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Direitos Reais Módulo 5 com Resposts

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MÓDULO 5.
Dos direitos reais sobre coisas alheias.
· CC/1916 – 3 Títulos: posse, propriedade e direitos reais sobre coisas alheias.
· CC/2002 – posse (Tít. I); direitos reais (Tít. II), propriedade (Tít. III) e depois
um título para cada direito real sobre coisa alheia, omitindo as disposições
gerais. Ex.: Título IV – superfície; Título V - servidões; Título VI - usufruto etc.
_______//_______
Conceito:
Direito real é o que afeta a coisa direta e imediatamente sob todos ou sob
certos respeitos, e a segue em poder de quem quer que a detenha. – o direito
real liga pessoa (titular do direito) e coisa, sendo oponível erga omnes e
conferindo ao titular do direito a ação real, para o exercício do direito de
sequela.
O direito real mais completo é o domínio, porque pode conferir ao titular uso,
gozo e disposição, além do direito de reivindicação da coisa.
Mas é possível que um ou alguns dos poderes do domínio se destaquem para se
incorporarem ao patrimônio de outrem. E esta pessoa, em cujo patrimônio tal
poder se incorporou, passa a ser titular de um direito real sobre coisa alheia.
O domínio se divide em direitos elementares, conforme as formas pelas quais se
manifesta a atividade do homem sobre as coisas corpóreas. E cada um dos
direitos elementares do domínio constitui um direito real, como o uso, o
usufruto, a servidão (direito não de usar, mas de utilizar para a passagem, por
ex., o prédio alheio).
O titular do domínio sofre uma restrição em seu direito, que corresponde ao
direito paralelo do usufrutuário, ou do usuário, ou do prédio dominante (na
servidão) – estes têm direito real sobre coisa de outrem. O dono (com a
constituição de direitos reais de terceiros) deixa de ter certa faculdade em
relação à coisa.
Os terceiros têm direitos reais sobre coisas alheias, prerrogativas sobre coisa de
outrem, diminuindo o direito do proprietário.
Os direitos reais sobre coisa alheia podem decorrer de contrato, mas são mais
que meras obrigações vinculando pessoas, são direitos que se prendem
à coisa, a perseguem enquanto não se extinguem, conferem aos
titulares ação real exercitável erga omnes – são direitos reais.
__________//_____
Espécies:
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CC/1916 - art. 674 (elencava 9 direitos reais sobre coisas alheias) –
enfiteuse, servidão, usufruto, uso, habitação, rendas constituídas sobre imóveis,
penhor, anticrese e hipoteca.
· Trata-se de rol taxativo, como o do art. 1.225 do CC/2002.
· Para o art. 1225, CC/2002 – direitos reais sobre coisa alheia são: a superfície,
as servidões, o usufruto, o uso, a habitação, o direito de promitente comprador
do imóvel, o penhor, a hipoteca, a anticrese, a concessão de uso especial para
fins de moradia, a concessão de direito real de uso (os dois últimos
incorporados ao rol por força da Lei nº 11.481/2007) e o direito de laje (Lei n.
13.465 de 11.7.2017). Então saíram do rol – enfiteuse e rendas
expressamente constituídas sobre imóveis.
** A Lei nº 6.014/73 já tratava, incluindo no rol do CC/1916, da promessa
irretratável de venda.
· Os direitos reais sobre coisa alheia se dividem em 2 espécies: direito de
fruição (para uso, gozo, ou uso e gozo) e os de garantia (de um débito).
· Direitos reais de fruição: superfície, servidão, usufruto, uso, habitação,
promessa irretratável de venda, direito de laje, concessão de uso especial para
fins de moradia e concessão de direito real de uso.
· Direitos reais de garantia: penhor, anticrese e hipoteca.
_____________//________
Constituição (dos direitos reais sobre coisa alheia) por atos entre vivos.
Não basta o negócio jurídico para constituir ou transmitir direitos reais. Deve
haver a tradição (móvel) ou o registro, no Registro Imobiliário (imóvel).
Conforme art. 1.226 e 1.227 do CC. O negócio jurídico cria obrigação, e só o
registro cria direito real.
Obs.: O art. 168 da Lei de Registros Públicos e o CC/2002 falam em registro, e
não mais em transcrição ou inscrição.
______________________//_____________
ENFITEUSE.
Também chamada aforamento ou emprazamento.
NÃO EXISTE MAIS, como previsão de direito real sobre coisa alheia, no
CC/2002.
VAMOS ESTUDAR PORQUE O INSTITUTO POR SÉCULOS esteve em vigor NO
BRASIL E MUITOS IMÓVEIS “ESTÃO PRESOS” POR ESTE VÍNCULO REAL (art.
2.038, CC/2002: as enfiteuses não podem mais ser criadas, mas as já
existentes são reguladas pelo CC/1916).
Art. 678 e 679, CC/1916.
Ocorria quando por ato entre vivos ou de última vontade o proprietário atribuía
a outrem o domínio útil do imóvel, pagando a pessoa que o adquire (enfiteuta)
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um foro anual ao senhorio direto (proprietário). Tal foro é certo e invariável. Art.
679, CC – a enfiteuse é perpétua. A enfiteuse por tempo limitado é considerada
como arrendamento.
* Diferença entre enfiteuse e locação – a enfiteuse é perpétua. E outra
diferença – do contrato de locação resultam direitos pessoais entre as partes,
e da enfiteuse decorre direito real.
_______//_____
Conteúdo da enfiteuse: é o mais amplo direito real sobre coisa alheia. O
enfiteuta tem o uso, gozo, reivindicação e pode alienar os seus direitos a
outrem sem anuência do senhorio. O enfiteuta tem todos os direitos do domínio
menos “o domínio”, que fica com o proprietário, daí a necessidade de
pagamento do foro anual. O senhorio só fica c/ “o nome de dono”; a
expectativa de readquirir a condição anterior, mediante o exercício da
preferência, em caso de alienação, ou através do comisso, ou do
falecimento do enfiteuta sem herdeiros; o direito ao foro e ao laudêmio,
que já estudaremos.
· O senhorio tem mais expectativas que direitos. O valor econômico da
propriedade fica com o enfiteuta. O foreiro então tem o domínio útil, e o
senhorio o domínio direto.
· Com a perpetuidade o enfiteuta pode transmitir seus direitos por ato
entre vivos ou causa mortis.
