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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Emilly Peres - Fonoaudiologia - UFES Definição: o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento, caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social em múltiplos contextos. Apresenta padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades, com sintomas precoces no período do desenvolvimento, causando prejuízos no funcionamento social da vida do indivíduo. Principais sintomas e características apresentadas: atraso de linguagem, compreensão pobre do discurso, fala ecolálica (podendo ser imediata, tardia ou mitigada), uso de linguagem literal e unilateral e pouca ou nenhuma iniciativa social. Esses sintomas estão presentes desde o início da infância, acarretando limitações e prejuízos na vida diária. CID-102: o autismo é “um transtorno invasivo do desenvolvimento, definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ ou comprometimento que se manifesta antes da idade de três anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e repetitivo”. ➔ o individuo pode ter dificuldade para se ajustar a um assunto temático do interlocutor, falando apenas sobre o que gosta. Isso pode agravar o isolamento social; ➔ 40% a 60% das pessoas com TEA são e continuam sendo não verbais; ➔ alguns apresentam dificuldade de modulação (encara demais ou não consegue olhar de forma alguma). Segundo o DSM-V (DSM-5: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - APA), os autistas apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das seguintes maneiras: a) comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns; b) excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento; c) interesses restritos, fixos e intensos. Destas características a que mais compõe as queixas de familiares e membros da equipe das crianças com autismo são as estereotipias, afinal, estas interferem imensamente nas relações sociais e no aprendizado. Estereotipias (a ecolalia é um tipo de estereotipia) são respostas repetitivas que visam exclusivamente a auto estimulação, isto é, a criança se estimula sozinha para buscar sensações físicas prazerosas e uma regulação sensorial do organismo. Estas respostas tendem a atingir frequências altíssimas, afinal, cada ocorrência é automaticamente reforçada pela produção imediata de sensações físicas prazerosas. Por isso, muitas crianças e adolescentes com TEA passam grande parte dos seus dias engajados nestes comportamentos repetitivos. Os exemplos mais comuns de estereotipias observadas em crianças com TEA são: ● necessidade exacerbada de movimento; flapping (movimento de balançar as mãos); ● pular na cama, sofá, no chão, na frente da TV, etc.; ● girar sobre o próprio eixo; olhar objetos que giram; ● movimento repetitivo para frente e para trás; ● correr sem função ou objetivo claro; ● andar na ponta dos pés; ● movimentar dedos e mãos na frente dos olhos. Marca distintiva do tea: alteração pragmática Em neonatos ➔ contato visual na mamada ausente; ➔ ajuste corporal ao ser pego no colo; ➔ não responde a chamada; ➔ ausência de gestos dêiticos; ➔ falta de imitação de gestos e de brincadeiras. Avaliação ➔ nem todos os testes são aplicáveis, já que a crianças não verbais; ➔ no tea é feito a avaliação pragmática comunicativa + PROC. Preditores: discriminação auditiva ✅ ❌ processamento fonológico ✅ ❌ nível fonológico ✅ ❌ nível morfossintático ✅ ❌ nível semântico ✅ ❌ nível pragmático ❌ brincadeira simbólica ✅ ❌ �luência de fala ✅ compreensão ✅ ❌ REFERÊNCIAS: A análise do comportamento aplicada (ABA) no entendimento a indivíduos com desenvolvimento atípico. Faculdade Venda Nova do Imigrante. Santa Cruz-ES. MERGL, Marina; AZONI, Cíntia. TIPO DE ECOLALIA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA. Natal, p. 2072-2080, dezembro de 2015.
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