Buscar

Palestra 1 - Antidiabéticos Orais e Insulinoterapia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

A DM é uma síndrome que compromete o metabolismo 
dos carboidratos mas pode afetar também as gorduras 
e proteínas 
A patologia se baseia na ausência da secreção de 
insulina (DM1) ou devido a redução da sensibilidade dos 
tecidos a insulina (DM2) com posterior redução dos 
níveis de secreção de insulina. 
O paciente DM1 tem tratamento baseado na reposição 
de insulina pois não há nenhum produção 
A DM resulta em hiperglicemia sanguínea, com 
complicações crônicas (nefropatia, retinopatia), 
morbidade, diminuição da qualidade de vida e maior 
taxa de mortalidade 
Em 2019, pode ocorrer um aumento de 55% dos casos 
de DM até 2025. No último consenso realizado, 16,8 
milhões de pessoas, apresentavam quadro de DM no 
Brasil. 
Classificação da Diabetes Melitus: 
Diabetes Melitus 1 (1A autoimune e 1B 
idiopática): 
Dependente de insulina, ocorre um ataque autoimune 
as células beta, gerando deficiência absoluta de 
insulina; 80-90% da destruição da massa das ilhotas. 
Algumas características são: 
• Início brusco (infância ou puberdade) 
• Sintomas: poliuria, polidipsia, polifagia, fadiga, 
perda de peso e fraqueza 
• Diagnostico: GPJ >126mg/dl + cetoacidose, que 
com a presença de células autoimunes leva a 
destruição das células beta. 
Diabetes Melitus tipo 2: 
Independente de insulina, desenvolvimento 
gradual, resistência à insulina, disfunção das 
células beta 
• Forma mais comum da doença 
• Desenvolvimento gradual sem sintomas óbvios 
• Combinação de resistência à insulina com 
disfunção das células beta 
• A secreção de insulina impede a cetogênese 
não ocorrendo a cetoacidose diabética 
Tratamento da Diabetes Melitus: 
Tem como objetivo aliviar os sintomas e reduzir as 
complicações 
Pode ser por meio de: 
• Dietoterapia e exercícios 
• Cirurgia metabólica 
• Terapia comportamental 
• Tratamento farmacológico 
Insulinoterapia: 
Tratamento envolvendo a reposição hormonal da 
insulina, que tem por objetivo fazer com que a glicose 
circulante atinja os alvos glicêmicos estipulados de 
acordo com a categoria que o paciente se encontra. 
Modo de uso: aplicação de insulina exógena sendo 
semelhante a endógena (hormônio polipeptídico 
anabólico), ou seja, um hormônio que estimula a 
síntese. 
Origem da insulina: A insulina é oriunda da pré-
pró-insulina, que sofre clivagem, formando a pro 
insulina que sofre processo de hidrolise originando o 
peptídeo C e a insulina concomitantemente. 
A insulina atua dentro das células desencadeando um 
processo de diversas reações intracelulares. 
PALESTRA 1: FARMACOLOGIA 
Princípios do Tratamento de Diabetes Melitus Tipo 2 
antidiabéticos orais 
 
Com o aumento dos níveis de ATP, ocorre o fechamento 
dos canais de K+, fazendo com que ocorra uma 
despolarização abrindo os canais de Ca+, fazendo com 
que os níveis de Ca+ aumentem, logo, a insulina sofre 
exocitose das vesículas intracelulares e são liberadas no 
meio extracelular. Ela se liga o seu receptor, que 
desencadeia outras reações celulares, gerando ações 
mediadas pela insulina, como a exposição do receptor 
da glicose a membrana (GLUT 4), que permite que a 
glicose circulante seja captada pela célula e seja usada 
para o metabolismo e gasto energético. 
Insulina exógena: é desenvolvida através de 
técnicas moleculares (DNA recombinante). Ela possui 
características semelhantes a insulina endógena, porém 
as propriedades farmacológicas são distintas, como por 
exemplo a cinética de absorção e a circulação periférica. 
CLASSIFICAÇÃO DA INSULINA EXÓGENA: 
A cada 100UI/ml tem-se 3,6mg de insulina 
A via de administração é cutânea, através das pregas, 
para que ela atua integra no local de ação 
Sua atuação depende do local de injeção, quantidade 
de insulina aplicada, fluxo sanguíneo, temperatura, 
• Curta/rápida 
• Intermediaria 
• Longa 
As insulinas ainda são divididas em basais, pré-prandiais 
e pré-misturadas: 
Insulinas Basais: são as de ação longa; é a 
insulina que possui ação de duração maior, ou seja, é a 
que vai controlar os níveis de glicose circulante em 
jejum. 
Insulinas Pré-prandiais: são as de ação 
rápida, utilizadas antes do paciente se alimentar; 
Insulinas Pré-misturadas: incluem 
associação de insulina NPH (Ação intermediaria) e 
insulina de ação rápida (regular) 
Análogos de insulina: são as insulinas de ação 
rápida e curta (pré-prandiais); representadas pelos 
fármacos insulina lispro, asparte e glulisina. Geram 
menos risco de hipoglicemia. Injetadas após a refeição. 
Insulina regular: primeira insulina rápida a ser 
criada; tem início de ação demorado, por isso é 
administrada antes da refeição. 
OBS: sempre são associadas a insulinas basais que 
controlam a glicemia no período de jejum 
EFEITOS ADVERSOS: 
Lipodistrofia e hipersensibilidade 
Insulina Intermediaria (NPH): Nessa 
insulina é adicionado um componente, ou seja, ela é 
uma insulina humana recombinante - ADN 
(recombinante) - , é menos solúvel; É absorvida mais 
lentamente; Sofre um retardo na absorção que garante 
que ela tenha um controle mais prolongado no estado 
de jejum. Isso faz com que ela seja boa para o controle 
basal. 
Insulina Glargina: Menores chances de gerar 
hipoglicemia; ao ser aplicada é absorvida lentamente 
pois forma um precipitado no local em que foi aplicada; 
é liberada de forma gradativa. Ph = 4 (ácido), isso 
inviabiliza a administração no mesmo dispositivo com 
uma insulina prandial, pois pode afetar a 
farmacocinética). Tem como característica sua 
aplicação 1x ao dia. 
Insulina Determir: possui liberação lenta, pois se 
liga com a albumina, o que torna sua dissociação lenta, 
garantindo o controle da glicemia por um grande 
período. 
Insulina Degludeca: liberação lenta pelo fato de 
formar multihexameros que faz com que ela tenha uma 
absorção mais gradativa. 
Aplicação da Insulina: 
Adultos e crianças: dispensável a prega cutânea, exceto 
em crianças <6 anos. 
 
 
Indica-se glargina ou detemir para basal durante a noite 
e uso de lispro durante as refeições (1 das opções) 
Tratamento Diabetes Melitus 2: 
• Educação em diabetes 
• Terapia nutricional clínica 
• Atividade física 
• Metformina 
• Metformina + 2º agente 
• Meformina + 2 agentes 
• Metformina + insulina 
CLASSES FARMACOLÓGICAS DOS AD ORAIS: 
1. Sulfonilureias 
2. Glinidas 
3. Biguanidas 
4. Tiazolidinadionas 
5. Inibidores da alfa-glicosidade 
6. Inibidores de DPP-4 
7. Inibidores de SLTG 
Esses medicamentos têm como intuito melhorar a 
resistência insulínica e aumentar a secreção de insulina. 
Alguns fármacos também trazem como benefício 
adicional controlar o glucagon. 
É um secretagogo 
Nota: Devem ser usadas com cautela em casos de 
insuficiência hepática ou renal (principalmente 
glibenclamida) 
 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Glimepirida 
• Glipizida 
• Glibenclamida 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Atua como um secretagogo e tem eficácia alta 
Apresentam ação hipoglicemiante mais longa 
Bloqueia os canais de K+, fazendo com que haja 
despolarização, influxo de Ca+ e exocitose (saída) da 
insulina, consequentemente aumentando o trabalho 
das células beta. 
Juntamente com esse mecanismo, as sulfonilureias 
podem reduzir a produção de gliconeogênese 
(produção de glicose hepática) 
OBS: a presença de alimento dificulta a absorção, por 
isso deve ser usada antes da alimentação; também tem 
alta ligação com a albumina. 
Fica por cerca de 24h atuante no organismo 
EFEITOS ADVERSOS: 
Hipoglicemia, ganho de peso 
É um secretagogo 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Nateglinida 
• Repaglinida 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Apresentam ação hipoglicemiante mais curta 
Atuam bloqueando os canais de Ca+, resultando em 
despolarização, influxo de Ca+ e exocitose de insulina 
A diferença é que atua em local diferente das 
sulfonilureias 
É uma boa reguladora glicêmica pós-prandial, ou seja, é 
destinadas para controle logo após alimentaçãoSua duração de ação no organismo não chega durar 12h 
Sensibilizador de insulina (melhora captação da insulina 
pelos tecidos periféricos) 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Metformina (fármaco AD de 1ª escolha para DM2) 
MECANISMO DE AÇÃO: 
É uma sensibilizadora periférica 
Atua na enzima proteína-cinase dependente de AMP 
(AMPK), a qual está envolvida na respiração 
mitocondrial. Quanto essa enzima é ativada pela 
metformina ocorre uma melhora da captação e 
sensibilização da insulina nos tecidos periféricos. 
Administrado VO 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Diminuição do apetite 
• Diarreia e náusea 
• Comprometimento de vitamina B12 
 
