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Anderson Soares 5ºP IESVAP diabetes DIABETES MELLITUS tipo 1 O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue (hiperglicemia), devido à deficiência de insulina que ocorre como consequência da perda das células β das ilhotas pancreáticas. DM tipo 1a: • Maioria dos pacientes (70-90%); • Autoimunidade → perda de células β; • Formação de autoanticorpos assoc. ao DM1. DM1 idiopática / DM tipo 1b: • Nenhuma resposta imune ou autoanticorpos são detectados; • Causa da destruição das células β é desconhecida • O tem forte componente genético. DM1 é classificado como DM1 pré-sintomático, caracterizado por um declínio na massa de células β sem sintomas, ou DM1 sintomático, em que os sintomas de hiperglicemia (como poliúria, sede, fome e perda de peso) tornam-se evidentes. Figura 1. DM1 pode ser subdividido em três estágios: o estágio 1 é caracterizado pela presença de autoanticorpos e ausência de disglicemia; o estágio 2 é caracterizado pela presença de autoanticorpos e disglicemia; e os sintomas aparecem apenas no estágio 3, que corresponde ao DM1 sintomático. O DM1 está associado ao aparecimento de autoanticorpos meses ou anos antes do início dos sintomas. Esses autoanticorpos não são considerados patogênicos, mas servem como biomarcadores do desenvolvimento de autoimunidade. Autoanticorpos característicos associados ao DM1 são aqueles que têm como alvo a insulina, ácido glutâmico descarboxilase de 65 kDa (GAD65), proteína 2 associada ao insulinoma (IA-2) ou transportador de zinco 8 (ZNT8). A patogênese do DM1 tem sido sugerida como um continuum que pode ser dividido em estágios que se relacionam com a detecção de autoanticorpos e progridem para destruição de células β, disglicemia e, finalmente, sintomas associados à hiperglicemia EPIDEMIOLOGIA Federação Internacional de Diabetes: 8,8% da população adulta mundial tem diabetes. De todos os indivíduos com diabetes, apenas 10-15% têm DM1; O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é a forma mais comum. DM1 é a forma mais comum de diabetes em crianças (<15 anos de idade) e +de 500K crianças no mundo. ETIOLOGIGA FATORES GENÉTICOS • HLA • Insulina-VNTR • CTLA-4 • Outras (PTPN22, AIRE, FoxP3, STAT3, IFIH1, HIP14, ERBB3) FATORES EPIGENÉTICOS FATORES AMBIENTAIS • Vírus (rubéola, enterovírus) • Dieta (leite de vaca, cereais, ácidos graxos ômega-3, vitamina D) • Microbiota intestinal FATORES IMUNOLÓGICOS • Tolerância imunológica (central, periférica, Tregs) • Imunidade celular • Imunidade humoral (GAD65, IA-2, IAA, ZnT8) diabetes Anderson Soares 5ºP IESVAP GENÉTICA Os principais genes que predispõem ao DM1 estão dentro da região do complexo principal de histocompatibilidade (MHC), muitas vezes chamada de HLA (antígeno leucocitário humano) e localizado no cromossomo 6. Outros: polimorfismos do gene da insulina (Insulina- VNTR) e o gene citotóxico do antígeno-4 associado ao linfócito T (CTLA-4). MHC É um grupo de loci genéticos relacionados que codificam moléculas expressas na superfície de células imunes ou outras e limitam a especificidade dos linfócitos T para reconhecer antígenos. Com base na especificidade funcional de seus produtos, os loci do gene HLA são distinguidos em duas classes: 1. Moléculas HLA classe I: associadas a antígenos que são reconhecidos pelo receptor de linfócitos T citotóxicos - CD8+, que destroem o alvo antigênico e são expressos pela maioria das células. 2. Moléculas HLA de classe II: são essenciais para o reconhecimento de antígenos pelos linfócitos T helper (CD4+), que iniciam a resposta imune e promovem a cooperação celular e são expressos apenas pelas células imunes. No DM1, as associações com alelos ou haplótipos específicos do HLA referem-se à região de classe II, pois é o caso da maioria das doenças autoimunes. AMBIENTAIS Os fatores ambientais envolvidos incluem vírus (rubéola coxsackievirus B ou enterovírus) toxinas e nutrientes (leite de vaca e cereais). Vírus e vacinas São gatilhos para DM1. Enterovírus atuam na fase inicial do desenvolvimento do DM1 através da ativação da imunidade inata. Ligação entre DM1 e o gene da helicase 1 induzida por interferon (IFIH1), que codifica o MDA5. Na