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Embriologia Tem o seu desenvolvimento iniciado na quarta semana, com os dobramentos que irão ocorrer; O desenvolvimento da face e do intestino primitivo ocorrerão no mesmo periodo, porém a face terminará na oitava semana, enquanto o do intestino demorará mais. Desenvolvimento da face Tem inicio na quarta semana em torno do estomodeu; O estomodeu é a boca primitiva e dá origem as demais cavidades. O estomodeu é o referencial morfológico para o aparecimento dos seguintes primórdios faciais: Uma proeminência frontonasal; Um par de proeminências maxilares Um par de proeminências mandibulares. As proeminências surgem durante a quarta semana, devido a expansão da crista neural, que se origina a partir das pregas neurais do mesencéfalo e do rombencéfalo; As proeminências maxilares e mandibulares são originadas a partir do primeiro par de arcos faríngeos; Esse processo ocorre pouco tempo depois que as estruturas faciais tomam formas, elas são invadidas por células mesodérmicas associadas ao primeiro e segundo arcos faríngeos; O primeiro arco receberá o nome de mandibular, pois constitui tanto as estruturas faciais (parte da mandíbula e maxilar), quanto a da orelha; A cartilagem de Meckel é um importante componente da mandíbula embrionária, até se tornar a definitiva. Essa cartilagem dá origem ao ligamento esfenomandibular e ao ligamento anterior do martelo; A musculatura originada por esse arco vai compor o aparelho de mastigação, a faringe e a orelha média; O segundo arco faríngeo participará da formação das estruturas que vão do hioide até o estribo da orelha; Os processos nasomedial e maxilar se unirão até formar o lábio e o maxilar superior; Com a indução do folheto ectodérmico ocorre a formação de uma depressão pelo endoderma, que é o agente indutor; Posteriormente quando houver a degeneração da membrana faríngea ocorrerá entrada do líquido amniótico para o tubo digestivo em formação. Na porção cefálica do intestino primitivo anterior forma-se uma cavidade em forma de funil dando origem à faringe. SISTEMA DIGESTÓRIO SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório está presente em grande parte nas vísceras do abdome, sendo os órgãos: parte terminal do esôfago, o estomago, os intestinos, o baço, o pâncreas, o fígado, a vesícula biliar, os rins e as glândulas suprarrenais. Além desses órgãos, existem outros que compõem esse sistema, são eles: a boca e a faringe. Desenvolvimento do esôfago É imediatamente caudal à faringe, tendo sua transição com a traqueia determinado pelo septo traquesofágico; No final da sétima semana, o esôfago está atingindo o seu comprimento final, principalmente por conta do crescimento e reposicionamento do coração e dos pulmões; Desenvolvimento do estômago Inicialmente é uma estrutura tubular, que durante a quarta semana vai sofrer uma dilatação, dando assim origem ao estômago primitivo; A dilatação ocorre na parte caudal do intestino anterior, no sentido laterolateral; Logo após, o estômago aumenta ventrodorsalmente, com um crescimento maior na margem dorsal que na ventral, demarcando a curvatura maior do estômago; Desenvolvimento da bolsa omental É formada pelo mesogástio dorsal, a partir de fendas isoladas que coalescem, formando uma cavidade única; A rotação do estomago puxa o mesogástrio para a esquerda, aumentando o tamanho da bolsa omental; A bolsa entrará no estômago e a parede abdominal posterior; Essa bolsa terá papel fundamental em facilitar os movimentos do estômago; A parte superior da bolsa omental é isolada à medida que o diafragma se desenvolve, formando a bolsa infracardíaca; A medida que o estômago aumenta, a bolsa omental também se expande, adquirindo um recesso inferior da volsa, entre as camadas do mesogástrio dorsal alongado; Ao se fundir as camadas do grande omento, o recesso inferior desaparecerá, persistindo apenas a comunicação, o forame omental. Desenvolvimento do duodeno Tem inicio a partir da quarta semana; A alça em forma de “C” surge do rápido desenvolvimento do duodeno, se projetando ventralmente; O duodeno acaba se recanalizando ao final do