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Anna Raphaella – Medicina UFG 68 RETINOBLASTOMA Introdução: > É um tumor intraocular maligno derivado de células jovens (blastos) da retina > Origina-se de células neurais embrionárias na retina > Epidemiologia: • Mais frequente em crianças de 1 ano • Afeta um olho (75%) ou os dois (25%) em ambos os sexos • Apresenta grande morbidade e pode causar cegueira • Casos esporádicos (60 a 70%) e casos germinativos (30% a 40%) > Etiologia: • Gene recessivo (mutação do gene Rb localizado no braço longo do cromossomo 13) • Em caso de dominância total, o tumor se desenvolve bilateralmente Genética – teoria de knudson: > Utiliza-se a teoria de Knudson para explicar a biologia do tumor > Dependendo da célula em que ocorre a mutação do gene Rb, os retinoblastomas podem ser chamados de esporádicos ou germinais • Esporádicos: a maioria se manifesta depois do primeiro ano de vida • Germinais: a maioria se manifesta no primeiro ano de vida > São necessárias 2 mutações distintas para originar o retinoblastoma > Em casos esporádicos: • Mutações simultâneas nos 2 alelos de uma mesma célula retiniana > Em casos germinais: • A primeira mutação herdada de um dos pais através de células da linhagem germinativa (estaria presente em todas as células do indivíduo) • A segunda mutação acomete o outro alelo e se dá em células somáticas da retina (leva à inativação do gene e aparecimento da doença) Quadro clínico: > Leucocoria (“reflexo do olho de gato”) • Mancha branca que surge no espaço comprometido da pupila • É na verdade a visualização do descolamento da retina pelo tumor através do cristalino > Estrabismo • Surge quando o tumor se origina da mácula (local de melhor percepção luminosa na retina) • O paciente é forçado a desviar o olhar gradativamente devido a perda da visão central > Inflamação da órbita > Hifema (sangue na câmara anterior) > Heterocromia (duas íris com cores diferentes) > Aumento da pressão intraocular → neovascularização da íris Geralmente são indolores até que ocorra glaucoma à inflamação ocular > Complicações: • infiltração do nervo óptico → alcança SNC ou líquor → metástases Anamnese: > Investigar história familiar • Avaliar irmão e pais • Realizar teste genético nos pais para descobrir quem é o portador da mutação Exame físico: > Inspeção: reflexo pupilar branco Diagnóstico: > Quadro clínico + exames complementares > Oftalmoscopia • Mostra uma ou mais massas brancas vascularizadas, com pontos calcificados > USG: • Evidencia presença ou ausência de massa Anna Raphaella – Medicina UFG 68 > TC do crânio • Determina possíveis opacidades no globo ocular • Avalia presença de metástases no SNC • Avalia retinoblastoma trilateral (quando pineal também é acometida) > Teste genético • Avaliar mutações > Diagnóstico diferencial: • Doença de Coats • Toxocaríase ocular • PHPV • Fibroplasia retrolental • Hemorragias no olho • Angiomatose da retina Tratamento: > Depende do tamanho e localização do tumor > Tumores intraoculares: • Crioterapia • Laserterapia • Colocação de placa de cobalto ou iodo • Radioterapia • Quimioterapia • Fotocoagulação > Tumores extraoculares: • Quimioterapia • Radioterapia • Enucleação > Tumores avançados: • Remoção do globo ocular (enucleação) Anna Raphaella – Medicina UFG 68
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