infecção viral, o MDA5 atua como um sensor citoplasmático especialmente para o vírus coxsackie B e estimula a produção de mediadores moleculares da resposta imune inata. Outro mecanismo pelo qual a resposta autoimune pode ser induzida por vírus é o mimetismo molecular Dieta e microbiota intestinal Dieta no desenvolvimento do DM1 é controversa. Há associações da introdução precoce de leite de vaca na dieta do lactente com um risco aumentado para a doença, corroborando que a exposição do lactente à insulina contida no leite está desencadeando a resposta autoimune. Há relação com uma parte específica da albumina contida no leite de vaca, conhecida como ABBOS que pode funcionar como um epítopo auto-reativo, uma vez que se assemelha à proteína p69 encontrada na superfície das células β pancreáticas. A microbiota intestinal, os trilhões de microrganismos que vivem no trato gastrointestinal, está envolvida na patogênese do DM1. Pacientes com DM1 exibem diferenças em sua microbiota intestinal em comparação com controles saudáveis, há uma relação Firmicutes vs Bacteroidetes reduzida. Alterações na composição da microbiota intestinal decorrem das alterações na nutrição, produção agrícola e preparação de produtos, higiene pessoal e uso de antibióticos, especialmente durante os primeiros anos de vida, podem coincidir com o aumento da incidência de DM1. CLASSIFICAÇÃO DA DM DM tipo 1 Tipo 1A: deficiência de insulina por destruição autoimune das células β comprovada por exames laboratoriais; Tipo 1B: deficiência de insulina de natureza idiopática. DM tipo 2 Perda progressiva de secreção insulínica combinada com resistência à insulina. DM gestacional Hiperglicemia de graus variados diagnosticada durante a gestação, na ausência de critérios de DM prévio. Outros tipos de DM: • Monogênicos (MODY); • Diabetes neonatal; • Secundário a endocrinopatias; • Secundário a doenças do pâncreas exócrino; • Secundário a infecções; • Secundário a medicamentos. Anderson Soares 5ºP IESVAP FATORES DE RISCO DIABETES Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o desenvolvimento do diabetes. • Diagnóstico de pré-diabetes; • Hipertensão; • Dislipidemia; • Sobrepeso; • Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes; • Doenças renais crônicas; • Mulher que pariu criança com mais de 4kg; • Diabetes gestacional; • Síndrome de ovários policísticos; • Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar; • Apneia do sono; • Uso glicocorticoides. Patogênese Ocorrem interações cognatas entre células T e células B que podem levar à formação de autoanticorpos direcionados a ilhotas. O aparecimento do primeiro autoanticorpo direcionado a ilhotas reflete a apresentação de autoantígeno pelas células dendríticas e as respostas subsequentes de células T CD4 e CD8 específicas de autoantígeno O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença imunomediada. As células B ativadas interagem com as células T CD4+ e CD8+, bem como com as células dendríticas (DCs). A apresentação de antígenopor células B e DCs impulsiona a ativação de células T específicas de células β. Além disso, a exposição de células B a autoantígenos de células β leva à produção de autoanticorpos direcionados a ilhotas, que servem como biomarcadores de doença assintomática. As setas tracejadas indicam as interações potenciais entre células B e células T CD8 e entre células B e DCs. Complicações a longo prazo A hiperglicemia afeta predominantemente a retina, nervos periféricos e glomérulos renais. Essas células compartilham a incapacidade de regular negativamente a captação de glicose na presença de níveis aumentados de glicose extracelular. Os efeitos patogenéticos da hiperglicemia resultam da superprodução de superóxido pela cadeia mitocondrial de transporte de elétrons, o que resulta em estresse oxidativo. A retinopatia no DM1 é caracterizada por fluxo sanguíneo prejudicado nos vasos retinianos, e isso estimula uma proliferação compensatória dos vasos retinianos. Os novos vasos são frágeis e hiperpermeáveis, características que levam a hemorragias e vazamento de proteínas na retina. A perfusão retiniana diminui continuamente e pode causar cegueira. Mecanismos Um aumento nos níveis de glicose