· A enfiteuse só podia se constituir sobre terras não cultivadas ou terrenos que
se destinem à edificação (art. 680, CC/1916), porque sua finalidade era facilitar
o aproveitamento de terras.
__________//___________
Esboço histórico.
Surge no Direito Romano da junção de dois institutos – os arrendamentos
perpétuos dos agri vectigales e o direito enfitêutico propriamente dito.
Os Municípios, os colégios sacerdotais etc. tinham imóveis que arrendavam.
Como os imóveis eram em lugares distantes, muitas vezes o arrendante tinha
que oferecer melhores condições para o arrendamento, para seduzir o
arrendatário. Então tais arrendamentos passaram a ser perpétuos, não sendo o
arrendatário obrigado a deixar a terra enquanto pagasse a renda
convencionada. Enquanto houvesse pagamento, não se podia tirar do enfiteuta
em nem do seu herdeiro os direitos sobre o bem.
Ainda, para garantir o direito do enfiteuta, concedeu-se ação de caráter real.
Aos imóveis assim entregues em arrendamento dava-se o nome de agri
vectigales (vectigal era a renda que pagava o arrendatário); e a ação a ele
concedida se chamava actio vectigalis.
A enfiteuse surge quando ocorre a invasão dos bárbaros e a má organização
social, que vai dizimar a população rural, aumentando a pobreza. Os grandes
proprietários, para atrair lavradores para arrendar as terras, para estas não
ficarem inexploradas, foram obrigados a arrendá-las, por prazos extremamente
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longos, ou perpetuamente, por taxa menor que a normal. Principalmente os
imperadores que usaram deste meio para cultivar seus imóveis patrimoniais.
Depois a enfiteuse foi usada para a exploração dos imóveis particulares e da
Igreja.
* No Brasil, diferente de Portugal, a enfiteuse era como em Roma – boa para o
enfiteuta – com prestações módicas e prazos perpétuos. Isto porque havia
muitaterra e pouca gente para cultivá-la.
______________//_______
Regime da enfiteuse:
Direitos do senhorio:
A enfiteuse se estabelecia por testamento ou por ato entre vivos. Mas para a
constituição do direito real era preciso o registro do título constitutivo no
Registro de Imóveis – art. 676, CC/1916.
Com o registro surgiam dois titulares de direitos reais sobre a mesma coisa – o
titular do domínio direto e o titular do domínio útil. Este possuía todos os
direitos elementares do domínio, e a lei dava ao senhorio apenas o direito ao
foro, ao laudêmio e preferência no caso de alienação do domínio útil.
_________//____________
Foro – é a contraprestação. Devida pelo enfiteuta. Se não pagar por 3 anos
consecutivos, surge o comisso - extinção do aprazamento com a consolidação
do domínio nas mãos do senhorio.
Laudêmio – importância devida ao senhorio, pelo foreiro, cada vez que
transferir o domínio útil por venda ou dação em pagamento. É de 2,5 % sobre o
preço da alienação, se outro não foi fixado no título do aforamento (art. 686,
CC/1916). O laudêmio só é devido nas alienações onerosas, não sendo
reclamável nas liberalidades.
O senhorio por lei tem preferência quando o enfiteuta quer vender ou dar em
pagamento o domínio útil. Na venda, o enfiteuta (foreiro) deve interpelar o
senhorio para que em 30 dias manifeste por escrito, datado e assinado, o seu
propósito de exercer a preferência na aquisição, pelo mesmo preço e nas
mesmas condições por que foi oferecida ao estranho (art. 683, CC/1916). Se
não for respeitado o direito de preferência, o senhorio pode promover a
rescisão do negócio feito com terceiro, havendo o imóvel do adquirente
pelo preço da aquisição.
A preferência também pode ser exercida na venda judicial. Com a penhora do
imóvel, o senhorio direto será citado para assistir à praça, e terá preferência
sobre os demais lançadores em condições iguais; à falta destes, terá
preferência pelo preço pelo qual a coisa deverá ser adjudicada (art. 689,
CC/1916).
· Se não quiser exercer a preferência, o senhorio tem (como dito) o direito ao
laudêmio, de 2,5% sobre o preço da alienação.
· E se o enfiteuta falecer sem herdeiro (raro) o senhorio adquire o domínio útil,
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consolidando em sua pessoa a propriedade – art. 692, II, CC/1916.
_____________//____________
Dos direitos do foreiro:
São todos os direitos elementares da propriedade.
· Tem preferência na aquisição do domínio direto, pois quer consolidar a
propriedade e encerrar direito real sobre coisa alheia.
· Por ser perpétua a enfiteuse, o enfiteuta tem a prerrogativa de transmitir por
ato negocial ou por sua morte a enfiteuse – art. 681, CC/1916.
· O enfiteuta tem domínio útil; e o senhorio tem o domínio direto
(indefinidamente).
· Únicas restrições para o foreiro – preferência na alienação (vimos) ou
laudêmio (vimos também) ao senhorio direto.
________________//_________
HIPÓTESE DE VÁRIOS ENFITEUTAS – ELEIÇÃO DE CABECEL.
EX.: Quando o enfiteuta deixa vários herdeiros, o senhorio direto se quiser pode
convir na divisão.
Se não, os consortes devem eleger em 6 meses um cabecel, sob pena de a
escolha ser feita pelo senhorio.
Com a escolha, as ações do senhorio contra os foreiros serão propostas contra o
cabecel, salvo a este o direito regressivo em face dos outros, pelas respectivas
quotas (art. 690 e §§, CC/1916).
________________//______________
Da extinção da enfiteuse:
Art. 692, CC/1916:
- natural deterioração do prédio aforado, quando não vale mais o capital
correspondente ao foro e mais um quinto deste (no direito anterior a enfiteuse
só se extinguia com a perda total do prédio);
- pelo comisso, deixando o foreiro de pagar a prestação por 3 anos
consecutivos, caso em que o senhorio indeniza das benfeitorias necessárias;
- falecendo o enfiteuta sem herdeiro, salvo direito dos credores.
____________//___________
Resgate.
É a prerrogativa do foreiro de adquirir, compulsoriamente, o domínio direto,
pagando certa indenização. A finalidade é consolidar o domínio nas mãos do
enfiteuta – art. 693, CC/1916 (com redação pela lei de 1972).
