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VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA 
VII ENCONTRO DE ZOOTECNIA – UNESP DRACENA 
DRACENA, 05 E 06 DE OUTUBRO DE 2011 
 
1 
 
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO NAS INDÚSTRIAS DE ALIMENTO 
PARA ANIMAIS 
 HENYEI, A.C.C.A.
1
, SOUZA, T.O.
1
,CRUZ, V.C.
2 
 
1 
Graduandos em Zootecnia- UNESP/ Dracena. anne_antonioli@hotmail.com, 
2 
 
Profa. Dra. Faculdade de Zootecnia – UNESP/ Dracena. valquiria@dracena.unesp.br 
 
INTRODUÇÃO 
Nas indústrias tornou-se um requisito manter uma boa qualidade do produto para 
ter sua comercialização, ou seja, proporcionando ao animal um alimento inóculo e 
saudável. Segundo Petri (2002), define a qualidade das rações em quatro grandes 
aspectos que são: nutricional, técnico, segurança para os animais, ambiente e 
consumidores e finalmente a qualidade emocional. 
Assim, uma das formas para se ter um alto padrão de qualidade foi a implantação 
do Programa de Boas Práticas de Fabricação (BPF), que compreende fundamentos que 
atuam nas instalações da indústria, passando por rigorosas regras de higiene pessoal e 
limpeza do local de trabalho (lavagem das mãos, uso de uniforme, disposição correta de 
todo o material utilizado nos banheiros e o uso de sanitizantes) até a descrição, por 
escrito, de todos os procedimentos que ocorrem no processamento do produto. 
A aplicação da Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC) para 
produção de alimentos contou com a cooperação e participação da National Aeronautics 
and Space Administration (NASA), desenvolvendo alimentos para o programa espacial 
dos Estados Unidos. Objetivava aproximar de 100% a garantia contra a contaminação por 
bactérias patogênicas e vírus, toxinas e riscos químicos e físicos que poderiam causar 
doenças ou ferimentos para os astronautas. Até 1971 o sistema APPCC era composto de: 
análise de riscos; determinação dos pontos críticos de controle (PCCs) e monitoramento 
dos PCCs. O National Advisory Committee on Microbiological Criteria for Foods 
(NACMCF), em 1989, adicionou mais quatro componentes: critérios de controle para cada 
PCC; medidas corretivas; sistema de registro de dados; procedimentos de verificação 
(ABDALLAH, 1997). 
Muito embora os programas BPF/APPCC estão bem definidos na indústria de 
alimentos, não está suficientemente clara a aplicação na produção animal. O objetivo 
principal a ser alcançado com programas BPF é a segurança alimentar, devido ao 
crescente aumento das doenças de origem alimentar. Os agentes causadores das 
doenças alimentares podem ser resumidos segundo três grandes grupos: físicos, 
biológicos e químicos. No passado, os agentes químicos eram menos perceptíveis; 
porém, passaram a ter importância atual devido aos resíduos de drogas em carcaças, as 
novas formas de agentes etiológicos de doenças (príons), a eventual presença de toxinas 
naturalmente presentes nos alimentos, as toxinas formadas em ingredientes e a 
transferência de substâncias tóxicas ao alimento por contaminação ambiental 
(ANARUMA, 2004). 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que através da Lei 6.198 
de 1974, é responsável pela inspeção e fiscalização obrigatória dos produtos destinados à 
mailto:anne_antonioli@hotmail.com
mailto:valquiria@dracena.unesp.br
VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA 
VII ENCONTRO DE ZOOTECNIA – UNESP DRACENA 
DRACENA, 05 E 06 DE OUTUBRO DE 2011 
 