intracelular resulta em estresse oxidativo e no aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (ROS), que têm muitos efeitos, como causar quebras de fitas de DNA. O dano ao DNA ativa a poli(ADP-ribose) polimerase (PARP), que então produz polímeros de ADP-ribose. Esses polímeros se ligam e modificam a atividade da gliceraldeído-3- desidrogenase (GAPDH). O bloqueio do GAPDH leva a um gargalo na glicólise, de modo que os intermediários glicolíticos são desviados para as vias de sinalização patogenética (setas tracejadas). A hiperglicemia prejudica a glicólise, e o consequente acúmulo de intermediários glicolíticos também inativa duas enzimas que têm efeitos anti-ateroscleróticos: a sintase endotelial do óxido nítrico e a sintase da prostaciclina. AGE, produto final de glicação avançada; DM1, diabetes mellitus tipo 1. SINAIS E SINTOMAS • Poliúria / noctúria; • Polidipsia / boca seca/polifagia; • Emagrecimento rápido/fraqueza / astenia / letargia; • Prurido vulvar ou balanopostite; • Diminuição brusca da acuidade visual; • Achado de hiperglicemia ou glicosúria em exames de rotina; • Sinais ou sintomas relacionados às complicações de DM: proteinúria, neuropatia periférica, retinopatia, ulcerações crônicas nos pés, doença Anderson Soares 5ºP IESVAP vascular aterosclerótica, impotência sexual, paralisia oculomotora, infecções urinárias ou cutâneas de repetição. Distinção de DM1 e DM2 DM1 (autoimune) DM2 +Freq início na infância +Freq início fase adulta 20-40% das crianças com DM1 estão acima do peso Maioria dos jovens muito obesos IMC pouco acima do normal IMC muito acima do normal +Freq cetoacidose -Freq cetoacidose Independe da presença de obesidade ou resistência à insulina Requer a presença de resistência à insulina • A sensibilidade à insulina foi estimada usando variáveis clínicas (ou seja, circunferência da cintura, níveis de HbA1c e níveis de triglicerídeos) para estimar a taxa de eliminação de glicose. Presença de pelo menos um autoanticorpo direcionado a ilhotas (autoanticorpos GAD65 e IA-2) DIagnóstico O diagnóstico de Diabetes Mellitus é confirmado laboratorialmente. Na maioria dos casos de pré- diabetes ou diabetes, a condição é assintomática e o diagnóstico é feito com base em exames laboratoriais. As categorias de tolerância à glicose são definidas com base nos seguintes exames: Glicemia em jejum: coletada em sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas; TOTG: previamente à ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água, coleta-se uma amostra de sangue em jejum para determinação da glicemia; coleta-se outra, então, após 2 horas da sobrecarga oral. Importante reforçar que a dieta deve ser a habitual e sem restrição de carboidratos pelo menos nos 3 dias anteriores à realização do teste. Permite avaliação da glicemia após sobrecarga, que pode ser a única alteração detectável no início do DM, refletindo a perda de primeira fase da secreção de insulina; Hemoglobina glicada (HbA1c): oferece vantagens ao refletir níveis glicêmicos dos últimos 3 a 4 meses e ao sofrer menor variabilidade dia a dia e independer do estado de jejum para sua determinação. Vale reforçar que se trata de medida indireta da glicemia, que sofre interferência de algumas situações, como anemias, hemoglobinopatias e uremia, nas quais é preferível diagnosticar o estado de tolerância à glicose com base na dosagem glicêmica direta. Outros fatores, como idade e etnia, também podem interferir no resultado da HbA1c. Por fim, para que possa 24 Classificação e diagnóstico do diabetes mellitus ser utilizada no diagnóstico de DM, a determinação da HbA1c deve ocorrer pelo método padronizado no Diabetes Control and Complications Trial (DCCT). Tabela 1 Estágios do DM tipo 1 e suas características. Estágios 1 2 3 Autoimunidade Anticorpos positivos Anticorpos positivos Anticorpos positivos Níveis glicêmicos para diagnóstico Normoglicemia: glicemia de jejum, TOTG e HbA1c normais Disglicemia: níveis glicêmicos alterados, compatíveis com pré- - diabetes (jejum entre 100 e 125 mg/dL, 2 horas no TOTG entre 140 e 199 mg/dL, ou HbA1c entre 5,7 e 6,4%) Hiperglicemia evidente e de início recente, critérios clássicos para diagnóstico de DM (glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, 2 horas no TOTG ≥ 200 mg/dL, ou HbA1c ≥ 6,5%*) Sintomas Ausentes Ausentes Presentes Fonte: American Diabetes Association, 2019 Anderson Soares 5ºP IESVAP Tabela 2. Critérios laboratoriais para diagnóstico de normoglicemia, pré-diabetes e DM, adotados pela SBD. Glicose em jejum (mg/dL) Glicose 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL) Glicose ao acaso (mg/dL) HbA1c (%) Observações Normoglicemia < 100 < 140 - < 5,7 OMS emprega valor de corte de 110 mg/ dL para normalidade da glicose em jejum Pré-diabetes ou risco aumentado para DM ≥ 100 e < 126* ≥ 140 e < 200# - ≥ 5,7 e < 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de prédiabetes Diabetes estabelecido ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia ≥ 6,5 Positividade de qualquer dos parâmetros confirma diagnóstico de DM. Método de HbA1c deve ser o padronizado. Na ausência de sintomas de hiperglicemia, é necessário confirmar o diagnóstico pela repetição de testes. * Categoria também conhecida como glicemia de jejum alterada. # Categoria também conhecida como intolerância oral à glicose. Tratamento O tratamento do paciente diabético tem como objetivo reduzir o índice de complicações inerentes à doença e evitar descompensações que coloquem o indivíduo em risco de vida, além de aliviar os sintomas. Para tanto, é proposto que medidas não- farmacológicas sejam implementadas em todos os pacientes. O tratamento farmacológico será avaliado de acordo com alguns critérios. Tratamento Farmacológico Indicação: Glicemia de jejum > 140 mg/dl Glicemia pós- prandial > 160 mg/dl HbA1c > 8% Na escolha de um hipoglicemiante oral devem ser considerados: idade, peso, duração do diabetes, dislipidemia, duração e gravidade da hiperglicemia, presença e grau de doença hepática e renal, presença de doença ulcerosa e outros problemas gastrintestinais. Quando usados em monoterapia , as sulfoniluréias e a metformina são igualmente eficazes na redução dos níveis de glicose plasmáticae ambos são mais potentes do que outros hipoglicemiantes disponíveis. Considerações clínicas especiais a) Disfunção renal: evitar METFORMINA (se creatinina >1,4mg/dl em mulheres e >1,5mg/dl em homens), CLORPROPAMIDA e glibenclamida. Considerar Anderson Soares 5ºP IESVAP GLIPIZIDA ou GLICLAZIDA (a melhor opção), usando doses menores. b) Disfunção hepática: evitar METFORMINA e GLIPIZIDA. Considerar GLICLAZIDA ou GLIBENCLAMIDA (sempre iniciar com doses menores do que as usuais). TROGLITAZONA está contra-indicada. c) Consumo excessivo de álcool: evitar CLORPROPAMIDA (efeito antabuse-símile) e METFORMINA (risco de acidose láctica, se houver disfunção hepática). d) Pacientes idosos: evitar CLORPROPAMIDA e GLIBENCLAMIDA (maior risco de hipoglicemia). Considerar GLICLAZIDA, GLIPIZIDA ou GLIMEPIRIDA. ACARBOSE pode ser útil nos pacientes com hipoglicemias frequentes. METFORMINA também pode ser usada nos pacientes obesos, monitorando-se a função renal. e) Gravidez e lactação: nunca usar agentes hipoglicemiantes orais, somente INSULINA. SULFONILURÉIAS BIGUANIDAS Medicamentos Glibencamida 5 mg comprimido Glicazida 80 mg comprimido Metformina 850 mg comprimido Mecanismo de ação Estimula a secreção de insulina pela célula beta. Estimula a secreção de insulina pela célula beta Aumenta a sensibilidade tecidual a insulina Indicações Hipoglicemia,agranulocitose com infecção,anemia aplástica,anemia hemolítica,eosinofilia,trombocitopenia,ic t erícia colestática,hepatite,porfiria,alteração da função hepática,constipação,diarréia,tonteira,s onolência,azia,alteração do apetite,náusea,vômito,d Hipoglicemia, tonteira,vertigem,náusea, vômito,dor abdominal,ganho de peso,e reações cutâneas,elevações de enzimas hepáticas podem ocorrer raramente. Disturbios gastrintestinais(deve ser administrados com alimentos),gosto metálico,perda de peso,acidose láctica,algumas vezes fatal,precipitada por infecção, alcoolismo,doença cardiorespiatória,e doença renal. Contraindicaçõe s Gravidez,infecções ou traumas importantes, inclusive queimaduras, hepatopatias, paciente com acidose, nefropatias e pacientes acima de 65 anos. Contra indicadas nas emergências hiperglicêmicas, queimaduras, infecção r traumas