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PCR em pediatria (AHA) Beatriz Portugal 17.2 Parada cardiorrespiratória é a cessação total da circulação de oxigênio e sangue para os órgãos e tecidos. Epidemiologia · Mais de 20.000 bebês e crianças/ano apresenta uma parada cardíaca (EUA). · PCR em crianças: diferente do adulto, maioria tem causa respiratória e/ou choque. · Importância da detecção e intervenção precoces nessas condições. · Ritmos cardíaco encontrados mais frequentes: assistolia e AESP. Taxa de sobrevivência A taxa de sobrevida de uma parada respiratória, em ambiente hospitalar, é de 70-80%. Já quando progride para parada cardiorrespiratória, decresce para 20-25%. Na PCR, a cada 1 minuto, diminui 10% da chance de reversão. Após 10 minutos sem nenhuma manobra, o socorro é improvável. Reconhecendo a PCR Ausência de atividade cardíaca, reconhecida clinicamente por: · Ausência de resposta a estímulos. · Apneia. · Ausência de pulso central pesquisar por até 10 segundos. Circulação Determinar a presença de pulso em artéria central: - Em <1 ano: Braquial ou femoral. - Em >1 ano: Carotídeo ou femoral. Atendimento intra-hospitalar Obrigatória sala equipada e organização. - Maca, carrinho de parada, tábua, desfibrilador, drogas. - Monitorização: FC, PA invasiva ou não, oximetria de pulso. - Tabela de drogas calculada por peso. Equipe Médico · Atrás e/ou lateral do paciente. · Coordena o atendimento. · Solicita o choque. · Orienta quanto às medicações. · Ventila o paciente. · Intuba, quando necessário. Fisioterapeuta · Lateral do paciente. · Auxilia na ventilação. · Fixa a máscara. · Alterna com o enfermeiro nas compressões torácicas. Enfermeiro · Lateral do paciente. · Coordena o atendimento da enfermagem. · Realiza as compressões torácicas. · Aplicas os choques conforme orientação médica. · Verifica o pulso após o choque. Técnica de enfermagem · Lateral do paciente. · Coloca a tábua de reanimação. · Acesso venoso. · Assume administração de medicamentos. · Atende às solicitações Compressões torácicas Profundidade: 1/3 do tórax. Frequência: 100 a 120/min. Alternar 15:2. Vias aéreas Manobra de abertura de via aérea: - Manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo. - Trauma: colar cervical e elevação da mandíbula. - Aspiração. Pressão positiva: máscara, tubo, dispositivos supraglóticos. *Os 2 Cs e 2 Es são a melhor opção para melhor vedar a máscara. Intubaçâo Deve ser considerada logo de início da reanimação, apesar de não ser obrigatório as compressões são mais importantes. *Coronavírus: adicionar o filtro! Frequência das ventilações · Sem via aérea avançada: · Com dispositivo bolsa-válvula-máscara. · 15 compressões x 2 ventilações. · Com via aérea avançada: · Paciente intubado. · 1 compressão a cada 2-3 segundos. Administração de medicações · Veia periférica, veia central, intraóssea (mais rápido quando não consegue periférico), endotraqueal. *Endotraqueal: atropina, naloxone, epinefrina, lidocaína e vasopressina. EPINEFRINA – droga de escolha para início Dose padrão (0,01 mg/kg) IV ou IO, (epinefrina 1:10.000 1 ampola + 9mL de água destilada = 0,1mL/kg) na primeira e nas doses subsequentes. OBS: a administração de medicamentos não deve interromper a RCP. Desfibrilação Ritmos não chocáveis: · Atividade elétrica sem pulso e assistolia. · Condutas: RCP e epinefrina. Ritmos chocáveis: · Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. · Condutas: RCP e desfibrilação. (2 – 4 – 4 ou no máximo 10 joules/kg ou dose de adulto). Doses: 1° choque: 2J/kg. 2° - 3° choque: 4J/kg. Após isso, pode ir aumentando até o máximo de 10J/kg. Cuidados pós-parada Estabilização da parada: · Hipotensão: epinefrina. · Normotensão: epinefrina, dobutamina. Controle de temperatura, oxigenação. Quando interromper as manobras de reanimação? 1. Não há regra geral. 2. Reatividade de pupilas e resposta motora NÃO devem ser consideradas na decisão de interromper a reanimação. 3. Presença da família durante a RCP. 4. Deve ser definida em equipe e de acordo com a equipe. Distúrbios de ritmo · Taquicardia supraventricular: · Adenosina – cardioversão. · Taquicardia ventricular sintomática: · Amiodarona – Lidocaína – Cardioversão. Cardioversão · Despolarização síncrona com so batimentos cardíacos, visando restaurar um ritmo estável. · Indicada no tratamento das taquiarritmias (taquicardia ventricular com pulso e taquicardia supraventricular instável). · Carga – iniciar com 0,5 a 1 joule/kg, aumentar para 2 joules/kg, se necessário.
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