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Teoria do Condicionamento de Skinner
Fundado por John B. Watson, o Comportamentalismo pretendia dar à Psicologia o status de ciência objetiva, propondo como objeto de estudo o comportamento observável, posto que seus teóricos defendiam a primazia deste como fonte dos dados psicológicos, e como método a observação direta, desenvolvendo uma série de estudos e experimentos sobre psicologia animal e tentando aplicar os princípios e técnicas aí utilizados aos seres humanos.
Segundo Marx e Hillix (1973) seus mais importantes postulados foram os seguintes:
 O comportamento compõe-se de elementos de resposta e pode ser cuidadosamente analisado por métodos científicos, naturais e objetivos.
 O comportamento compõe-se inteiramente de secreções glandulares e movimentos musculares; portanto, é basicamente redutível a processos físico-químicos;
 Existe uma resposta imediata, de alguma espécie, a todo e qualquer estímulo eficaz; toda e qualquer resposta tem alguma espécie de estímulo. Assim, existe no comportamento um rigoroso determinismo de causa e efeito.
 Os processos conscientes, se é que existem, não podem ser cientificamente estudados; as alegações sobre a consciência representam tendências sobrenaturais e como remanescentes das fases teológicas e pré-científicas da psicologia devem ser ignoradas.
Torna-se evidente, então, a base positivista destes pressupostos e, por conseqüência, do Sistema, concebendo homem e mundo como duas coisas distintas, sendo o primeiro produto do segundo. Nesta perspectiva, a realidade é o mundo em si, tal como ele está posto.
O behaviorismo nos apresenta basicamente duas teorias que tentam explicar o processo de aprendizagem: a teoria do CONDICIONAMENTO CLÁSSICO, de Ivan P. Pavlov, e a do CONDICIONAMENTO OPERANTE OU INSTRUMENTAL, de B. F. Skinner.
A teoria desenvolvida por Pavlov surgiu a partir de um experimento onde ele tentava estudar o processo de salivação de um cão sob o ponto de vista fisiológico. Para isto, Pavlov criou um aparelho onde o animal era imobilizado para evitar interferências de outras variáveis indesejadas e apresentava a este uma bacia com alimento diante da qual, por um processo natural inato, ele começava a salivar. Através de um procedimento cirúrgico foi introduzido nas glândulas salivares do animal um cateter por meio do qual a saliva podia ser recolhida e estudada. Por mero acaso, todas as vezes que o alimento era apresentado uma campainha tocava. Após o fato se repetir umas 20 ou 40 vezes, Pavlov observou que a saliva escorria apenas com o som da campainha, mesmo sem a presença de alimento, concluindo assim que o novo estímulo (som da campainha) substituíra o efeito do estímulo original (alimento). Destarte, um estímulo anteriormente neutro tornou‑se capaz de substituir um estímulo incondicionado na produção de um reflexo inato. Um esquema representativo deste tipo de condicionamento ficaria mais ou menos assim:
Em suma, a apresentação de um estímulo neutro concomitantemente, ou antes, de um estímulo incondicionado por um certo número de vezes determinará a resposta na presença apenas do estímulo neutro, que passa a ser condicionado.
 O condicionamento operante é descrito a partir do experimento realizado por Skinner com ratos brancos. Este experimento consiste em uma caixa (denominada caixa de Skinner) dotada de uma pequena alavanca interna que, quando pressionada leva uma gotícula de água para o seu interior, podendo esta alavanca ser manipulada também externamente pelo experimentador. O rato, privado de água por 48 horas, é colocado nesta caixa e recebe água todas as vezes que executa um comportamento desejado. Primeiro quando olha para a alavanca, depois somente quando a toca e, por fim, quando a pressiona. Após se repetir este processo um certo número de vezes, o animal passa a emitir a resposta para obter a água sem a ajuda do experimentador, instalando‑se então o condicionamento. Neste caso, a água funciona como reforço na consolidação de uma resposta emitida casualmente pelo sujeito (pressionar a barra). Diz‑se então que a resposta foi instrumental, pois o sujeito agiu primeiro sobre o ambiente para depois ser recompensado. Poderíamos esquematizar o condicionamento operante da seguinte forma:
 
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Observe que no condicionamento Skinneriano não é a conexão estímulo‑resposta que é fortalecida (como ocorre no clássico), mas o condicionamento como uma classe de comportamento. Ou seja, o que é fortalecida é a tendência geral para produzir uma resposta.