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O resgate era possível 10 anos depois de constituída a enfiteuse, salvo acordo
das partes em sentido contrário (acordo poderia firmar prazo menor e fixar
outro valor para a indenização). E o resgate se dava com o pagamento do
laudêmio - 2,5% sobre o valor atual da propriedade plena mais 10 pensões
anuais pelo foreiro, que não poderia no contrato renunciar ao direito de resgate,
nem contrariar as disposições cogentes da lei.
· Não é possível (por lei) haver resgate dos aforamentos de terrenos da
União.
*** O art. 693, CC/1916 era cogente. É de interesse da coletividade consolidar
a propriedade nas mãos do foreiro que a trabalhou. E para o foreiro, que a
produziu, é um prêmio. Não se podia por convenção suspender o resgate.
__________________//______________
Do direito de superfície: art. 1.225, II do CC/02.
O CC/2002 trouxe de volta este direito que o CC/1916 eliminou. O Dec.-lei nº.
271, de 28.2.1967, já tentara no art. 7º restabelecer o direito de superfície,
mas não houve uso.
Art. 1.369, CC/02 – Conceito: trata-se de direito que ocorre quando o
proprietário concede a outrem a prerrogativa de construir ou plantar em seu
terreno, por tempo determinado, mediante escritura pública registrada no
Cartório de Imóveis. É concessão da propriedade útil do imóvel para
construção ou plantação.
Obs.: as coisas construídas ou plantadas no terreno do concedente
(proprietário) pertencem ao superficiário. É exceção à regra de que o acessório
segue o principal. Para Roberto Senise Lisboa, o direito de superfície é
substancialmente uma suspensão ou interrupção da eficácia do princípio da
acessão[1].
Trata-se de direito real de uso, gozo e disposição sobre a coisa alheia, no que se
refere à superfície, o que restringe o direito real de propriedade. Ressalta-se
que: o direito real de superfície só se origina do registro junto ao cartório
imobiliário, mediante escritura pública.
Obs.:
· O superficiário pode dar em garantia a superfície, para o pagamento de suas
dívidas, e pode ainda reconstruir a coisa superficiária, em caso de perecimento.
· O direito de superfície pode ser transmitido inter vivos ou causa mortis – em
função da morte do beneficiário, hipótese em que os seus herdeiros passam a
ser os superficiários[2].
Partes – proprietário e superficiário.
______//_____
Diferença entre direito de superfície e arrendamento –
O direito de superfície é direito real, oponível, portanto, erga omnes, contando
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http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
com a prerrogativa da sequela, possibilidade de buscar a coisa das mãos de
quem quer que seja.
* O direito real de superfície surge em decorrência do contrato, no momento do
registro.
_________//_________
Regras:
· A concessão pode ser onerosa ou gratuita. Na falta de previsão de
onerosidade, presume-se gratuito. Nos dois casos o superficiário (por
desfrutar dos proveitos do imóvel) responde pelos encargos e tributos
que sobre ele incidem.
· O direito de superfície é direito real que pode ser transferido pelo superficiário
a terceiros, inclusive a seus herdeiros, por morte do superficiário.
Obs.: O proprietário aqui também é chamado de senhorio, mas é diferente da
enfiteuse, porque nesta o proprietário tem direito ao laudêmio cada vez que o
foreiro transfere, a título oneroso, o domínio útil da coisa (o laudêmio é
porcentagem sobre o preçoda venda, 2,5%). O art. 1.372, parágrafo único do
CC/2002 determina que não se pode estipular pelo concedente nenhum
pagamento pela transferência, no direito de superfície.
· Art. 1.373, CC – Na alienação do imóvel ou do direito de superfície, tem o
superficiário ou o proprietário o direito de preferência.
· Art. 1.375, CC - Extinta a concessão, ordinariamente, pelo fim do prazo, o
concedente passa a ter a propriedade plena do imóvel, independentemente de
indenização. Salvo estipulação em sentido contrário (a norma não é
cogente).
___________//___________
Das hipóteses de extinção do direito de superfície:
1. pelo advento do termo final fixado em contrato ou em testamento;
2. por distrato;
3. pelo não uso do direito;
4. pelo exercício do direito de preferência ou de sucessão por qualquer das
partes em relação à outra, caso em que ocorre a consolidação subjetiva;
5. pela desapropriação do bem imóvel.
___________________//_________________________
Da laje.
A Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, que resultou de conversão da Medida
Provisória 759/2016, estabelece o DIREITO REAL DE LAJE.
O art. 1.225 do CC passa a conter o direito real sobre a laje -
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7 of 27 12/08/2022 20:17
XIII - a laje.
Dispõe o art. 1510-A:
"O proprietário de uma construção-base poderá ceder a superfície superior ou
inferior de sua construção a fim de que o titular da laje mantenha unidade
distinta daquela originalmente construída sobre o solo".
Trata-se de direito real sobre coisa alheia que confere ao seu titular a
prerrogativa real sobre a superfície superior ou inferior de sua construção.
É preciso haver acesso independente à laje.
Trata-se de direito real sobre coisa alheia com características comuns ao direito
real de superfície. Ocorre que se dá sobre superfície sobrelevada. Deve ser
aberta matrícula própria em favor do titular do direito de laje.
Nos termos do art. 1510-A,
§ 1o O direito real de laje contempla o espaço aéreo ou o subsolo de terrenos
públicos ou privados, tomados em projeção vertical, como unidade imobiliária
autônoma, não contemplando as demais áreas edificadas ou não pertencentes
ao proprietário da construção-base.
§ 2o O titular do direito real de laje responderá pelos encargos e tributos que
incidirem sobre a sua unidade.
§ 3o Os titulares da laje, unidade imobiliária autônoma constituída em
matrícula própria, poderão dela usar, gozar e dispor.
§ 4o A instituição do direito real de laje não implica a atribuição de fração ideal
de terreno ao titular da laje ou a participação proporcional em áreas já
edificadas.
§ 5o Os Municípios e o Distrito Federal poderão dispor sobre posturas edilícias e
urbanísticas associadas ao direito real de laje.
§ 6o O titular da laje poderá ceder a superfície de sua construção para a
instituição de um sucessivo direito real de laje, desde que haja autorização
expressa dos titulares da construção-base e das demais lajes, respeitadas as
posturas edilícias e urbanísticas vigentes.
