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Características das dentaduras mistas e permanentes Todos os dentes permanentes estão no arco com aproximadamente 12 anos. Sequência de erupção dos dentes permanentes: 16 e 26 (primeiro molar superior) 11 e 21 (incisivo central superior) 12 e 22 (incisivo lateral superior) 14 e 24 ( primeiro pré molar superior) 15 e 25 (segundo pré molar superior) 13 e 23 (canino superior) 17 e 27 (segundo molar superior) 36 e 46 (primeiro molar inferior) 31 e 41 (incisivo central inferior) 32 e 42 (incisivo lateral inferior) 33 e 43 (canino inferior) 34 e 44 (primeiro pré molar inferior) 35 e 45 (segundo pré molar inferior) 37 e 47 (segundo molar inferior) Dentadura mista: “ Para que haja adequada acomodação dos dentes permanentes há necessidade de crescimento mandibular e maxilar” Crescimento em lateralidade: - Discrepância de 7,6mm (superior) - Discrepância de 6mm (inferior) Vestibularização dos incisivos permanentes - Inclinação do arco, que aumenta o perímetro do arco Distância intercanina: Curva da dentição mista e permanente: Sobremordida e sobressalência na dentição mista: Distância entre a face vestibular do incisivo central inferior e a borda incisal do incisivo central superior. Avaliação de vista lateral dos anteriores. Sobremordida/Overbite: Distância, no sentido vertical, entre as bordas incisais dos incisivos centrais. Vista frontal. Fase do patinho feio (dentição mista) = tem início com a erupção dos incisivos superiores (7 anos em média). Sua característica clínica é a existência do diastema entre os incisivos centrais maior que 0,5mm e observamos ao traçar uma reta ao longo eixo do dente, percebemos coras divergentes e raízes convergentes. Essa fase finaliza quando o canino irrompe totalmente pois ele encontra na raiz do lateral diminuindo o diastema (por volta dos 11 anos) O freio labial pode interromper o fechamento do diastema. Freio teto labial persistente, é um freio anormal, patológico. Freio labial que impede boa higienização ou perde motricidade labial tem indicação de cirurgia. Fazer a cirurgia após o término da fase do patinho feio. Classificação de ANGLE Relação molar na dentição mista é observada bilateralmente, no primeiro molar. Classe I: cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior. Classe II: cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui mesialmente ao sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior / O molar inferior está distalizado em relação ao superior (disto oclusão). - Subdivisão primeira = vestibularização dos incisivos superiores (overjet acentuado) - Subdivisão segunda = lingualização dos incisivos superiores. Classe III: cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior oclui distalmente ao sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior. “A chave de oclusão os primeiros molares permanentes depende da relação entre os molares decíduos". Espaço livre de Nance Espaço que sobra quando ocorre troca do grupo de caninos decíduos, primeiro e segundo molar decíduo, pelo canino permanente e primeiro e segundo pré molar. - Arco superior = decíduos 0.9mm maiores (de cada hemi arco) - Arco inferior = decíduo 1.7mm maiores (de cada hemi arco) Quando troca este grupo de dentes o espaço livre é ocupado pelo segundo molar permanente. O dente decíduo desgasta a ponta de cúspide canina, mostra que a criança não tem mastigação correta (não faz movimento de lateralidade), é uma mastigação chamada charneira, que só abre e fecha. Futuramente esse fator pode causar uma mordida cruzada. A relação canina é igual na decídua. Má oclusão Etiologia = causa/ estudo Tudo que é externo, que pode influenciar na condição normal - extrínsecos Tudo que é interno, pode influenciar na condição normal do padrão - intrínseco. Fator extrínseco = são aqueles que agem a distância e geralmente durante o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Fatores intrínsecos = relacionados a cavidade bucal 1) Anomalia de número Causa hereditária, anomalias congênitas (fenda palatina, displasia ectodérmica, disostose cleidocraniana - síndrome que o indivíduo tem muitos dentes na cavidade oral), supranumerário (maior frequência na região de maxila - mesiodens) extranumerário (quando tem a mesma anatomia do dente próximo) e supranumerário . Agenesia dentária (ausência dental) - mais frequente do que supranumerário, geralmente bilaterais. A prevalência de agenesia = 3° molar, laterais superiores, pré-molares inferiores, segundos molares 2) Anomalia de tamanho Fator hereditário Microdente e macrodente Macrodentes - incisivo central superior e molares - Macrodontia verdadeira - Macrodontia localizada - Macrodontia relativa Microdentes 3) Anomalia de forma - Forma conóide - Cúspide externa - Geminação - Fusão - Molares em forma de amora - Dente de Hutchinson 4) Freios labiais e bridas mucosas - diastemas entre incisivos centrais superiores (esperar os caninos estarem na boca) Anestesia de V para P, quando isquemias a P eu vou com a agulha na P 5) Perda prematura de dentes decíduos - Diminuição do perímetro do arco e falta de espaço para erupção do permanente. - Antes do estágio 6 de nolla - retardo na erupção do permanente sucessor - Após estágio 6 de nolla - erupção precoce do permanente sucessor Quando fazer exodontia-usar mantenedor de espaço Múltiplas exodontias, fazer todas e depois confeccionar o mantenedor Quando se tem perda e espaço o ideal é usar um recuperador de espaço. Se tiver arco tipo I de Bauman e caninos irrompidos em oclusão não consideramos que vamos ter perdas de espaço quando temos a perda precoce dos dentes anteriores. Usamos o mantenedor mesmo assim para melhor função. 