá aos seus 
diversos aspectos, como os biológicos, individuais, sociais e histórico-
culturais. Dependendo da abordagem, alguns deles serão privilegiados. 
Além disso, para um melhor domínio do assunto, é preciso conhecer e 
entender os processos envolvidos em sua constituição. Primeiramente, 
para nos familiarizarmos com o tema, precisamos compreender que 
as ideias de Psiquismo e sua formação são bastante discutidas em 
ambientes que trabalham o coletivo e o individual em uma relação 
dialética, ou seja, a influência de um sobre o outro ininterruptamente. Em 
segundo lugar, devemos saber que esse termo foi bastante discutido 
por Lev Semionovich Vygotsky e, por isso, ele se aproxima também 
do ambiente escolar. Em terceiro lugar, mas não menos importante, é 
imprescindível saber que essa teoria se banhou nas águas teóricas e 
metodológicas marxistas soviéticas. 
Com base nessas informações, será mais fácil pensar junto com 
o autor, pois seu ambiente social influencia seu pensamento (lembre-
se do capítulo 1 quando falarmos a respeito do espírito intelectual da 
época, também chamado de zeitgeist). Por último, queremos mencionar 
dois importantes seguidores de Vygotsky, os quais serão vistos neste 
capítulo: Alexis Leontiev (1903-1979), que foi um psicólogo soviético 
marxista e autor do clássico O Desenvolvimento do Psiquismo (1978), e 
Alexander Romanovich Luria (1902-1977). Leontiev conheceu seu futuro 
companheiro de trabalho, Alexander Romanovich Luria, e ambos se 
juntaram a Vygotsky e começaram a pesquisar a influência da cultura 
no desenvolvimento humano. Por isso, sua linha de pesquisa recebeu 
o nome de Psicologia histórico-cultural (ou sócio-histórica, para alguns) 
(POLLON & PADILLA, 2017). 
INTRODUÇÃO
Psicologia da Aprendizagem 11
Que você seja muito bem-vindo à Unidade 3. Nosso objetivo é te 
auxiliar no atingimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o 
término desta etapa de estudos:
 • Conhecer os impactos dos aspectos biológicos sobre o 
desenvolvimento humano;
 • Conhecer as influências dos aspectos individuais, sociais e 
histórico-culturais sobre o desenvolvimento humano.
 • Compreender os processos da atividade e identidade na 
constituição do psiquismo;
 • Compreender os processos da consciência, emoções, 
pensamento e linguagem na constituição do psiquismo.
Então, preparado para uma viagem rumo ao conhecimento? 
Vamos lá!
OBJETIVOS
Psicologia da Aprendizagem12
O que é Psiquismo Humano?
Figura 1: Multidão de Pessoas, diferentes entre si.
Fonte: Pixabay
Entendendo que a Psicologia é marcada por uma diversidade de 
abordagens, áreas e objetos de estudo podem notar que não há um objeto 
e método único, uma forma singular de compreender os fenômenos 
por ela estudados. Durante a história humana, muitas propostas sobre 
o psiquismo foram elaboradas. Sendo assim, para compreendermos o 
conceito de psiquismo humano, é importante ressaltar que este é um 
termo complexo, também influenciado por diversos paradigmas. 
Existem diversas definições para essa expressão. Elas variam 
em suas explicações sobre a concepção de psiquismo, seu processo e 
aspectos que influenciam a sua formação, de acordo com a valoração 
dada a elementos como aspectos biológicos, individuais, sociais e 
histórico-culturais.
Algumas definições enfatizam os aspectos biológicos 
como principais na explicação de manifestações humanas, como 
Psicologia da Aprendizagem 13
comportamentos, consciência e aprendizagem. Quando se fala em 
abordagens focadas nos aspectos biológicos, significa dizer que as 
hipóteses dela sobre os fenômenos são, por exemplo, em termos de 
maturação biológica, de características físicas, de predisposições ou 
tendências a comportamentos inatos (não aprendidos). Outras podem 
se apoiar mais em explicações de cunho social, fazendo referência à 
função da interação social no processo de desenvolvimento humano, 
na formação do indivíduo com suas características peculiares e assim 
por diante. Vamos conhecer agora alguns exemplos dessas definições:
Alinhada aos pressupostos do ponto de vista biológico, esta 
definição de psiquismo é apresentada no Dicionário Infopedia de Termos 
Médicos: “um conjunto de características psicológicas de um indivíduo, 
ou o conjunto de fenômenos psíquicos e processos da evolução mental 
de um indivíduo” (DICIONÁRIOINFOPÉDIA, 2003). Aqui podemos 
verificar a correlação apenas com aspectos biológicos e evolutivos do 
desenvolvimento, e não os sociais ou históricos. 
IMPORTANTE:
Ao falar de Psiquismo e, principalmente, seu estudo sob 
o ponto de vista biológico, devemos nos atentar que 
ele é o resultado da apropriação da realidade, e esta é 
possível por meio de funções psicológicas elementares e 
superiores. As funções elementares advêm dos órgãos dos 
sentidos e, como independem de organização cognitiva, 
estão presentes também nos outros animais. Já as funções 
psicológicas superiores, objeto de estudo de Vygotsky, 
são propriedade exclusiva do homem. É a partir delas que 
o sujeito humano decodifica e se apropria da linguagem 
intelectualizada, contribuindo, assim, para a formação de 
seu psiquismo. O objetivo deste capítulo não é discutir o 
desenvolvimento das funções psicológicas superiores, mas 
sim discutir como cada componente do psiquismo compõe 
uma relação dialética na construção do indivíduo.
Psicologia da Aprendizagem14
Já os autores que defendem o ponto de vista histórico-cultural 
compreendem o Psiquismo como “a totalidade dos processos 
psíquicos superiores e do comportamento social que possibilitam ao 
homem constituir a unidade que é sua psique” (SOUZA & ANDRADA, 
2013). Enquanto que autores que enxergam o indivíduo por meio da 
perspectiva social, como Silvia Lane ou Ana Bock, consideram ainda que 
essa unidade se expressa no modo peculiar de cada indivíduo ser no 
mundo – a subjetividade (SILVA, 2009).
