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1 
 
INTRODUÇÃO 
De maneira inicial, o caminho do sangue: 
AD → VD → A. PULMONAR → PULMÃO → AE → VE 
→ AORTA → CIRCULAÇÃO. 
ESTENOSE MITRAL 
A estenose mitral configura uma dificuldade na 
abertura da valva mitral. 
Uma das principais etiologias se dá pela febre 
reumática, uma doença imunomediada, 
decorrente principalmente por más condições de 
vida. 
Com a dificuldade da abertura da valva mitral, há 
uma diminuição da passagem de sangue do AE 
para o VE, levando há um aumento pressórico do 
AE → o paciente tende a ter uma distorção 
arquitetural dos tecidos miocárdicos (dilatação do 
átrio esquerdo) → o paciente assim tem sintomas 
como: arritmias (palpitações, por conta das extra-
sístoles atriais), fibrilação atrial (cronicamente → 
levando a perda da contração atrial e, por 
conseguinte, uma estase → o paciente assim é mais 
suscetível a trombo → AVC em casos em que o 
trombo segue até as carótidas). 
Outros sintomas da estenose mitral incluem: 
aumento pressórico nos capilares pulmonares, que 
antecedem o caminho do sangue no átrio 
esquerdo → isso resulta em má distribuição de 
sangue entre capilares, e assim, o paciente irá 
apresentar dispneia aos esforços, ortopneia... essa 
condição tende a ser demonstrado por meio de 
estertores bilateralmente na ausculta pulmonar → 
sendo esses mais audíveis em base por conta da 
gravidade. O paciente também terá um pulso fora 
de regularidade. 
Obs. Os casos de congestão pulmonar não podem 
ser tratados com reidratação venosa → isso pois o 
líquido irá se acumular ainda mais nos capilares 
pulmonares, culminando em edema pulmonar. 
Assim entende-se que: o paciente com estenose 
mitral não tolera decúbito, administração de 
líquidos, esforço físico (pelo aumento do esforço 
venoso), arritmias... 
A conduta deve ser feita a partir de oxigênio sobre 
pressão e diminuir o retorno venoso do paciente por 
meio de vasodilatação (ex. nitroglicerina; diurético 
de alça – furosemida como outra opção para BB). 
O uso de medicamentos (betabloqueadores) para 
a diminuição da frequência cardíaca, para assim 
aumentar o tempo de esvaziamento atrial. 
OUTROS FATORES OBSERVADOS SÃO: 
• Aumento na pressão da artéria pulmonar 
• Aumento da pressão no átrio direito 
• Hepatomegalia dolorosa 
• Aumento da pressão venosa central 
• Turgência jugular 
• Refluxo hepato-jugular em compressão no 
fígado 
• Edema 
• Ascite 
Obs. Os sinais e sintomas da estenose mitral são 
referidos a congestão pulmonar, que pode se tornar 
sistêmica. 
COMO SUSPEITO DE ESTENOSE MITRAL? 
Anamnese (história de febre reumática?) + Ausculta 
(estertores; sopro diastólico em ruflar → melhor 
auscultado em paciente em decúbito dorsal 
esquerdo e esforço físico). 
AUSCULTA NOS FOCOS: 
Lembrando: 
- B1: fechamento das valvas atrioventriculares. 
- B2: fechamento das valvas aórtica e pulmonar. 
• Em foco pulmonar B2 → hiperfonese de 
segunda bulha (tum – TÁ). Marcador de uma 
estenose mitral já em estado grave. 
• B1 hiperfonética → estenose mitral de menor 
gravidade. Estenose mitral recente → a 
valva está menos calcificada e tem maior 
mobilidade que hiperfonese em B2. 
DOENÇAS VALVARES 
 
2 
 
• B1 hipofonética → calcificação grave. 
QUE EXAMES PEDIR? 
• Eletrocardiograma → o eletrocardiograma 
mostra uma sobrecarga do AE e VD e AD, 
além de possíveis arritmias. 
• RX tórax → demonstrando aumento de AE → 
visto a partir de um abaulamento da A. 
pulmonar. Também é observado o sinal do 
duplo contorno. 
Na figura acima é demonstrado o sinal do duplo 
contorno. 
Na figura acima é demonstrado um abaulamento 
da A. pulmonar. 
• *Ecocardiograma → padrão ouro para 
identificação de estenose mitral, 
delimitando o tamanho da área valvar e 
identificar insuficiência. Esse exame 
consegue identificar a gravidade da 
estenose, conseguindo identificar o grau de 
gravidade, por meio do escore de 
Wilkins/Block. 
Em suma, o escore serve para tomar a conduta 
adequada para tratar a estenose mitral a partir do 
estado da valva. 
TRATAMENTO 
*O tratamento para escore baixo (menor ou igual a 
8) é a valvoplastia mitral percutâneo. O tratamento 
contempla estenose mitral com uma calcificação 
menos grave. 
Outros tratamentos são: 
• Comissurotomia mitral (Plástica da valva) → 
escore menor ou igual a 10 → maior 
calcificação da valva. 
• Troca da valva → escore acima de 10 
*Sabe-se que existem dois tipos de valvas → 
biológica e mecânica. A biológica dura 7-10 anos e 
a duração da mecânica é indefinida → porém, a 
prótese mecânica é predisponente de trombos, 
logo, o paciente deve tomar varfarina como 
anticoagulante (em todos os casos). 
A escolha da prótese vem do paciente, tendo o 
médico que explicar vantagens e desvantagens. 
Em pacientes idosos é preferível uma prótese 
biológica, assim como em mulheres jovens que 
pretendem engravidar. 
INSUFICIÊNCIA MITRAL 
A insuficiência mitral se caracteriza por uma 
dificuldade no fechamento da valva mitral → assim, 
parte do sangue jogado do VE para AE volta em 
parte. 
O paciente apresenta um sopro sistólico suave em 
foco mitral. A ausculta do sopro irradiado até o 
dorso indica uma insuficiência mitral mais grave. 
*Deve-se entender se a insuficiência é primária 
(doença da própria valva) ou secundária 
(miocardiopatia, como doença de chagas → 
 
3 
 
causou crescimento do ventrículo e dificultou o 
fechamento da vaga). 
Em casos de insuficiência secundária, o médico 
deve tratar a causa da insuficiência e não partir 
para tratamento cirúrgico. 
Causas de insuficiência mitral primária: 
• Febre reumática 
• Prolapso mitral 
• Endocardite que danifique a valva 
Nesses casos acima o tratamento cirúrgico é 
indicado. 
A sintomatologia do paciente com insuficiência 
mitral é a mesma da estenose mitral. Porém, na 
insuficiência mitral, o volume do ventrículo é 
aumentado (dilatação de VE) e na estenose mitral o 
ventrículo esquerdo é preservado. 
QUE EXAMES PEDIR? 
• Eletrocardiograma → sobrecarga de AE e VE 
• RX de tórax → cardiomegalia. 
• Ecocardiograma → padrão ouro para 
diagnóstico. 
TRATAMENTO 
A droga de escolha é: diuréticos de alça. 
Nesse caso não são usados BB 
Na insuficiência mitral não há tratamento 
medicamentoso → os diuréticos são usados para 
estabilizar congestão. 
O tratamento indicado é cirúrgico → com troca de 
valva. 
Em pacientes assintomáticos → não operar o 
paciente por conta do risco ao paciente. 
O caso de cirurgia será uma cardiomegalia, mesmo 
que assintomáticos; queda de fração de ejeção; 
pacientes sintomáticos. 
INSUFICIÊNCIA AÓRTICA 
Há um aumento de volume recebido pelo 
ventrículo esquerdo → dilatação. 
No paciente é percebido um sofro diastólico em 
foco aórtico. 
 
 
ESTENOSE AÓRTICA 
A valva aórtica terá deficiência em abrir → o 
ventrículo ejeta sangue para aorta com 
dificuldade. 
O paciente apresenta sopro sistólico rude em foco 
aórtico. O sopro se irradia para a fúrcula e vasos do 
pescoço. 
*A sintomatologia é síncope (baixo fluxo sanguíneo 
cerebral), dispneia e dor torácica. 
O paciente apresenta uma hipertrofia ventricular 
esquerda volumosa → o esforço feito pelo paciente 
resulta em dor torácica. 
TRATAMENTO 
Em sintomático → troca valvar → prótese 
biológica/metálica. 
Procedimento menos invasivo para pacientes 
idosos e de risco, por exemplo → TAVI → implante 
valvar por meio de cateterismo. 
Não há tratamento medicamentoso.

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