6) Retenção proponde dentes deciduos Possíveis causas: - Assincronia entre risólize e risogênese - Rigidez do periodonto - Anquilose do dente decíduo - Agenesia do sucessor Quando tem retenção prolongada no superior ocorre má oclusão. 7) Erupção tardia dos dentes permanentes Possíveis causas: - Presença de supranumerário - Raiz de dente decíduo - Barreira por tecido fibroso ou ósseo - Trauma Se tiver começando a impactar eu uso separadores, faço ortodontia preventiva direcionando a erupção do dente. 8) Via de erupção anormal 9) Anquilose (primeira opção sempre é aumentar o dente com resina e colocar em contato com o antagonista e a segunda opção é uma exodontia - devo avaliar o estágio de evolução do dente permanente) dificulta a erupção do permanente, diminui perímetro de arco 10) Cárie = resulta em perda de ponto de contato e redução do perímetro do arco Fatores extrínsecos = são aqueles que agem a distância 1) Hereditariedade - fatores genéticos (síndromes, displasia ectodermica) 2) Moléstias ou deformidades congênitas (fenda palatina labial, paralisia facial - deficiência no desenvolvimento orofacial; torcicolo congênito- atrofia do músculo esternocleidomastoideo - desenvolvimento assimétrico da mandíbula; disostose cleidocraniana - retrusão maxilar, protrusão mandibular, erupção tardia dos permanentes e frequentemente dentes supranumerários; sífilis congênita; febres elevadas - responsável pela formação da estrutura elevada, pois desnatura proteína; 3) Meio ambiente Pré natal: posição inadequada no útero; rubéola; uso de drogas pela gestante e cigarro que prejudica a chegada de nutrientes parando feto Pós natal: ingestão de antibióticos (tetraciclina); lesões traumáticas ao nascer 4) Ambiente metabólico e enfermidades predisponentes (alteração na formação estrutural do dente) - alteração hormonal; vitamina A, vitamina C, vitamina D 5) Hábitos e pressões anormais Aleitamento com bicos artificiais, sucção não nutritiva (alargamento do arco inferior - manutenção da língua no assoalho; mordida aberta; mordida cruzada) O aleitamento materno é importante para o desenvolvimento mandibular. - movimento de ordenha - ação dó pterigoideo lateral Mamadeira não é positiva em nenhum aspecto, pois causaesforço na sucção e gotejamento passivo O peito da mãe se adequa a cavidade bucal do bebê, já na mamadeira a cavidade bucal que se adequa ao bico da mamadeira. Sucção não nutriviva = língua rebaixada, hipotônico; Alargamento do arco inferior - mordida cruzada posterior; Interposição anterior de língua; lingua hipotônico O agravo depende do tempo de duração, frequência e intensidade do hábito de sucção não nutritiva. Disjuntor sutura palatina - ampliação de maxila Deglutição adaptada Características: - Ponta da língua não toca a papila incisiva - Contração da musculatura perioral - Escape de saliva pela comissura labial quando não há o vedamento anterior Respiração bucal Qualquer situação que possa obstruir as vias aéreas do indivíduo (sinusite reccorente, carne esponjosa, desvio de septo…) Quando o ar entra pela boca, temos uma pressão e isso faz com que o palato fique mais profundo e diminui o perímetro do arco - mordida cruzada e outras alterações Criança com bruxismo - principal causa é obstrução de vias aéreas superiores e a segunda apneia obstrutiva do sono Alterações na face Hipotonia dos músculos elevadores da mandíbula (masseter, temporal, pterigoideos mediais) Síndrome da face longa ou face adenoideana Onicofagia (hábito de roer unhas), não é um fator etiológico de maloclusão porque a força atua no longo eixo dos dentes ——— favorece o crescimento vertical predispondo a mordida aberta Postura, mordida cruzada posterior verdadeira 6) Acidentes e traumatismo Alterações dentárias - hipoplasia de esmalte - dilaceração radicular (raiz com angulação) - avulsão Só pode modificar a matriz do dente permanente se a coroa não estiver formada, no caso de uma infecção. Classicamente a indicação é exodontia, mas há casos que podemos avaliar e fazer a endodontia quando a cripta estiver irrompida - ver estágio de formação do dente. O tipo de mantenedor de espaço a ser utilizado dependerá da região, dos suportes disponíveis e da maturidade da criança. A partir dos 4 anos as crianças geralmente podem utilizar o mantenedor de espaço removível, devemos observar e conversar com os pais para ver sua maturidade. Região anterior: 1. Avaliar tipo de arco (Baume) 2. Tipo II pode perder espaço mais facilmente 3. Avaliar hábitos da criança Não instalar mantenedor de espaço para crianças com má oclusão, precisa ter padrão normal de oclusão. Preciso primeiro corrigir a oclusão e depois eu posso instalar o mantenedor ou remover os hábitos que levam a má oclusão. Mantenedores para região anterior 1. Mantenedor removível - dentes naturais ou artificiais - espaço amplo - associação de outros dispositivos (deixa de ser mantenedor, passa a ter outro nome, como expansor) - boa adaptação e a estética nem sempre é favorável - criança a partir de 4 anos - exige manutenção 2. O Mantenedor fixo (Denari) tem um tubo barra que conforme a criança cresce essa barra vai desviando e expandido conforme o crescimento da criança. O mantenedor fixo pode fraturar e se desprender, há necessidade de reparo ou uma nova cimentação pois a criança ao comer ou morder algo duro pode quebrar ou desprender. - perde de um ou dois dentes (a indicação clássica é perda unitária anterior) - incapacidade de removível - mordida cruzada anterior ou topo a topo são contra indicados - dentes suportes podem ou não podem receber reparos (na maioria das vezes não se prepara, a prótese é feita em sobre contorno pois se descartar há risco de exposição pulpar) - controle rígido (acompanhar uma vez por mês, se o pai não levar a criança para manutenção adequada eu removo o aparelho)
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