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Fichamento - Soberania estatal e instituições multilaterais_ respostas à interdependência assimétrica In_ José Álvaro Moisés (org ) O futuro do Brasil_ a América latina e o fim da guerra fria 165-191

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UNIVERSIDADE DE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CURSO: RELAÇÕES INTERNACIONAIS
___________________________________________________________________________
Economia Política Internacional - (2022/02)
Discente: Roberto Magalhães Ramos
FICHAMENTO – KEOHANE, R. Soberania estatal e instituições multilaterais:
respostas à interdependência assimétrica. In: José Álvaro Moisés (org.). O futuro do
Brasil: a América latina e o fim da guerra fria. São Paulo: Paz e Terra/ Nupri-USP,
1992, p. 165-191.
O presente artigo explora a relação entre soberania estatal e as instituições
multilaterais na era da globalização. Discute-se como a interdependência econômica e
política entre países é uma característica marcante da atualidade e como isso afeta a soberania
estatal.
Keohane argumenta que a interdependência assimétrica, em que alguns países têm
mais poder de influência do que outros, pode levar a desafios para a preservação da soberania
estatal. Ele argumenta que as instituições multilaterais, como a Organização Mundial do
Comércio e a Organização das Nações Unidas, podem ser uma resposta à interdependência
assimétrica, a que elas permitem que os países trabalhem juntos para enfrentar problemas
comuns. Conforme o grau da interdependência assimétrica, “desenvolver-se recursos de
poder e por essa causa mostra os obstáculos clássicos do sistema político: como o
deslocamento desses recursos para uma esfera de interação mútua entre os outros (p.168)”.
Assim, é provável determinar como que esses elos de interdependência acabam
transformando-se em assimétricas, condigno à circunstância financeiras e políticas de cada
um dos abrangidos.
No entanto, Keohane também enfatiza que as instituições multilaterais têm suas
próprias limitações, incluindo a falta de capacidade de impor sanções e a influência dos
países mais poderosos sobre as decisões coletivas. Ele conclui que, apesar dessas limitações,
as instituições multilaterais ainda são importantes para preservar a soberania estatal e
enfrentar desafios globais. De acordo com o autor, a soberania caracteriza-se em um Estado
“não encontra-se subjugado a nenhum e nem outro Estado e tem poderes exclusivos e plenos
em sua própria jurisdição, sem problemas para limitar determinações da legislação aplicável
(p.183)”. Essa soberania, de acordo com Keohane, pode ser fragmentada em duas esferas, no
qual, as define por soberanias operacionais e formais. Já a autonomia encontra-se vinculada
com o poder que há a possibilidade de ser exercido por uma nação, ou seja, “em
conformabilidade com o aumento da vulnerabilidade e a sensibilidade de um Estado às ações
dos outros, porventura surgem também sua ocupação de trocas em parte da liberdade legal de
ação por uma maior intervenção políticas sobre os outros, já que essa intervenção poder
transcorre a melhores variáveis” (p.184). Nessa perspectiva, quanto mais debilitado um
Estado estiver, mais a sua autonomia entra-se em ameaça.
Entende-se que o regime internacional esteja relacionado a contenção “da incerteza
dos outros Estados acerca dos atos tomados por essas potências (p.186).” O regime
internacional procurava travar as potências assim permitindo uma expansão em nível de
liberdades aos países que encontra-se em desenvolvimento. As organizações multilaterais, no
que lhe diz respeito, tendem a propor uma reciprocidade difusa em quiz de uma reciprocidade
específica (p.186)”. Quando essas organizações exercem a sua figura de forma efetiva acaba
facilitando as corporações por meio desses países e que sejam capazes de ceder acordos que
são respectivamente benéficos para as nações que ali estão envolvidos.
Dessa forma, o autor trás uma abordagem em cima do sistema neoliberal na análise
política, o autor salienta que
“O sistema liberalista também enfatiza a importância da natureza cambiável
dos procedimentos políticos cambiáveis, mais do que os alicerces sociais
imutáveis, que enfatizam os seres humanos, e as instituições que eles
desenvolveram, podem influenciar as conjunturas de sua existência. [...] O
sistema neoliberal tal como concebe reconhece claramente as insuficiências
impostas pela estrutura econômica e pelo poder (p.169)”.
Para ele, esse conceito não é adotado, ele vem a ser meramente exprimido através de
suas escritas que visão em uma perspectiva de um corpo social totalmente industrializado, no
qual o número das classes sociais é extremamente limitado. Em suma, o artigo de Robert
Keohane oferece uma análise crítica da relação entre soberania estatal e instituições
multilaterais na era da globalização, argumentando que as instituições multilaterais são uma
resposta importante à interdependência assimétrica, mas têm suas próprias limitações.

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