2 
 
alimentação animal, tornou obrigatória a implantação das BPF nas indústrias fabricantes e 
fracionadoras de alimentos para animais (ANARUMA, 2004). 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
Nos últimos anos, vários foram os casos de contaminação de produtos de origem 
animal: em 1987 a BSE (Encefalopatia Espongiforme Bovina) surgia nas manchetes e a 
indústria de alimentação animal foi responsabilizada como a origem do problema; o 
mineral chumbo foi encontrado no leite em 1989, sendo declarado ter sido originário de 
rações contaminadas; em 1998, o caso de dioxina de polpa cítrica originada do Brasil; em 
2000, a dioxina foi identificada em gorduras usadas em rações; em dez/08 a carne suína 
da Irlanda exportada a pelo menos 15 países estava contaminada com dioxina. O último 
caso foi da carga de carne de frango brasileira rejeitada pela Coréia, que alegou a 
presença de cloranfenicol (ANARUMA, 2004). 
As rações fazem parte do sistema produtivo animal e, quando usadas 
intensivamente, representam cerca de 60% a 80% dos custos de produção animal, sendo 
que a qualidade das mesmas deve ser garantida (BELLAVER, 2004), uma vez que as 
rações têm relação direta com a segurança alimentar, essa deve ser mantida e provada 
em caso de questões judiciais. A legislação não permite que os produtos animais façam 
mal à saúde da população e, portanto devem oferecer garantia de seu uso, com seguros 
para o caso de conflitos (ANARUMA, 2004). 
Em um sistema de produção de ração, Mendes (2003) exemplificou os principais 
pontos a serem minuciosamente supervisionados e quando bem sucedidos, a abordagem 
de um eventual problema é facilitada. Os pontos são: recepção, armazenagem, moagem, 
dosagem e mistura, extrusão, secagem, engorduramento, resfriamento, ensaque, 
devendo as normas de BPF e APPCC cuidadosamente aplicadas em cada etapa da 
produção. 
Para um bom aproveitamento do produto final, os cuidados devem estender-se 
além das limitações da fábrica. Quando o transporte é feito a longas distâncias e em 
caminhões abertos, o material deve ser protegido por lonas, evitando absorção de 
umidade em casos de intempéries e, os sacos dos produtos que ficam na superfície 
devem ser os primeiros a serem utilizados, devendo ser a descarga monitorada, para 
evitar que essas embalagens sejam as últimas dos blocos na estocagem (BUTOLO, 
2002). 
A produção da indústria de alimentação animal no Brasil registrou crescimento da 
ordem de 4% em 2010. De janeiro a novembro de 2010 foram produzidas mais de 55 
milhões de toneladas de rações, de acordo com dados do Sindicato Nacional da Indústria 
de Alimentação Animal (Sindirações). O Sindirações estimou fechamento do ano com 
produção de quase 61 milhões de toneladas de ração que devem movimentar cerca de 
US$ 16 bilhões, além de dois milhões de toneladas de sal mineral com receita de US$ 1,1 
bilhão (FARMPOINT, 2010). 
VIII SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS DA UNESP – DRACENA 
VII ENCONTRO DE ZOOTECNIA – UNESP DRACENA 
DRACENA, 05 E 06 DE OUTUBRO DE 2011 
 
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Segundo Bellaver (2004), novos paradigmas de qualidade de produtos estão 
sendo adotados e o conceito de segurança na produção animal à mesa do consumidor é 
essencial e prioritário. 
 
 
CONCLUSÃO 
Para a fabricação de alimentos e rações é indispensável um controle de 
qualidade, para assim poder oferecer produtos seguros. Os Programas de BPF e APPCC 
devem ser aplicados de forma clara e coerente, prevenindo eventuais falhas durante os 
processos de produção do alimento a ser comercializado, preservando a saúde humana e 
animal. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABDALLAH, R. R.. Uma experiência de aplicação do sistema APPCC (Análise de 
Perigos em Pontos Críticos de Controle) em uma indústria de laticínios. 1997. 2 f. 
Dissertação (Mestrado) - Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas 
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de 
Santa Catarina, Florianópolis, 1997. 
 
ANARUMA, R. J.; Boas Práticas de Fabricação e APPCC em Estabelecimento de 
Produtos Destinados à Alimentação Animal. [S.l.: s.n.], 2004. 
 
BELLAVER, C. A importância da gestão da qualidade de insumos para rações 
visando a segurança dos alimentos. In: REUNIAO ANUAL DA SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 41, 2004, Campo Grande, MS. [Anais...] Campo Grande: 
SBZ, 2004. 
 
BUTOLO, J. E.; Qualidade de ingredientes na alimentação animal. Campinas: Colégio 
Brasileiro de Nutrição Animal, 2002. 
 
FARMPOINT. Produção de ração animal deve crescer 4% em 2010. 2010. Disponível 
em: <http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/producao-de-racao-animal-deve-crescer-4-em-2010-68194n.aspx>. Acesso em 13 Jun. 2011 
 
MENDES, A.C. Análise do processo de extrusão na indústria de pet food para a 
aplicação de técnicas de controle avançado. 98f. Tese (Doutorado) – Faculdade de 
Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. 
 
PETRI, A. Aspects of Quality Assurance in European Feed Production. . In: 
RELATORIO PAT 2002. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2002.

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