Podemos observar ainda, na descrição do experimento, que a resposta final desejada não foi obtida imediatamente, mas, de fato, o experimentador reforçou comportamentos que se aproximavam dela. Seria muito pouco provável que o rato, num primeiro momento, se empenhasse na tarefa de pressionar a alavanca. No caso do experimento de Skinner isto pode ser observado quando se reforça o rato no momento em que ele olha para a barra, depois quando a toca e, por fim, quando a pressiona ‑ comportamento final desejado. Este processo recebe o nome de MODELAGEM, definida como o reforçamento de comportamentos que se aproximam gradativamente do comportamento final que se deseja que o sujeito desenvolva. Para Skinner, este processo é de extrema importância no desenvolvimento de uma aprendizagem. 
No entanto, se é retirado o reforço diante da resposta condicionada, esta tende a desaparecer paulatinamente, até que se extingue por completo, num processo que se convencionou chamar de EXTINÇÃO. Por outro lado, se algum tempo após o sujeito ter sido submetido ao processo de extinção, deparar-se novamente com a situação, a resposta condicionada reaparece, embora mais frágil. A isto, dá‑se o nome de RECUPERAÇÃO ESPONTÂNEA.
Neste ponto, torna‑se importante clarear algumas diferenças fundamentais entre os dois tipos de condicionamento, o que passo a fazer com a transcrição de um trecho do livro "Psicologia da Aprendizagem", de Dinah Martins de S. Campos (Campos, 1983):
"Tais diferenças são encontradas na relação entre a resposta condicionada e o evento que a reforça, e podem referir‑se ao seguinte:
a. Classes de resposta: (1) No condicionamento clássico: a resposta condicionada e a não‑condicionada pertencem à mesma classe. O estímulo incondicionado ‑ carne, e o condicionado ‑ som, provocam a mesma resposta, isto é, a salivação; (2) No condicionamento instrumental: as duas respostas pertencem a classes diferentes. Assim, a resposta condicionada ‑ pressão da barra, reforçada pela água, pouco tem em comum com a resposta incondicionada ‑ beber a água;
b. Relações contingentes entre estímulos condicionados e incondicionados: (1) No condicionamento clássico: neste, o reforço acha‑se sob o controle do experimentador, que faz aparecer o alimento ‑ estímulo incondicionado depois de um intervalo de tempo padrão, quer o cão responda ou não à campainha ‑ estímulo neutro a ser condicionado; (2) No condicionamento instrumental: o reforço é controlado pelo organismo que desenvolve um comportamento; o rato só recebe o estímulo reforçador, isto é, a água, se produzir a resposta condicionada de pressionar a barra."
Posto isto, resta‑nos apenas acrescentar que, para Skinner, aprendizagem define‑se como uma mudança na probabilidade de emissão de uma resposta, propondo, para a condução de um processo de aprendizagem eficiente, a Instrução Programada e as Máquinas de Ensinar. A primeira consiste numa série de problemas que se sucedem onde, a cada resposta emitida, o sujeito é reforçado e, só então, pode passar à questão seguinte. Este instrumento, segundo Skinner, eliminaria dois problemas fundamentais dos atuais sistemas de ensino. O primeiro deles refere-se à garantia do reforçamento positivo e sua pertinência. Entenda-se por reforço positivo aquele que aumenta a probabilidade da emissão da resposta, e não necessariamente aquele que é agradável ou adequado. Nas escolas atuais os reforços negativos (que diminuem a freqüência de uma resposta indesejada) são usados abundantemente em detrimento do positivo, o que garantea eliminação do comportamento indesejado, mas não garante a aquisição do desejado. Quanto à pertinência, refere-se ao elemento escolhido como estímulo reforçador, à sua eficácia e relação com o comportamento a ser reforçado.
O segundo problema está no momento de apresentação do reforço, tarefa delicada e, via de regra, mal conduzida pelos professores tradicionais.
 As máquinas de ensinar referem‑se a um processo semelhante, só que executado através de máquinas, onde o sujeito só teria acesso ao problema seguinte após haver respondido adequadamente ao anterior e ser devidamente reforçado.
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