Silva (2009) acrescenta sobre subjetividade e Psiquismo
Geralmente, subjetividade é entendida como aquilo que diz 
respeito ao indivíduo, ao psiquismo ou a sua formação, ou seja, 
algo que é interno, numa relação dialética com a objetividade, 
que se refere ao que é externo. É compreendida como processo 
e resultado, algo que é amplo e que constitui a singularidade de 
cada pessoa. A ideia de que a subjetividade é algo, mas sem definir 
claramente o que vem a ser esse algo, é bastante recorrente (n.p.).
Dessa forma, a subjetividade tem papel fundamental na 
constituição da Identidade do indivíduo, conforme afirma Bock (2004) 
apud Silva (2009)
O fenômeno psicológico deve ser entendido como construção 
no nível individual do mundo simbólico que é social. O 
fenômeno deve ser visto como subjetividade, concebida 
como algo que se constituiu na relação com o mundo material 
e social, mundo este que só existe pela atividade humana. 
Subjetividade e objetividade se constituem uma à outra sem 
se confundirem (p. 6)
 Nessa perspectiva, o Psiquismo tem origem no social e se 
desenvolve ao longo do percurso da história da sociedade humana, de 
acordo as relações sociais, históricas e culturais nela vigentes (SILVA, 
2009; SOUZA & ANDRADA, 2013). 
Psicologia da Aprendizagem 15
IMPORTANTE:
Cabe ressaltar a importância de não se debruçar sobre 
um único ponto de vista, pois isso dificultaria uma 
compreensão mais ampla e ponderada dos fatos. Ao 
estudarmos a constituição da Psique Humana, temos 
diversas denominações, como por exemplo, Identidade ou 
Personalidade, você já se perguntou qual é a denominação 
para estes dois conceitos? Se não souber, ao final deste 
capítulo você terá uma ideia! 
SAIBA MAIS:
Caso se Interesse pelo tema Identidade, Personalidade, 
Subjetividade e Individualidade e queira pesquisar 
mais, acesse: SILVA, Flávia Gonçalves da Subjetividade, 
individualidade, personalidade e identidade: concepções 
a partir da psicologia histórico-cultural. Psicol. educ., 
São Paulo , n. 28, p. 169-195, jun. 2009 . Disponível 
em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S1414-69752009000100010&lng=pt&nrm=iso>. 
Além das vertentes supracitadas, outros processos participam 
da constituição do Psiquismo. A vertente Histórico-Cultural, por 
exemplo, se propôs a estudar a origem e desenvolvimento do Psiquismo 
buscando entender os processos envolvidos. Assim, apontou os 
processos intelectuais, emoções, consciência, atividade, linguagem, 
desenvolvimento humano e aprendizagem como elementos 
participantes desse cenário.
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752009000100010&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752009000100010&lng=pt&nrm=iso
Psicologia da Aprendizagem16
REFLITA:
Cada um destes processos intelectuais é estudado 
de maneira que sua função seja compreendida como 
fundamental para a sobrevivência do indivíduo, para isso, 
diversas perspectivas se propõem a essa tarefa, como por 
exemplo, você já se perguntou o que é uma emoção? Qual 
utilidade tem o sentimento de raiva? Ela é uma emoção ou 
sensação? Indagações como essa são respondidas a luz de 
diferentes vertentes de pesquisa. 
Figura 2: Emoções
Fonte: Pixabay
ACESSE:
Para saber um pouco mais sobre as emoções acesse o 
vídeo “O que são Emoções?” do canal do Youtube “Minutos 
Psíquicos” em: https://youtu.be/GyFQj64amhY, espero que 
goste.
https://youtu.be/GyFQj64amhY
Psicologia da Aprendizagem 17
ACESSE:
Para refletir sobre as ideias apresentadas acima, a partir de 
um vídeo bem-humorado, mas que pode contribuir para 
reflexões acerca do inato e do aprendido (já nascemos 
sabendo algumas coisas ou elas foram aprendidas?). 
Assista e reflita você com certeza vai gostar.
https://www.youtube.com/watch?v=klDfB5EjheY
A partir dessa breve apresentação sobre as diferenças 
fundamentais entre as principais concepções de psiquismo, podemos 
prosseguir para um conhecimento mais aprofundado sobre os fatores 
centrais que impactam a constituição do Psiquismo e os processos 
envolvidos em sua formação. 
Agora, prezado (a) aluno (a), observe a imagem abaixo e reflita: 
“Para você, qual imagem define esse conceito?”. 
Figura 3: Uma representação do Psiquismo: como seria?
Fonte: Pixabay
https://www.youtube.com/watch?v=klDfB5EjheY
Psicologia da Aprendizagem18
Fatores que impactam o desenvolvimento 
do Psiquismo
Aspectos Biológicos
Como já vimos brevemente nesta unidade, os aspectos biológicos 
são considerados por algumas abordagens da Psicologia como fatores 
preponderantes na explicação do desenvolvimento psíquico. 
A partir da evolução histórica da Psicologia, apresentada na 
Unidade 1, podemos notar que, à medida que ela se aproxima das 
diretrizes da Ciência Experimental, vai se afastando da Filosofia 
antiga, ou seja, quanto mais ela adota métodos científicos, baseados 
na objetividade, na observação, na precisão, por exemplo, mais ela 
se torna distante das teorias filosóficas e do estudo da mente. Assim, 
é possível identificar que o surgimento da Psicologia está atrelado às 
ciências naturais e ao experimentalismo e, por conseguinte, atribuiu ao 
psiquismo bases biológicas. 
Esse referencial propõe que os fenômenos biológicos têm 
mais concretude que os demais. Sendo assim, as Ciências Humanas 
têm um vínculo irrenunciável com as Ciências Biológicas, uma vez 
que manifestações humanas como a consciência, conhecimento, 
pensamento, linguagem, entre outras, estão ligadas a funções cerebrais 
e, por isso, para essa abordagem, o Psiquismo é considerado “um 
conjunto de características psicológicas de um indivíduo, ou o conjunto 
de fenômenos psíquicos e processos da evolução mental de um 
indivíduo” (DICIONÁRIO INFOPEDIA, 2003).
