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DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 5 elementos + 1 Nem toda prestação pecuniária é tributo Deve atender todos os requisitos. Obrigação pecuniária + O pagamento do tributo não é optativo ou alternativo. Se trata de obrigação compulsória instituída por lei. + Lei como requisito de validade da cobrança + Não pode ser constituído como sanção de ato ilícito (nunca pode ser pena) + Atividade administrativa plenamente vinculada = O poder de tributar é prerrogativa do Poder Público de acordo com a competência constitucional e mediante a atividade administrativa do lançamento para exigir o tributo. Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional “As contribuições ao FGTS não têm natureza tributária. O FGTS, originalmente concebido como substitutivo da estabilidade no emprego, tem natureza social trabalhista, e destina-se a constituir um pecúlio para o trabalhador. O fato de suas contribuições serem cobradas e sua aplicação ser administrada pelo Estado não as transforma em receita pública, como já afirmou, enfaticamente, o supremo Tribunal Federal (Pleno, RE 100.249/SP, Min. Oscar Corrêa, Rel. p/acórdão Min. Neri da Silveira, DJ de 01-07-1988, p. 16903). ” · O FGTS não é receita pública, é pago para conta do titular. O que é Receita Pública: “O conceito trazido pelo CTN não faz referência à condição de receita pública que é inerente ao tributo, receita esta que pode ser destinada ao próprio ente tributante ou a terceiros, pessoas de direito público ou mesmo de direito privado, desde que sem fins lucrativos, que exerçam atividade do interesse público, como é o caso dos sindicatos (art. 8o, IV, da CF) e dos entes sociais autônomos (art. 240 da CF). É por essa característica que se afasta a natureza tributária da contribuição ao FGTS que, implicando depósito em conta vinculada em nome do empregado, caracteriza-se como vantagem trabalhista. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. CONCEITOS FATO GERADOR: Todo fato que a lei prevê como fato tributável; (IPVA Ser detentor de veículo automotor). A Lei, quando institui um tributo, fixa sua Hipótese de Incidência (previsão abstrata) Hipótese de Incidência O Fato Gerador é a concretização da situação hipotética ALÍQUOTA: Um valor fixo ou um percentual, definido por lei, que aplicado sobre a base de cálculo permite apurar o valor do tributo em moeda corrente. BC X Alíquota (IPVA em SP, 4% sobre valor da tabela fipe) BASE DE CÁCULO: Uma grandeza, definida pela lei, sobre a qual se pode mensurar o valor do tributo a ser pago. Todo tributo é calculado sobre algo (IPVA Valor do veículo). CLASSIFICAÇÃO FISCAL: Função iminentemente arrecadatória (colocar dinheiro no caixa) EXTRAFISCAL: Controlar a economia, mercado ou outros interesses públicos. (IR, IE, IPI, IOF, outros podem ser usados tbm). COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR: Por meio dessa competência que a União instituiu o CTN e leis de normas gerais do direito tributário. Art. 24, CF. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; §1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. §2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. §3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. §4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. CF apresenta limites para atuação dos outros – Regula a atuação por meio de normas gerais. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Compete à União (153, CF): II, IE, IPI, IOF, ITR, IR, IGF Compete aos Estados (155, CF): ICMS, IPVA, ITCMD Compete aos Municípios (156, CF): ISS, IPTU, ITBI Sempre deve haver lei para cobrança dos tributos Competência permite Legislar, instituir, fiscalizar e arrecadar. Art. 7º, CTN: A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. COMPETÊNCIA: 1. PRIVATIVA: IMPOSTOS, EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS, CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS, CIP / COSIP. (Apenas a união) 2. COMUM: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA (Estados, DF, Municípios). 3. CUMULATIVA: Art. 147, CF. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais.