Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA - PCR Resumo dos livros: CM vol 2 - ressuscitação pág 820; Medicina de Emergência - seção I cap 3 PCR e suporte básico de vida e cap 5; de aulas assistidas ELIARA ORLANDO FISIOTERAPEUTA E ESTUDANTE DE MEDICINA PCR ● Antecede a morte biológica e pode ser de forma súbita ou progressiva, sendo a situação clínica de maior emergência na medicina; ● RECONHECER A PCR EM 10SEG ○ SINAIS ■ PACIENTE NÃO RESPONDE ■ AUSÊNCIA DE PULSO CENTRAL E RESPIRAÇÃO ○ CHAMAR EQUIPE OU AJUDA ○ Sem pulso é PCR --> RCP IMEDIATA E IDENTIFICAR O RITMO Líder (geralmente medico) e 6 funções 1. buscar o carrinho com desfibrilador 2. compressão 3. ventilação 4. relógio 5. acesso venoso calibroso + droga 6. troca MOVED Monitorização - monitor cardíaco, PA oximetria veia vaso calibroso; jelco 16, 14; exame dextro - glicemia capilar SAMPLE sinais e sintomas alergias medicações passado alimentação evento RITMOS DE PARADA todos sem pulso ● TAQUICARDIA VENTRICULAR (TV) - chocável ○ complexos organizados com QRS largo e frequência elevada (sem pulso) ○ melhor prognóstico ○ associada a doença cardíaca subjacente ○ pode ser polimórfica (Torsade de pointes) ou monomórfica ● FIBRILAÇÃO VENTRICULAR (FV) - chocável ○ ondulações irregulares com frequência >320 e sem discernimento dos complexos ○ FV fina ou grosseira ○ prognostico intermediario ● ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO (AESP) ○ ritmo que não a FV ou TV mas sem pulso ○ eletrocardiograma aparentemente normal, mas o paciente não tem pulso ○ pior prognóstico ● ASSISTOLIA ○ ritmo isoelétrico; ritmo final ○ pior prognóstico ○ Protocolo da linha reta - CA GA DA ■ cabos, ganho, derivações Ritmos não chocáveis →AESP e Assistolia 5 Hs → Hipoxia (IOT), Hipovolemia (cristaloides), Hipotermia (cristaloide aquecido), H+ (Acidose) (RCP de alta qualidade), Hiper e Hipocalemia, Hipocalcemia, Hipomagnesemia (repor ou corrigir os eletrólitos) 5 Ts → Tamponamento cardíaco (pericardiocentese, toracotomia), Pneumotórax hipertensivo (descompressão torácica com agulha e depois drenagem), Trombose coronariana (IAM) - (intervenção coronária percutânea no pós PCR), TEP (fibrinólise, embolectomía), Tóxicos (opioides usar naloxona e benzodiazepínicos usar o flumazenil) TIPOS DE PARADA ● PCR extra-hospitalar ○ FV e TV sem pulso ○ secundários a quadros isquêmicos ou problemas elétricos primários (síndrome de brugada síndrome de QT longo) ● PCR hospitalar ○ etiologias diversas; deterioração de diversas condições clínicas (TEP, SEPSE…….) ○ AESP e Assistolia SUPORTE BÁSICO DE VIDA - BLS ● Condição mínima pro paciente manter a oxigenação e perfusão cerebral ● pode ser feito por leigos ou treinados ● massagem cardíaca, ventilação, DEA ● Sequência primária CAB ● Extra-hospitalar: apenas as compressões torácicas já aumenta a taxa de sobrevida do paciente ● Avaliação da responsividade da Respiração ○ se responder: conversar com o paciente ○ se respirando: ver a evolução e chamar ajuda se necessário ○ se nao respirando: chamar ajuda imediatamente ■ se estiver sozinho: ligar emergência ■ se nao estiver sozinho: pedir para alguém chamar ajuda, pegar o DEA e iniciar BLS ■ C-A-B → CIRCULAÇÃO, VIAS AÉREAS E RESPIRAÇÃO ● CIRCULAÇÃO - COMPRESSÃO CARDIACA ○ treinandos: 30:2 ○ não treinados: só com pressões intermitentes ○ braço estendido, mão entrelaçada, mão dominante abaixo ○ qualidade: ■ frequência de 100 a 120 ■ profundidade de 5 a 6 cm ■ retorno total do tórax a cada compressão ■ minimizar as interrupções (máximo 10 segundos) ● VIAS AÉREAS: desobstrução; ○ retirada de corpo estranho ou prótese ○ abertura das vias aéreas com inclinação da cabeça e elevação do mento ● RESPIRAÇÃO: ○ 2 ventilações de 1 segundo para 30 compressões ○ na parada respiratória - paciente com pulso mas sem respirar: ■ ventilação a cada 5 a 6 segundos ○ se foi intoxicação por opióides: fazer o antídoto naloxona ● DESFIBRILADOR ○ usar assim que disponível ○ Posição das pás, afastar, carga máxima, retirar o O2, choque ○ após cada choque fazer 2 minutos de RCP e só depois checar o pulso; ○ posição ântero lateral ou ântero posterior; ○ a pá deve estar a pelo menos 8 cm de distância do marcapasso ● CUIDADOS PÓS PCR ○ se nao tiver suspeita de trauma, colocar o paciente em posição de recuperação ○ no intra-hospitalar: angiografia, cateterismo ■ todo paciente comatoso deve ser submetido ao CDT (Controle Direcionado de Temperatura): temperatura de 32 a 36 graus, evitar ativamente a febre; ● evitar lesão neurológica grave e irreversível, melhora o prognóstico neurológico ● febre aumenta mortalidade ■ evitar e corrigir a hipotensão - DIMINUI a morbidade; ● PREVENÇÃO ○ Criação do time de resposta rápida (TRR) ○ intervenção antes do paciente parar ○ desfibrilação em espaços públicos: ■ aeroportos, escolas, shoppings ■ DEA - desfibrilação externa automática SUPORTE AVANÇADO DE VIDA - ACLS ● Equipe multidisciplinar liderada pelo Médico - Procedimentos médico ● Compressão e suporte ventilatório: ○ 100 a 120 compressões, trocar o profissional a cada 2 minutos ○ sem via aérea: 30:2 ○ com via aérea avançada: respiração a cada 6 segundos (10 por minuto) ● Acesso Venoso ○ 2 acessos venosos calibrosos ● Monitorização ○ ECG ○ Capnografia - é a avaliação do CO2 expirado; é um sinal indireto de DC, que o sangue está saindo do pulmão e oxigenando os tecidos; ■ EtCo2 <10 mmHg → melhorar RCP, massagem cardíaca ineficaz ■ EtCo2 entre 10 e 40 → RCP de qualidade ■ EtCo2 >40 mmHg → de forma mantida, avaliar retorno da circulação espontânea ● Desfibrilação: ○ fixação: infraclavicular direita e ápice cardíaco; ○ assim que chegar o desfibrilador, identifica o ritmo e se for chocável, realizar o choque; ○ aparelho: fazer sempre a maior dose ■ monofásico 360 J ■ bifásico - 120 a 200 J - (preferência) ● Via aérea avançada ○ definitiva: IOT ○ supraglóticas ● Uso de drogas ○ Epinefrina 1mg a cada 3 a 5 minutos ■ Ritmos chocáveis - após o 2 choque ■ Ritmos não chocáveis - imediatamente após a identificação do ritmo ○ Amiodarona - apenas ritmos chocáveis ■ 1 dose - após 3 choque: 300 mg (2 ampolas) ■ 2 dose - após 5 choque: 150 mg (1 ampola) ○ Ou Lidocaína 2% ■ 1 dose - após 3 choque: 1 a 1,5 mg-kg ■ 2 dose - após 5 choque: 0,5 a 0,75 mg-kg ○ após a medicação fazer flush de 20 ml soro ou água destilada e elevar o membro ● Procedimentos invasivos SEQUÊNCIA 1. checar pulso central 2. não tem pulso: inicia a compressão cardíaca 3. monitorização, desfibrilador, acesso venoso ou ósseo 4. identificar o ritmo do paciente a. FV ou TV → CHOQUE 1 b. AESP ou assistolia → compressão torácica + Epinefrina 1mg a cada 2 a 5 minutos + procurar causas reversíveis (5H e 5T) e via aérea avançada; i. Protocolo linha reta - CAGADA: checar cabos e monitor, aumentar o ganho do aparelho, mudar derivação; 5. retorno as compressões por mais 2 minutos 6. analisar ritmo a. FV ou TV → CHOQUE 2 7. Retorno as compressões por mais 2 minutos 8. drogas vasoativas a. epinefrina 1mg a cada 2 a 5 minutos b. fazer via aérea avançada 9. Analisar ritmo a. FV ou TV → CHOQUE 3 10. Retorno as compressões por mais 2 minutos 11. droga antiarrítmico a. 1 dose: amiodarona bolus 300 mg - diluída no soro glicosado i. investigar também 5H e 5T b. continuar epinefrina a cada 2 a 3 minutos 12. Analisar ritmo a. FV ou TV → CHOQUE 4 13. Retorno as compressões por mais 2 minutos 14. drogas vasoativas a. epinefrina 1mg a cada 2 a 5 minutos 15. Analisar ritmo a. FV ou TV → CHOQUE 5 16. Retorno as compressões por mais 2 minutos 17. droga antiarrítmico a. 2 dose: amiodarona bolus 150 mg - diluída no soro glicosado (última) b. a partir de agora apenas o uso da epinefrina; CUIDADOS PÓS PARADA ● CUIDADOS NO INTRA-HOSPITALAR NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DIMINUEM A MORBIMORTALIDADE. ● paciente grave que necessita de cuidados ● Manejo de via aérea ● Controle de parâmetros respiratórios ○ SpO2 ● Controle Hemodinâmico ○ PA, FC - evitar e corrigir HIPOTENSÃO ● Controle Direcionado de Temperatura ○ Temperatura de 32 a 36 graus ○ evitar ativamente afebre ● Avaliar e tratar causas e danos CAUSAS - 5Hs e 5Ts ● HIPÓXIA - asma, DPOC, cianótico --> IOT + O2 ● HIPOVOLEMIA - desidratação, hemorragia --> ringer lactato, soro aquecido ● HIPOGLICEMIA - baixa glicose --> fazer glicose 50% 30ml IV ● HIPERCALEMIA - alta de K+; antecedente prévio, dialise, exame anterior --> estabilizar a membrana do coração: fazer Gluconato de Ca++ a 10%, 2 ampolas no soro glicosado de 100ml ● HIPOCALEMIA - ACLS não recomenda fazer K+; é altamente arritmogênico; ● PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO - tórax assimétrico, hipertimpanismo ● TAMPONAMENTO - fazer pericardiocentese ● TEP MACIÇO - trombolítico ● TOXINAS - antagonista opioide - naloxona ● ACIDOSE - bicarbonato 1 ml-kg QUANDO NAO FAZER RCP ● livor mortis ● rigor mortis de MMII para MMSS ● pupilas médio-fixas (não fotorreativas) ● pacientes paliativos
Compartilhar