IMPORTANTE:
A definição de Psiquismo, ou seja, como ele é constituído 
no ser humano, muda de acordo com a abordagem teórica. 
Nesse momento, estamos falando sobre a teoria que se 
aproxima das ciências biológicas. 
Psicologia da Aprendizagem 19
Com isso, podemos destacar algumas linhas teóricas que tiveram 
um papel fundamental no estabelecimento da concepção biológica do 
Psiquismo Humano, como o Behaviorismo, que teve seu surgimento 
favorecido pela mudança no objeto de estudo da Psicologia Científica. 
Como exemplo da relevância dada aos termos biológicos e da influência 
da mudança de objeto de estudo daPsicologia Científica, podemos 
citar o fato de que o Behaviorismo rejeitava a concepção de mente e 
priorizava o estudo de aspectos puramente físicos e observáveis. 
EXPLICANDO MELHOR:
No capítulo 4, estudaremos melhor a teoria Behaviorista, e 
veremos que, para os teóricos desta abordagem, não se 
pode estudar o que não é palpável nem observável; por 
isso, essa abordagem analisa o comportamento observável. 
IMPORTANTE:
Outra importante abordagem que contribuiu para a difusão 
das concepções biológicas foi a Psicanálise. Freud foi um 
médico neurologista e, por isso, obviamente, a herança 
fisiológica estaria em suas obras e teorias, sua teoria é 
metafisica, na qual interpreta-se o comportamento do 
indivíduo utilizando como base três estruturas formadoras 
da Psique humana: ID, EGO e SUPEREGO. Estas seriam 
alimentadas pelos processos vividos conscientes, pré-
conscientes e inconscientes, responsáveis pelas ações e 
pulsões libidinais do indivíduo. 
A teoria Psicanalítica é muito atual e empregada em várias áreas 
do conhecimento científico, desde a clínica tradicional, até ambientes 
organizacionais, educacionais e pesquisas embasadas na área cognitiva 
e das neurociências. 
Psicologia da Aprendizagem20
ACESSE:
Caso você tenha interesse em aprofundar em alguns 
desses temas, leia o artigo: RODRIGUES, Sidarta da Silva. A 
atualidade do projeto freudiano de 1895. Trans. Form. Psicol. 
(Online), São Paulo, v. 2, n. 2, p. 100-113, 2009. Disponível 
em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S2176-106X2009000200006&lng=pt&nrm=iso>. 
acessos em 15 jun. 2019.
Outras conceituações freudianas apresentam correlações com 
os pressupostos biológicos, como os conceitos de Pulsão de Vida e 
Pulsão de Morte, na medida em que atuam com base no princípio 
homeostático (mantendo um equilíbrio entre o interno e o externo, entre 
o indivíduo e o meio). 
SAIBA MAIS:
O conceito de Pulsão não será estudado aqui, pois ele 
se aprofunda na temática Psicanalítica. Caso você tenha 
se interessado e queira aumentar seus conhecimentos a 
esse respeito, assista ao vídeo “A pulsão – Glossário Freud 
| Christian Dunker | Falando daquilo 10”, disponível no canal 
do Youtube: Christian Dunker. Em: https://www.youtube.
com/watch?v=VzLIk5Myfq8.
A Epistemologia Genética também se alimentou das bases 
biológicas. De acordo com CRUXEN (2002), “a área central dos estudos 
Piagetianos seria o terreno das formações cognitivas”. Para Piaget in 
CRUXEN, 2002: 
“as estruturas do conhecimento tornam-se necessárias ao 
cabo de um processo de desenvolvimento, sem o serem 
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000200006&lng=pt&nrm=iso
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-106X2009000200006&lng=pt&nrm=iso
https://www.youtube.com/watch?v=VzLIk5Myfq8.
https://www.youtube.com/watch?v=VzLIk5Myfq8.
Psicologia da Aprendizagem 21
desde o início e não comportam programação prévia. Nas 
formações cognitivas a hereditariedade e a maturação se 
limitam a determinar as zonas de impossibilidade ou de 
possibilidade de aquisições. É esse o relevo das bases 
biológicas do psíquico.” (p.58) 
EXPLICANDO MELHOR:
A teoria Piagetiana segue um raciocínio amparado na 
biologia para explicar o desenvolvimento humano. Para 
esse autor, cada indivíduo evolui cognitivamente de acordo 
com uma previsão maturacional biológica para cada idade. 
Por exemplo, para uma criança de 3 anos é esperado que 
ela já saiba andar e falar, mas ela ainda não tem estrutura 
cognitiva para responder a questões um pouco mais 
complexas, como a divisão e multiplicação, ou, ainda, 
explicar no que os pais trabalham.
Para Piaget, a resposta de um organismo ao meio depende de sua 
estruturação cognitiva e de competências alcançadas pela evolução de 
estágios de Desenvolvimento cognitivo. No entanto, apesar do amparo 
da abordagem biológica, Piaget não a considera como única explicação 
para os fenômenos psicológicos, tampouco privilegia as influências 
ambientais. Entretanto, ele acreditava no impacto desses fatores sobre 
os estágios cognitivos. 
É contundente destacar que, assim como a Epistemologia 
Genética, o Behaviorismo e a Psicanálise não mantiveram uma postura 
rígida na adoção da vertente biológica do Psiquismo. Eles consideraram 
esse ponto de vista como relevante para o esclarecimento dos conceitos 
e explanações de suas teorias, contudo apreciaram outros aspectos 
insidiosos.
Psicologia da Aprendizagem22
Figura 4: Os Níveis do Desenvolvimento Humano
Fonte: Pixabay
Piaget definiu quatro períodos no processo evolutivo humano, 
que são reconhecidos pelo nível máximo de desenvolvimento em cada 
faixa etária ao longo do seu processo de crescimento. São eles:
 • Período Sensoriomotor (0 a 2 anos): 
Esse período vai desde o nascimento até os dois anos de idade, 
o que o caracteriza como um momento de muitas mudanças, pois a 
criança aprende a se equilibrar, sentar-se, andar, se alimentar- desde 
a amamentação aos outros alimentos, e ainda se prepara para o 
desenvolvimento da linguagem.
Conforme exemplifica Dias (2010).
Neste período a atividade cognitiva do sujeito é de natureza 
sensorial e motora, tendo como característica a ausência da 
função semiótica (inicialmente não representa mentalmente 
os objetos). A ação ocorre diretamente sobre os objetos, o 
que irá possibilitar a atividade cognitiva futura. O período 
Psicologia da Aprendizagem 23
que finaliza este momento inicial já inicia a capacidade de 
representação (p. 06). 
Nessa fase, a criança age principalmente por meio de ações 
reflexas e utiliza basicamente percepções sensoriais e esquemas motores 
para a resolução de seus problemas. A criança não possui capacidade 
de representar situações, nem possui noção de tempo passado e futuro. 
A noção de tempo e causalidade é adquirida no decorrer do processo 
de desenvolvimento, por meio do contato com outras pessoas. 
Figura 5: Período Sensoriomotor (0 a 2 anos)
Foto: Freepik
 • Período Pré-operatório (2 a 7 anos): Nessa fase se dá o 
aparecimento da linguagem oral. A criança vai se tornando capaz de 
utilizar esquemas que auxiliam na substituição de ações, situações, 
pessoas e objetos por símbolos (palavras). O pensamento predominante 
é o egocêntrico (no qual a própria criança é tida como referência). Outras 
características dessa fase são o animismo (atribuição de intenções e 
sentimentos a coisas e animais) e a irreversibilidade (a criança identifica 
a possibilidade de retornar mentalmente ao ponto de partida).
Psicologia da Aprendizagem24
Figura 6: Período Pré-operatório (2 a 7 anos)
Figura 7: Período Pré-operatório (7 a 11, 12 anos)
Fonte: Freepik
Fonte: Freepik
 • Período Pré-operatório (7 a 11, 12 anos): Nesse período, 
o egocentrismo é abandonado e a criança começa a estabelecer 
correlações e coordenar pontos de vista diferentes e integrá-los de 
modo lógico. A criança também passa a ser capaz de interiorizar as 
ações, realizando mentalmente operações, e não somente operações 
físicas (sem precisar medir fisicamente objetos para saber qual é o maior).
Psicologia da Aprendizagem 25
Figura 8: Período das operações formais (12 anos em diante)
Fonte: Freepik
 • Período das operações formais (12 anos em diante): Nesse 
período, há uma ampliação das capacidades adquiridas no anterior. 
Assim, ocorre o raciocínio sobre hipóteses, possibilidade de compreensão 
de conceitos abstratos e realização de operações mentais dentro de 
princípios da lógica formal. Esse período se diferencia a infância porque 
aos 12 anos a criança já estabeleceu um padrão de equilíbrio, ou seja, o 
raciocínio cognitivo que ela levará durante sua vida. 
Aspectos Individuais, Sociais e Histórico-
Culturais.
Apesar da importância dos pressupostos biológicos para o 
estudo do Psiquismo, outros fatores, como os aspectos individuais, 
sociais e histórico-culturais, solicitaram atençãopor serem ativos em 
sua formação e permitirem uma compreensão mais ampla e ponderada 
dos fatores envolvidos. 
Psicologia da Aprendizagem26
Os aspectos individuais se referem às características pessoais, 
peculiares, únicas e singulares que os indivíduos possuem. Essas 
características formatam seu modo de existir e se relacionar com o 
mundo. Assim, tais aspectos dizem respeito ao indivíduo e à formação 
do Psiquismo. É, portanto, um fenômeno interno, que se relaciona 
dialeticamente com a objetividade (com o externo). 
Para Leontiev (1978), as características biológicas do indivíduo 
(disposição física, emoções, funcionamento do sistema nervoso, 
emoções e necessidades biológicas) vão se tornando singulares e 
permitindo a diferenciação entre eles. Isso ocorre por meio da apropriação 
da realidade e dos processos de objetivação e da apropriação. 
REFLITA:
Apesar das invariáveis controversas sobre a gênese dos 
elementos individuais, há um entendimento preponderante 
entre autores como Vygotsky (1995) apud Souza & Andrada 
(2013), que, ao se referir a aspectos peculiares do indivíduo, 
considera a parcialidade das origens dos seus elementos 
constitutivos, ou seja, o desenvolvimento do individual ocorre 
à medida que ocorre a dialética entre o interno e o externo. 
Nesse intercâmbio com o meio, o indivíduo se apropria das 
experiências, subjetivando-as e transformando-as em uma 
maneira única e singular de existir. 
Podemos entender, conforme Bock (2004) apud Silva (2009), que 
os aspectos individuais são construções do mundo social individual. 
Dessa forma, Vygotsky foi um importante autor nessa área, pois, 
ao atribuir complexidade à formação do Psiquismo Humano, ampliou 
os estudos, sugerindo novos caminhos. Assim, trouxe o elemento 
histórico-social do desenvolvimento psicológico e introduziu a noção 
de historicidade no Psiquismo Humano (fundamentada no materialismo 
histórico-dialético proposto por Marx e Engels). 
Psicologia da Aprendizagem 27
Vygotsky então indicou que, para se desenvolver, para formar 
suas características individuais, primeiramente deve ocorrer à atividade 
externa (o contato dialético do indivíduo com o ambiente), para posterior 
apropriação cultural e internalizarão pela atividade individual. Sendo 
assim, para que haja apropriação, é necessária a interação com outros 
sujeitos possuidores do conhecimento a serem internalizados. 
VOCÊ SABIA?
Você sabia que o conceito de internalizarão diz respeito à 
imposição que a criança faz a si para assimilar a mesma 
forma de comportamento e condutas sociais em princípio 
impostas a ela por outras pessoas? Pois é, dessa forma, a 
internalização de condutas culturais ocorre inicialmente no 
âmbito externo e, ao ser reconstruído, ocorre internamente.
Com isso, Vygotsky (2008) também aponta a interação dialética 
com o meio social como fonte responsável pelo desenvolvimento de 
importantes funções psíquicas, própria dos seres humanos, como a 
linguagem, a escrita, o cálculo, o desenho, a atenção voluntária, a 
memória lógica e a formação de conceitos, as ações conscientes, o 
pensamento abstrato, entre outras (chamadas de funções mentais 
superiores). 
