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TCC14

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EDUCAÇÃO FINANCEIRA E A SUA INFLUÊNCIA SOBRE AS 
PESSOAS 
 
FINANCIAL EDUCATION AND ITS INFLUENCE ON PEOPLE 
 
Vitor Eleutherio Tarquino 
 
RESUMO 
 
Com as inovações e os avanços tecnológicos, cada dia que passa, há mais produtos sendo 
ofertados no mercado e mais ferramentas que facilitam a obtenção desses novos objetos, 
com isso, o consumo se tornou algo comum entre as pessoas e obter mais bens virou algo 
essencial, gratificante e parte da felicidade do indivíduo. Seguindo esse caminho, esse 
estudo tem como objetivo, identificar como a falta educação financeira, o materialismo e 
o cartão de crédito influenciam na má gestão financeira pessoal. Os objetivos específicos 
são identificar como esses empecilhos atrapalham a vida financeira das pessoas, expor os 
malefícios de cada um, e assim, auxiliar cada pessoa a desenvolver uma gestão financeira 
mais consciente e com foco no longo prazo. A metodologia utilizada é a quantitativa 
descritiva, com o auxílio de um levantamento feito por um questionário. Os resultados 
obtidos através da coletas de dados, evidenciam que quanto mais conhecimento em 
educação financeira, mais os indivíduos são responsáveis financeiramente, com o uso 
mais consciente do cartão de crédito e menos influência do materialismo como pilar de 
felicidade. Acredita-se que este estudo possa contribuir para uma maior conscientização 
da sociedade na importância da educação financeira, para que as pessoas busquem se 
informar o máximo possível sobre o assunto, no intuito de não gastarem 
descontroladamente, não basearem sua felicidade em conquista de bens materiais e nem 
buscar viver para impressionar as pessoas, com isso, conquistar a própria liberdade 
financeira, com o intuito de viver consciente e feliz, sem preocupações com dívidas e má 
gestão. 
 
Palavras-chave: Educação Financeira. Materialismo. Cartão de Crédito. 
 
ABSTRACT 
 
With innovations and technological advances, each day that passes, there are more 
products being offered on the market and more tools that facilitate obtaining these new 
objects, with that, consumption has become something common among people and 
obtaining more goods has become something essential, rewarding and part of the 
individual's happiness. Following this path, this study aims to identify how the lack of 
financial education, materialism and the credit card influence personal financial 
mismanagement. The specific objectives are to identify how these obstacles hinder 
people's financial lives, expose the harms of each one, and thus help each person to 
develop a more conscious financial management with a focus on the long term. The 
methodology used is descriptive quantitative, with the aid of a survey carried out by a 
controlled person. The results obtained through data collection show that the more 
knowledge in financial education, the more individuals are financially responsible, with 
more conscious use of the credit card and less influence of materialism as a pillar of 
happiness. It is believed that this study can contribute to a greater awareness of society 
on the importance of financial education, so that people seek to inform themselves as 
much as possible about the subject, in order not to spend uncontrollably, not to base their 
happiness on the achievement of material goods and not even trying to live to impress 
people, with that, conquering their own finances, with the intention of living consciously 
and happily, without worrying about debts and bad management. 
 