período embrionário, com o desaparecimento da maior parte do mesentério ventral do duodeno. Desenvolvimento do fígado e aparelho biliar Surge no inicio da quarta semana, a partir do divertículo hepático; O divertículo aumenta rapidamente de tamanho e se divide em duas partes enquanto cresce entre as camadas do mesogástrio ventral; O septo transverso dividirá o divertículo em uma porção cranial e uma caudal; Porção cranial: maior do divertículo é o primórdio do fígado; Porção caudal: menor, torna-se o primórdio da vesícula biliar. Porção cranial O crescimento do fígado se dá entre a quinta e decima semanas, A quantidade de sangue que flui da veia umbilical para o fígado, determinará o desenvolvimento e a segmentação funcional do fígado; Inicialmente, os lobos direitos e esquerdo possuem o mesmo tamanho, mas logo o direito se torna maior; A hematopoiese, é a formação e desenvolvimento de várias células sanguíneas, inicia-se no fígado duranre a sexta semana, dando um aspecto avermelhado brilhante ao fígado; A formação da bile pelas células hepáticas começa durante a decima segunda; Porção caudal Formará a vesícula biliar e o pedúnculo do divertículo forma o ducto cístico; Inicialmente, o sistema biliar extra- hepatico está obstruído pela proliferação de células epiteliais, as quais se degeneram posteriormente, recanalizando o sistema; O pedúnculo que liga os ductos hepático e cístico ao duodeno tornando-se o ducto biliar; Após a decima terceira semana, a entrada da bile no duodeno confere uma coloração verde-escura ao mecônio. Desenvolvimento do pâncreas Desenvolve-se entre as camadas do mesentério, a partir dos brotos pancreáticos dorsal e ventral de células endodérmicas; A maior parte do pâncreas é derivado do broto dorsal, o qual aparece primeiro; O broto pancreático ventral desenvolve- se próximo à entrada do ducto biliar no duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral; A medida que os brotos pancreáticos se unem, seus ductos se anostomosam ou se abrem dentro um dos outros. Desenvolvimento do baço É desenvolvido de uma massa de células mesenquimais localizadas entre as camadas do mesogástrio dorsal; A partir da quinta semana, o baço começa a se desenvolver, apresentando características como lobulações, mas que desaparecem antes do nascimento; O baço funciona como centro hematopoiético até a vida fetal tardia, mas mantem seu potencial hematopoiético mesmo na vida adulta. Anatomofisiologia O alimento segue da boca pelo esôfago, até o estomago onde será misturada com as secreções gástricas; A digestão ocorrerá principalmente no estomago e duodeno; A peristalse é uma série de ondas de contração anulares, começa aproximadamente o meio do estômago e se desloca devagar em direção ao piloro. Esse movimento é o responsável por misturar o alimento mastigado com o suco gástrico e pelo esvaziamento do conteúdo gástrico do duodeno; A absorção das substancias químicas ocorrerá, principalmente, no intestino delgado; Pode-se dividir o sistema digestório em duas partes: Tubo digestório: que se divide em três partes: Alta: boca, faringe e esôfago; Médio: Estômago e intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo); Baixo: Intestino grosso (ceco, cólon ascendente, transverso, descendente, a curva sigmoide e o reto). Órgãos anexos: Glândulas salivares, dentes, língua, pâncreas, fígado e vesícula biliar. Boca É a primeira porta de entrada dos alimentos no tubo digestório; Nela os alimentos serão umidificados pela saliva, produzida pelas glândulas salivares; Na boca ocorre o primeiro processoda digestão mecânica, com a mastigação; Após isso, entra a parte da digestão química, que ocorre por conta da atividade enzimática da saliva, a amilase salivar, que atua sobre a amido, transformando em moléculas menores de maltose; Faringe É um órgão que é comum no sistema digestório e no sistema respiratório; É um tubo que se comunica com a boca e o esôfago; Para o alimento chegar no esôfago o alimento, mastigado, deve passar pela faringe; No processo de deglutição, a língua empurra o alimento para dentro da faringe, que se contrai de forma voluntaria e leva o