É possível que o direito de laje seja adquirido por usucapião, preenchidos os
requisitos legais.
Prevê o legislador -
Art. 1.510-B. É expressamente vedado ao titular da laje prejudicar com obras
novas ou com falta de reparação a segurança, a linha arquitetônica ou o arranjo
estético do edifício, observadas as posturas previstas em legislação local.
Art. 1.510-C. Sem prejuízo, no que couber, das normas aplicáveis aos
condomínios edilícios, para fins do direito real de laje, as despesas necessárias
à conservação e fruição das partes que sirvam a todo o edifício e ao pagamento
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8 of 27 12/08/2022 20:17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674394/art-1510a-1-da-lei-13465-17
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https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674392/art-1510a-2-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674392/art-1510a-2-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674389/art-1510a-3-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674389/art-1510a-3-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674387/art-1510a-4-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674387/art-1510a-4-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674384/art-1510a-5-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674384/art-1510a-5-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674381/art-1510a-6-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674381/art-1510a-6-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674377/art-1510b-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674377/art-1510b-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674371/art-1510c-da-lei-13465-17
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/158674371/art-1510c-da-lei-13465-17
de serviços de interesse comum serão partilhadas entre o proprietário da
construção-base e o titular da laje, na proporção que venha a ser estipulada em
contrato.
§ 1o São partes que servem a todo o edifício:
I - os alicerces, colunas, pilares, paredes-mestras e todas as partes restantes
que constituam a estrutura do prédio;
II - o telhado ou os terraços de cobertura, ainda que destinados ao uso
exclusivo do titular da laje;
III - as instalações gerais de água, esgoto, eletricidade, aquecimento, ar
condicionado, gás, comunicações e semelhantes que sirvam a todo o edifício; e
IV - em geral, as coisas que sejam afetadas ao uso de todo o edifício.
§ 2o É assegurado, em qualquer caso, o direito de qualquer interessado em
promover reparações urgentes na construção na forma do parágrafo único do
art. 249 deste Código.
Art. 1.510-D. Em caso de alienação de qualquer das unidades sobrepostas,
terão direito de preferência, em igualdade de condições com terceiros, os
titulares da construção-base e da laje, nessa ordem, que serão cientificados por
escrito para que se manifestem no prazo de trinta dias, salvo se o contrato
dispuser de modo diverso.
§ 1o O titular da construção-base ou da laje a quem não se der conhecimento
da alienação poderá, mediante depósito do respectivo preço, haver para si a
parte alienada a terceiros, se o requerer no prazo decadencial de cento e
oitenta dias, contado da data de alienação.
§ 2o Se houver mais de uma laje, terá preferência, sucessivamente, o titular
das lajes ascendentes e o titular das lajes descendentes, assegurada a
prioridade para a laje mais próxima à unidade sobreposta a ser alienada.
Art. 1.510-E. A ruína da construção-base implica extinção do direito real de
laje, salvo:
I - se este tiver sido instituído sobre o subsolo;
II - se a construção-base não for reconstruída no prazo de cinco anos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não afasta o direito a eventual
reparação civil contra o culpado pela ruína.
A Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, passa a dispor, no art. 176, que:
§ 9o A instituição do direito real de laje ocorrerá por meio da abertura de uma
matrícula própria no registro de imóveis e por meio da averbação desse fato na
matrícula da construção-base e nas matrículas de lajes anteriores, com
remissão recíproca.
_________________..__________________
Das servidões prediais.
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http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73
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Conceito (Art. 1.378, CC/02): direito real constituído em favor de um prédio
(o dominante) sobre outro prédio (o serviente), pertencente a dono diverso,
que implica em restrições ao prédio serviente, cujo dono perde alguns dos
direitos inerentes ao domínio ou fica obrigado a tolerar que dele se utilize (para
certo fim) o dono do prédio dominante.
· Sempre há serventia em favor de um prédio e em detrimento de outro,
aumentando as utilidades do 1º e diminuindo as do 2º.
Finalidade: aumentar a utilidade do prédio dominante.
Obs.: há várias espécies de servidão; e para que haja servidão os prédios não
precisam ser contíguos. Ex.: servidão de aqueduto – o proprietário do prédio
dominante tem o direito real de passar água por muitos outros, dos quais só um
deles lhe é contíguo.
*** O aqueduto pode ser decorrente do direito de vizinhança (servidão legal), e
não servidão, por decorrer da lei, e não da convenção – mas se o aqueduto for
para melhorar a situação do prédio dominante, a servidão pode ocorrer (por
convenção).
_______________________//_____________________
Exemplos de servidão: de passagem (proprietário de um imóvel tem o direito
de transitar pelo imóvel de outrem); de iluminação (dono do prédio serviente
fica impedido de construir em determinada área de seu terreno, para não
prejudicar o acesso de luz ao prédio dominante); de aqueduto (o proprietário de
um prédio pode fazer com que a água que necessita atravesse o prédio
serviente); de ventilação (dono do prédio serviente fica impedido de construir
em determinada área de seu terreno, para não prejudicar o acesso de ar ao
prédio dominante), de pastagem (o criador adquire o direito de fazer com que o
seu gado se alimente nos pastos do imóvel serviente) etc.
_______________//______________
Elementos da servidão:
A) Servidão é relação entre dois prédios.
As relações jurídicas normalmente ocorrem entre pessoas. Mas a servidão
ocorre entre prédios, porque, uma vez criado o direito real, ela se
transmite a quem quer que seja o proprietário do prédio dominante, e
onera o prédio serviente, quem quer que seja o seu dono. Por que as
obrigações do proprietário do prédio serviente são propter rem (decorrem da
relação da pessoa com a coisa e seguem a coisa, vinculando o seu dono, seja
ele quem for).
_____________//_________
B) Servidão envolve obrigação negativa (a servidão envolve restrição por
parte de um dos proprietários, por causa da transferência para o dominante de
algumas das prerrogativas do proprietário).
É o dever de não se opor a que o beneficiário desfrute de vantagem sobre o seu
imóvel. O dono do prédio serviente deve suportar as limitações que constituem
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o próprio conteúdo da servidão, porque através desta ele (serviente) perde
algum dos direitos de domínio.
** Nada impede que haja, excepcionalmente, prestação positiva. Ex.: fazer as
obras necessárias para o uso da servidão. Alguns dizem que servidão nunca
envolve prestação positiva, e se isto ocorre é por causa do contrato, e não do
direito real de servidão. Ou então, se a servidão tiver obrigação positiva, trata-
se de servidão anômala.
C) A existência da servidão depende de pertencer os prédios a donos
diversos.
Se não pertencessem a donos diversos, o dono do prédio serviente não teria
alguns dos direitos inerentes ao domínio, mas todos eles.
É possível que a servidão seja constituída por destinação do proprietário. Mas
neste caso, enquanto os prédios se encontram nas mãos de um mesmo dono
não existe servidão, mas mera serventia, que se transforma em direito real no
momento em que o domínio passa para titulares diferentes.
____________________//______________
Natureza jurídica.
Servidão é dir. real sobre coisa alheia, de caráter acessório, perpétuo e
indivisível.
· Natureza real: atribui ao seu titular as prerrogativas decorrentes - exercício do
direito erga omnes, ação real e sequela. É direito sobre coisa alheia, de outrem,
o que a distingue da propriedade, que é direito real sobre coisa própria.
· É direito acessório: porque depende da existência de um direito principal.
Como se trata de direito concedido ao dono do prédio dominante, seu titular
deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de servidão
admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio dominante.
Por ser acessório, a servidão, uma vez constituída, prende-se à coisa e a
acompanha nas mãos de quem quer que seja seu dono. Com o registro, a
servidão se incorpora ao prédio dominante, e o segue nas mãos dos sucessores
do proprietário (ambulat cum domino).
· Perpétua: é irresgatável sem a anuência do proprietário do prédio dominante.
Então tende a durar indefinidamente, salvo ocorrência de uma causa de
extinção compreendida na lei. Para Roberto Senise Lisboa, a perpetuidade
significa que existe por prazo indeterminado, salvo previsão em sentido
contrário[3].
· Inalienável.
· Indivisível: art. 1.386, CC – se houver partilha, a servidão continua em
benefício de cada um dos quinhões do prédio dominante, gravando cada
quinhão do prédio serviente. Salvo se a servidão se aplicar a certa parte de um
ou de outro.
A servidão não se desdobra. É um todo único que grava o prédio serviente,
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http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn3
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn3
ainda que este ou o dominante seja dividido. E só se extingue em face de algum
quinhão se por natureza ou destino não puder a ele aproveitar.
*** Então, defendida a servidão por um dos condôminos, todos se beneficiam,
pois a servidão se estabelece por inteiro, não cabendo a sua constituição
parcial.
O Art. 696 do CC/1916 estabelecia que a servidão não se presume. O novo CC
não repete a regra. Mas ela continua porque fixa a fonte das servidões: a
servidão não se forma por ato de mera tolerância, o que se presume é o
domínio pleno. A servidão só é admitida quando vem de fonte
reconhecida por lei.
*** A servidão é interpretada restritivamente, não pode ser presumida,
porque limita o domínio.
O certo é que: o domínio se presume pleno, então quem alega servidão deve
provar a maneira legal como a obteve. Por conta da interpretação restritiva, no
conflito de provas apresentadas por autor e réu, quanto à servidão, decide-se
contra a servidão.
__________________//___________
Classificação das servidões:
1. Contínuas e descontínuas.
Contínua – quando se exerce ou se pode exercer sem interrupção, como a
servidão de aqueduto, ou depassagem de energia elétrica, ou de iluminação e
ventilação.
Descontínua – quando seu exercício é intermitente, sofrendo interrupções. São
as que dependem de fato do homem, como as de passagem, de tirar água, de
pastagem etc.
2. Aparentes e não aparentes.
Aparentes – revelam-se por obras exteriores, indispensáveis ao seu exercício,
como a servidão de caminho por estrada que conduz ao prédio dominante, ou a
de aqueduto.
Não aparentes – não se revelam por obras externas. Ex.: a de não construir
acima de certa altura (altius non tollendi).
_________//_______
Obs.: a classificação é importante, porque há regras que só se aplicam às
servidões contínuas e aparentes.
Ex.: art. 1.213, CC/02 (509, CC/1916) – não há proteção possessória às
servidões contínuas não aparentes e nem às descontínuas (a menos que seus
títulos provenham do possuidor do prédio serviente ou de seus antecessores).
Isto significa que: as servidões aparentes e contínuas podem ser objeto de
posse (proteção possessória). As descontínuas ou não aparentes não podem.
Isto decorre do próprio conceito de posse – a posse é exteriorização do
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domínio, então só pode se manifestar quando as servidões são aparentes e
contínuas. A falta de qualquer desses pressupostos impede a exteriorização de
poderes inerentes ao domínio.
Pelo mesmo motivo, a usucapião de servidão é só para servidão aparente e
contínua. Não se pode presumir a inércia do proprietário vizinho se a servidão
não tem sinais exteriores de existência.
* Servidão não aparente só pode ser estabelecida por registro no Registro
Imobiliário.
____________________//____________
Modos de constituição:
Vimos que a servidão não se presume.
A servidão decorre de algum meio de constituição previsto em lei. É
direito real sobre imóvel, então se constitui por ato entre vivos só
depois do registro no Registro de Imóveis (lei 6.015/73, art. 167, I, n.
6; e art. 1.227 do CC). Todas as servidões devem ser registradas.
Então os modos de aquisição (contrato, usucapião etc.) são pressupostos para a
servidão, meros direitos pessoais que dependem ainda de registro.
* Servidão constituída por testamento não segue a regra do 1.227 do CC, que
só se refere a modo de aquisição entre vivos. Seja a servidão aparente ou não
aparente, o seu registro é imprescindível.
I. Ato jurídico.
Pode ser:
a) causa mortis, caso em que a servidão decorre do testamento – o proprietário
ao testar um prédio impõe ao beneficiário o encargo de uma servidão, em favor
de outro prédio;
b) inter vivos (entre vivos): é o mais frequente; faz-se por contrato.
Pode ser a título gratuito ou oneroso, que é o mais comum.
Com o contrato de constituição de servidão, o dono do prédio serviente recebe
certa importância e o dono do prédio dominante passa a ter algumas vantagens
que passam a onerar o prédio serviente.
Com o registro do título constitutivo, surge o direito real, que ultrapassa a
pessoa atual dos contratantes, para vincular seus sucessores.
II. sentença judicial;
Na ação de divisão, a sentença estabelece servidão, para possibilitar o uso dos
vários lotes em que foi repartido o imóvel. A lei diz que no plano de divisão
devem ser estabelecidas as servidões indispensáveis em favor de uns quinhões
sobre outros (art. 596, II, CPC/2015; art. 979, II, CPC).
Homologada a divisão e registrado o título, fica constituída a servidão, com
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origem na sentença judicial.
III. usucapião;
Art. 1.379, CC/02.
A posse inconteste e contínua (então é só para servidão contínua, como
dissemos) de uma servidão aparente por 10 anos autoriza o possuidor a
registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, usando como título da
sentença que julgar consumada a usucapião (é a servidão ordinária, em que o
usucapiente tem justo título e boa-fé).
Se não houver título, a usucapião será no prazo de 20 anos (parágrafo único do
art. 1.379, CC).
A sentença judicial deve ser levada a registro, como no item anterior.
· Requisitos para obter sentença que reconheça a usucapião de uma serventia,
possibilitando o registro no Registro Imobiliário:
- Art. 1.379, CC – para a usucapião ordinária: justo título e posse incontestada
e contínua por 10 anos. Parágrafo único – usucapião extraordinária: prazo de 20
anos, dispensado o título.
- A servidão deve ser contínua e aparente, só assim dá direito aos interditos e à
usucapião.
Exceção: servidão de passagem, por força jurisprudencial, pode ser objeto de
posse, e portanto de interditos e de usucapião, quando mesmo descontínuas,
revelem-se por obras externas, visíveis e incontestáveis. Se o possuidor da
servidão não esconde os atos possessórios que pratica, revelando os atos por
sinais externos de incontestável evidência, sem oposição do proprietário do
prédio serviente, então deve ser reconhecida a condição de possuidor da
servidão.
Então, a servidão de passagem é descontínua, depende de fato do homem, mas
pode ser objeto de usucapião quando a posse for aparente, por exemplo com o
caminho batido, e bueiros, indicando a habitualidade de sua utilização.
IV. por destinação do proprietário.
Quando o proprietário estabelece serventia em favor de um prédio sobre outro,
ambos de sua propriedade, ou entre 2 partes de um mesmo prédio que lhe
pertence.
A serventia é diferente da servidão, porque esta depende de pertencerem os
prédios dominante e serviente a pessoas diversas. Mas no momento em que o
domínio dos 2 prédios sair das mãos do mesmo dono (por ex.: quando o antigo
proprietário aliena um deles, ou quando vende – ou transmite por sucessão - os
2 a donos diferentes), a serventia anteriormente estabelecida, se for
aparente, se transforma em servidão, podendo ser inscrita para se constituir
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direito real (salvo cláusula expressa em contrário no ato da alienação,
excluindo expressamente a servidão).
Obs.: a serventia deve ser aparente, para se transformar em servidão, com a
alienação. Isto porque a transformação da serventia em servidão ocorre para
proteger a boa-fé do adquirente do prédio dominante, que sabe da serventia
estabelecida pelo proprietário anterior, e tem a justa expectativa de continuar
com tais benefícios a título de servidão.
*** E deve ser aparente para não frustrar o adquirente do prédio serviente, que
não pode ser surpreendido com a servidão, que lhe onera.
_________________//__________
Do exercício das servidões:
A servidão deve ser exercida civiliter, ou seja, sem agravar o encargo do prédio
dominante. Os excessos praticados pelo dono do prédio dominante são atos
contrários ao direito (atos ilícitos), se excederem os limites do título constitutivo
da servidão, ou ato abusivo, se não excederem os limites da servidão, mas
contrariarem os fins para que foi constituída.
Ex.: Se o proprietário do prédio dominante retira do prédio serviente 15.000
litros de água, quando seu direito era retirar 5.000, seu ato é ilícito, por colidir
com os termos do contrato. Mas, se embora sem dela necessitar, retira os
5.000 litros, para desperdiçar, o ato é abuso de direito – e é ilícito por causa do
art. 187, CC/02 (pratica ato ilícito quem usa de seu direito de modo irregular).
** A servidão é ônus para o prédio serviente, não pode então ser ampliada com
interpretação extensiva, o que violaria regra de que a servidão não se presume.
Obs.: Se o dono do prédio dominante não pode usar a servidão de forma não
moderada ou não racional, devendo usar a servidão dentro dos termos de seu
título, também o dono do prédio serviente tem o dever de não embaraçar o uso
legítimo da servidão (art. 1.383, CC/02).
Enquanto lhe for útil, o titular da servidão pode usar todasas prerrogativas que
constituem o conteúdo da servidão, entendendo-se que a servidão de maior
inclui a de menor ônus (art. 1.385, §2º - regra para a servidão de trânsito,
aplicável, quando possível, às demais servidões). Nas servidões de trânsito a de
maior inclui a de menor ônus, e a menor exclui a mais onerosa. Ex.: se na
servidão de passagem pode passar de carro, então pode menos, ou seja, passar
a pé (menos ônus para o prédio serviente). Mas se pode passar de cavalo ou a
pé, não pode passar com caminhão, o que aumentaria o ônus. Outro exemplo:
se o aqueduto pode ter 50 m., pode ter 20. Mas não pode ter mais que 50 m.
____________________//___________
Ampliação compulsória da extensão da servidão.
Art. 1.385, §3º do CC/02: possibilita ao dono do prédio dominante, mediante
indenização, exigir a ampliação da servidão, mesmo contra a vontade do
proprietário do prédio serviente, se o reclamarem as necessidades de cultura
daquele (para facilitar a exploração do prédio dominante). É caso de
expropriação por interesse particular, para satisfazer ao interesse do
prédio dominante – a lei obriga o dono do prédio serviente a sofrer
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restrições em seu domínio.
Indiretamente, a sociedade se beneficia, em vista do desenvolvimento
da produção que depende da ampliação da servidão.
Obs.: lembre-se que a servidão em regra se constitui por ato de vontade:
expressa, no negócio jurídico; e presumida, na usucapião ou na destinação do
dono.
______________//_______________
Obras necessárias à conservação das servidões.
Para o exercício regular da servidão e para a sua conservação, o titular tem o
direito de proceder a todas as obras e reparações necessárias (art. 1.380, CC).
E se preciso pode ingressar no prédio serviente para realizá-las (isto não
constitui turbação de posse e nem dá lugar a indenização de danos).
Ex.: cabe manutenção de posse por parte do dono do prédio dominante contra
o do serviente desde que este se oponha ou crie obstáculos às obras de limpeza
e conservação do aqueduto.
Tais obras devem ser feitas pelo dono do prédio dominante e à sua custa. Mas a
regra (art. 1.381) não é cogente – podem as partes estipular que o dono do
prédio serviente executará as obras. Quando se ajustar assim, a obrigação
assumida pelo dono do prédio serviente é propter rem – acompanha a coisa,
qualquer que seja o seu dono. E, com o abandono da coisa, exonera-se da
obrigação (art. 1.382, CC).
____________//__________
Remoção da servidão:
O ônus da servidão deve ser o mais leve possível. A lei então permite ao dono
do prédio serviente a remoção do encargo de um lugar para outro, à custa do
serviente e sem diminuir de qualquer forma as vantagens do prédio dominante.
Então, são condições para a remoção da servidão: o dono do prédio serviente
se encarrega das despesas de remoção; a remoção deve ser sem redução das
vantagens do prédio dominante.
Consoante doutrina e jurisprudência, é necessária também a anuência do dono
do prédio dominante, principal interessado. Tal consentimento, pela
jurisprudência, pode ser suprido judicialmente, se for o caso.
____________//__________
Da extinção das servidões.
A servidão só se constitui através do registro. A extinção então se dá pelo
cancelamento do registro (art. 1.387, CC/02).
Obs.: conforme art. 1.388, CC/02, o dono do prédio serviente tem o direito de
promover o cancelamento do registro da servidão, em algumas hipóteses, ainda
que o dono do prédio dominante impugne.
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Então, pode o dono do prédio serviente cancelar o registro da servidão
(causas de extinção):
l. Conforme art. 1.388, CC/02.
1. Por renúncia do seu titular (art. 1.388, I, CC).
A renúncia é ato jurídico unilateral, expresso, através do qual o titular de um
dir. declara seu propósito de afastá-lo de seu patrimônio. A renúncia por isso se
distingue do abandono.
2. Quando tiver cessado, para o prédio dominante, a utilidade ou comodidade
que determinou a sua constituição (art. 1.388, II).
Este artigo contém erro, porque trata do direito de passagem, espécie de direito
de vizinhança do prédio encravado, de usar passagem do prédio serviente só
enquanto precise.
Tal regra é aplicada para resolver pendências oriundas do encravamento de
prédios, para negar a existência de direito de passagem, quando o prédio
pertencente a quem a demanda tem acesso à estrada pública.
3. Quando o dono do prédio serviente resgatar a servidão (art. 1.388, III).
O resgate na servidão não é compulsório, só podendo ser feito com a anuência
do dono do prédio dominante. Daí a diferença entre servidão e enfiteuse, que
pode ser resgatada pelo enfiteuta nos termos do 683 do CC/1916.
________//________
Il. Conforme art. 1.389, CC/02.
1. Pela reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa (art. 1.389, I).
2. Pela supressão das respectivas obras por efeito dos contratos, ou de outro
título expresso (art. 1.389, II).
3. Pelo não uso (o não uso pode decorrer da perda de necessidade), por 10
anos contínuos (art. 1.389, III), o que revela o desinteresse do titular e a
desnecessidade da serventia, para o prédio dominante.
O não uso da servidão pelo titular permite ao proprietário do prédio serviente a
possibilidade de reincorporar a seu domínio aquela faculdade, que dele havia
sido afastada, ao ser constituído o ônus real.
Esta forma de extinção da servidão é tradicional, aceita por todas as
legislações, variando apenas o prazo de lei para lei, para se consumar a perda
do direito real.
___________//__________
*** obs.: extinta por alguma das causas a servidão, tem o dono do prédio
serviente o direito de cancelar o registro mediante prova da extinção.
Então, mesmo que a causa extintora seja autônoma, ela deve ser
complementada pelo cancelamento do registro.
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________________//____________
Ações relativas à servidão (ações servitudinárias)
A servidão pode ser defendida por seu titular através dos interditos
possessórios.
Cabem ainda:
1. ação confessória – com o escopo de alcançar o reconhecimento judicial da
existência de uma servidão;
2. ação negatória – o dono do prédio serviente pode propor para obter sentença
proclamando a inexistência do ônus real.
_______________//_________________
[1] Manual de Direito Civil – Vol. . IV, 3ª ed., Editora Revista dos Tribunais, p.
419.
[2] Daí se concluir que o direito real de superfície não tem como hipótese de
extinção a morte do superficiário.
[3] Manual de Direito Civil, Vol. 4, 3ª ed., Editora Revista dos Tribunais, p. 408.
Exercício 1:
O direito de superfície é direito real que pode ser transferido pelo superficiário a
terceiros, inclusive a seus herdeiros, por morte do superficiário.
É correto afirmar, quanto ao direito real de superfície, que:
A)
O proprietário tem direito ao laudêmio cada vez que o superficiário transfere, a
título oneroso, o domínio útil da coisa.
B)
O direito de superfície confere ao superficiário ação real para o exercício do
direito de sequela.
C)
Na alienação do imóvel ou do direito de superfície, não possuem o superficiário
ou o proprietário o direito de preferência.
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http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref1
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref2
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref3
http://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftnref3
D)
Extinta a concessão, ordinariamente, pelo fim do prazo, o proprietário passa a
ter a propriedade plena do imóvel,mas por força de lei fica obrigado a custear
as obras feitas pelo superficiário no imóvel.
E)
Como no arrendamento, o superficiário não tem direito oponível erga omnes.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Exercício 2:
Quanto à servidão predial, analise as proposições seguintes:
I. Trata-se de direito real de garantia, sobre coisa alheia.
II. Tem caráter acessório, perpétuo e indivisível.
III. Deve ter interpretação restritiva.
IV. É direito acessório porque depende da existência de um direito principal: seu
titular deve ser proprietário do prédio dominante. É contrário ao conceito de
servidão admitir a sua constituição em favor de quem não é dono do prédio
dominante.
São corretas somente as proposições:
A)
II, III e IV.
B)
I, III e IV.
C)
I, II e III.