Keywords: Financial Education. Materialism. Credit Card 
 
 
Introdução 
 
No mundo contemporâneo a administração do próprio dinheiro e um diferencial 
importante para a sociedade, Borges e Tide (2010) mostram que o planejamento 
financeiro e um instrumento que visa melhorar a qualidade de vida, mas a falta de 
educação financeira faz com que as pessoas não o deem a devida importância, levando as 
pessoas a práticas consumistas, uso do crédito de forma inconsequente, falta de reserva, 
e com isso o endividamento. 
Segundo a CNC (2022) na avaliação por faixa de renda, o 
endividamento seguiu crescendo nos dois grupos apurados, com 
destaque para o das famílias com ganhos acima de dez salários-
mínimos, que desde o início do ano vem apresentando avanço mais 
acelerado do que o da parcela com menor renda. 
Isso mostra que a educação financeira é para todos. Independente da renda, 
qualquer indivíduo que não tem uma boa administração do quanto ganha, da maneira que 
pode gastar e como investir, pode passar por uma fase difícil financeiramente em algum 
momento da vida, por isso, é necessário ter uma boa gestão e pensar no longo prazo, para 
que mesmo após algumas adversidades ou crises as pessoas não sintam tanto no bolso. 
Segundo a OCDE (2005), educação financeira é o processo mediante o 
qual os indivíduos e as sociedades melhoram a sua compreensão em 
relação aos conceitos e produtos financeiros, de maneira que, com 
informação, formação e orientação, possam desenvolver os valores e as 
competências necessários para se tornarem mais conscientes das 
oportunidades e riscos neles envolvidos e, então, poderem fazer 
escolhas bem-informadas, saber onde procurar ajuda e adotar outras 
ações que melhorem o seu bem-estar. Assim, podem contribuir de modo 
mais consistente para a formação de indivíduos e sociedades 
responsáveis, comprometidos com o futuro. 
Devido a variedade de mercadorias disponíveis no mercado e a facilidade de 
compra pelo cartão de crédito, há uma maior necessidade em criar e aumentar programas 
de educação financeira que ajudem as pessoas a adquirir um melhor conhecimento 
financeiro, assim, os indivíduos conseguem tomar decisões de formar mais assertiva e são 
mais responsáveis em suas escolhas e serviços financeiros (KUNKEL et al., 2015); 
Duarte et al (2021) afirma que uma boa educação financeira ajuda a planejar para 
fazer bons investimentos, poupar dinheiro para o futuro, ser um consumidor consciente, 
ter sua independência financeira e conhecimentos sólidos e duradouros. 
O objetivo do presente artigo é desvendar uma única questão, Como a falta de 
educação financeira, o materialismo e o uso do cartão de crédito influenciam nas 
dificuldades que as pessoas encontram na hora de administrar o próprio dinheiro. A busca 
visa identificar os empecilhos na organização dos próprios recursos, expor essas 
complicações, e assim, auxiliar os indivíduos a gerenciar os próprios ganhos, a organizar 
os recursos de maneira mais consciente, a projetar todos os gastos para conseguir diminuir 
as despesas e acabar com as dívidas, a fim de que, novos caminhos possam ser 
vislumbrados, com ideias e pensamentos mais longínquos para formar uma boa base 
financeira, e não precisar depender exclusivamente da aposentadoria ao término da 
contribuição trabalhista. 
A educação financeira auxilia a alcançar a liberdade financeira, que não é 
sinônimo de se tornar rico, e sim, conseguir manter o estilo de vida que almeja sem se 
preocupar com a questão financeira. Por isso, através de um questionário distribuído a um 
grupo de pessoas, será analisado quais as maiores dificuldades que as pessoas encontram 
na gestão dos próprios recursos, e com isso, ensinar fundamentos da educação financeira, 
que tornem esses obstáculos em algo simples de ser combatido, com o intuito de tornar 
mais compreensível que poupar e investir não são tarefas difíceis, que é melhor 
economizar em possíveis situações, e assim, evitar o acúmulo dividas e a possibilidade 
da inadimplência pela falta de recursos para cumprir com suas obrigações. 
 
Referencial teórico 
 
A falta de educação financeira. 
A falta de conhecimento em educação financeira faz com que as pessoas tomem 
decisões errôneas sobre as próprias finanças, como o uso exagerado e descontrolado do 
cartão de crédito e empréstimos sem planejamento e com os juros altíssimos (MARCOS 
at al., 2017). Sandrae Renata (2016) expõem que a falta de sabedoria em lidar com o 
próprio dinheiro, a perspectiva de não haver necessidade de realizar um controle 
financeiro, atrelado a outros fatores da falta de educação financeira, contribui em muitos 
casos para o endividamento pessoal, que levam a inadimplência. 
A negligência da educação financeira, segundo Sousa e Torralvo (2008) faz com 
que as pessoas não deem a devida importância ao dinheiro, e assim, gastem e desperdicem 
de uma maneira desnecessária. O reflexo da falta de ensino financeiro no consumidor, 
pode ser visto no momento da realização de uma compra, onde o indivíduo não se 
preocupa com os juros, nem com o valor total do produto, mas apenas se aquele valor irá 
caber em seu orçamento. Isso faz com que as pessoas trabalhem mais e usufruam pouco, 
por não saber administrar o próprio dinheiro. 
Olivato e Souza (2007), através de um questionário de pesquisa, buscaram 
entender os motivos da má administração que leva ao endividamento. Em sua maioria as 
respostas apontaram que a falta de planejamento é a maior responsável pelos 
endividamentos, logo em seguida vem o status social atrelado a necessidade de ser aceito 
socialmente junto ao acompanhamento do modismo. 
O péssimo controle financeiro, consequência, em maior parte, da falta de 
informação e de planejamento financeiro, é um dos fatores que dificultam a vida 
financeira dos consumidores em um âmbito global. A falta de educação financeira 
favorece o descontrole financeiro, e assim, o indivíduo acaba comprando 
compulsivamente e tem como base da felicidade a aquisição de mais e mais produtos, 
dificultando a administração das próprias finanças (MARINA, 2011). 
 