• Acidose lática 
Sensibilizador de insulina (melhora captação da insulina 
pelos tecidos periféricos) 
A vantagem dessa classe de medicamentos é que eles 
preservam a célula beta 
Nota: a retenção de líquidos pode piorar a insuficiência 
cardíaca. As TZDs devem ser evitadas em pacientes com 
insuficiência cardíaca grave 
 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Pioglitazona 
• Rosiglitazona 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Atuam no receptor nuclear PPARγ, aumentando a 
expressão de genes associados a sensibilidade da 
insulina nos tecidos periféricos, melhorando a 
sensibilização da insulina. Ou seja, ativam o receptor 
PPARγ, melhorando a capacidade de captação da 
insulina no músculo, tecido adiposo e fígado. 
Ele também atua como um remanejador de ácidos 
graxos, retirando-o da corrente sanguínea e 
depositando os nos órgãos basais. 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Ganho de peso 
• Insuficiência cardíaca 
• Retenção hídrica 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Acarbose 
• Miglitol 
Nota: Pacientes com DII, ulcerações colonicas ou 
obstrução intestinal não devem usar esses fármacos 
 
MECANISMO DE AÇÃO: 
A a-glicosidase atua na digestão/quebra dos 
carboidratos. Esse medicamento inibe a afla-
glicosidade, reduzindo a digestão de carboidratos 
intestinal e consequentemente diminuindo a glicose 
pós-prandial. 
OBS: esses fármacos não causam hipoglicemia 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Flatulência 
• Meteorismo 
• Diarreia 
Inibidores da dipeptidilpeptidase 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Alogliptina 
• Linagliptina 
• Saxagliptina 
• Sitagliptina 
MECANISMO DE AÇÃO: 
A enzima DPP-4 é responsável por inativar os 
hormônios incretina (GLP-1), com a inibição dessa 
enzima, tem-se uma prolongação da ação do GLP-1 e 
consequentemente maior liberação de insulina e 
inibição de secreção de glucagon. 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Relatos de pancreatite sem relação causal 
• Dor articula 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Exenatida 
• Liraglutida 
MECANISMO DE AÇÃO: 
Atuam como o GLP-1 (incretina), estimulando a 
liberação de insulina. O medicamento inibe a liberação 
de glucagon e também retarda o esvaziamento gástrico 
e saciedade causando uma menor ingestão de alimento 
São administrados via cutânea 
REPRESENTANTES FARMACOLÓGICOS: 
• Canaglifozina 
• Dapaglifozina 
• Empagliflozina 
MECANISMO DE AÇÃO: 
 
O SGLT-2 é responsável por reabsorver glicose e sódio 
no túbulo proximal, fazendo com que a glicose volte 
para o sangue. O medicamento atua inibindo o SGLT-2, 
impedindo a reabsorção de glicose nos túbulos 
proximais, eliminando-a na urina. 
EFEITOS ADVERSOS: 
• Propensão a infecção 
• Risco baixo de cetoacidose euglicêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
Lyra R, Albuquerque L, Cavalcanti S, Tambascia M, Valente F, Bertoluci M. Tratamento farmacológico da hiperglicemia 
no DM2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022). DOI: 10.29327/557753.2022-10, ISBN: 978-65-
5941-622-6. 
WHALEN, Karen; FINKELL, Ricardo; PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada. [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 
2016. E-book. ISBN 9788582713235. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582713235/. Acesso em: 11 fev. 2023.

Continue navegando