D)
II e IV.
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E)
II e III.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
Exercício 3:
A posse inconteste e contínua de uma servidão aparente por 10 anos autoriza o
possuidor a registrá-la em seu nome no Registro de Imóveis, usando como
título a sentença que julgar consumada a usucapião. Assinale, quanto à
usucapião de servidão, a alternativa INCORRETA:
A)
Ocorre em 10 (dez) anos a servidão ordinária, em que o usucapiente tem justo
título e boa-fé.
B)
Se não houver título, a usucapião será no prazo de 20 anos.
C)
O processo é o mesmo para a aquisição da propriedade plena, pela usucapião
(prescrição aquisitiva). A usucapião é para a aquisição do domínio do imóvel ou
da servidão predial.
D)
O que constitui a servidão é a sentença judicial, que deve ser levada a registro.
E)
A servidão deve ser contínua e aparente, só assim dá direito aos interditos e à
usucapião. A servidão de passagem, por não ser contínua, não pode ensejar
aquisição por usucapião.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
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Exercício 4:
Quanto aos direitos reais sobre coisa alheia, é INCORRETO afirmar que:
A)
Podem decorrer de contrato.
B)
São direitos oponíveis erga omnes.
C)
Não conferem ao seu titular ação reivindicatória.
D)
Estão previstos em rol taxativo no Código Civil.
E)
Não incluem mais a enfiteuse, extinta com a revogação do Código Civil de
1916.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 5:
Não pode ser considerada uma das hipóteses de extinção do direito de
superfície:
A)
O advento do termo final fixado em contrato ou em testamento.
B)
Distrato.
C)
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O não uso do direito.
D)
O exercício do direito de preferência ou de sucessão por qualquer das partes em
relação à outra, caso em que ocorre a consolidação subjetiva.
E)
A morte do superficiário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Exercício 6:
A morte do dono do imóvel sobre o qual recai direito de superfície:
A)
Converte em usufruto o direito do superficiário.
B)
Extingue o direito de superfície.
C)
Não afeta o direito de superfície.
D)
 Transmite aos herdeiros do senhorio direto o direito de superfície.
E)
Encerra o direito de superfície que passa a ser prerrogativa dos herdeiros do
superficiário.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 7:
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Quanto ao direito de superfície, analise as proposições abaixo e assinale a
alternativa correta:
Ao alienar o seu direito de superfície, o superficiário deve, além de
respeitar o direito de preferência, recolher o laudêmio em favor do
dono do imóvel
PORQUE
Foro e laudêmio são essenciais no exercício do direito de superfície.
Pode-se afirmar que:
A)
As duas proposições são corretas e a segunda justifica a primeira.
B)
 As duas proposições são corretas, mas a segunda não justifica a primeira.
C)
 Somente a primeira proposição é correta.
D)
 Somente a segunda proposição é correta.
E)
 As duas proposições são incorretas.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E)
Exercício 8:
Não é causa de extinção do direito real de servidão predial:
A)
A renúncia do seu titular, ato jurídico unilateral, expresso, através do qual o
titular de um direito declara o seu propósito de afastá-lo de seu patrimônio.
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B)
A cessação, para o prédio dominante, da utilidade ou comodidade que
determinou a sua constituição.
C)
O resgate compulsório da servidão pelo dono do prédio serviente,
independentemente da anuência do dono do prédio dominante.
D)
A reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa.
E)
O não uso, por 10 anos contínuos, que revela o desinteresse do titular e a
desnecessidade da serventia, para o prédio dominante.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 9:
A chamada servidão de passagem, ou servidão de caminho, é caracterizada
como:
A)
Contínua e aparente.
B)
Descontínua e aparente.
C)
Contínua e não aparente.
D)
Descontínua e não aparente.
E)
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Contínua e passível de ser adquirida por usucapião.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Exercício 10:
Quanto às obras necessárias à conservação da servidão, é correto afirmar que:
A)
Para o exercício regular da servidão e para a sua conservação, o titular tem o
direito de proceder a todas as obras e reparações necessárias, mas não pode
ingressar no prédio serviente para a realização dessas obras.
B)
O titular do prédio dominante não tem o direito de proceder às obras e
reparações necessárias, pois caracterizaria o abuso de direito.
C)
Para o exercício regular da servidão e para a sua conservação, o titular tem o
direito de proceder a todas as obras e reparações necessárias, e se preciso
pode ingressar no prédio serviente para realizá-las, o que não constitui
turbação de posse e nem dá lugar a indenização de danos.
D)
Somente com a autorização do dono do prédio serviente as obras e reparações
podem ser realizadas, pois sem tal consentimento o ingresso no prédio
serviente constitui turbação de posse e dá lugar a indenização por danos morais
e materiais.
E)
Nenhuma das anteriores é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)
Exercício 11:
O não uso da servidão predial revela o desinteresse do titular e a
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desnecessidade da servidão para o prédio dominante. Desse modo, é correto
afirmar que:
A)
O não uso da servidão pelo titular não permite ao proprietário do prédio
serviente extinguir a servidão, pois para tanto seria necessário o consentimento
do dono do prédio dominante.
B)
O não uso da servidão por 10 (dez) anos contínuos permite ao proprietário do
prédio serviente extinguir a servidão.
C)
O não uso da servidão por 5 (cinco) anos contínuos permite ao proprietário do
prédio serviente extinguir a servidão.
D)
O não uso da servidão por 15 (quinze) anos contínuos permite ao proprietário
do prédio serviente extinguir a servidão.
E)
Caso não ocorra o uso da servidão por 20 (vinte) anos contínuos, o proprietário
do prédio serviente poderá extinguir a servidão.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B)
Exercício 12:
Caso haja necessidade de ampliar a servidão predial,
A)
 o dono do prédio dominante poderá exigir a ampliação, mediante indenização,
mesmo contra a vontade do proprietário do prédio serviente.
B)
 o donodo prédio dominante não poderá exigir a ampliação, ainda que oferte a
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indenização ao prédio serviente.
C)
 somente com a concordância do dono do prédio serviente é que o dono do
prédio dominante poderá exigir a ampliação.
D)
 o dono do prédio dominante poderá exigir a ampliação, independentemente de
indenização, em vista do interesse público na utilização do imóvel por parte do
prédio dominante.
E)
 nenhuma das anteriores é correta.
O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)
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