EXPLICANDO MELHOR:
Então, podemos observar que, apesar de não 
desconsiderar os aspectos biológicos, em sua teoria, 
Vygotsky enfatiza a interação contínua dos aspectos sociais 
no desenvolvimento psicológico. Por isso, não se pode falar 
em mudanças isoladas da personalidade, pois, sob o efeito 
das multiplicidades de fatores, a mudança interna que 
ocorre altera sua estrutura como um todo.
Psicologia da Aprendizagem28
Assim, para o autor, tendo por base a importante correlação entre 
desenvolvimento e aprendizagem, não se pode reduzir a compreensão 
dos fenômenos a determinações de estágios de desenvolvimento. 
Nesse caso, é imprescindível conhecer as relações que permeiam seus 
processos. Para isso, Vygotsky dividiu em três zonas de desenvolvimento 
os espaços de desenvolvimento e execução de atividades, diferenciadas 
pelos níveis de necessidade de interferências e mediação. São elas:
1) Zona de desenvolvimento real: são as capacidades mentais 
de solucionar problemas já alcançados pela criança. Nela, as atividades 
são executadas sem o auxílio do outro. 
2) Zona de desenvolvimento potencial: Capacidade da criança 
de solucionar problemas com a ajuda do outro. O que faz hoje com 
colaboração poderão realizar sozinhos amanhã.
3) Zona de desenvolvimento proximal: está entre a zona 
de desenvolvimento real e a potencial. Refere-se às funções em 
desenvolvimento. 
Vygotsky (1998) apud Souza & Andrada (2013), em sua obra, 
apresenta uma situação para exemplificar os conceitos delimitados: 
duas crianças com idade mental de 8 anos (considera-se que elas 
estão no mesmo nível real de desenvolvimento, em relação ao que 
conseguem fazer sozinhas, sem ajuda). Entretanto, há diferenças entre 
elas: uma conseguia, sem ajuda, resolver problemas correspondentes à 
idade mental de 9 anos, enquanto a outra realizava, sozinha, atividades 
características da idade mental de 12 anos. Essa divergência entre a idade 
mental (exemplo de desenvolvimento real) e o nível que a criança alcança 
ao resolver tarefas com colaboração (exemplo de desenvolvimento 
potencial) é o que o autor denomina Zona de desenvolvimento proximal. 
Psicologia da Aprendizagem 29
Figura 9: Mapa mental sobre as Zonas de desenvolvimento Vygotskyanas
Fonte: Retirado de: https://educandooamanha.blogspot.com/2016/07/drops-pedagogia-
vygotsky-e-zona-de.html (acessado em 17/04/2019)
Zona de desenvolvimento 
proximal
Zona de 
desenvolvimento 
real
Zona de 
desenvolvimento 
potencial
Distancia entre
Se resolve o 
problema de forma 
individual
Se resolve o 
problema com 
ajuda
Assim, podemos perceber que Vygotsky rejeita explicações 
deterministas e naturalizantes sobre o desenvolvimento humano. Seu 
legado privilegia a apropriação da cultura como fator potencializador 
do desenvolvimento psicológicos dos indivíduos (Pasqualini, 2006 apud 
Campos, 2015).
EXPLICANDO MELHOR:
Para Vygotsky, os pensamentos superiores são assim 
considerados por se distinguirem das ações reflexas 
(processos psicológicos elementares); por exemplo, a sucção 
do seio da mãe pelo bebê; as associações simples, como evitar 
o contato da mão com o fogo; e as reações automatizadas, 
como virar a cabeça em direção a um ruído repentino.
Psicologia da Aprendizagem30
Figura 10: Aprendizagem em diferentes culturas – a visão histórico-cultural Vygotskyana
Fonte: Dantadd | Autor: Antônio Cruz/Abr | Wikimedia Commons | CC BY 3.0 BR
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Guajajaras_(m%C3%A3e_e_filho).jpg
Psicologia da Aprendizagem 31
Processos e Constituição do Psiquismo 
Humano
Conforme Libâneo & Freitas (2009), entre os anos de 1924 e 1934, 
Vygotsky iniciou uma pesquisa com a colaboração de psicólogos e 
pedagogos, entre eles A. N. Leontiev e A. R. Luria. Tal pesquisa embasou 
teoricamente a Psicologia histórico-cultural quanto às formulações 
sobre origem e desenvolvimento do psiquismo, processos intelectuais, 
emoções, consciência, atividade, linguagem, desenvolvimento humano, 
aprendizagem.
Nos tópicos abaixo, abordaremos individualmente alguns desses 
elementos, pois são conceitos importantes para a compressão do tema 
em estudo.
Atividade
VOCÊ SABIA?
Você sabia que Libâneo & Freitas (2009), em seus estudos, 
informaram que o conceito de atividade para a concepção 
histórico-cultural é elementar, pois é fundamental para que 
se possa explicar o processo de mediação? Para eles, é a 
atividade que promove a relação entre o homem e a realidade 
objetiva. Dessa forma, o homem não apenas responde 
automaticamente aos estímulos, mas reage ativamente, 
atuando e transformando tanto o meio quanto a si. 
Leontiev (1903-1979), a partir das ideias da teoria histórico-cultural 
da atividade, também a investigou buscando demonstrar que a atividade 
psíquicahumana, como forma singular de atividade humana, expressa 
elementos do desenvolvimento psíquico.
Psicologia da Aprendizagem32
As concepções marxistas também contribuíram para o 
entendimento da atividade, ao sugerir duas premissas: a primeira 
denota que a natureza humana da atividade, ao afirmar que a atividade 
representa a ação humana, promove a relação entre o homem (ativo) 
e o meio; a segunda informa que o desenvolvimento das atividades 
psíquicas, como processos psicológicos superiores, acontece a partir 
das relações sociais, do contexto cultural.