leva até o esôfago; Para que o alimento não entre nas vias respiratórios, a epiglote se fechara. Esôfago É um tudo muscular que conduz o alimento da faringe para o estômago; O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da ação peristáltica de sua musculatura, au O esôfago possui três constrições, onde estruturas adjacentes deixam impressões: Constrição cervical (esfíncter superior do esôfago); Constrição broncoaórtica (torácica); Constrição diafragmáticas. O esôfago segue a curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino; A lâmina externa consiste em músculo estriado voluntario, o terço inferior por músculo liso e o terço médio possui os dois tipos de músculos; Termina entrando no estômago pelo óstio cardíaco do estômago; É circundado pelo plexo nervoso esofágico distalmente; Estômago Está entre o esôfago e o intestino delgado; Está localizado anteriormente com o diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome. Posteriormente relaciona-se com a bolsa omental e o pâncreas; É especializado para o acumulo do alimento ingerido, que ele prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno; O estomago mistura os alimentos e atua como reservatório; Sua principal função é a digestão enzimática; O tamanho, o formato e a sua posição variam de pessoa para pessoa, por conta dos diferentes tipos corporais (biotipos); O estômago é dividido em quatro parte: Cárdia; Fundo gástrico; Corpo gástrico; Parte pilórica. O estômago, também, é dividido em duas curvaturas: Curvatura menor: forma a margem direita côncava mais curta do estômago; Curvatura maior: forma a margem convexa mais longa do estômago. A mastigação dos alimentos provocará a produção do ácido clorídrico, porém o suco gástrico é produzido na presença de alimentos; Este suco é uma solução aquosa, composta de água, sais, enzimas e ácido clorídrico; O estômago é recoberto por uma camada de muco pois o suco gástrico é muito corrosivo; A pepsina é a enzima mais potente do suco gástrico e é regulada pela ação de um hormônio, a gastrina O estômago sofre contrações que forçam o alimento contra o piloro, que permitirá que pequenas porções do quimo cheguem ao intestino delgado. Intestino delgado É formado pelo duodeno, jejuno e íleo; É o principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos; Duodeno É a primeira e mais curta parte do intestino delgado, porém é mais largar e fixa; Ele segue um trajeto em formato de “C” ao redor da cabeça do pâncreas; É dividido em quatro partes: Parte superior; Parte descendente; Parte inferior; Parte ascendente. Com a chegada do quimo no duodeno, ele é banhado pela bile, que é secretada pelo fígado e armazenado na vesícula biliar; O quimo também receberá o suco pancreático que o neutralizará. Jejuno e Íleo O jejuno começa na flexura duodenojejunal; É a segunda parte do intestino delgado; A terceira parte é o íleo, terminando na junção ileocecal; Essas duas partes se juntam a parede posterior do abdome pela prega mesentério; Após todos os nutrientes serem absorvidos, sobra uma pasta grossa, que será fermentada e segue para o intestino grosso. Intestino grosso É o local onde a água dos resíduos é absorvida; Convertendo em fezes semissólidas os resíduos indigeríveis do quimo; Formado pelo ceco, apêndice vermiforme, colo, reto e canal anal; A diferença entre os intestinos é que o grosso tem: Apêndices omentais do colo; Tênias do colo; Saculações; Calibre. Ceco e Apêndice vermiforme O ceco é a primeira parte do intestino grosso, sendo continuo com o colo ascendente; É uma bolsa intestinal cega, que se situa na fossa ilíaca do quadrante inferior direito do abdome; O apêndice é um divertículo intestinal cego que contem massas de tecidos linfoides; Ele é originado na face posteromedial do ceco, inferior a junção ileocecal; Colo É dividido em quatro partes: ascendentes, transversa, desentende e sigmoide, que se sucedem uma a outra formando um arco; O “bolo fecal” passam ao colo ascendente, depois ao transverso e em seguida ao descendente. Esse bolo fica estagnado por muitas horas, preenchendo as porções da curva sigmoide e do reto. Reto e Canal anal O