Materialismo 
O mundo atual possui muitas diferenças se comparado ao de antigamente, 
especialmente na área do consumo e na tendência ao materialismo. É tanta coisa nova e 
extravagante lançada no mercado, que as pessoas passam a ser valorizadas pelo que 
possuem e o que podem possuir, por conta da facilidade do crédito. (SILVA, 2008). 
O materialismo é definido por Rassuli e Hollander (1986, p.10) como o “interesse 
em ganhar e gastar.”, Richins (1994) Explica que o comportamento materialista é o valor 
que as pessoas empregam as suas posses e bens, junto ao grau de prioridade que lhes é 
dado. O indivíduo dá mais importância a coisas materiais, negligenciando outras áreas, 
tendo em vista o status que aquele objeto pode trazer para sua vida. 
Como cita Santos e Fernandes (2011), os materialistas buscam expor suas posses 
como forma de demonstração do seu poder e visibilidade, isso mostra a influência da 
cultura do consumo nas pessoas. O materialismo tem relação com o “consumo conspícuo, 
no qual a satisfação é derivada mais da reação da audiência do que da utilidade da compra. 
Além disso, as pessoas associam o materialismo à busca excessiva de status” (SANTOS; 
FERNADES, 2011). 
Pirog e Roberts (2007) retratam que o desejo pela ascensão do status social por 
meio de posses, junto a facilidade do uso do cartão de crédito na hora da compra dos 
produtos desejados, pode facilmente levar o consumidor a gastar mais do que o 
necessário, e assim, utilizar o cartão de crédito de forma incorreta, consequentemente, o 
indivíduo ficará endividado, e com as finanças descontroladas. O materialismo pode ser 
visto como fator determinante no comportamento financeiro, além de ter relação com a 
má gestão financeira. (LIMBU; HUHMANN; XU, 2012). 
Em relação ao comportamento, o consumidor no momento que ele vai realizar 
uma compra ele entra em um paradoxo entre poder e frustação, pois ao conseguir comprar 
as coisas necessárias para sua casa ele se sente poderoso, mas por não conseguir comprar 
tudo que anseia ele sente uma frustação. (BORGES; TIDE, 2010). 
Richins e Dawson (1992), mostra que o materialismo possui três dimensões, a 
primeira é vista como a posição das posses e das aquisições, indicando até que ponto esses 
objetos são essências na vida das pessoas materialistas. A segunda dimensão e sobre a 
felicidade ao consumir, buscando o momento que as posses vão trazer um bem estar 
pessoal e felicidade. A terceira e última dimensão é sobre a tendência dos indivíduos de 
analisar o outro e a si mesmo sobre as suas posses, mensurando a qualidade e a 
quantidade, e assim baseando o sucesso atrelado a bens acumulados. 
Pessoas altamente materialista priorizam a riqueza material, mesmo que para 
alcançá-la eles necessitem se endividar (WATSON, 2003). Esse desejo por bens 
desnecessários, que se encontram nos indivíduos mais materialista, pode causar 
insatisfação na própria vida, o que afeta as suas relações com as pessoas ao seu redor, 
podendo até contrair dívidas para poder satisfazer seu desejo de consumir. (RICHINS, 
1996). 
 
Cartão de crédito 
Os estudos expõem que a má gestão que causa o endividamento está aumentando 
progressivamente nos últimos anos, principalmente depois do plano real, onde o país 
conseguiu uma estabilidade. Com isso, a falta de conhecimento, levou as pessoas a 
usufruírem das ofertas de crédito e gastar mais, o que levou a muitos endividamentos 
(SANTOS; MOREIRA; SILVA, 2017). 
Lopes (2015) indaga que as operações de crédito crescem em uma velocidade 
maior do que a massa do salário das pessoas, o que ocasiona o endividamento, com isso, 
em um determinado momento é possível que os indivíduos não consigam arcar com suas 
obrigações, resultando na inadimplência, dívidas com juros altíssimos e multas pela 
demora do pagamento. 
O cartão de crédito pode ser observado como um facilitador de gastos, pois ele 
torna as transações financeira mais simples, removendo a necessidade de ter o dinheiro 
imediatamente, levando as pessoas a maiores imprudências quando comparado ao 
dinheiro físico (ROBERT; JONES, 2001). Segundo Cheema e Soman (2006) os 
indivíduos que pagam suas coisas com cartão de crédito são mais inclinados a fazerem 
compras adicionais e aumentar a gravidade dos seus gastos. 
Veludo de Oliveira, Ikeda e Santos (2004) mostram que a disseminação e o fácil 
acesso ao cartão de crédito, fez ele ser bem recebido pela sociedade, mas atrelado a ele 
foi observado mudanças nos grupos que ele começou a ser inserido, junto ao crescimento 
do número de usuários do cartão de crédito, cresceu também o número de inadimplentes. 
O cartão de crédito contribui para o crescimento das dívidas dos portadores, muita por 
conta, dos juros incrementais. (LITTIWIN, 2008). 
Costa; Vieira; De Sá Neto (2018) através de uma pesquisa chegaram à conclusão 
de que o endividamento está relacionado a alguns fatores, um desses fatores é o fácil 
acesso para o uso do crédito. Nesta pesquisa os entrevistados tinham dívidas 
diversificadas, onde as mais recorrentes são, saúde, alimentação e roupas. A maior parte 
dos entrevistados, respondeu que o cartão de crédito era o maior causador das suas 
complicações financeiras por conta das taxas de juros altíssimas, e em sua maioria 
preferiam compras a prazo, levando a um acúmulo ainda maior das dívidas. 
Vale destacar, que a frequência no uso do cartão de crédito, pode se tornar um 
vício, que gera dificuldades na hora da gestão financeira do consumidor. Essa ocasião 
piora quando os indivíduos gastam com base na antecipação da sua renda futura. Somado 
a isso, a ótica do consumidor segundo a fatura do cartão de crédito mudou 
consideravelmente, transformando essa ferramenta em uma forma conveniente de gastar 
e a dívida socialmente aceitável. (WICKRAMASINGH E GURAGAMEGE, 2009). É 
visto hoje que por volta de 41% dos consumidores do brasil possuem dividas, com isso, 
38% estão com elas atrasadas e 55% possuem dividas superiores a temporada anteriores 
(SANTOS; SILVA, 2014). 
 
Relação da educação financeira com o materialismo e o uso do cartão de crédito. 
A educação financeira é o meio que abrange a adoção e o desenvolvimento de 
atitudes, hábitos, valores, conhecimento e compreensãode técnicas que melhoram a 
gestão pessoal na área das finanças (MARONI, 2011). As técnicas que são aprendidas na 
educação financeira possibilitam um maior entendimento das pessoas na gestão 
financeira, o que pode contribuir para a redução das dívidas, pois ao contrário, a 
negligência na hora do planejamento e organização levam ao descontrole financeiro e a 
falta de dinheiro para cumprir com suas obrigações (SANTO; SILVA, 2014). Segundo 
Piccini e Pinzettta (2014), os indivíduos que apresentam um maior conhecimento sobre 
educação financeira possuem um olhar mais crítico na questão do consumo, pois tem uma 
compreensão melhor do valor do próprio dinheiro, e como resultado, um endividamento 
menor. 
Em um estudo feito por Thais e Marlette (2008), foi mostrado que a educação 
financeira tem uma influência inversa sobre o materialismo e consumo por status. Quanto 
menor for a educação financeira maior o descontrole sobre o consumo por status, 
deixando o materialismo mais evidente. “A ausência ou insuficiência da compreensão de 
mecanismos de gestão financeira pode levar o indivíduo à tendência de demonstrar sua 
identidade por meio da aquisição de bens e a atribuir maior valor agregado aos produtos 
consumidos”. Mas há também um entendimento que a educação Financeira é uma 
ferramenta que pode contribuir na mudança desse cenário, pois ela auxilia na orientação 
do consumidor, o que permite um melhor comportamento sobre os próprios gastos, 
administrando com mais eficiência as suas necessidades, com o intuito de ter mais 
segurança nas suas comprar e finanças. (ZERRENNER, 2007). 
Para Araújo e Souza (2012), a educação financeira tem a tendência de levar os 
indivíduos a usufruírem do cartão de crédito de uma maneira mais consciência, pois ela 
aumenta o conhecimento sobre as possibilidades do uso do crédito, facilitando o 
entendimento de quais as melhores circunstâncias para o seu uso, também 
compreendendo os descontos de comprar à vista e quitando todas as suas faturas em dia, 
o que ajuda a diminuir as dívidas e a inadimplência. Através da educação financeira e 
possível mostrar a sociedade formas de distribuir o seu dinheiro entre o consumo e 
reserva, para uma maior identificação de como uma melhor gestão financeira pessoal 
pode ajudar a ter uma melhor qualidade de vida (WISNIEWSKI, 2011). 
Hayhoe, Leach e Tumer (1999), expõem que a educação financeira é a melhor 
alternativa para os problemas nas finanças pessoais, pois quanto mais conhecimento sobre 
o assunto, mais consciente será na hora de consumir. Hilgert, Hogarthe Beverly (2003) 
em seus estudos encontram evidencias que quanto maior o conhecimento sobre finanças, 
mais as pessoas tendem a ser responsáveis financeiramente. Nesse aspecto, é possível 
destacar a educação financeira como um importante instrumento que auxilia no 
planejamento financeiro das pessoas, pois mostra a forma certa de administrar o próprio 
dinheiro. Não visando um enriquecimento pessoal, mas a conscientização, para garantir 
uma boa saúde financeira. (KRUGER, 2014). 
 
A influência do crédito e do materialismo na cultura do consumo. 
Para um melhor entendimento de como se propaga a má gestão financeira e 
necessário ir além para entender a cultura do consumo nos tempos atuais. Hoje em dia a 
sociedade vive sobre um grande apelo ao consumo, o que e uma dos maiores causadores 
dos gastos desnecessários e o endividamento. (BOCK, 2010). 
Copetti (2018), explica que a cultura do consumo tem se espalhado cada vez mais 
pela sociedade, que é influenciada pelo uso do cartão de crédito e pela possibilidade do 
parcelamento da dívida. Mas muitas pessoas não percebem que o acumulo de prestações 
e dividas compromete seus rendimentos. Isso tudo também é influenciado pelo fato de as 
pessoas associarem o status social e a felicidade ao acumulo de bens e serviços. Os 
indivíduos passam a comprar não por necessidade, mas sim, para satisfazer suas vontades 
pessoais, pelo reconhecimento, por estar na moda, o pelo fato de todos terem aquele 
produto. Não possuir dinheiro deveria limitar essas compras, mas o cartão de crédito se 
tornou a solução para esse problema, o que em um determinado estante, torna o consumo 
o seu pior inimigo, pois leva as pessoas se tornarem reféns de suas dívidas. 
Um fator que também influencia no consumo irresponsável e a falta de 
administração das finanças pessoais, porque a sociedade acaba por gastar mais do que o 
próprio salário, sobre a perspectiva de um mundo onde ter é mais importante do que ser. 
E nesse momento que os indivíduos gastam mais do que podem, se endividando e 
futuramente se tornando inadimplentes (GIANCOLI, 2008). 
Santos e Silva (2014) propõem que o crédito impulsiona o nível de endividamento, bem 
como a necessidade de adquirir coisas novas, afirmando a necessidade da utilização de 
instrumentos que auxiliar no planejamento financeiro, para que possam ser estabelecidas 
metas para o consumo, o que evita compras pelo imediatismo. Há também uma 
negligência na hora de guardar reservas para emergências e imprevistos, isso atrelado ao 
crédito contribuem e muito para o endividamento da sociedade. 
 
Metodologia utilizada 
 
A metodologia utilizada e a quantitativa descritiva, que é visto por Cervo (2007) 
como uma pesquisa que registra, observa, analisa e estabelece relações e semelhanças nos 
fatos sem os adulterar. A forma escolhida e o levantamento que para Freitas (2002) é o 
método apropriado para pesquisas que desejam responder “O que? Porque? Como? E 
quanto?”. Nesse método não é possível controlar as variáveis sejam elas dependentes ou 
não. A coleta de dados é através da aplicação de um questionário. 
Ao todo 104 pessoas responderam ao questionário, sendo elas 70 mulheres e 34 
homens, com uma boa diversidade de resultados sobre conhecimento de educação 
financeira, onde foi separado todos os resultados para uma análise de resposta segundo o 
nível de educação financeira. 
 
Desenvolvimento da pesquisa e análise e interpretação dos dados. 
 
Gráfico 1 - Qual a primeira coisa que você faz ao receber o pagamento? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
É visto que quanto maior o nível de educação financeira, maior a preocupação 
em pagar todas as contas, e menor a taxa de pessoas que pagam tudo e gastam o resto. 
 
 
44%
56%
NENHUM
Pago as
contas e
gasto o
resto
Pago
todas as
contas
7%
90%
3%
BASICO
Pago as
contas e
gasto o
resto
Pago
todas as
contas
Sai para
curtir e
comprar
coisas
3%
97%
MEDIO
Pago as
contas e
gasto o
resto
Pago
todas as
contas
100
%
AVANÇADO
Pago
todas as
contas
Gráfico 2 - Ao final do mês quanto sobra do seu dinheiro? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Nesse momento é perceptível que a educação financeira influencia nas finanças 
ao final do mês, onde o maior índice de pessoas que acabam o mês sem nada, é quem 
não possui educação financeira e quanto maior o grau de educação, mais pessoas 
acabam o mês com pelo menos um pouco de dinheiro. 
 
Gráfico 3 - Como você controla suas finanças? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Há uma grande queda de pessoas que não controlam suas finanças de maneira 
alguma, conforme o nível de conhecimento sobre educação financeira, mostrando que 
quanto mais você entende sobre educação financeira, mais você busca formas de 
controlar suas finanças. 
 
Gráfico 4 - Você guarda dinheiro para despesas inesperadas? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
4%
4%
48%
44%
NENHUM
Bastante
Falta
dinheiro
Nada
Um
pouco
2%
10%
18%
70%
BASICO
Bastante
Falta
dinheiro
Nada
Um
pouco
12%
12%
76%
MEDIO
Bastante
Nada
Um
pouco
100
%
AVANÇADO
Um
pouco
8%
56%
36%
NENHUM
Faço
planilhas
Não
controlo
Tenho
tudo
anotado
em um
papel
17%
40%
30%
13%
BASICO
Faço
planilhas
Não
controlo
Tenho
tudo
anotado
em um
papel
38%
9%27%
26%
MEDIO
Faço
planilhas
Não
controlo
Tenho
tudo
anotado
em um
papel60%
40%
AVANÇADO
Faço
planilhas
Tenho
tudo
anotado
em um
papel
40%
44%
16%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
45%
30%
25%
BASICO
As vezes
Não
Sim
32%
6%62%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
20%
80%
AVANÇADO
As vezes
Sim
Nos respondentes pode se analisar que a educação financeira influencia na forma 
que as pessoas se previnem para situações inesperadas ou emergenciais. Com os 
indivíduos com mais conhecimento se preparando melhor para as situações adversas. 
 
Gráfico 5 - Em relação a aposentadoria. 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
A maior parte das pessoas sem nenhum conhecimento em educação financeira 
não se preocupam nesse momento com a aposentadoria, esse nível diminui apenas um 
pouco para quem tem um conhecimento básico, com uma reversão enorme para 
conhecimento médio e avançado, onde a maioria já busca investir neste momento, para 
não depender do governo futuramente. 
 
Gráfico 6 - É comum você gastar seu dinheiro com gastos supérfluos e no final se 
endividar por eles? 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
O nível de educação financeira nos respondentes influencia em seus gastos de 
maneira desnecessárias, pois quanto maior o nível, menor a taxa de pessoas que 
compram e se endividam com os gastos. 
 
 
 
 
 
12%
52%
12%
24%
NENHUM
Invisto
agora
para não
precisar
depender
do
governo
Não
estou
preocupa
do com
isso
agora
17%
45%
10%
28%
BASICO
Invisto
agora
para não
precisar
depender
do
governo
Não
estou
preocupa
do com
isso
agora
62%
17%
9%
12%
MEDIO
Invisto
agora
para não
precisar
depender
do
governo
Não
estou
preocupa
do com
isso
agora
60%
20%
20%
AVANÇADO
Invisto
agora
para não
precisar
depender
do
governo
Pago
previdên
cia
privada
52%
28%
20%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
40%
40%
20%
BASICO
As vezes
Não
Sim
29%
68%
3%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
20%
80%
AVANÇADO
As vezes
Não
Gráfico 7 - Você possui cartões de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
A maioria dos participantes possui cartão de crédito, independentemente do 
nível de educação financeira, o que mostra como a disseminação do crédito se tornou 
tão fácil. 
 
Gráfico 8 - Com qual frequência você usa o cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
O uso do cartão de crédito se mostrou muito diversificado, o que indica o crédito 
como algo comum na sociedade atual. 
 
Gráfico 9 - Você possui alguma dívida no cartão? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
A maneira que as pessoas administram o cartão e influenciada pelo nível de 
educação financeira, como é visto no gráfico, que quanto menos conhecimento, mais 
pessoas endividadas por conta do cartão de crédito. 
28%
72%
NENHUM
Não
Sim
10%
90%
BASICO
Não
Sim
12%
88%
MEDIO
Não
Sim 100
%
AVANÇADO
Sim
20%
8%
64%
8%
NENHUM
As vezes
Quase
nunca
Sempre
Só em
emergên
cias
40%
12%
43%
5%
BASICO
As vezes
Quase
nunca
Sempre
Só em
emergên
cias
23%
21%41%
15%
MEDIO
As vezes
Quase
nunca
Sempre
Só em
emergên
cias
20%
20%60%
AVANÇADO
As vezes
Quase
nunca
Sempre
36%
64%
NENHUM
Não
Sim
55%
45%
BASICO
Não
Sim
79%
21%
MEDIO
Não
Sim
80%
20%
AVANÇADO
Não
Sim
 
Gráfico 10 -Você costuma usar o cartão até o limite máximo? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Conforme o conhecimento em educação financeira, os respondentes se 
mostraram menos suscetíveis a usar o cartão até o limite máximo. 
 
Gráfico 11 - Você costuma atrasar o pagamento da fatura do cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
É visto que mesmo com um conhecimento bom o ruim sobre finanças, a maioria 
das pessoas não costumam atrasar o pagamento do cartão. 
 
Gráfico 12 - O que você costuma comprar com o seu cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
As pessoas em sua maioria escolheram roupas, acessórios, transportes e fast 
food, como os maiores motivos para o uso do cartão de crédito. 
 
24%
44%
32%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
27%
55%
18%
BASICO
As vezes
Não
Sim
15%
70%
15%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
100
%
AVANÇADO
Não
16%
76%
8%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
25%
72%
3%
BASICO
As vezes
Não
Sim
15%
70%
15%
MEDIO
As
vezes
Não
Sim 100
%
AVANÇADO
Não
4%
4%
4%
4%
4%
16%
4%
12%
4%
16%
12%
8%
4%
4%
NENHUM
Despesas
relaciona
das à
família
3%
3%
3%
3%
13%
3%
3%
3%
5%
3%
3%3%
15%
3%
5%
15%
10%
5%
3%
3%
BASICO
Despesas
profissio
nais
9%
15%
3%
6%
3%
3%
3%
3%3%
3%
3%
3%
6%
3%
6%
18%
3%
3%
3%
3%
MEDIO
Despesas
profissio
nais
20%
20%
20%
20%
20%
AVANÇADO
Roupas,
acessório
s e
outros
itens
pessoais,
Despesas
profissio
nais
Gráfico 13 -Você utiliza o crédito disponível em um cartão para pagar outro cartão de 
crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Independentemente do nível de educação financeira os indivíduos se mostraram 
contra o uso de um cartão de crédito para pagar outro cartão. 
 
Gráfico 14 -Você gasta mais quando usa o cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Os indivíduos com o menor conhecimento em educação financeira, se 
mostraram mais suscetíveis a gastar mais, quando estão em posse do cartão de crédito. 
 
Gráfico 15 -Você se preocupa com o pagamento das suas dívidas do cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
É perceptível que a maioria das pessoas se preocupa com o pagamento das suas 
dívidas do cartão. 
 
4%
88%
8%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
7%
88%
5%
BASICO
As vezes
Não
Sim
97%
3%
MEDIO
Não
Sim 100
%
AVANÇADO
Não
28%
20%52%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
22%
28%
50%
BASICO
As vezes
Não
Sim
21%
56%
23%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
80%
20%
AVANÇADO
Não
Sim
8%
92%
NENHUM
As vezes
Sim
2%
10%
88%
BASICO
As vezes
Não
Sim
6%
12%
82%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
100
%
AVANÇADO
Sim
Gráfico 16 -Você se preocupa com o preço dos produtos quando usa o cartão de 
crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Mesmo com o uso do crédito os indivíduos se preocupam com os preços dos 
produtos, mas com uma elevação da preocupação conforme o nível do conhecimento 
em educação financeira. 
 
Gráfico 17 -Você é mais impulsivo nas compras quando usa o cartão de crédito? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Dos respondentes, foi percebido que as pessoas são mais impulsivas em suas 
compras, por conta da falta de educação financeira. 
 
Gráfico 18 -Você gosta de acompanhar a vida de pessoas que possuem casas, carros 
importados e roupas de grife? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Na questão do materialismo, conforme o nível de educação financeira aumenta, 
menor a vontade de acompanhar pessoas por conta do seus status e pertences. 
 
24%
16%60%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
17%
10%
73%
BASICO
As vezes
Não
Sim
12%
3%
85%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
100
%
AVANÇADO
Sim
28%
28%
44%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
30%
32%
38%
BASICO
As vezes
Não
Sim
23%
59%
18%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
20%
80%
AVANÇADO
As vezes
Não
24%
36%
40%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
40%
40%
20%
BASICO
As vezes
Não
Sim
29%
59%
12%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
20%
80%
AVANÇADO
As vezes
Não
Gráfico 19 - Você gosta de comprar coisas de marcas famosas? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
É diversificado a vontade de pessoas que gostam de comprar coisas de marcas 
famosas, o nível de educação financeira influencia pouco essa área, pois cada etapa 
possui muitas pessoas que gostam de comprar coisas de marcas famosas e outras que só 
gostam as vezes. 
 