Nesse sentido, entre 1930 e 1940, Leontiev estudou a relação entre 
a atividade humana e os processos internos da mente. Ele entendeu 
que as atividades só se concretizam por meio de ações, operações e 
tarefas se instigadas por necessidades e motivações. Assim, a atividade 
humana se materializa por meio de ações correspondentes: as atividades 
didáticas, por meio das ações de aprendizagem; as atividades físicas, 
por meio de exercícios físicos, entre outros exemplos. 
NOTA:
Em suma, a atividade humana acontece e se materializa 
com uma ação humana, ativa e devidamente motivada 
por uma necessidade. Ela transforma reciprocamente o 
homem e o social, à medida que eles interagem. Esses 
eventos, além de permitirem a visualização de elementos 
do desenvolvimento psíquico, podem promover o 
desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 
Psicologia da Aprendizagem 33
Figura 11: Atividade Psíquica e aprendizado
Fonte: Pixabay
Fonte: Freepik
Figura 12: Desenvolvimento humano na perspectiva sócia histórica
Psicologia da Aprendizagem34
Identidade
Segundo Silva (2009), os termos subjetividade, individualidade, 
personalidade e identidade são, na Psicologia, utilizadas com frequência 
para fazer menção ao seu objeto de estudo, referindo-se a seus processos 
ou resultados ou atuando sobre o entendimento desse objeto. Autores 
brasileiros vinculados ao pressuposto histórico-cultural utilizam, por 
vezes, os referidos termos como sinônimos ou dão prioridade a algum 
em detrimento de outro, por considerarem que um deles retrataria 
melhor as peculiaridades do assunto. 
Assim: 
“na Psicologia histórico-cultural (para alguns a Psicologia 
sócio histórica), que tem em seus fundamentos teórico-
metodológicos as produções de Vygotsky, Leontiev, Luria e 
outros autores soviéticos, o objeto de estudo é a consciência, 
mas, para compreendê-la, é necessário considerar os 
processos que a constituem e fazem com que seja constituída. 
Entre estes estão a subjetividade, a individualidade, a 
personalidade e a identidade (SILVA, 2009, n.p.)”.
Com isso, alguns conceitos que diferenciam esses termos são 
apresentados no estudo dessa autora. No entanto, mesmo sabendo que 
todos são termos que participam da constituição e compreensão da 
consciente e, apesar da proximidade entre os termos, nos restringiremos 
a adentrar somente o conceito de identidade.
Psicologia da Aprendizagem 35
DEFINIÇÃO:
O conceito de identidade é um termo complexo estudado 
por diversas abordagens das Ciências Humanas, como a 
Psicologia, a Sociologia e a Antropologia. Para Stuart Hall 
(2011), existem três tipos de identidades categorizadas 
de acordo com o período histórico: identidade do sujeito 
iluminista (identidade como um núcleo interno do homem; 
esse núcleo é imutável ao longo da vida); identidade do 
sujeito sociológico da idade moderna (existe um núcleo, mas 
ele é modificado no contato social); e identidade do sujeito 
pós-moderno da atualidade (para esse período, a identidade 
é vista como fragmentada, havendo várias identidades). Ele 
também menciona as identidades culturais como sendo 
“aqueles aspectos de nossas identidades que surgem de 
nosso ‘pertencimento’ a culturas étnicas, raciais, linguísticas, 
religiosas e, acima de tudo, nacionais”. (HALL, 2011, p.8)
Dessa forma, como você já pode imaginar, não há um consenso 
sobre o tema. Entretanto, seguiremos com o objetivo de abordar a 
identidade e suas influências sobre o Psiquismo Humano a partir de um 
olhar mais amplo. 
IMPORTANTE:
Nesse sentido, podemos então destacar Silvia Lane 
e Antonio da Costa Ciampa, que, na década de 1980, 
realizaram pesquisas em Psicologia Social, amparados 
teoricamente nos estudos de Vygotsky e Leontiev. Esses 
autores desenvolveram seus trabalhos posicionando-
se criticamente em relação à psicologia burguesa, que 
entendia a identidade (referida pelo termo personalidade) 
como algo individual, que, mesmo com interferências 
externas, originava-se do indivíduo. Assim, abandonaram o 
termo personalidade, preferindo utilizar o termo identidade, 
por entenderem que este trata a constituição do eu de 
forma crítica, multifatorial e dinâmica (SILVA, 2009).
Psicologia da Aprendizagem36
Para Ciampa 1987 apud Faria & Souza (2011), identidade é como 
metamorfose. Ela está sujeita a transformações constantes e pode, 
assim, ser entendida como uma consequência temporária da relação 
entre fatores como a história de vida do indivíduo, seus projetos e seu 
contexto histórico e social. Ou seja, sugere que a identidade é dada a 
cada diferente momento (possuímos várias identidades visíveis nos 
diferentes papéis que exercemos), não sendo algo pronto, atemporal e 
imutável. Ela está em um contínuo processo. 
Ainda segundo o autor: “[...] identidade é o reconhecimento 
de que é o próprio de quem se trata; é aquilo que prova ser uma 
pessoa determinada, e não outra”. (CIAMPA, 2007 apud WONSOSKI 
& DOMINGUES, 2015). Para ele, ela se estabelece na relação entre 
diferença e igualdade, posto que alguns elementos nos aproximam e 
nos diferenciam uns dos outros (como o nome, que nos diferencia, e o 
sobrenome, que nos traz uma relação de parentesco). 
EXPLICANDO MELHOR:
Para entender a dinâmica e o processo de formação 
da identidade, Ciampa utilizou o método da narrativa, e 
empregou também as categorias atividade (entendida 
como ação, trabalho) e consciência para alcançar o 
conhecimento sobre os conteúdos que participam da 
formação da identidade. Assim, o indivíduo narrava os 
fatos sobre si, sobre sua história e, com base nesse relato 
permeado pela consciência, era possível observar e 
conhecer o processo de individualização do sujeito na 
atividade humana atuando sobre a formação da identidade.
Psicologia da Aprendizagem 37
Figura 13: O que é Identidade?
Fonte: Freepik
Psicologia da Aprendizagem38
Processos e constituição do 
psiquismo humano: consciência, 
emoções, pensamento e linguagem do 
desenvolvimento humano.