graves. Não é recomendada durante a gravidez, devido ao risco de hipoglicemia neonatal. Contra indicada na gravidez,diabetes mellitus tipo 1,insuficiência renal e hepática,acidose láctica,alccolismo,condições hipoglicemiantes. Deve ser temporiariamente descontinuada antes da administração de contraste iodado e reisntituída 48 horas após conf Principais interações Diminui o efeito hipoglicemiante:Barbitúricos,corticóides, contraceptivos orais,diuréticos tiazidicos,estrógenos.Aumenta o efeito Hipoglicemiante:AINE,Trinetoprim,álccol, anticoagulantes,alopurinol,probenecida, . Beta-bloqueadores:mascaram os sintomas de hip Acetazolamida,cimetidina,flu c onazol,verapamil, e álccol. Com contraste radiológico iodado,anestesia geral,fenoatiazinas,barbitúricos, á lcool e diuréticos. Observações Associados a niveis pressóricos mais elevados no UKPDS não demonstrou diminuição de retinopatia. Mostra a diminuição de incidência de complicações cardiovasculares em diabéticos obesos. Os pacientes em uso de hipoglicemiantes orais devem interromper o uso no dia anterior àsgrandes cirurgias.Para pequenas cirurgias,suspender o uso na manhã da cirurgia e reintrioduzir o hipoglicemiante oral,tão logo o paciente retorne a ingestão oral de ma Tratamento não Farmacológico A necessidade de perda de peso e adoção de atividade física deve ser orientada na primeira consulta e reforçada durante toda história natural da doença. Anderson Soares 5ºP IESVAP Insulina A insulina é um hormônio produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas. A molécula de insulina é uma proteína formada por duas cadeias interligadas de aminoácidos, não tendo ação quando administrado por via oral. Os efeitos da insulina consistem em reduzir os níveis sanguíneos de glicose, ácido graxos e aminoácidos e estimular a conversão destes para compostos de armazenamento que são o glicogênio, os triglicerídeos e as proteínas. Farmacocinética Absorção: variável, dependendo do sítio anatômico da aplicação, tipo de INSULINA, fluxo sanguíneo subcutâneo, atividade muscular regional no sítio a injeção, volume e concentração da INSULINA e profundidade da injeção. Distribuição: distribuida pela maioria das células. Ligação às proteínas plasmáticas: não se liga às proteínas. Biotransformação: hepática, em menor grau nos rins e tecidos musculares. Eliminação: 30 a 80% renal, parte da insulina não alterada é reabsorvida. Reações adversas principais Hipoglicemia. Lipodistrofias: são mais raras com as insulinas puras, monocomponentes, podendo desaparecer com a troca da insulina por uma de maior grau de pureza. Para prevenir lipodistrofias é importante evitar injeções repetidas no mesmo local. Alergia à INSULINA é rara. Reações como edema, vermelhidão e prurido no local da aplicação ocorrem principalmente devido à técnica inadequada de injeção ou sensibilidade às soluções de limpeza. Contra-indicações e precauções principais A monitorização clínica e laboratorial é indispensável durante o tratamento com insulina para avaliar sua eficácia e prevenir a ocorrência de hipoglicemia. Principais interações Vários fármacos podem alterar os níveis de glicose no sangue, alterando o efeito da INSULINA. Aumento da ação hipoglicemiante da INSULINA: etanol, esteróides anabolizantes, andrógenos, cloranfenicol, dihidroxicumarínico, oxitretraciclina, IMAO, disopiramida, AINE, fenilbutazona, sais de potássio, propranolol, probenicida, salicilatos, sulfonamidas e sulfipinrazona. Agentes hipoglicemiantes orais: podem acentuar o efeito hipoglicemiante. Diminuição da ação hipoglicemiante da insulina: acetazolamida, anfetamínicos, cafeína, estrógeno, hormônios tiroideanos, corticosteróides, fenotiazinas, epinefrina, fenitoína, contraceptivos orais e diuréticos. Referências KATSAROU, Anastasia et al. Type 1 diabetes mellitus. Nature reviews Disease primers, v. 3, n. 1, p. 1-17, 2017. PASCHOU, Stavroula A. et al. On type 1 diabetes mellitus pathogenesis. Endocrine connections, v. 7, n. 1, p. R38- R46, 2018. FORTI, A. C. et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. Soc Bras. Diab. Arq. Bras. Cardiol, v. 53, p. 1689-99, 2019. Anderson Soares 5ºP IESVAP
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