reto é a parte terminal fixa do intestino grosso; É continuo ao colo sigmoide, essa junção ocorrerá na extremidade inferior do mesentério do colo sigmoide; Além de ser continuo inferiormente com o canal anal; Baço É considerado o mais vulnerável dos órgãos abdominal; Faz parte, também, do sistema de defesa do corpo; Ele atua como um reservatório de sangue, hemácias e plaquetas; Não é um órgão vital; Está localizado anteriormente ao estômago, posteriormente a parte esquerda do diafragma, inferiormente a flexura esquerda do colo e medialmente ao rim esquerdo. Pâncreas É uma glândula acessório da digestão; Está atras do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda; O pâncreas pode ser exócrino ou endócrino: Secreção exócrina: é liberada no duodeno através do ducto pancreático e do ducto acessório (suco pancreático); Secreção endócrina: passam para o sangue (glucagon e insulina). Ele é dividido em quatro partes: cabeça, colo, corpo e cauda. Fígado É a maior glândula do corpo; Está localizado no quadrante superior direito do abdome e é protegido pela caixa torácica e diafragma; Todos os nutrientes absorvidos pelo sistema digestório, com exceção das gorduras, são levados primeiro para o fígado pelo sistema venoso porta; O fígado armazena glicogênio e secreta a bile, que ajuda a emulsificar as gorduras; A produção da bile é continua, entre as refeições ela é armazenada na vesícula biliar. Metabolismo dos alimentos O metabolismo é um conjunto de reações químicas que ocorre no organismo; Tem a função de armazenar e consumir energia para as atividades biológicas do organismo; Existem dois tipos de metabolismo: Anabolismo: é a etapa de construção, no qual os nutrientes são assimilados e utilizados nas sínteses de novas proteínas; Catabolismo: é o contrário, sendo a etapa de desconstrução que implica na quebra ou desdobramento de moléculas que liberam energia. Quando a um conjunto de reações que implica em trocas de energia no organismo, dá-se o nome de metabolismo energético; As substancias energéticas servem com um combustível, pois ao serem desdobrados na respiração celular, liberando energia para as funções vitais do organismo. Carboidratos São nutrientes energéticos; É formado pelos átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio (CH2O); É a principal fonte de energia do organismo; Os carboidratos podem ser armazenados em três lugares: fígado, musculo (glicogênio) e no sangue (glicose); Eles são classificados conforme a sua estrutura química, podendo ser: Monossacarídeos: são os glicídios mais simples; Dissacarídeos: são formados pela união de dois monossacarideos; Polissacarídeos: são várias moléculas de glicose juntas. A energia liberada no catabolismo é utilizada no processo de anabolismo.Proteínas O termo proteína é utilizado para designar peptídeos com número superior a setenta aminoácidos; É constituído por longas cadeias de aminoácidos que formam os polipeptídios; Tem função estrutural, catalítica, transporte, hormonal, proteção e de armazenamento de nutrientes; Os aminoácidos são substancias orgânicas que são constituídas por um grupo amina (-NH2) e um grupo carboxílico (-COOH); Os aminoácidos podem ser divididos em dois grupos: Essenciais: não são sintetizadas no organismo; Não essências: o organismo consegue sintetizar. Lipídios Sua principal característica é a solubilidade: São solúveis em solventes apolares como éteres e benzeno; São insolúveis em água. A gordura do corpo estoca energia, permitindo que o organismo continue funcionando, mesmo nos momentos que não estiver comento; Suas principais funções são: Estrutural; Energético; Isolante térmico; Função hormonal; Impermeabilidade. Referências Guyton, AC; Hall. JE – Tratado de Fisiologia Médica – 13a Edição – Elsevier 2017. TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Grupo GEN, 2016 SADLER, T. W. Langman Embriologia Médica. Grupo GEN, 2021. L., MOORE,. K.; F., DALLEY,. A.; R., AGUR,.Anne. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Grupo GEN, 2018. JESUS, PINTO,.Wagner. D. Bioquímica Clínica. Grupo GEN, 2017.
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