Consciência
Meu caro (a), para compreender o conceito de consciência como 
componente formador do Psiquismo, é preciso primeiramente saber 
que, para os teóricos sócios históricos, a composição dela se deve à 
dinâmica dialética entre o meio social e a criança (LORDELO, 2007 
apud CASTRO & ALVES, 2012). 
DEFINIÇÃO:
Termo criado por Karl Marx e Friedrich Engels para 
compreender os fenômenos sociais que aconteciam em seu 
país. Essa concepção filosófica defendia que o ambiente, o 
organismo e os fenômenos físicos tanto modelam animais 
irracionais e racionais, sua sociedade e cultura quanto são 
modelados por eles, ou seja, que a matéria está em uma 
relação dialética com o psicológico e o social (fonte: https://
pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_dial%C3%A9tico).
A consciência trabalha com signos formadores da linguagem, 
conforme afirmam Saviani (2013) apud Pollon & Padilla (2017):
“a consciência é resultante do desenvolvimento da linguagem 
e, portanto, do emprego dos signos, ou seja, um lastro social e 
simbólico que, desvinculado do processo evolutivo biológico, 
demarcou o desenvolvimento socialmente histórico do ser 
humano.” (POLLON & PADILLA, 2013, p. 86).
https://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_dial%C3%A9tico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Materialismo_dial%C3%A9tico
Psicologia da Aprendizagem 39
SAIBA MAIS:
Signo é a linguagem propriamente dita, que pode ser 
expressa porpalavras, sinais, sons etc... Esse signo produz 
um significante, que é o elemento perceptível na linguagem, 
o produto dela, enquanto o conceito da linguagem é 
chamado de significado. Vejamos um exemplo: Alguém 
fala, escreve, interpreta em libras a palavra “Cachorro” – o 
que foi visto e decodificado por você é o significante, e o 
que você tem como conceito de cachorro é o significado. 
Figura 14: Signos
Fonte: Freepik
Psicologia da Aprendizagem40
REFLITA:
Agora, convido você, leitor, a fazer uma breve reflexão. Leia 
o quadro [[saiba mais]] e responda apenas mentalmente: 
“Você acredita que todos têm o mesmo conceito de 
cachorro”? Como é essa relação entre o individual e 
biológico, no sentido de consciência, linguagem, sensação, 
percepção e meio social? Os cachorros com que uma 
pessoa interage estão sempre soltos, enquanto outros 
só saem à noite: isso exerce alguma influência? Agora 
vamos um pouco mais além: transfira essa reflexão para a 
sala de aula. Como você enxerga a relação dialética entre 
indivíduos e escola? 
Para fortalecermos a discussão a respeito de consciência, 
vejamos a interpretação de Aita & Tuleski, 2017. 
“A consciência possui uma natureza social, e se desenvolve 
pela maneira como o indivíduo se apropria da objetividade 
da realidade. Ao apreender os significados sociais, o indivíduo 
pode dar a eles um significado pessoal relacionado com suas 
experiências particulares, com as suas necessidades, seus 
motivos e sentimentos, ou seja, com a sua própria vida” (AITA 
& TULESKI, 2017, p. 101). 
Ou seja, a linguagem compartilhada provoca um efeito em quem 
ouve, mas também em que fala. Esse efeito não é só ouvir e decodificar, 
mas sim coordenar comportamentos, sensações e a consciência do 
outro e de si mesmo. Por isso, o estudo de classes sociais, relação 
social, dentre outras variáveis culturais, é essencial (CASTRO & ALVES, 
2012). Para os autores histórico-culturais, o processo de construção da 
linguagem deve ser estudado em meio ao social, pois este, com seu meio 
de produção e seu produto material, influencia diretamente a relação 
do indivíduo com o material, refletindo a concepção do psiquismo. Essa 
Psicologia da Aprendizagem 41
relação, por sua vez, não é imutável, tendendo a se modificar à medida 
que o indivíduo atribui novos sentidos ao que foi apropriado por ele da 
realidade (AITA & TULESKI, 2017). 
Emoções
Podemos dizer que o indivíduo tem acesso às emoções pelos 
neurônios sensoriais, presentes nos órgãos dos sentidos, e pelos neurônios 
presentes na região cerebral que decodifica os sinais. A sensação do 
estímulo é biológica, mas a interpretação (percepção) dela é subjetiva, esse 
é um exemplo básico de como os mecanismos biológicos influenciam os 
processos cognitivos e, como vimos anteriormente, influenciam também a 
consciência, a linguagem e a subjetividade (Magiolino, 2014). 
IMPORTANTE:
Ao estudar o conceito de Psiquismo Humano em Vygotsky, 
unimos sensação com subjetividade humana, e vemos 
que o contexto social pode influenciar na maneira como 
elaboramos as sensações, ou seja, a sensação de quebrar 
um dedo é assimilada mundialmente da mesma maneira, 
pelos neurônios nociceptivos, mas a percepção dessa dor 
pode sim, se modificar de acordo com a cultura do povo, 
para alguns a dor pode ser algo mais significativo. Essas 
interpretações são parte da constituição da subjetividade 
humana. Como exemplifica Magiolino:
“Para compreender o modo como às emoções 
significam nas relações sociais e no processo 
dramático de constituição do sujeito, é necessário 
compreender essa intrincada relação da emoção 
com as demais funções psicológicas na consciência 
que, emerge na/pelas relações sociais. Isso nos 
leva a indagar sobre as posições sociais ocupadas 
pelos sujeitos e pelos sujeitos que se emocionam na 
dinâmica das interações.” (MAGIOLINO, 2014, p. 51).
Psicologia da Aprendizagem42
Ainda sobre as emoções, podemos dizer que elas fazem parte 
das funções psicológicas superiores, não somente para garantir a 
sobrevivência da espécie, mas também para organizar a vida de cada 
indivíduo em seu meio. Um exemplo disso é o indivíduo preocupado 
com uma iminente chuva. A preocupação (ansiedade) só é possível 
se ele tiver memória, pois se lembrará de algum evento traumático 
vivenciado anteriormente. O homem se diferencia dos demais animais 
por essa capacidade, “o planejamento das ações futuras”, o que resultou 
em nossa evolução. As emoções por sua vez diferem o indivíduo entre 
si, pois cada ser interpreta diferentemente um evento, isso proporciona a 
individualidade/subjetividade e, ao mesmo tempo, modifica o ambiente.