Gráfico 20 -Sua vida seria muito melhor se tivesse muitas coisas que não tem? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
A educação financeira influencia no pensamento materialista, em conta de 
quanto maior seu nível, mais as pessoas são satisfeitas com suas posses, mas também é 
visto que as pessoas visam muito os bens materiais, de querer ter coisas que não podem. 
 
Gráfico 21 -Você ficaria muito mais feliz se pudesse comprarmais coisas? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
As pessoas demonstram um grau elevado de felicidade com a possibilidade de 
comprar mais coisas. Com um maior nível de educação financeira a dependência da 
16%
40%
44%
NENHUM
As vezes
Não
Sim
57%
18%
25%
BASICO
As vezes
Não
Sim
26%
53%
21%
MEDIO
As vezes
Não
Sim
100
%
AVANÇADO
Não
12%
40%
48%
NENHUM
Não
Sim
Um
pouco
25%
32%
43%
BASICO
Não
Sim
Um
pouco
29%
27%
44%
MEDIO
Não
Sim
Um
pouco
40%
20%
40%
AVANÇADO
Não
Sim
Um
pouco
4%
76%
20%
NENHUM
Não
Sim
Um
pouco
5%
57%
38%
BASICO
Não
Sim
Um
pouco
15%
44%
41%
MEDIO
Não
Sim
Um
pouco
40%
20%
40%
AVANÇADO
Não
Sim
Um
pouco
felicidade através de bens materiais diminui, mas ainda e perceptível a vontade de 
possuir pelo menos mais um pouco de posses. 
 
Gráfico 22 - Você gosta de possuir coisas que impressionam as pessoas? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
A maioria das pessoas não se mostram interessadas em ter coisas que 
impressionam os outros, mesmo com o nível de educação financeira alta ou baixa, isso 
não se torna evidente. 
 
Gráfico 23 -Você fica incomodado quando não pode comprar tudo que quer? 
 
Fonte: Coleta de dados (2022) 
Há um maior incomodo dos indivíduos com o baixo nível de conhecimento em 
educação financeira com o fato de não possuírem tudo que desejam, identificando a 
influencia a educação financeira no materialismo. 
 
Considerações finais 
 
O dinheiro é algo essencial na vida das pessoas, ele pode ser um bom amigo ou 
um péssimo inimigo dependendo da forma que as pessoas lidam com ele. É possível ver 
que a falta de educação financeira abre as portas para a má gestão das finanças pessoais, 
porque pela falta dela, as pessoas não têm consciência de como administrar as próprias 
finanças, o que as levam a gastos supérfluos, a negligenciar o futuro, não se importando 
64%
12%
24%
NENHUM
Não
Sim
Um
pouco
72%
13%
15%
BASICO
Não
Sim
Um
pouco
79%
3%
18%
MEDIO
Não
Sim
Um
pouco
80%
20%
AVANÇADO
Não
Um
pouco
8%
56%
36%
NENHUM
Não
Sim
Um
pouco
15%
52%
33%
BASICO
Não
Sim
Um
pouco
44%
32%
24%
MEDIO
Não
Sim
Um
pouco
60%
40%
AVANÇADO
Não
Um
pouco
com o amanhã, e com pouco interesse na aposentadoria e como vai sobreviver 
futuramente, ao uso inadequado do cartão de crédito, a basear suas vidas em bens 
materiais, com a felicidade norteada por ter e comprar coisas para poder ostentar, e a 
frustração de não conseguir o que quer. Tudo isso evidencia cada vez mais a cultura do 
consumo, onde as pessoas consomem sem necessidade, pelo simples fato de poder dizer 
que tem. Em contrapartida, pessoas com uma boa educação financeira, são mais 
consciente com seus gastos, não se deixando levar pelo momento o por ofertas de 
produtos, não sendo influenciadas pelo uso fácil do crédito, buscando sempre os gastos 
conscientes e o não acumulo de dívidas, e com um grau menor de materialismo, 
mostrando a influência da educação financeira na maneira de agir e pensar, com uma 
visão de futuro mais preocupada, se interessando mais pelo dia de amanhã e na forma de 
se aposentar, deixando claro a influência e a importância da educação financeira na vida 
das pessoas. 
A educação financeira deve fazer parte da vida de cada pessoa, pelo menos o 
básico deve ser ensinado a sociedade, para que então se houver o interesse ela busque 
mais sobre, assim, as pessoas conseguem fazer um planejamento de gasto, conquistando 
a estabilidade financeira, e diminuindo o número de endividados e inadimplentes, para 
que a sociedade se torne menos materialista e não baseie sua vida em comprar coisas e 
bens materiais em busca de sucesso e felicidade. 
 
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