DEFINIÇÃO:
As funções psicológicas superiores são: atenção, memória, 
imaginação, pensamento e linguagem. 
Figura 15: Emoções e catarse no Teatro
Fonte: Freepik
Psicologia da Aprendizagem 43
IMPORTANTE:
É importante pensar que emoção é diferente de sentimento, 
pois a emoção se deve a um processo inconsciente, 
involuntário. Como nos traz Garcia:
“As emoções são caracterizadas pelas vivências 
afetivas mais simples, que estão relacionadas 
à satisfação e à insatisfação das necessidades 
orgânicas, tais como as sexuais, de alimento, de saciar 
a sede, de defender-se dos perigos diários e tantas 
outras. Também pertencem ao grupo das emoções as 
reações afetivas relacionadas às sensações, as quais 
exercem grande influência na vida do indivíduo, uma 
vez que são provocadas pelos objetos e fenômenos 
da realidade.” (GARCIA, 2005).
Ainda, para a mesma autora, os sentimentos, dotados de processo 
cognitivo, são parte construtiva do Psiquismo Humano. 
“Os sentimentos são diferentes das emoções, pois estão 
relacionados às necessidades que vão sendo criadas no 
processo de desenvolvimento da sociedade; dependem das 
condições de vida, especialmente das necessidades dos 
homens de se relacionarem entre si. São inseparáveis das 
necessidades culturais. Fundamentadas na Teoria Histórico-
Cultural, sabe-se que não existe atividade cognitiva desprovida 
de sentimentos ou reações emocionais.” (GARCIA, 2005).
Psicologia da Aprendizagem44
Pensamento e Linguagem do 
Desenvolvimento Humano
O pensamento e a linguagem estão diretamente relacionados 
ao desenvolvimento humano, pois o desenvolvimento é o produto das 
atividades mentais superiores, as quais estão envolvidas no processo de 
aquisição, retenção e uso do conhecimento, por meio do pensamento e 
linguagem. Juntos, eles compõem a cognição.
DEFINIÇÃO:
Cognição é a capacidade de processar informações e 
transformá-las em conhecimento. 
Figura 16: Pensamento/Cognição
Fonte: Freepik
Psicologia da Aprendizagem 45
Enquanto para Vygotsky a linguagem e o pensamento são fruto 
da interação sociocultural do indivíduo, para Piaget a Inteligência é:
“a solução de um problema novo, é a coordenação dos meios 
para atingir um certo fim, que não é acessível de maneira 
imediata; enquanto o pensamento é a inteligência interiorizada 
e se apoiando não mais sobre a ação direta, mas sobre um 
simbolismo, sobre a evocação simbólica pela linguagem, 
pelas imagens mentais, etc...” (PIAGET, 1987, n.p.).
A teoria genética de Piaget defende um sistema de operações 
interiorizadas e simbólicas que, posteriormente, serão convertidas em 
pensamento. As ações desenvolvidas pela criança até então serão 
atividades de autoconhecimento e de exploração do ambiente, as quais 
a farão superar as fases iniciais do desenvolvimento.
REFLITA:
Acerca do que foi discutido até o momento, trazemos a 
você, futuro pedagogo, as seguintes indagações: Você 
consegue explicar o que é pensar? O que é pensamento? 
Quando adquirimos a capacidade de pensar? O que é 
linguagem? Como a linguagem influencia o pensamento? 
Qual a relação entre memória, pensamento e linguagem? 
Para responder a algumas das indagações acima, poderíamos 
recorrer às fases do desenvolvimento infantil, quando a criança começa 
a desenvolver seupensamento abstrato e, assim, pode solucionar 
problemas. Então, se pensar é a capacidade de solucionar um problema 
por meio de um pensamento abstrato, como seria esse processo 
cognitivo?
Podemos então dizer que, para resolver um novo problema, 
é necessário o uso das capacidades cognitivas. A cognição se refere 
Psicologia da Aprendizagem46
às atividades mentais envolvidas na aquisição, retenção e no uso do 
conhecimento, que são: a Percepção, a Aprendizagem e a Memória 
(PINTO, 2011). 
Dizer também que “Pensar” inclui duas representações mentais 
conscientes a fim de produzir inferências e conclusões. São elas: Imagens 
Mentais e Conceitos. As imagens mentais são a representação mental 
de objetos ou eventos passados, e os conceitos são os agrupamentos de 
ideias a respeito de um objeto (HOCKENBURRY, 2001). Nessa categoria, 
é possível compreendermos a relação entre o meio e o indivíduo, pois, 
para os autores sócio históricos, ela interfere na formação de conceitos. 
Figura 17: Pensamento e Linguagem
Fonte: Freepik
REFLITA:
Para finalizar essa unidade com um tema tão amplo, 
gostaríamos de chamar atenção a temas atuais e que, por 
estarem presentes no meio social, moldam a nossa psique. 
São eles: gênero, tecnologias, bullying. E você? Consegue 
identificar algum? 
Psicologia da Aprendizagem 47
SAIBA MAIS:
Agora imagine uma pessoa que tenha vivido fora do ambiente 
social. Como você acha que seria o desenvolvimento de 
sua linguagem e pensamento? Reflita sobre a questão da 
estimulação e, após isso, assista ao filme: A Maçã – 1999, 
dirigido por Samira Makhmalbaf. É uma excelente história, 
vencedora do prêmio Troféu Sutherland, sobre duas 
crianças privadas do convívio social. Conheça essa história 
e compare com as fases de desenvolvimento Piagetianas e 
com a questão Vygotskiana acerca da relação entre meio 
social e desenvolvimento. 
Então, até agora está tudo entendido, só temos mais uma unidade 
para finalizar a disciplina.
Chegamos a mais um passo de nossa linga trilha de aprendizado, 
espero que cada momento de reflexão, colabore com o seu crescimento 
para ser um profissional de excelência.
Nos encontraremos em breve.
Psicologia da Aprendizagem48
BIBLIOGRAFIA
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